Portugus 11 ano ROMANTISMO FREI LUS DE SOUSA

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- Português - 11º ano ROMANTISMO FREI LUÍS DE SOUSA Almeida Garrett

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ROMANTISMO • Romantismo… - Tendência que se manifesta nas artes e na literatura do

ROMANTISMO • Romantismo… - Tendência que se manifesta nas artes e na literatura do final do século XVIII até o fim do século XIX; - Nasce na Alemanha, na Inglaterra e na Itália, mas é na França que ganha força e de lá se espalha pela Europa e pelas Américas; - Opõe-se ao racionalismo e ao rigor do neoclassicismo; - Caracteriza-se por defender a liberdade de criação e privilegiar a emoção; - As obras valorizam: - o individualismo - o sofrimento amoroso - a religiosidade cristã - a natureza - os temas nacionais - o passado

ROMANTISMO • A tendência é influenciada pela tese do filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712 -1778)

ROMANTISMO • A tendência é influenciada pela tese do filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712 -1778) de que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe também está impregnada de ideais de Liberdade da Revolução Francesa (1789). Delacroix

ROMANTISMO • ARTES PLÁSTICAS… - O romantismo chega à pintura no início do século

ROMANTISMO • ARTES PLÁSTICAS… - O romantismo chega à pintura no início do século XIX. - Na Espanha, o principal expoente é Francisco Goya (1746 -1828). - Na França destaca-se Eugène Delacroix (1798 -1863), com sua obra Dante e Virgílio. - Na Inglaterra, o interesse pelos fenómenos da natureza em reacção à urbanização e à Revolução Industrial é visto como um traço romântico de naturalistas como John Constable (1776 -1837). - O romantismo na Alemanha produz obras de apelo místico, como as paisagens de Caspar David Friedrich (1774 -1840).

ROMANTISMO LITERATURA. . . - A poesia lírica é a principal expressão. - Também

ROMANTISMO LITERATURA. . . - A poesia lírica é a principal expressão. - Também são frequentes os romances. - Frases directas, vocábulos estrangeiros, metáforas, personificação e comparação são características marcantes. - Amores irrealizados, morte e fatos históricos são os principais temas. - O marco da literatura romântica é “Cantos e Inocência” (1789), do poeta inglês William Blake (1757 -1827). - O livro de poemas Baladas Líricas, do inglês William Wordsworth (17701850), é uma espécie de manifesto do movimento. - O poeta fundamental do romantismo inglês é Lord Byron (1788 -1824). - Na linha do romance histórico, o principal nome é o escocês Walter Scott (1771 -1832). - Na Alemanha, o expoente é Goethe (1749 -1832), autor de “Fausto”. - O Romantismo impõe-se na França no fim da década de 1820 com Victor Hugo (1802 -1885), autor de “Les Miserables”. - Outro dramaturgo e escritor francês importante é Alexandre Dumas (1802 -1870), autor de “Le. Trois Mosqueteiros”.

ROMANTISMO • MÚSICA… - Os compositores buscam liberdade de expressão. Para isso… flexibilizam a

ROMANTISMO • MÚSICA… - Os compositores buscam liberdade de expressão. Para isso… flexibilizam a forma e valorizam a emoção; exploram as potencialidades da orquestra e também cultivam a interpretação a solo; resgatam temas populares e folclóricos, que dão ao romantismo carácter nacionalista. - A transição do classicismo musical, que acontece já no século XVIII, para o romantismo é representada pela última fase da obra do compositor alemão Ludwig van Beethoven (1770 -1827). - Nas sonatas e em seus últimos quartetos de cordas, começa a se fortalecer o virtuosismo. - De suas nove sinfonias, a mais conhecida e mais típica do romantismo é a nona. - As tendências românticas consolidam-se depois com Carl Maria von Weber (1786 -1826) e Franz Schubert (1797 -1828). - O apogeu, em meados do século XIX, é atingido principalmente com Felix Mendelssohn (1809 -1847), autor de Sonho de uma Noite de Verão, Hector Berlioz (1803 -1869), Robert Schumann (1810 -1856), Frédéric Chopin (1810 -1849) e Franz Liszt (1811 -1886). No fim do século XIX, o grande romântico é Richard Wagner (1813 -1883), autor das óperas românticas “O Navio Fantasma” e “Tristão e Isolda”.

ROMANTISMO • TEATRO… - A renovação do teatro começa na Alemanha. - Individualismo, subjetividade,

ROMANTISMO • TEATRO… - A renovação do teatro começa na Alemanha. - Individualismo, subjetividade, religiosidade, valorização da obra de Shakespeare (1564 -1616) e situações próximas do quotidiano são as principais características. - O drama romântico em geral opõe num conflito o herói e o vilão. - Os dois grandes expoentes são os poetas e dramaturgos alemães Goethe e Friedrich von Schiller (1759 -1805). - Victor Hugo é o grande responsável pela formulação teórica que leva os ideais românticos ao teatro. - Os franceses influenciam… - os espanhóis, como José Zorrilla (1817 -1893), autor de “Don Juan Tenório”; - os portugueses, como Almeida Garrett (1799 -1854), de “Frei Luís de Sousa”; - os italianos, como Vittorio Alfieri (1749 -1803), de “Saul”; - e os ingleses, como Lord Byron (1788 -1824), de “Marino Faliero”.

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) • Introdução - A tragédia

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) • Introdução - A tragédia é uma forma dramática ou peça de teatro, em geral solene, cujo fim é excitar o terror ou a piedade, baseada no percurso e no destino do protagonista ou herói, que termina, quase sempre, envolvido num acontecimento funesto. Nela se expressa o conflito entre a vontade humana e os desígnios inelutáveis do destino, nela se geram paixões contraditórias entre o indivíduo e o coletivo ou o transcendente. - Em sentido lato, pode abranger qualquer obra ou situação marcada por acontecimentos trágicos, ou seja, em que se verifique algo de terrível e que inspire comoção. - A palavra tragédia vem do grego trágos + odé, que significa canto dos bodes ou canto para o bode. Crê-se que resultou de os atores se vestirem com pele de cabra ou de, primitivamente, na Grécia, nas festas em louvor a Dionísio (o deus grego do vinho e da alegria, tal como Baco entre os Romanos), se sacrificar um bode (tragos) ao som de canções (odé) executadas por um corifeu (elemento destacado do coro, que pode cantar sozinho) acompanhado por um coro.

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) • A origem da tragédia

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) • A origem da tragédia como teatro parece ter acontecido em 534 a. C. , quando um corifeu chamado Téspis decidiu encarnar a personagem Dionísio, dramatizando os ditirambos (composições líricas corais) num diálogo com os restantes elementos do coro, que passou a ter um papel de espectador privilegiado ao interpretar os sentimentos dos outros espectadores. • Se os cantos e as danças, entusiastas, com sátiras a alguns aspectos da vida permitiram o aparecimento da comédia, as reflexões mais sérias e tristes que mostravam os aspectos negativos da existência, muitas vezes pela crença num destino funesto, provocaram o aparecimento da tragédia.

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) • Estrutura da tragédia clássica

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) • Estrutura da tragédia clássica grega As partes principais da tragédia clássica grega são: - o Prólogo (introdução e preparação para a entrada do coro); - o Párodo (entrada do coro), - Episódios (cenas no palco, entre os cantos corais, com os actos que constituíam a intriga); - Estásimos (trechos líricos executados pelo coro); - o Epílogo (desenlace ou desfecho). • A tragédia clássica latina (influenciada pela comédia nova grega) apresentava o Prólogo (exposição inicial), os Episódios (os actos que constituíam a intriga) e o Êxodo (desenlace ou desfecho).

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) • Elementos intrínsecos característicos da

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) • Elementos intrínsecos característicos da tragédia Na tragédia, percebe-se o seguinte percurso sequencial: - hybris (desafio do protagonista aos deuses, às autoridades ou ao destino); - páthos (sofrimento intenso como consequência do desafio e capaz de despertar a compaixão do espectador); - agnórise ou anagnórise (reconhecimento de um facto inesperado), que desencadeia o clímax (crescendo trágico até à peripécia, ou seja, à mudança repentina de estado nas personagens, muitas vezes como resultado da agnórise); - katastrophé ou catástase (desfecho trágico). - cathársis (reflexão purificadora, purgação das emoções dos espectadores); • Outros elementos sempre presentes são: - fatum (o destino (moira) que persegue as personagens); - némesis (vingança dos deuses, ou do destino, perante o desafio arrogante do homem); - ananké (necessidade como fatalidade); - phóbos (sentimento de terror, de medo); - éleos (sentimento de piedade).

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) 1 A 1 • Ésquilo

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) 1 A 1 • Ésquilo é o primeiro poeta trágico clássico, a que se lhe seguiram Sófocles e Eurípides, que acrescentaram outros actores ao corifeu, podendo cada um desempenhar vários papéis com recurso a máscaras. • Entre os romanos, foram importantes dramaturgos Lívio Andrónico e Séneca. • Na época clássica, merecem referência Shakespeare, Calderón de la Barca, Corneille, Racine ou o português António Ferreira, com “A Castro”. • Na época moderna, os grandes representantes da tragédia são Ibsen, Strindberg e Tchekhov.

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) • Frei Luís de Sousa

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) • Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett, apesar de ser um drama romântico, pode aproximar-se da tragédia clássica na medida em que é possível encontrar quase todos os elementos da tragédia, embora nem sempre obedeça à sua estruturação objetiva; assim, é uma obra híbrida. • Tal como foi teorizada e cultivada pela Antiguidade greco-latina e pela literatura clássica, a tragédia, tem um conjunto de convenções rígidas de género: - com a intervenção de personagens heróicas em conflito com deuses vingadores; - subordinadas a um fatum inelutável. É um género extinto desde o Romantismo.

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) • G. Genette afirma a

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) • G. Genette afirma a necessidade de se distinguir "tragédia" e "trágico“: - o género "tragédia", definido na Poética de Aristóteles, por oposição a outro género nobre, a epopeia, e a um género menor, a comédia, com outra realidade "puramente temática e de ordem mais antropológica do que poética: o trágico, isto é, o sentimento da ironia do destino ou a crueldade dos deuses" (id. ibi. , p. 25, trad. ). • O recurso ao "trágico" na época contemporânea pode traduzir-se na introdução do arcaboiço temático ou estrutural da tragédia sob outros discursos, como o romanesco, como sucede, por exemplo, em Os Maias, de Eça de Queirós.

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) • Drama Romântico - Modalidade

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) • Drama Romântico - Modalidade do drama, que, como tal, privilegia a dinâmica do conflito, o drama romântico veicula conflitos emocionais, muitas vezes em situação do quotidiano. - No romantismo, em geral, despreocupado com uma expressão realista do mundo, opunha num conflito o herói e o vilão, embora a temática se tecesse sempre em volta de acontecimentos de cariz sentimental e amoroso.

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) • Garrett, recorrendo a muitos

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) • Garrett, recorrendo a muitos elementos da tragédia clássica, constrói um drama romântico, definido… - pela valorização dos sentimentos humanos das personagens; - pela tentativa de racionalmente negar a crença no destino, mas psicologicamente deixar-se afectar por pressentimentos e acreditar no sebastianismo; - pelo uso da prosa em substituição do verso e pela utilização de uma linguagem mais próxima da realidade vivida pelas personagens (diferente do tom solene da tragédia clássica); - sem preocupações excessivas com algumas regras, como a presença do coro ou a obediência perfeita à lei das três unidades (ação, tempo e espaço).

FREI LUÍS DE SOUSA - A. GARRETT • Importância - Frei Luís de Sousa,

FREI LUÍS DE SOUSA - A. GARRETT • Importância - Frei Luís de Sousa, que continua a ser considerado um clássico da literatura de língua portuguesa e uma das criações máximas do seu teatro, foi inicialmente apenas lido a um grupo seleto de amigos do autor (entre os quais Herculano). - A primeira representação fez-se em privado, no teatro da Quinta do Pinheiro, no mesmo ano de 1843, tendo o próprio Garrett desempenhado o papel de Telmo. - A peça só teve a sua estreia pública em 1847, no Teatro do Salitre, em versão censurada pelo regime cabralista. - A versão integral só foi levada à cena no então Teatro Nacional (atual Teatro Nacional de D. Maria II), em 1850.

FREI LUÍS DE SOUSA - A. GARRETT # • Temas: - Um dos temas

FREI LUÍS DE SOUSA - A. GARRETT # • Temas: - Um dos temas mais importantes da obra é, sem dúvida, o da liberdade de amar, mesmo contra as convenções sociais da época. - A personagem de Maria de Noronha, a filha adolescente perfeitamente inocente dos atos de seus pais, é a própria personificação da beleza e da pureza que pode ser engendrada mesmo por uma relação socialmente condenável. - A receção da obra não deixou de ver nisto um paralelo com a vida do autor, que se separara da primeira mulher para viver em mancebia com D. Adelaide Pastor, da qual tivera igualmente uma filha ilegítima. - O tema do amor livre interessou igualmente Alexandre Herculano e foi abundantemente glosado no segundo romantismo português, nomeadamente por Camilo Castelo Branco.

FREI LUÍS DE SOUSA - A. GARRETT • Sinopse da Obra Esta obra de

FREI LUÍS DE SOUSA - A. GARRETT • Sinopse da Obra Esta obra de Almeida Garrett aconteceu no decorrer do século XVI, retrata a vida de D. Manuel Coutinho e da sua esposa D. Madalena de Vilhena, uma mulher muito supersticiosa, que acredita que qualquer sinal que achasse fora do normal era uma chamada de atenção para ações futuras, um presságio. Enquanto que D. Manuel, um homem corajoso, patriota, provado historicamente que era possuidor de um grande amor por Madalena, não se importa com o passado da sua esposa. Mas Madalena vive com muitos receios em relação ao facto do seu primeiro marido, D. João de Portugal, que, apesar de se pensar que terá sido morto na batalha de Alcácer Quibir, está ainda vivo e regressa a Portugal tornando ilegítimo o casamento de D. Manuel. Este facto valoriza o amor, mesmo contra os ideais sociais da época.

FREI LUÍS DE SOUSA, A. GARRETT (CONTINUAÇÃO da sinopse) • O dramatismo desta obra

FREI LUÍS DE SOUSA, A. GARRETT (CONTINUAÇÃO da sinopse) • O dramatismo desta obra é mais acentuado quando o autor concede ao casal uma filha, Maria de Noronha, uma jovem que sofre de tuberculose. Pura, ingénua, curiosa, corajosa, perfeitamente inocente dos atos dos seus pais, é a personificação da própria beleza e pureza que se consegue originar mesmo num casamento condenável. É-lhes concedido também um aio, Telmo Pais, que ainda é leal ao seu antigo amo, D. João de Portugal, para além de ser contra o segundo casamento de D. Madalena. Conselheiro atencioso e prestativo que tem um carinho enorme por Maria.

FREI LUÍS DE SOUSA, A. GARRETT • CONTINUAÇÃO da sinopse • O desfecho da

FREI LUÍS DE SOUSA, A. GARRETT • CONTINUAÇÃO da sinopse • O desfecho da obra é originado por Manuel de Sousa que incendeia a sua casa a fim de não alojar os governadores. Ao perceber que D. Manuel destruíra a sua própria casa, onde residia o quadro de D. Manuel, Madalena toma esta situação como um presságio, pressentindo que iria perder D. Manuel tal como perdeu a sua casa e o seu quadro. Consequentemente, Manuel vê-se forçado a habitar na residência que dantes fora de D. João de Portugal. Este regressa à sua antiga habitação, como romeiro, e frisa as apreensões de Madalena ao identificar o quadro de D. João. Com esta revelação, o casal decide ingressar na vida religiosa adoptando novos nomes: Frei Luís de Sousa e Sóror Madalena.

FREI LUÍS DE SOUSA, A. GARRETT CONTINUAÇÃO da sinopse • O conflito desenvolve-se num

FREI LUÍS DE SOUSA, A. GARRETT CONTINUAÇÃO da sinopse • O conflito desenvolve-se num crescente até ao clímax, provocando um sofrimento (pathos) cada vez mais cruel e doloroso. • Esta obra está tão bem organizada, ou seja, os acontecimentos estão bem organizados, que nada se pode suprimir sem que se altere o conflito e o respectivo desenlace. Considera-se um drama romântico pois possui algumas características de um clássico: o nacionalismo, o patriotismo, a crença em agoiros e superstições, o amor pela liberdade (elementos românticos); indícios de uma catástrofe, o sofrimento crescente, o reduzido número de personagens, peripécias, o coro (elementos clássicos).

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) • Na peça “Frei Luís

Tragédia Clássica vs Drama Romântico (F. L. S. ) • Na peça “Frei Luís de Sousa” é possível identificar diversas características românticas, que justificam a classificação de "drama romântico" que lhe atribuiu o seu autor (na Memória ao Conservatório Real): - o amor da Pátria (o patriotismo e o nacionalismo de Manuel de Sousa Coutinho; o idealismo patriótico de Maria); - o amor pela Liberdade (quase uma nova religião); - a religiosidade, as crenças, os agouros, as superstições, as visões; - a apologia do individualismo (o conflito entre a sociedade e o indivíduo, entre o código moral e o desejo de ser feliz), a morte como solução para os problemas; - o fatalismo (o destino comanda a vida das personagens) e a evidente intenção pedagógica (a problemática dos filhos ilegítimos, a denúncia da falta de patriotismo de alguns). • Para além destes aspectos, há ainda ao longo da intriga dramática uma atmosfera psicológica do sebastianismo com a crença no regresso do monarca desaparecido e a crença no regresso da liberdade. Telmo Pais é quem melhor alimenta estas crenças, mas Maria mostra-se a sua melhor seguidora. Percebe-se também uma atmosfera de superstição, nomeadamente desenvolvida em redor de D. Madalena.