Sismos O que um sismo Um sismo um

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Sismos…

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O que é um sismo? Um sismo é um fenómeno natural resultante de uma

O que é um sismo? Um sismo é um fenómeno natural resultante de uma rotura mais ou menos violenta no interior da crosta terrestre, correspondendo à libertação de uma grande quantidade de energia, e que provoca vibrações que se transmitem a uma vasta área circundante. Na maior parte dos casos os sismos resultam de movimentos ao longo de falhas geológicas existentes entre as diferentes placas tectónicas que constituem a região superficial terrestre, as quais se movimentam entre si.

O que é um sismo? Ao longo dos tempos geológicos, a Terra tem estado

O que é um sismo? Ao longo dos tempos geológicos, a Terra tem estado sujeita a tensões responsáveis pela construção de cadeias montanhosas e pela deriva dos continentes. Sob a ação dessas tensões as rochas deformam-se gradualmente e sofrem roturas. A rotura do material rochoso ocorre após terem sido ultrapassados os seus limites de resistência, provocando vibrações ou ondas sísmicas, que se propagam no interior da terra. São estas vibrações que se sentem quando ocorre um sismo.

TEORIA DO RESSALTO ELÁSTICO Segundo a teoria do ressalto elástico, os sismos tectónicos resultam

TEORIA DO RESSALTO ELÁSTICO Segundo a teoria do ressalto elástico, os sismos tectónicos resultam de forças internas sobre as rochas, o que leva à acumulação de energia durante longos períodos de tempo e à deformação das rochas. Num dado momento, ultrapassa-se o limite máximo de acumulação de energia e da resistência das rochas à tensão, ocorrendo uma falha: dá-se a rotura acompanhada pela deslocação dos dois blocos rochosos com enorme libertação de energia, que provoca o sismo.

TEORIA DO RESSALTO ELÁSTICO O deslocamento repentino dos dois blocos da falha origina vibrações

TEORIA DO RESSALTO ELÁSTICO O deslocamento repentino dos dois blocos da falha origina vibrações no solo que se propagam segundo ondas sísmicas. Esse deslocamento permite que a rocha deformada recupere parte da sua forma original Ressalto elástico: dado que a rocha tem um comportamento elástico, após cessar o estado de tensão ela regressa ao seu estado inicial

Causas dos sismos SISMOS TECTÓNICOS - são devidos a movimentos tectónicos (A; B; C)

Causas dos sismos SISMOS TECTÓNICOS - são devidos a movimentos tectónicos (A; B; C) SISMOS DE COLAPSO( ou de implosão) - ocorrem em resultado do abatimento de grutas e cavernas ou ao desprendimento de massa rochosas nas encostas das montanhas (D) SISMOS VULC NICOS - são provocados por fortes pressões que um vulcão experimenta antes de uma erupção e por movimentos de massa magmáticas relacionados com fenómenos de vulcanismo(E).

Causas dos sismos • Movimentos ao longo de falhas geológicas existentes entre diferentes placas

Causas dos sismos • Movimentos ao longo de falhas geológicas existentes entre diferentes placas tectónicas (sismicidade interplaca), o que ocorre na maior parte dos casos; • Movimentos de falhas existentes no interior das placas tectónicas (sismicidade intraplaca) • Deslocações superficiais de terreno, tais como abatimentos e deslizamentos (mais raramente); • Atividade humana (sismicidade induzida): grandes massas de água em barragens, injeção ou extração de fluidos da crosta terrestre ou detonação de explosivos.

Conceitos básicos Macrossismo - Tipo de sismo, cuja agitação do solo é sentida pela

Conceitos básicos Macrossismo - Tipo de sismo, cuja agitação do solo é sentida pela população; tem origem numa rotura tectónica ou erupção vulcânica. Microssismo - Tipo de sismo que não causa danos e é imperceptível pela população; resulta do movimento do solo quer de origem natural (agitação do mar, vento…) quer artificial (trânsito, actividade industrial…) Abalos premonitórios- São pequenos abalos que precedem os sismos e que poderão anunciar a ocorrência de um sismo violento. Réplicas- Sismos de menor magnitude que ocorrem depois do sismo principal(abalo mais forte).

ONDAS SÍSMICAS

ONDAS SÍSMICAS

ONDAS SÍSMICAS ØAs ondas sísmicas são deformações elásticas resultantes da libertação brusca da energia

ONDAS SÍSMICAS ØAs ondas sísmicas são deformações elásticas resultantes da libertação brusca da energia mecânica acumulada em determinados locais do interior do globo. ØA energia libertada no foco/ hipocentro num determinado momento faz entrar em vibração as partículas circundantes mais próximas; cada partícula “atingida” sofre um pequeno deslocamento, oscila e volta à posição inicial de equilíbrio. O movimento e a respectiva energia associada são transmitidos rapidamente a outra partícula. ØO epicentro é o ponto da superfície que fica na vertical do foco Ø Frentes de onda são as superfícies esféricas definidas pelo conjunto de pontos que se encontram na mesma fase do movimento Ø Raios sísmicos são linhas radiais perpendiculares á frente de onda

TIPO DE ONDAS SÍSMICAS Classificam-se de acordo com o modo como as partículas oscilam

TIPO DE ONDAS SÍSMICAS Classificam-se de acordo com o modo como as partículas oscilam em relação à direcção de propagação do raio sísmico: • ONDAS INTERNAS ou de VOLUME ONDAS P (primárias) ou LONGITUDINAIS – são caracterizadas pela vibração das partículas ocorrer paralelamente à direção de propagação da onda. A propagação produz-se por uma série de impulsos alternados de compressão e de distensão, havendo portanto variação do volume do material. São as primeiras a chegar à superfície devido à sua elevada velocidade. Estas ondas propagam-se em meios sólidos, líquidos e gasosos.

TIPO DE ONDAS SÍSMICAS ONDAS S (secundárias) ou TRANSVERSAIS –as partículas vibram num plano

TIPO DE ONDAS SÍSMICAS ONDAS S (secundárias) ou TRANSVERSAIS –as partículas vibram num plano perpendicular à direção de propagação. Estas ondas provocam mudança da forma do material- deformações e distorções, mas não do volume. Têm velocidade inferior à das ondas P, surgindo em segundo lugar. Apenas se propagam através de corpos sólidos.

TIPO DE ONDAS SÍSMICAS ONDAS SUPERFICIAIS –resultam de interferência de ondas do tipo P

TIPO DE ONDAS SÍSMICAS ONDAS SUPERFICIAIS –resultam de interferência de ondas do tipo P e do tipo S com a superfície terrestre. Possuem menor velocidade, propagam-se à superfície ou próximo dela e são responsáveis pelos deslocamentos mais pronunciados das partículas do solo, pelo que são as que causam a maior parte da destruição associada a um sismo. ONDAS DE LOVE (L) – as partículas vibram horizontalmente, deslocando-se perpendicularmente à direção de propagação e paralelamente à superfície

TIPO DE ONDAS SÍSMICAS ONDAS DE RAYLEIGH (R) – as partículas descrevem um movimento

TIPO DE ONDAS SÍSMICAS ONDAS DE RAYLEIGH (R) – as partículas descrevem um movimento elíptico (em sentido contrário aos ponteiros do relógio), num plano perpendicular à direção de propagação, provocando no solo ondulações semelhantes às ondas marinhas.

TIPO DE ONDAS SÍSMICAS

TIPO DE ONDAS SÍSMICAS

REGISTO SÍSMICO

REGISTO SÍSMICO

REGISTO SÍSMICO Quantos sismógrafos são necessários para se poder determinar a direção de propagação

REGISTO SÍSMICO Quantos sismógrafos são necessários para se poder determinar a direção de propagação das ondas sísmicas? N S W E

REGISTO SÍSMICO Que indicações fornecem os sismogramas? • • • Direção de propagação das

REGISTO SÍSMICO Que indicações fornecem os sismogramas? • • • Direção de propagação das ondas. Distância ao epicentro e hipocentro Localização do epicentro e hipocentro. Velocidade das ondas. Período.

Determinação do epicentro de um sismo A distância epicentral é a distância entre uma

Determinação do epicentro de um sismo A distância epicentral é a distância entre uma estação sísmica e o epicentro do sismo. Os tempos de percurso das ondas S e P desde o local do sismo até uma estação dependem da distância epicentral. Pode ser expressa em km ou em função do ângulo epicentral. Assim, determinando no sismograma a diferença de tempo entre a chegada das ondas P e das ondas S, e utilizando nomogramas médios de conversão, é possível estimar a distância epicentral.

Determinação do epicentro de um sismo Conhecendo os dados obtidos por três estações sismográficas,

Determinação do epicentro de um sismo Conhecendo os dados obtidos por três estações sismográficas, basta traçar, com o auxílio de um compasso, três arcos de circunferência centrados nessas estações e cujos raios são as distâncias epicentrais respetivas, para determinar, pela sua interseção, a localização do epicentro.

Escalas de Medida A intensidade de um sismo é medida por escalas: Escala de

Escalas de Medida A intensidade de um sismo é medida por escalas: Escala de Mercalli modificada – A intensidade de um sismo é medida pelos estragos que causa em pessoas, objetos e estruturas. Está dividida por 12 graus. Escala de Richter – Mede a magnitude (energia libertada) do sismo. É mais exata do que a anterior.

Escalas de Medida

Escalas de Medida

Mercalli – GRAU 1 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7

Mercalli – GRAU 1 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Clique para escolher o nível Grau 1 Imperceptível Apenas registado por sismógrafos

Mercalli – GRAU 2 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7

Mercalli – GRAU 2 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Clique para escolher o nível Grau 2 Muito Fraco Sentido nos andares mais elevados

Mercalli – GRAU 3 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7

Mercalli – GRAU 3 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Clique para escolher o nível Grau 3 Fraco Sentido em todos os andares

Mercalli – GRAU 4 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7

Mercalli – GRAU 4 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Clique para escolher o nível Grau 4 Moderado Carros estacionados balançam

Mercalli – GRAU 5 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7

Mercalli – GRAU 5 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Clique para escolher o nível Grau 5 Forte Sentido fora de casa

Mercalli – GRAU 6 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7

Mercalli – GRAU 6 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Clique para escolher o nível Grau 6 Bastante Forte As árvores e os arbustos são visivelmente agitadas

Mercalli – GRAU 7 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7

Mercalli – GRAU 7 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Clique para escolher o nível Grau 7 Muito forte Há estragos em edifícios. As chaminés partem

Mercalli – GRAU 8 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7

Mercalli – GRAU 8 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Clique para escolher o nível Grau 8 Ruinoso Fracturas no chão

Mercalli – GRAU 9 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7

Mercalli – GRAU 9 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Clique para escolher o nível Grau 9 Desastroso Desmoronamento de alguns edifícios

Mercalli – GRAU 10 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7

Mercalli – GRAU 10 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Clique para escolher o nível Grau 10 Destruidor Há cortes nas canalizações

Mercalli – GRAU 11 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7

Mercalli – GRAU 11 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Clique para escolher o nível Grau 11 Catastrófico Caem pontes, diques e barragens

Mercalli – GRAU 12 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7

Mercalli – GRAU 12 Escala de Mercalli 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Clique para escolher o nível Grau 12 Danos quase totais Este grau nunca foi presenciado.

Carta de Isossistas Com o conhecimento da intensidade de um sismo em vários locais,

Carta de Isossistas Com o conhecimento da intensidade de um sismo em vários locais, são elaborados mapas ou cartas de isossistas que permitem ter uma visão alargada da abrangência e dos efeitos do sismo. Isossistas são linhas irregulares, em redor do epicentro, que delimitam zonas de igual intensidade.

Escala Richter Mg Escala Richter e efeitos associados 1 Não é sentido pelas pessoas.

Escala Richter Mg Escala Richter e efeitos associados 1 Não é sentido pelas pessoas. Só os sismógrafos registram 2 É sentido nos andares mais altos dos edifícios 3 Lustres podem balançar. A vibração é igual à de um caminhão passando 3. 5 Carros parados balançam, peças feitas em louça vibram e fazem barulho 4. 5 Pode acordar as pessoas que estão dormindo, abrir portas, parar relógios de pêndulos e cair reboco de paredes 5 É percebido por todos. As pessoas caminham com dificuldades, livros caem de estantes; os móveis podem ficar virados 5. 5 As pessoas têm dificuldades de caminhar, as paredes racham, louças quebram

Escala Richter Mg 6. 5 Escala Richter e efeitos associados Difícil conduzir automóveis, forros

Escala Richter Mg 6. 5 Escala Richter e efeitos associados Difícil conduzir automóveis, forros desabam, casas de madeira são arrancadas fundações. Algumas paredes caem 7 Pânico geral, danos nas fundações dos prédios, encanamentos se rompem, fendas no chão, danos em represas e queda de pontes. 7. 5 Maioria dos prédios desaba, grandes deslizamentos de terra, rios transbordam, represas e diques são destruídos 8. 5 9 Trilhos retorcidos nas estradas de ferro, tubulações de água e esgoto totalmente destruídas Destruição total. Grandes pedaços de rocha são deslocados, objectos são lançados no ar

Como determinar a magnitude de um sismo?

Como determinar a magnitude de um sismo?

Placas Tectónicas A Crosta terrestre está dividida em várias placas rígidas, que estão em

Placas Tectónicas A Crosta terrestre está dividida em várias placas rígidas, que estão em constante movimento. Quando estas placas chocam, crescem esforços de deformação nas rochas e nesses pontos acontecem os grandes terramotos. Indo-Australiana Euro-Asiática Africana Antártica Americana Pacífico

Sismos e Tectónica de Placas Zonas Sísmicas - a vermelho zonas fortemente sísmicas

Sismos e Tectónica de Placas Zonas Sísmicas - a vermelho zonas fortemente sísmicas

Sismos e Tectónica de Placas Ocorrências sísmicas mostradas segundo a profundidade da localização do

Sismos e Tectónica de Placas Ocorrências sísmicas mostradas segundo a profundidade da localização do foco ou hipocentro. Legenda: amarelo (superficiais) = profundidade do foco até 25 Km vermelho (intermédios) = profundidade do foco entre 26 e 75 Km negro (profundos) = profundidade do foco entre 76 e 660 Km

Sismos Intraplaca Os sismos intraplaca ocorrem no interior das placas tectónicas, zonas consideradas geologicamente

Sismos Intraplaca Os sismos intraplaca ocorrem no interior das placas tectónicas, zonas consideradas geologicamente estáveis. É o caso da série de sismos que ocorreram, entre 1811 e 1812, nos Estados Unidos da América, os mais violentos de toda a sua história, com epicentros nas proximidades da fronteira do estado do Missouri com o estado do Tennessee, concretamente em New Madrid.

Zona de colisão entre uma placa oceânica e uma placa continental Os sismos interplaca

Zona de colisão entre uma placa oceânica e uma placa continental Os sismos interplaca são os que ocorrem nas zonas de fronteira de placa, verificando-se uma maior ocorrência nas zonas de colisão. A placa oceânica de Nazca, ao colidir com a placa continental Sul-americana, mergulha sob esta. É precisamente este arrastamento para o interior da geosfera que constitui o mecanismo gerador da maior parte dos sismos que ocorre no Chile, Peru, Equador, Colômbia. . . A actividade sísmica do Japão é provocada por um fenómeno semelhante; neste caso, é a Placa do Pacífico que mergulha sob a Euroasiática.

Colisão entre placas continentais A Índia, de acordo com a Teoria da Tectónica de

Colisão entre placas continentais A Índia, de acordo com a Teoria da Tectónica de Placas, terá sido um continente independente que colidiu com a Ásia; Deste choque, entre as placas Euroasiática e Indo-australiana, resultou a formação dos Himalaias. Ainda hoje estas placas se empurram mutuamente originando tensões que explicam os sismos do Nepal, da China, do Afeganistão, . . .

CONTACTO COM DESLIZAMENTO ENTRE DUAS PLACAS A Falha de Sto. André, na Califórnia, marca

CONTACTO COM DESLIZAMENTO ENTRE DUAS PLACAS A Falha de Sto. André, na Califórnia, marca a fronteira entre a Placa Pacífica e a Norteamericana. As placas deslizam entre si a uma velocidade de 3 cm a 6 cm por ano, originando uma forte tensão e, consequentemente, uma excessiva atividade sísmica na Califórnia e no México.

Formação de Tsunami Quando o epicentro de um sismo com foco pouco profundo se

Formação de Tsunami Quando o epicentro de um sismo com foco pouco profundo se localiza no oceano, pode originar uma onda marinha gigante, designada por tsunami ou raz de maré, sendo também designada por maremoto No momento em que ocorre a libertação de energia, o fundo oceânico é sacudido devido ao movimento ao longo da falha e ocasiona a compressão da massa de água, fazendo com que o nível do mar suba e originando uma vaga designada por tsunami. O sismo, cujo epicentro se localizou próximo da ilha de Samatra, gerou um tsunami que atingiu vários países do Sudeste asiáticos, espalhando um cenário imenso de destruição e caos. Este fenómeno geológico causou milhares de mortos, milhares de feridos e milhares de casas destruídas.

Detecção de Tsunamis A tragédia ocorrida nas zonas costeiras dos países localizados no oceano

Detecção de Tsunamis A tragédia ocorrida nas zonas costeiras dos países localizados no oceano Indico poderia ter sido evitada se aí existissem, tal como acontece, pelo menos, em algumas zonas do Pacífico, pontos de deteção de tsunamis que implicam diferentes tecnologias.

Grandes Zonas Sísmicas q. Cintura mediterrânico-asiática: Estende-se desde a Itália, pelos Balcãs, Ásia Central,

Grandes Zonas Sísmicas q. Cintura mediterrânico-asiática: Estende-se desde a Itália, pelos Balcãs, Ásia Central, Irão, Afeganistão, Himalaias, Tibete e China ocidental. A Turquia fica numa zona de encontro de três placas : Africana, Arábica e Eurásia.

Grandes Zonas Sísmicas q. Zonas de dorsais oceânicas: Formam um alinhamento no sentido norte/sul

Grandes Zonas Sísmicas q. Zonas de dorsais oceânicas: Formam um alinhamento no sentido norte/sul Atlântico que contorna a África do Sul e entra no oceano Índico, para se dividir em dois ramos. Um sobe em direção ao mar Vermelho, onde curva pronunciadamente para terminar no rifte oriental africano; o outro ramo segue em direção a sul, ao redor da Austrália, continua no oceano Pacífico e entra no golfo da Califórnia.

Grandes Zonas Sísmicas q. Cintura circumpacífica : Faixa onde ocorrem os sismos mais violentos

Grandes Zonas Sísmicas q. Cintura circumpacífica : Faixa onde ocorrem os sismos mais violentos e com consequências mais devastadoras em virtude da elevada energia libertada. Esta zona da periferia do oceano Pacífico, também designada como anel de fogo, inclui, por exemplo, a Nova Zelândia, Kermadec, Fiji, Tonga, Samoa, Filipinas, Japão, América Central e do Sul. Cintura Circumpacífica

SISMICIDADE EM PORTUGAL O território de Portugal Continental pode ser delimitado por dois sistemas

SISMICIDADE EM PORTUGAL O território de Portugal Continental pode ser delimitado por dois sistemas sismogénicos: • a sul pela falha Açores. Gibraltar • a oeste pelo rifte da dorsal do Atlântico Norte. A margem oeste-ibérica evidencia sismicidade mais intensa do que seria de esperar em margens do tipo atlântico. A Península Ibérica comporta-se como uma microplaca com o interior mais rígido e estável do que as suas margens. Portugal continental tem sido afetado por muitos sismos, alguns dos quais violentos. Os epicentros dos maiores sismos localizam-se perto do Banco de Gorringe, a Sudoeste do Cabo de São Vicente. O sismo histórico de 1 de Novembro de 1755 foi um dos mais importantes.

SISMICIDADE EM PORTUGAL A simples observação de um mapa de epicentros da Península Ibérica

SISMICIDADE EM PORTUGAL A simples observação de um mapa de epicentros da Península Ibérica permite identificar de imediato uma banda de concentração de atividade sísmica ao longo da fachada atlântica da Península, mais intensa para sul da Galiza, sugerindo algum processo de interação entre as litosferas oceânica e continental ao longo da margem atlântica oeste-ibérica que seja responsável pela actividade tectónica e sísmica regional. Sismicidade em Portugal. A vermelho epicentros.

SISMICIDADE EM PORTUGAL A sismicidade no nosso país está relacionada com a colisão que

SISMICIDADE EM PORTUGAL A sismicidade no nosso país está relacionada com a colisão que se verifica entre as placas Africana e Euro-asiática ( estando o nosso território inserido nesta última) A região Sul de Portugal Continental tem sido mais afetada por sismos de intensidade elevada do que a região Norte. O Algarve, a zona litoral a sul da Figueira da Foz, incluindo o vale inferior do rio Tejo, a Área Metropolitana de Lisboa e a península de Setúbal são as zonas de maior risco sísmico.

SISMICIDADE EM PORTUGAL Algumas das áreas com sismicidade mais relevante são: §Falha da Nazaré

SISMICIDADE EM PORTUGAL Algumas das áreas com sismicidade mais relevante são: §Falha da Nazaré A falha da Nazaré tem apresentado atividade especialmente na parte submersa. Os epicentros dos sismos parecem acompanhar esta zona de fratura. Foi nesta falha que se gerou o sismo de 26 de Dezembro de 1962, com magnitude 5, 7. §Falha do Vale Inferior do Tejo A falha do Vale Inferior do Tejo, com direção aproximada NE-SW, corresponde a uma fonte sismogénica em que se têm verificado vários eventos catastróficos (1344, 1531, 1909), que atingem, por vezes com grande violência, a cidade de Lisboa. Foi nesta falha, provavelmente nas proximidades de Vila Franca de Xira, que ocorreu o sismo de 26 de Janeiro de 1531 (um dos mais energéticos com epicentro em terra), e que destruiu muitas aldeias no Vale de Santarém. Foi também nesta falha que se gerou o sismo de Benavente, em 23 de Abril de 1909 (que destruiu por completo esta vila e várias aldeias próximas, causando, também, danos em Lisboa), cuja magnitude está estimada entre 6 e 7, 6, e que é considerado o sismo mais destruidor, em Portugal Continental, no século XX.

SISMICIDADE EM PORTUGAL §Setúbal Provavelmente associada ao diapirismo (processo de ascensão de massa rochosa

SISMICIDADE EM PORTUGAL §Setúbal Provavelmente associada ao diapirismo (processo de ascensão de massa rochosa menos densa do que as encaixantes, resultando em intrusão das encaixantes acima que podem ser deformadas por este processo, muitas vezes em estruturas dómicas, juntamente com a própria massa intrusiva) verifica-se sismicidade importante nesta zona. Em 27 de Dezembro de 1722 ocorreu um sismo em que Loulé foi quase totalmente destruída (mas alguns autores situam o epicentro ao largo de Tavira, apontando evidências da ocorrência de um tsunami). Também a 12 de Janeiro de 1856 ocorreu um sismo muito importante, com origem provável na falha de Loulé, que causou muitos danos no Algarve, particularmente em Loulé, Tavira e Faro. §Cabo de São Vicente O Golfo de Cádiz é uma área sismogénica, designadamente a zona do banco de Guadalquivir, onde se define um alinhamento de epicentros. Outro alinhamento, com direcção SE-NW, prolonga-se do referido banco até ao cabo de São Vicente (com possível ligação à falha de Portimão). É possível que alguns sismos importantes que afetaram a região algarvia (por vezes com tsunamis associados) tenham sido gerados nestes alinhamentos.

SISMICIDADE EM PORTUGAL §Falha da Vilariça Estruturas ativas nesta área têm provocado sismicidade significativa.

SISMICIDADE EM PORTUGAL §Falha da Vilariça Estruturas ativas nesta área têm provocado sismicidade significativa. Em 19 de Março de 1858 ocorreu um sismo com origem nesta falha que destruiu a vila de Moncorvo. §Évora Esta zona do Alentejo é caracterizada por sismicidade difusa (os registos sísmicos apresentam magnitudes. inferiores a 5). O maior sismo recente ocorreu em Julho de 1998 e teve magnitude 4, 1. §Açores A sismicidade no arquipélago dos Açores é bastante elevada, uma vez que no seu enquadramento tectónico existem várias estruturas sismogénicas. Em oposição, a sismicidade do arquipélago da Madeira, localizado na placa africana, é muito reduzida.

SISMICIDADE EM PORTUGAL De acordo com a carta de distribuição da sismicidade instrumental e

SISMICIDADE EM PORTUGAL De acordo com a carta de distribuição da sismicidade instrumental e histórica foi estabelecida uma zonagem sísmica de Portugal que divide o nosso território em quatro zonas, sendo a zona A a de maior perigosidade e a D a de menor.

SISMICIDADE EM PORTUGAL

SISMICIDADE EM PORTUGAL

Ondas Sísmicas e Descontinuidades Internas O contributo da sismologia para o conhecimento do interior

Ondas Sísmicas e Descontinuidades Internas O contributo da sismologia para o conhecimento do interior da Terra assenta, essencialmente, no estudo da variação de velocidade das ondas P e S à medida que percorrem o interior da Terra. A velocidade das ondas varia: §Diretamente com a rigidez. §Diretamente com a compressibilidade. §Inversamente com a densidade. Densidade – grandeza física que corresponde à relação entre a massa de um corpo e o seu volume. Compressibilidade – é a resistência à variação de volume sem variar a forma. Rigidez – é a resistência de um sólido elástico à deformação, sem variação de volume. É nulo para os fluidos.

Ondas Sísmicas e Descontinuidades Internas Variações bruscas da velocidade das ondas ao serem atingidas

Ondas Sísmicas e Descontinuidades Internas Variações bruscas da velocidade das ondas ao serem atingidas determinadas profundidades permitiram detetar superfícies no interior da Terra que separam materiais composição e propriedades diferentes superfícies de descontinuidade

Descontinuidade de Mohorovicic No início do século XX, Mohorovicic constatou que, a partir de

Descontinuidade de Mohorovicic No início do século XX, Mohorovicic constatou que, a partir de determinada distância do epicentro de um sismo à estação sismológica (distância epicentral), as ondas refratadas atingiam a estação mais rapidamente do que as ondas diretas. Uma vez que as ondas refratadas mergulhariam mais profundamente na Terra com evidente acréscimo de velocidade, aquele sismólogo sugeriu que a alteração da velocidade das ondas seria devida à existência de uma descontinuidade, situada aproximadamente a 35 km de profundidade, a separar um meio superficial, no qual as ondas se deslocam a fraca velocidade - a crusta, de um meio mais profundo, onde a velocidade das ondas é maior - o manto.

MANTO No interior do manto, a uma profundidade de 700 km, a velocidade de

MANTO No interior do manto, a uma profundidade de 700 km, a velocidade de propagação das ondas P e S sofre um ligeiro aumento, sugerindo um aumento de rigidez, facto que justifica a sua divisão em manto superior e manto inferior. Contrariamente, verifica-se que, entre os 100 km e os 350 km de profundidade, ao nível, portanto, do manto superior, a velocidade de propagação das ondas P e S diminui, sugerindo que o material rochoso se encontra num estado de menor rigidez, admitindo-se mesmo que se encontre num estado próximo da fusão e, pontualmente, em fusão parcial, devido à combinação de fatores como a pressão e a temperatura. Esta faixa, situada na zona de baixa velocidade, designa-se por astenosfera e corresponde a uma região caracterizada pela variação das propriedades físicas das rochas que a constituem e não pela variação da sua composição química - as rochas da astenosfera têm menor rigidez do que as rochas que se situam por cima e abaixo dela.

MANTO A existência da astenosfera, dotada de alguma mobilidade devido à sua fluidez parcial,

MANTO A existência da astenosfera, dotada de alguma mobilidade devido à sua fluidez parcial, permite considerar o conjunto de rochas suprajacentes, isto é, as rochas da crusta e de parte do manto superior, como uma unidade rígida a que se dá o nome de litosfera. Os estudos de sismologia, que permitiram estabelecer a existência da astenosfera, vieram, desta forma, dar um importante contributo à teoria da tectónica de placas, uma vez que a mobilidade da astenosfera, resultante do seu estado físico, pode sustentar a convecção necessária para explicar os movimentos das placas litosféricas ou tectónicas

Descontinuidade de Gutenberg No início do século XX, o alemão Gutenberg observou que, para

Descontinuidade de Gutenberg No início do século XX, o alemão Gutenberg observou que, para cada sismo, existe um setor da superfície terrestre onde é impossível registar ondas sísmicas diretas, isto é, ondas sísmicas que atingem a superfície terrestre sem sofrerem desvios na sua trajetória, que no interior da Terra era curvilínea. A esta faixa da superfície terrestre, que se situa a uma distância angular do epicentro compreendida entre os 105° e os 140°, dá-se o nome de zona de sombra.

Zona de sombra das ondas P

Zona de sombra das ondas P

Trajectórias das ondas P e S

Trajectórias das ondas P e S

Descontinuidade de Gutenberg

Descontinuidade de Gutenberg

Descontinuidade de Gutenberg Depois da zona de sombra, apenas as ondas P são registadas

Descontinuidade de Gutenberg Depois da zona de sombra, apenas as ondas P são registadas e com uma velocidade média inferior à que seria esperada. Gutenberg interpretou estes dados associando a ausência de ondas sísmicas na zona de sombra ao desvio que as ondas P sofrem na sua trajectória ao penetrar numa zona com características físicas e químicas muito diferentes. A esta descontinuidade, que estabelece a separação entre o manto e o núcleo, a cerca de 2900 km de profundidade, foi dado o nome de descontinuidade de Gutenberg. O facto de as ondas S não se fazerem sentir após a zona de sombra, bem como o facto de, a partir daí, as ondas P sofrerem um decréscimo significativo da sua velocidade média, leva a crer que esta descontinuidade marca a separação entre um ambiente sólido associado ao manto e um ambiente fluido com uma rigidez quase nula correspondente à camada mais externa do núcleo.

Descontinuidade de Lehmann Estudos posteriores levados a cabo pela dinamarquesa Inge Lehmann puseram em

Descontinuidade de Lehmann Estudos posteriores levados a cabo pela dinamarquesa Inge Lehmann puseram em evidência a existência de um núcleo interno. A partir de registos sismográficos, concluiu-se que uma parte das ondas P que penetram até às regiões mais internas da Terra são refletidas a 5155 km, enquanto outras sofrem, a partir daí, um aumento da sua velocidade. Tendo em conta que a velocidade das ondas P é maior em meios sólidos do que em meios líquidos, é de supor a existência de um núcleo interno no estado sólido. À fronteira entre o núcleo externo (fluido) e o núcleo interno (sólido) dáse o nome de descontinuidade de Lehmann.

Ondas Sísmicas e Descontinuidades Internas

Ondas Sísmicas e Descontinuidades Internas

Podemos prever um sismo? Embora muitos cientistas estejam a fazer investigação nesse sentido, ainda

Podemos prever um sismo? Embora muitos cientistas estejam a fazer investigação nesse sentido, ainda não é possível prever os sismos. No entanto, é possível tentar minimizar os seus efeitos identificando zonas de maior risco, construindo estruturas mais sólidas, promovendo a educação da população, nomeadamente no que diz respeito às medidas de segurança a serem tomadas durante um sismo, e elaborando planos de emergência. O grau de destruição de um sismo depende: • Características do solo • Resistência das construções • Magnitude

O Que fazer?

O Que fazer?

O que fazer antes de um sismo? Em sua casa: Prepare a sua casa

O que fazer antes de um sismo? Em sua casa: Prepare a sua casa por forma a facilitar os movimentos em caso de sismo, libertando os corredores e arrumando os móveis, brinquedos, etc; Oriente as crianças e responsabilize os adultos pela segurança de cada uma; Fixe as estantes e as botijas de gás à parede; Estude os locais de maior protecção distribuindo os seus familiares por eles;

O que fazer antes de um sismo? Em sua casa: Tenha à mão uma

O que fazer antes de um sismo? Em sua casa: Tenha à mão uma lanterna eléctrica e um transístor portátil e pilhas de reserva para ambos, bem como um extintor e um estojo de primeiros socorros; Armazene água em recipientes de plástico fechados e alimentos enlatados para 2 ou 3 dias. Renove-os de tempos a tempos; Ensine a todos os familiares como desligar a electricidade e cortar a água e o gás; Coloque os objectos pesados ou de grande volume no chão ou nas estantes mais baixas;

O que fazer durante um sismo? Em sua casa: Nas habitações colectivas não vá

O que fazer durante um sismo? Em sua casa: Nas habitações colectivas não vá para a rua. As saídas e escadas poderão estar obstruídas. Nunca utilize os elevadores. Tenha cuidado com a queda de objectos, candeeiros ou móveis. Mantenha-se afastado das janelas, espelhos e chaminés. Proteja-se no vão de uma porta interior, no canto de uma sala ou debaixo de uma mesa ou mesmo de uma cama.

O que fazer durante um sismo? Se está na rua: Dirija-se para um local

O que fazer durante um sismo? Se está na rua: Dirija-se para um local aberto, com calma e serenidade. Enquanto durar o sismo não vá para casa. Mantenha-se afastado dos edifícios velhos, altos ou dos postos de electricidade e outros objectos que lhe possam cair em cima. Afaste-se de taludes ou muros que possam desabar.

O que fazer depois de um sismo? O que devo fazer!!!!. . -Domine o

O que fazer depois de um sismo? O que devo fazer!!!!. . -Domine o P NICO, Mantenha a calma. Vá pensando no que deve fazer. Não se precipite para a escada ou para as saídas. Não fume nem faça lume. Não ligue os interruptores. Pode haver fugas de gás ou curto circuitos. Utilize a lanterna eléctrica.

O que fazer depois de um sismo? Corte a água e o gás, desligue

O que fazer depois de um sismo? Corte a água e o gás, desligue a electricidade. Calce sapatos e proteja a cabeça e a cara com um casaco, uma manta, um capacete ou um objecto resistente e prepare agasalho. Verifique se há incêndios. Tente apagá-los. Se o não conseguir, avise os Bombeiros da sua zona. Verifique se há feridos e preste-lhes os primeiros socorros se necessário. Se houver feridos graves não os remova a menos que corram perigo.