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O artista e a Farmácia

O artista e a Farmácia

O artista e a Farmácia A sede da Associação Nacional das Farmácias, no Alto

O artista e a Farmácia A sede da Associação Nacional das Farmácias, no Alto de Santa Catarina, em Lisboa, é constituída por um conjunto de edifícios antigos, reconstruídos no início dos anos 90, com pleno respeito pelas condicionantes de natureza histórica, cultural, ambiental e arquitectónica. Foi uma obra de grandes dimensões, a qual, de certa forma, representa a capacidade realizadora das farmácias portuguesas. Quando se aproximava a sua conclusão, foi decidido pela Direcção da ANF concretizar o significado emblemático da nova sede em obras de artistas portugueses, especialmente, criadas para serem aí instaladas. O escultor Hélder Batista foi um dos nomes consensuais para a tradução em arte daquele nosso objectivo. Artista há muitos anos consagrado, nacional e internacionalmente, com vasto currículo de exposições individuais e colectivas e galardoado com muitos prémios no país e no estrangeiro, foi-lhe solicitada uma escultura para a zona nobre da entrada principal do edifício. A obra que criou, em pedra, recorrendo a dois dos símbolos da profissão, um arbusto e uma serpente, é uma escultura notável, enquadrada harmoniosamente no edifício, que reuniu facilmente o consenso e a admiração não só de farmacêuticos, mas de todos aqueles que nos visitam. Esta obra foi ponto de partida para uma colaboração regular com o escultor Hélder Batista, reflectida em vários trabalhos de medalhística e esculturas, a última das quais na fachada exterior da nova sede do Laboratório de Estudos Farmacêuticos, na Fábrica da Pólvora, em Oeiras. Em todas as obras criadas para o sector de farmácias, Hélder Batista tem interpretado como ninguém a profissão farmacêutica, as suas origens, a sua história e a sua vocação social. Para além do artista, há o Homem, na sua simplicidade, que muito admiro. O escultor Hélder Batista é hoje um amigo dos farmacêuticos e das farmácias, que nos honra com as suas obras e a sua disponibilidade para colaborar connosco. É, por isso, com o maior gosto que o felicito em nome dos farmacêuticos de oficina pela publicação deste livro, desejando que continue a oferecer ao País o seu génio criador por muitos e bons anos. João Cordeiro Presidente da ANF

Muro - Site-Specific

Muro - Site-Specific

MURO - SITE-SPECIFIC Um muro é um sinal tangível na perpendicularidade do espaço habitado;

MURO - SITE-SPECIFIC Um muro é um sinal tangível na perpendicularidade do espaço habitado; é uma configuração simbólica que exprime as relações do homem com o seu meio sob a forma inteligível de uma mundividência cultural e artística. Desde a imemorial errância do Paleolítico que superfícies parietais como em Altamira ou Lascaux constituem suportes para o voo da imaginação em que se regista a criatividade do homem. Com a sedentarização, os muros naturais da proto-história converteram-se em histórias de muros construídos em muitas e multíplices funções. Da história da civilização faz parte o percurso dos muros que se transformam de modestas paredes de habitação, em muralhas protectoras da urbe ou configuram a malha urbanística da polis. O tempo apascenta sonhos nos muros que a história fixa em seu lugar. Em 1989 assistiu-se à queda do "muro de Berlim". O mundo ocidental regozijou nesse sinal que marcou, não só o desfecho da "guerra fria" mas, sobretudo, renovou a esperança na reconciliação da nação alemã, em particular, e nos levou, de novo, a acreditar na possibilidade da comunhão dos povos em geral. O Sinal é utópico como já se viu. Sempre que cai um muro começa-se logo outro. Em 2002, mal alvoreceu o novo milénio, começou-se a construção do "muro da discórdia"; uma linha de separação com 640 quilómetros formando uma cerca entre Israel e a Palestina. Muro que aproxima ou distancia povos e relembra as possibilidades do devirruína que o tempo, a cultura, a crença ou devoção mistifica e/ou mistifica num muro de "apartheid" ou noutro "muro das lamentações". O que personifica um muro é o espaço compreendido entre a linha de fronteira que se estende entre o lado-de-cá e o lado-de-Iá. Em si mesmo, o corpo do muro, é terra de ninguém, uma ausência ensimesmada que se abstrai distendida na função do espaço que separa/divide a superfície. É na funcionalidade que o carácter do muro se abstraí. O muro fecha-se, separa, divide, delimita. Se o fechamento é a regra no monólito, obscurecimento da horizontal, por oposição, cabe relembrar os muros abertos, plenos de inquietação e expectativas do mundo e que se manifestam dialogantes, discursivos, interpelativos, e este é o caso dos muros de Hélder Batista.

Faz já alguns anos ("desde os anos da escola") que Hélder Batista se deixa

Faz já alguns anos ("desde os anos da escola") que Hélder Batista se deixa absorver pela dimensão planimétrica e/ou parietal que a sua imaginação configura como estrutura "minimal" das suas esculturas. Começo por recordar os relevos que nos anos oitenta realizou em poliéster e que vão ao encontro de uma necessidade de pesquisa formal de cariz objectual e abstractizante. Noutra escala mas com idênticas preocupações formais, foi também o que concretizou em algumas das suas medalhas de feição mais monumental. O alcance e a importância dessa investigação revela-se de forma particularmente surpreendente na "poética dos muros”. Falamos de um conjunto de monumentos públicos em que a presença dos muros é assimilada para se converter na estrutura com positiva da sua escultura. A quantidade de referências a muros na escultura de HB traduz-se numa das recorrências fundamentais da sua obra. A peça charneira é Pina Manique, constituída por um monólito horizontal em bronze que se abre para fazer emergir a figura do Intendente responsável pela criação da Casa Pia de Lisboa. Segue-se o Monumento à Paz, no Seixal, produto de um concurso público no qual obteve o primeiro lugar. Neste monumento as superfícies parietais interceptam-se em recorte ortogonal para formarem o "pórtico e a pomba". A contrastar, o escultor valida aqui, numa linguagem simplificada, mas num material actual, a iconografia do simbolismo universal da paz. Do Alentejo - terra murada em "propriedades privadas", de políticos e cúmplices silêncios amordaçada - uma comissão da URAP (União dos Resistentes Antifascísta Portugueses) núcleo de Montemor-o-Novo - promoveu um concurso público para a construção de um Monumento aos Resistentes Antifascistas, Hélder Batista apresenta a proposta "Levantado do Chão" e vence. O resultado foi, também, aqui, uma muralha de betão branco aberto para "a passagem"; um esgar de máscara que em arrebatado inconformismo proclama o audível grito da liberdade. O mais recente é o muro - pilão. Desta feita o material utilizado foi o aço corten em contraponto com o mármore lioz. Esta obra surge na sequência da encomenda de um relevo anteriormente realizado em pedra para a Associação Nacional de Farmácias e evoca uma outra intervenção que o escultor efectuou no Centro Cultural da

Casa Pia - "Encontro de Gerações" onde, utilizou as aberturas de três dos aros

Casa Pia - "Encontro de Gerações" onde, utilizou as aberturas de três dos aros da fachada, preenchendo-os, em rítmica sugestão de convergência para o centro, de costaneiros de pedra de várias cores. Solução expressiva a que o escultor aqui também recorre, opondo o mármore polido do interior do crisol em alternância com a pedra escacilhada que reveste a superfície parietal e, de idêntico modo, estabelece uma correlação entre a ortogonalidade do muro e um ritmo oblíquo que anima a superfície metálica. O suporte decorre da estrutura prévia planeada pelo arquitecto a que o escultor soube adaptar uma solução com positiva capaz de carregar o sítio com uma função simbólica adequada. Partindo do almofariz, objecto "arquétipo" da farmácia sumariamente esboçado na linha de corte longitudinal que lhe revela o interior no seu contorno, o escultor planeou a forma de modo a integrar-lhe um pilão o que confere monumentalidade à peça elevando-a vertical idade sumária da sua compleição cilíndrica e elevando consigo o muro que se ergue do chão para pairar em ritmo musical que rima com órgão de tubos constituído ao fundo pela mata de eucaliptos. A totalidade funciona: muro-vaso / pilão. Sabendo que a obra é mais do que a simples soma das partes; dito de outro modo, a peça é um conjunto articulado de valores morfológicos, sintácticos e semânticos que estabelecem uma relação integrada "in situ" da escultura naquele lugar - " site-specific". José Teixeira

Escultura para o muro de amarração do Laboratório de Estudos Farmacêuticos Oeiras 2005

Escultura para o muro de amarração do Laboratório de Estudos Farmacêuticos Oeiras 2005

A Associação Nacional de Farmácias atribuiu-me a tarefa de resolver plasticamente um extenso muro

A Associação Nacional de Farmácias atribuiu-me a tarefa de resolver plasticamente um extenso muro do futuro laboratório de Estudos Farmacêuticos, em Oeiras. Este muro /parede/ que serve de suporte ao edifício situa-se em S. Marcos, entre o Carrefour e os terrenos da Fábrica da Pólvora em Barcarena. O projecto é da autoria do arquitecto Miguel Menano. O edifício, ainda em construção, está implantado num espaço verde em rampa, isolado das habitações vizinhas pela estrada que o circunda. A construção está enterrada no terreno por decisão da Câmara. O muro que fica paralelo à estrada (não muito movimentada) não é totalmente cego - tem do lado esquerdo uma abertura que será uma janela, a qual terá como função iluminar uma galeria que se estende ao longo do edifício. Este tem o comprimento de 41, 50 m, e cotas que variam em altura: à esquerda 3, 18 m e à direita 4, 68 m, e fica afastado do talude (que parte da estrada) 6 metros. Interferir num muro com estas características e torná-lo num polo de comunicação, através de uma expressão plástica foi o principal objectivo, de modo a transmitir a ideia que o espaço onde ele se insere é diferente de todos os demais espaços construídos em seu redor. A paisagem opressiva que o rodeia e o talude que o separa da estrada, são outros tantos dados que acentuam o mesmo espaço. Qualquer que seja a expressão plástica da intervenção, pretende-se com ela, alcançar uma autenticidade nos objectivos estruturais do Instituto, uma persuasiva materialidade mediante a conceptualização de um espaço imaginário, onde estejam implícitos os signos dinâmicos de um vocabulário plástico actualizado. Hélder Batista

Memória descritiva

Memória descritiva

A extensão do muro e a sua implantação levaram-me a encontrar uma solução em

A extensão do muro e a sua implantação levaram-me a encontrar uma solução em que a sua plasticidade fosse imposta por materiais sugestivos de forma a acentuar as origens industriais deste género, e de modo a "arrancar" visualmente o muro, do barranco onde se encontra. Assim, a minha concepção baseou-se na representação arqueológica de memórias industriais (que lembram a auto-afirmação de monumentos megalíticos) cuja fascinação estava na sua grandeza e força. A força e a grandeza que procurei transmitir no muro, foram obtidas através da inundação do espaço, por chapas metálicas colocadas na diagonal. A união das chapas é feita de maneira a permitir a dilatação das mesmas. As juntas são tapadas por elementos tubulares, que para além da sua função, irão permitir uma movimentação plástica da grande superfície metálica. No lado direito da unidade metálica é aberto o perfil da parte superior de um Gral (almofariz) com inclinação, onde irá assentar o chamado Mão do Gral ou Pilão, que evoca a energia necessária para o esmagamento e mistura de qualquer produto. As tiras que ligam os bordos do almofariz e cruzam sobre o Pilão, animam o espaço aberto e acentuam a forma do Gral. O material escolhido para o conjunto é o aço-corten, por ser um material dúctil e resistente. Tem longa duração, não necessita de tratamento e oxida com o tempo, o que lhe dá uma presença fora do comum. Helder Batista

Os esquiços

Os esquiços

A maquete

A maquete

A construção

A construção

O ensaio

O ensaio

As correcções

As correcções

Preparação do local

Preparação do local

A montagem

A montagem

Os imprevistos

Os imprevistos

Os trabalhos não param

Os trabalhos não param

Por fim

Por fim

O escultor

O escultor

Dados Pessoais: Nasceu em Vendas Novas no ano de 1932. A sua formação académica

Dados Pessoais: Nasceu em Vendas Novas no ano de 1932. A sua formação académica é feita na Casa Pia de Lisboa e na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, Foi bolseiro da Casa Pia de Lisboa - 1950 a 1955, bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian em Roma - 1958, bolseiro do Instituto de Alta Cultura em Milão 1960 e bolseiro da Secretaria de Estado da Cultura do México 1980, Hélder Batista Foi professor nas Escolas Secundárias Eugénio dos Santos, Marquês de Pombal, Casa Pia de Lisboa e António Arroio, Professor dos Cursos Nocturnos da Sociedade Nacional de Belas-Artes, Durante 33 anos foi professor na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, hoje Faculdade, de onde saiu como Professor Associado, www. escultor. com. pt/helderbatista Por eleição, fez parte da Direcção e Conselho Técnico da SNBA - Sociedade Nacional de Belas. Artes, durante 15 anos, É Académico Correspondente da ANBA - Academia Nacional de Belas-Artes, membro do Conselho Numismático da INCM - Imprensa Nacional - Casa da Moeda, membro da FIDEM - Federation International de Ia Médaille, foi membro fundador do AR - grupo Anverso e Reverso, membro da ANS The American Numismatic Society,

FICHA TÉCNICA FOTOGRAFIA João Paulo Pinto José Coelho Helder Batista TRATAMENTO DIGITAL escultor. com.

FICHA TÉCNICA FOTOGRAFIA João Paulo Pinto José Coelho Helder Batista TRATAMENTO DIGITAL escultor. com. pt DESIGN escultor. com. pt DISTRIBUIÇÃO Download no site www. escultor. com. pt Maio 2007