CRISTALOGRAFIA DE PROTENAS Determinao da Estrutura tridimensional de

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CRISTALOGRAFIA DE PROTEÍNAS Determinação da Estrutura tri-dimensional de Proteínas utilizando difração de Raios-X http:

CRISTALOGRAFIA DE PROTEÍNAS Determinação da Estrutura tri-dimensional de Proteínas utilizando difração de Raios-X http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br Paula Kuser Falcão

CRISTALOGRAFIA DE PROTEÍNAS O processo completo consiste em produzir cristais de proteínas (>0. 1

CRISTALOGRAFIA DE PROTEÍNAS O processo completo consiste em produzir cristais de proteínas (>0. 1 mm na sua menor dimensão), nos quais as moléculas estejam razoavelmente bem ordenadas para que o feixe de raios-X incidente sobre esse cristal seja difratado gerando um padrão de reflexões que, através da análise dos dados cristalográficos, produzam um mapa tri-dimensional de densidade eletrônica da molécula. Um modelo da proteína com sequência conhecida deve então ser modelado neste mapa. http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br Paula Kuser Falcão

POR QUE RAIOS-X ? Adaptado de http: //www. ipac. caltech. edu/Outreach/Multiwave/ O uso de

POR QUE RAIOS-X ? Adaptado de http: //www. ipac. caltech. edu/Outreach/Multiwave/ O uso de radiação eletromagnética para visualizar objetos requer que a radiação tenha um comprimento de onda comparável às menores características que desejamos resolver. Os raios-X tem um comprimento de onda de 1. 54Å. Este valor é próximo à distância entre átomos de carbono numa ligação peptídica, sendo então ideal para estudar estruturas de proteínas. http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br Paula Kuser Falcão

POR QUE CRISTAIS? Incidir Raios-X sobre uma única molécula resultaria num sinal extremamente fraco

POR QUE CRISTAIS? Incidir Raios-X sobre uma única molécula resultaria num sinal extremamente fraco que nunca poderia ser detectado acima do nível de barulho, gerado pelo espalhamento da água e do ar. Um cristal arranja um número grande de moléculas na mesma orientação, então as ondas espalhadas podem ser adicionadas em fase aumentando o sinal a um nível que possa ser medido. O cristal atua como um amplificador. http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br Paula Kuser Falcão

Método de difusão de vapor com a gota sentada gota contendo proteína e precipitante

Método de difusão de vapor com a gota sentada gota contendo proteína e precipitante • Uma gota é formada misturando-se volumes iguais de solução de proteína e de uma solução precipitante. • Inicialmente a concentração de precipitante na gota é metade da sua concentração no poço. • Um volume bem maior de precipitante é colocado em um reservatório abaixo da gota. http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br Paula Kuser Falcão

Exemplos de cristais de proteínas já estudados Proteína que liga quitina Tjaard Pijning RU

Exemplos de cristais de proteínas já estudados Proteína que liga quitina Tjaard Pijning RU Groninger Biliverdina-IX redustase complexada com NADP Rosa Perez-Luque IBMB-CSIC Barcelona Dihidrolipoamida desidrogenase Tassie & Roeber NASA GP 120 - uma glicoproteína do envelope exterior do vírus HIVtipo 1 Universidade de Columbia http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br TIM Aparício LNLS Lisozima Eddie Snell NASA Paula Kuser Falcão

Raios-X e Cristais de Proteínas Uma vez obtido, o cristal da proteína é irradiado

Raios-X e Cristais de Proteínas Uma vez obtido, o cristal da proteína é irradiado com Raios-X O Experimento : Os raios-X são difratados pelo cristal Espelhos para focalizar o feixe de raios-x http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br Placa de Imagem Paula Kuser Falcão

Padrão de Difração de Raios-X ØO espalhamento do feixe de raios-X pelo cristal produz

Padrão de Difração de Raios-X ØO espalhamento do feixe de raios-X pelo cristal produz o padrão de difração; ØA organização dos pontos no padrão está relacionada com a distribuição de moléculas no cristal; Ø Diferenças de intensidade relacionam-se com a distribuição dos átomos na molécula. http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br Paula Kuser Falcão

Mapa de densidade eletrônica O resultado do experimento não é a figura dos átomos

Mapa de densidade eletrônica O resultado do experimento não é a figura dos átomos , mas um mapa de distribuição dos elétrons na molécula, isto é, um mapa de densidade eletrônica. No entanto, uma vez que os elétrons são mais localizados ao redor do núcleo, o mapa de densidade eletrônica nos dá uma boa idéia da molécula. http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br Paula Kuser Falcão

Resolução Está diretamente relacionada com a distância mínima a que dois objetos podem estar

Resolução Está diretamente relacionada com a distância mínima a que dois objetos podem estar e ainda serem vistos como dois objetos. Todos os modelos tem uma incerteza na posição dos átomos. Valores numéricos pequenos para resolução significam uma pequena incerteza, então resolução alta; valores altos significam uma grande incerteza, então resolução baixa. A resolução é medida em Ångstroms (Å). Quebra na densidade eletrônica Posição do CO não está bem definida 7. 0 Å é uma resolução baixa para proteína http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br 3. 0 Å é uma resolução média 1. 6 Å é alta resolução Paula Kuser Falcão

Ajustando o modelo na densidade eletrônica Mapa de densidade eletrônica http: //www. cbi. cnpia.

Ajustando o modelo na densidade eletrônica Mapa de densidade eletrônica http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br Átomos são inseridos na densidade para construir o modelo da proteína Paula Kuser Falcão

Construção do modelo da proteína Uma vez obtido o mapa de densidade eletrônica, é

Construção do modelo da proteína Uma vez obtido o mapa de densidade eletrônica, é necessário colocar a sequência de aminoácidos da proteína dentro da densidade para construir o modelo: http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br Paula Kuser Falcão

Análise do modelo para estudo da função da proteína Uma vez obtida a estrutura

Análise do modelo para estudo da função da proteína Uma vez obtida a estrutura tri-dimensional da proteína podemos utilizá-la para: entender seu funcionamento. . . http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br Paula Kuser Falcão

… visualizar partes específicas de uma proteína como sítios de ligação de pequenas moléculas,

… visualizar partes específicas de uma proteína como sítios de ligação de pequenas moléculas, para entender como a ligação acontece. . . http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br Paula Kuser Falcão

… verificar as distâncias interatômicas. . . http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br Paula

… verificar as distâncias interatômicas. . . http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br Paula Kuser Falcão

… fazer comparações entre estruturas de proteínas, . . . http: //www. cbi. cnpia.

… fazer comparações entre estruturas de proteínas, . . . http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br Paula Kuser Falcão

… visualizar a distribuição de cargas na superfície da proteína, etc. Vermelho: cargas negativas

… visualizar a distribuição de cargas na superfície da proteína, etc. Vermelho: cargas negativas Azul: cargas positivas http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br Paula Kuser Falcão

A informação estrutural é essencial para entender como as moléculas biológicas funcionam e fornece

A informação estrutural é essencial para entender como as moléculas biológicas funcionam e fornece conhecimento para a obtenção de novos medicamentos para cura de doenças como AIDS, Câncer, anemia, diabetes, etc. HIV protease ligado a um inibidor http: //www. cbi. cnpia. embrapa. br Paula Kuser Falcão