Recanto das Letras Poesia on line MOTE por

Recanto das Letras Poesia on line MOTE por: So. Lu. Na. Ma. Ro. Sa O Vinho e Seus Segredos 05/06/2. 009 Rosa Maria Araujo de Campos email: soluamar@oi. com. br http: //recantodasletras. uol. com. br/autores/solunamarosa

Mais do que uma simples bebida alcoólica milenar, muito além de um simples produto mercadológico, o vinho é também sinônimo de ritual, de lazer, de boa companhia, de mistério a ser desvendado, de obra de arte, de dom divino e tantas outras concepções que podem derivar da relação íntima e única que cada apreciador existente ao redor do planeta é capaz de elaborar. ( Jornal O FARROUPILHA (RS), 04/06/2. 009)

nas noites de frio é quase noitinha um bom vinho, um edredon o céu entorna no poente dois corpos no cio um copo de vinho Cristina Saba Humberto Del Maestro "Para não serdes os martirizados e escravos do tempo/ embriagai -vos sem tréguas/ de vinho, de poesia ou de virtudes/ como achardes melhor". Baudelaire

Poetando O bom néctar Para te conquistar O néctar dos deuses fui procurar E nesta verdade símbolo da felicidade e do prazer Alegrei os teus sentidos Com o seu mágico poder Vesti-me dos véus diáfanos da emoção Em deusa me tornei para avassalar o teu coração. O desejo fez-se na união teu corpo e o meu em comunhão Ousados e loucos Uma taça de vinho Fez o alvoroço Par uma noite de amor Ensandecidos pelo ardor Depois da entrega da alma cantamos e franqueámos a evidência do ser. De tta 09. 06. 05

Segredo Na última ceia molhou o bocado, deu para o amigo, cantou um louvor, subiu para o monte, inda sob o efeito, a angústia vestiu-Lhe e o amigo voltou e o beijo inda tinha o olor do maldito. . . Ronaldo Rhusso

Soaroir 5/6/09 - 8: 40 Com 23 fines bouteilles Se compõe uma boa adega De respeitáveis châteaux Numa mesa promissora De restaurant ou bodega Não faltará um Margaux Canon-la Gaffalière Para um homem e uma mulher Derramarem-se em/de amor

VINHO TINTO Eu gosto do vinho tinto. Ainda, ontem, bebi o resto que tinha na garrafa gelada, gostoso com um bom queijo, tal qual os franceses apreciam e me senti bem confortada! Victoria Magna 05 -06 -09

IN VINO VERITAS (no vinho a verdade) a bebida encontra sentidos a língua acha pensamentos a palavra encontra os ouvidos confidências seus alentos as frases entregam os sentidos os secretos escapam pelo ar os medos se tornam ousadias segredos mostram seu lugar tristezas falam de alegrias os copos dizem tudo pelo ar

o tonel traz à tona verdades conjugando parceria de bar petisco revela ansiedades nas razões comuns dalgum lar no vinho transpiram as verdades o gosto e a mente fazem par gesto dessa gente reunida num motivo de confidenciar nalgum lugar juntam sua vida o vinho e o queijo fazem par. Joseph Shafan - 05/06/09 - 11: 35 h

Se quiser vinho, eu venho. Sangue de boi, vinho finesse; vinho Chapinha, beira ao requinte. Na adega suavemente, em tonéis de uva e alcóol nosso amor fica presente, fico tinto de desejos no anoitecer do vinho branco. No amanhecer junto a lareira nosso amor logo se acaba, meu pensar vira vinagre, meu sentir, pura ressaca.

Súplica à Dionisio Duas taças de vinho sobre a mesa, Os teus braços meu corpo conduzindo. . . Nesse tango “caliente”, a vela acesa, Embriagada de amor, te seduzindo! O tremor dessa vela, com leveza, No meu corpo, sensível, vai luzindo. Sei que a noite nos guarda uma surpresa, E o desejo, entre nós, vai traduzindo. . .

Oh! Dionísio! Em qualquer lugar que estejas Eu saúdo-te e imploro em cada taça, Desse vinho que sorvo, pouco a pouco! Oh! Dionísio! Por Zeus, tu me protejas! Sou mortal! Ó! Concede-me a graça De viver este amor, tão ébrio e louco! Edir Pina de Barros POL, 05 de junho de 2009 Mote: So. Lu. Na. Ma. Ro. Sa - O vinho e seus segredos 12: 16

Doce Vinho. . . sol presente, doce vinho desce quente amacia. . . abraçados pele ardente ataca, acata arrepia. . . vira lua vira noite foge dia. . . noite nua vira loba beija boca aprecia. . . Vinho doce

Desce forte corre, escorre alucina. . . Boca beija esquenta sobe montes livre seja ilude, socorre anima. . . Mãos se tocam corpo sente banho quente sol judia. . . Charlyane Mirielle 05/05/2009

*Ao Sabor do Vinho* Quando na distância te avistei Metade branco, metade bordô Uni-me em contrato como lei Dois copos de olhares sequiosos No registro dois sabores febris Na mão dois tim, tim aquosos Nos lábios a massagem do paladar No cálice o sangue sobre o altar sogueira 05/06/2009

Aos Amigos, o Vinho. . . E o vinho veio, E o coração estava no meio, Amor. . . Sei que mentir é feio, Sei que há tensão, Há muito que falar Há o meu e o seu coração Há muito o que se tentar. E o vinho se foi, E deixamos tudo mais pra depois, Amor. . . Sabíamos que era tarde, Mas a gente também sabia Que aquele fogo que arde, Mansinho, mansinho Aquele calor que alivia, Que esquenta nossas tardes Era mais que uma paixão à toa.

E o vinho voltou a ser a uva, Foi colhido, foi provado, Comemos o fruto do nosso pecado E em êxtase nos deitamos Com prazer sussurramos E nos deixamos ficar, lado a lado Ali, no limite da noite e do dia Sob o vinhedo da nossa alegria Deixamos o mundo de fora A tristeza foi-se embora E produzimos a melhor safra O que há de melhor em garrafas E saímos a vender pelo mundo!

Amor, hoje simbólico estou Seja vinho, seja uva, seja flor Seja até o suco dessa fruta Que essa seja a nossa conduta Que esse seja o remédio pra dor E os amigos, reunidos na mesa Confirmando a nossa certeza Eles a nossa maior vivência Demos graças à experiência! Odemilson Louzada Junior Publicado no Recanto das Letras em 05/06/2009

Namorando um Santorini O meu namorado o mais das vezes se parece com vinho frutado leve quando aparece com pressa e passa por mim de repente O meu namorado entende quando lhe digo cuidado com vinho verde pois ele passa depressa há safras boas e más nem sempre é boa a colheita

A vindima perfumada de estrutura poderosa faz lembrar meu namorado vindo de terras vulcânicas a um tempo ácido e seco com seus toques sensoriais vinho claro mas seguro que sabe à uva e ao mar Nilza Azzi (05/06/09 - 17: 24)

O SEGREDO DO MEU VINHO! Uva macia. . . Agradável aos sentidos. Exala em seu odor o segredo do vinho tinto. Nos lábios sedentos do amor. . . É líquido da paixão que percorre o corpo. . . Num prazer reconfortante. Aroma. . . Envolvente. . . Inebriante. . . Apurando os sentidos num instante. Incendiando o coração. . . Percorrendo o sangue. Uva macia. . . Agradável aos sentidos. . . Sou taça de vinho tinto. . . Degustada nos lábios sedentos do amor MARISOL

Brindando a paz Adocicado, a ele me (a)Porto Forte, encorpado, marcante Em palavras e gestos que noto Presença intensa, apaixonante! Nas taças, escritos da História Momentos de amor e romance Lembrança da derrota e glória O tempo corre, além do alcance. Por fim, gentil cavalheiro repousa Escolhe a vida entre o rosé e o tinto Brindando a paz , o amor desposa Em devaneios por um mundo extinto. HM Estork CCoelho

Experimento um sabor que fascina. Faz voltar aos tempos alegres Surge outra vez a menina Um bom vinho, não há como negar Restaura o coração perturbado Sabor envolvente, singular Por favor mais uma taça, a derradeira. No saborear do vinho, libero minha essência. Auristela Fusinato Wilhelm Poesia On - Line - 05/06/2009 Mote: “O VINHO E SEUS SEGREDOS” Enviado por So. Lu. Na. Ma. Ro. Sa

Transformações No cálice sagrado o segredo, Volátil, etérea bebida, Que pelos tempos não foi perdida. Nele inalterável olhar quedo. Escolhida para representar O mistério da conversão, Transformou uma bendita mão A água em vinho para celebrar. Num momento de fé e oração Revive sempre no sacrifício A sua entrega ao pai num suplício, Vinho, agora sangue, salva o irmão. Mardilê Friedrich Fabre 05/6/2009

No auge da paixão o sabor adocicado dos seus lábios. Seu gosto a me embriagar, bebida forte, desejos despertos, e as cores mais insinuantes, das formas de amor que vivemos. Intensidade de corpo, de sentir. . . Nada há que se compare a junção de nós dois. todos os orgasmos, todos os amores. . . depois de tanta paixão. O vinho suaviza o momento que se refaz, até descobrirmos que a madrugada ainda amante. . . Dita o nosso querer. . . @-; Mariah Bonitah

**MINHA GRANDE DESCOBERTA** Vania Staggemeier Na antiga varanda. . . Uma porta semi-aberta. . . Um porão como adega. . . Em tardes de quimeras. . . Passei sozinha com meu silêncio. . . Encontrei naquele mundo. . . O pulsar da solidão. . . O Sol por uma fresta. . . Parecia me espionar. . . Um armário e tantas taças. . . Algumas mesas e cadeiras. . . Parecia um bar de faroeste. . .

Uma antiga vitrola a tocar uma musica cigana. . . Acendi algumas velas e comecei a dançar. . . Bebi daquele vinho sem me embriagar. . . Cantei palavras com beleza e sedução. . . Um cheiro inebriante naquele clima envolvente. . . Um arrepio e tanta emoção envolvida. . . Em deliciosas sensações. . . Seria o vinho e seus mistérios. . . (*_*) Poesia On- line 05/06/09 Mote: O vinho e seus mistérios!

Paixão Grená Exótico perfume multicor. Desliza do verde dos vinhedos. Ao saboroso rose imperial. Derramando-se em grená amor. Sabor inebriante envolto em magia. Recria momentos cingidos. De corações levemente embriagados. Ao torpor que o sabor contagia.

Envolvente tal hastes retorcidas. Em proteção às uvas em abraço. Derrama calor em sensibilidade. Cumplicidade em aroma de sabor. Brasão natural de antiga realeza. Equinócio dos barris sangrados. Seus segredos, bênçãos absorvidas. De encanto. . . Paixão. . . Sedução. So. Lu. Na. Ma. Ro. Sa Em: 05/06/2. 009

Formatação: So. Lu. Na. Ma. Ro. Sa Rosa Maria Araujo de Campos Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (Citar nome do autor e o link onde está publicado a obra). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.