ORIENTAO VOCACIONAL Mogi Guau SP 2018 Easy Rider

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ORIENTAÇÃO VOCACIONAL Mogi Guaçu- SP 2018

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL Mogi Guaçu- SP 2018

Easy Rider Eu quis saber, quis descobrir o meu lugar Quis encontrar onde me

Easy Rider Eu quis saber, quis descobrir o meu lugar Quis encontrar onde me encaixar ou o que encaixasse em mim Investiguei e revirei o meu passado E procurei por provas – evidências E me achei um nó pior do que pensei E eu tentei desatar fio por fio Buscando o fio da meada Por mais que eu saiba, descobri que eu nada sei Pois para saber é preciso trilhar o caminho Registrar cada momento E buscar seguir o rumo, mesmo que haja uma pedra Uma tempestade O rumo estará lá, a meta, a seta (incerta), é bem verdade Mas aponta Aqui me apresento como alguém que quis saber [o que ia ser quando crescer] E hoje só quer ser, e o que vai ser do meu futuro? Eu não sei, mas saberei se eu for Paola, 16 anos (com arroubos de escritora e talento tão incerto como o ritmo desta "poesia")

A ESCOLHA PROFISSIONAL TAMBÉM TEM HISTÓRIA A ideia de que o indivíduo escolhe sua

A ESCOLHA PROFISSIONAL TAMBÉM TEM HISTÓRIA A ideia de que o indivíduo escolhe sua ocupação ou profissão a partir das condições sociais em que vive e em função de suas habilidades, aptidões, interesses e dons (vocação) não é uma ideia que sempre existiu. Essa concepção surgiu quando o modelo de produção capitalista se instalou na sociedade. Antes do capitalismo, o indivíduo tinha sua ocupação determinada pelos laços de sangue, isto é, sua ocupação vinha de berço. Os servos teriam seus filhos e netos sempre servos; os filhos de senhores seriam sempre senhores.

A ESCOLHA PROFISSIONAL TAMBÉM TEM HISTÓRIA No capitalismo, o sujeito liberta-se dos laços de

A ESCOLHA PROFISSIONAL TAMBÉM TEM HISTÓRIA No capitalismo, o sujeito liberta-se dos laços de sangue. Agora, ele precisa vender sua força de trabalho para sobreviver, nada mais é determinado “naturalmente”. A ideologia do capitalismo semeia a ideia de que o indivíduo “pode ser tudo”. O filho do operário não será obrigatoriamente um operário, pode ser doutor, por exemplo, desde que se esforce, estude, trabalhe e lute. Ou seja, tudo depende dele, seu destino está em suas mãos.

A ESCOLHA COMO MOMENTO DECISIVO A sociedade e sua ideologia responsabilizam o sujeito por

A ESCOLHA COMO MOMENTO DECISIVO A sociedade e sua ideologia responsabilizam o sujeito por suas escolhas, camuflando todas as influências sociais determinantes de sua opção. Fica assim sobre os ombros do jovem a responsabilidade de, considerando todas as condições, seus interesses e possibilidades, realizar sua escolha profissional. Sem dúvida, o momento da escolha profissional é importante para o jovem, pois é um momento de conflito e de escolha de um futuro profissional, que ocupará a maior parte do tempo de sua vida.

A ESCOLHA COMO MOMENTO DECISIVO Contudo, não se pode considerar que o futuro de

A ESCOLHA COMO MOMENTO DECISIVO Contudo, não se pode considerar que o futuro de uma pessoa dependa exclusiva ou principalmente de sua opção profissional e, tampouco, que a escolha de uma profissão não possa ser, a qualquer momento, alterada. A construção de um futuro é resultado da combinação de uma série de fatores, dentre eles a escolha de uma profissão. Assim, pode-se dizer que a escolha profissional (que é um momento de conflito e por isso um momento difícil) é um fator importante, porém, não exclusivo, na construção de um futuro.

O QUE É VOCAÇÃO? Deixando de lado sua conhecida primeira significação, especificamente religiosa, a

O QUE É VOCAÇÃO? Deixando de lado sua conhecida primeira significação, especificamente religiosa, a palavra inglesa “vocation” se utiliza em dois sentidos (Shorter Oxford English Diccionary): a) tendência a uma determinada atitude, inclinação, disposição (em espanhol: vocação); b) a tarefa, atividade, ocupação ou profissão à qual se dedica uma pessoa (em espanhol: ocupação, profissão, trabalho).

O QUE É VOCAÇÃO? Em português, de acordo com o Novo Dicionário da Língua

O QUE É VOCAÇÃO? Em português, de acordo com o Novo Dicionário da Língua Portuguesa o conceito vocacional é entendido como referente à vocação: teste vocacional. Vocação, do latim vocatione, significa ato de chamar, escolha, chamamento, predestinação, tendência, disposição, talento, aptidão.

O CONCEITO VOCACIONAL O conceito vocacional parece ser mais utilizado pelo psicólogo clínico e

O CONCEITO VOCACIONAL O conceito vocacional parece ser mais utilizado pelo psicólogo clínico e pelo cliente numa expectativa de que ao procurar atendimento psicológico "descobrirá" suas vocações, seu talento e responderá indagações, do tipo: em que eu me daria bem, teria sucesso, seria feliz e ganharia dinheiro?

O CONCEITO VOCACIONAL Uma pesquisa categorizada no tema escolha vocacional examinou, predominantemente, fatores que

O CONCEITO VOCACIONAL Uma pesquisa categorizada no tema escolha vocacional examinou, predominantemente, fatores que afetam a escolha de uma ocupação em adolescentes ou adultos jovens. Os estudos investigaram a influência de gênero, raça e etnia, orientação sexual, valores do trabalho, interesses ou família na escolha de uma carreira ou especialidade.

O CONCEITO VOCACIONAL Observou-se que uma área relativamente nova de investigação no período em

O CONCEITO VOCACIONAL Observou-se que uma área relativamente nova de investigação no período em estudo (de 1991 a 1993) trata da influência da família sobre a escolha vocacional. As pesquisas analisadas enfocaram o papel dos pais, pai e mãe separadamente ou juntos ou a interação entre pais e filhos na escolha vocacional.

O CONCEITO VOCACIONAL Outros artigos trataram da influência da raça/etnia, cultura ou orientação sexual

O CONCEITO VOCACIONAL Outros artigos trataram da influência da raça/etnia, cultura ou orientação sexual sobre a escolha vocacional. Algumas publicações empiricamente investigaram raça/etnia como um fator na escolha vocacional. E, Alguns desses autores verificaram que conselheiros de carreira exercem influência social sobre clientes através da administração e interpretação de testes.

O CONCEITO VOCACIONAL Para facilitar a compreensão dos conceitos vocacional e profissional, aqui compreendido

O CONCEITO VOCACIONAL Para facilitar a compreensão dos conceitos vocacional e profissional, aqui compreendido como equivalente ao conceito ocupacional, recomenda-se refletir, também, sobre a diferenciação que Bohoslavsky fez sobre os conceitos identidade vocacional e identidade ocupacional.

O CONCEITO VOCACIONAL Para ele: Uma pessoa tem identidade ocupacional, ou melhor, adquiriu uma

O CONCEITO VOCACIONAL Para ele: Uma pessoa tem identidade ocupacional, ou melhor, adquiriu uma identidade ocupacional ao integrar suas diferentes identificações e saber o quer fazer, de que modo e em que contexto. Portanto, a identidade ocupacional incluirá um quando, um à maneira de quem, um com que, um como e um onde. Ao contrário, a identidade vocacional é uma resposta ao para que e ao por que da responsabilização dessa identidade ocupacional.

O CONCEITO VOCACIONAL O vocacional relaciona-se com o sentido que se encontra na vida,

O CONCEITO VOCACIONAL O vocacional relaciona-se com o sentido que se encontra na vida, o que se pretende ser. O ocupacional refere-se ao fazer que permite acionar tal sentido de vida. O vocacional sem o ocupacional é fantasia, sonhos, esperança. O ocupacional sem o vocacional é automatização, fazer sem sentido, alienação. Pode-se pensar a vocação com um sentido que cada pessoa dá à sua vida, como resultado da síntese entre disposições, tipo de personalidade e aprendizagens. Trata-se de ser e tal projeto manifesta-se na profissão escolhida sob influência de determinantes sociais, familiares, culturais, políticos e econômicos, no fazer de cada pessoa.

VOCAÇÃO E DOM: UMA MISTIFICAÇÃO DA ESCOLHA A vocação do ser humano é exatamente

VOCAÇÃO E DOM: UMA MISTIFICAÇÃO DA ESCOLHA A vocação do ser humano é exatamente não ter vocação nenhuma, ou seja, em se tratando da história do ser humano, desde o seu surgimento até agora, o que diferencia o homem de todos os outros animais é exatamente sua não-especialização (biológica) para nenhuma atividade específica. Assim, as abelhas sempre construirão as colmeias; as formigas, os formigueiros; as aranhas, as teias; o joão-de-barro, sua casa de barro e, o homem não: o Alexandre será analista de sistemas; a Wilma, psicóloga; o Gustavo, empresário; a Lídia, médica; o Pedro, motorista de caminhão; o Francisco, torneiro mecânico, etc.

VOCAÇÃO E DOM: UMA MISTIFICAÇÃO DA ESCOLHA O homem tem de buscar suas formas

VOCAÇÃO E DOM: UMA MISTIFICAÇÃO DA ESCOLHA O homem tem de buscar suas formas de sobrevivência, diferentemente dos animais e, essas formas estão além de seu aparato biológico. Isto é, o aparato biológico de um homem pode conter características que facilitem a realização de determinados trabalhos e não de outros. Há indivíduos que nascem com o chamado ouvido absoluto; assim, outros poderão apresentar características inatas que estariam relacionadas com um determinado tipo de trabalho ou profissão. Contudo, não são essas características biológicas do indivíduo que promovem sua realização profissional e sequer permite falar em vocação, talento ou dom.

VOCAÇÃO E DOM: UMA MISTIFICAÇÃO DA ESCOLHA O aparato biológico do sujeito entra em

VOCAÇÃO E DOM: UMA MISTIFICAÇÃO DA ESCOLHA O aparato biológico do sujeito entra em contato com um meio físico e social e, esta interação biológico-social é que será a fonte das determinações do indivíduo. A ideia de vocação, no entanto, resiste na sociedade. Os jovens procuram descobrir suas vocações e os cientistas (principalmente psicólogos) criam técnicas para descobri-las.

VOCAÇÃO E DOM: UMA MISTIFICAÇÃO DA ESCOLHA A concepção persiste quando se fala da

VOCAÇÃO E DOM: UMA MISTIFICAÇÃO DA ESCOLHA A concepção persiste quando se fala da vocação ou talento dos negros para o futebol, vocação das mulheres para serem mães, e, pessoas vocacionadas para serem pobres e outras para serem ricas. A noção de vocação é usada para esconder as desigualdades sociais, ou melhor, dizendo, para justificá-las. Essas desigualdades, tão familiares a todos, são produzidas pela estrutura social, que, para se manter, exige que existam indivíduos trabalhando (vendendo sua força de trabalho) e outros acumulando e administrando o capital. Entretanto, essas desigualdades têm sido justificadas pela concepção das diferenças individuais.

VOCAÇÃO E DOM: UMA MISTIFICAÇÃO DA ESCOLHA E assim, se o indivíduo é pobre

VOCAÇÃO E DOM: UMA MISTIFICAÇÃO DA ESCOLHA E assim, se o indivíduo é pobre e torna-se um operário (sua profissão) e o outro torna-se um médico, utiliza-se o argumento de que um não tem capacidade, não se esforçou, não tem talento nem vocação para ser médico, por isso é um operário. Além de todo o preconceito criado em torno destas justificativas (de que o trabalho de um operário tem menor importância do que o de um médico) esconde-se as verdadeiras determinações sociais desses diferentes futuros.

VOCAÇÃO E DOM: UMA MISTIFICAÇÃO DA ESCOLHA Com a ideia de vocação, pode-se ainda

VOCAÇÃO E DOM: UMA MISTIFICAÇÃO DA ESCOLHA Com a ideia de vocação, pode-se ainda dizer que o indivíduo não teve sucesso porque não escolheu a profissão para a qual tinha vocação, isto é, não identificou corretamente sua vocação. É preciso sempre considerar as multideterminações que agem sobre o indivíduo (fatores biológicos, sociais, psicológicos) determinando sua escolha profissional e seu futuro.

O GRUPO SOCIAL O grupo familiar e o grupo de amigos são apontados pelo

O GRUPO SOCIAL O grupo familiar e o grupo de amigos são apontados pelo psicólogo argentino Bohoslavsky como os dois grupos de onde vêm as principais pressões e os principais elementos para que o indivíduo se referencie quando escolhe qualquer coisa, inclusive sua profissão. O grupo de amigos fornece, em geral, uma referência positiva, isto é, o indivíduo utiliza as referências positivamente, enquanto, o grupo familiar pode, eventualmente, fornecer referências que o indivíduo procura rejeitar com sua escolha. Isto ocorre porque as relações no grupo familiar são sabidamente mais complexas. O grupo familiar não é opcional, como ocorre com o grupo de amigos.

O GRUPO SOCIAL Os valores desses grupos, as satisfações ou insatisfações que seus elementos

O GRUPO SOCIAL Os valores desses grupos, as satisfações ou insatisfações que seus elementos apresentam com suas ocupações, as expectativas que apresentam em relação à escolha do jovem são fatores fundamentais. Assim, o pai que terá seu filho como seguidor, herdeiro de seus negócios, prepara-o para isto desde cedo, e ao jovem não se pode nem colocar a possibilidade de mudar de rumo. O pai que considera seu trabalho de baixo valor social procurará direcionar a escolha de seu filho no caminho da superação daquela situação social, como por exemplo, o pai operário que sonha com o filho doutor.

MITO FAMILIAR A concepção de mito familiar classifica a família como um sistema fechado,

MITO FAMILIAR A concepção de mito familiar classifica a família como um sistema fechado, onde não há mudanças, questionamentos ou quem contradiz e não estabelece trocas com o ambiente onde está inserido. Alguns autores frisam a possibilidade do mito se modificar através das gerações seguintes. Vale ainda ressaltar que, a família considerada como um sistema fechado é pouco orientado no sentido evolutivo, sendo sujeita então a permanecer imutável, sendo assim, um mito será reproduzido em gerações sucessivas, conservando a estrutura e os papéis designados a cada um.

MITO FAMILIAR Contudo, mudanças são possíveis e ocorrem, pois as funções dos membros podem

MITO FAMILIAR Contudo, mudanças são possíveis e ocorrem, pois as funções dos membros podem se modificar e transformar. É mais útil considerar os mitos como sendo estruturas que se constroem e se movem no tempo. O mito familiar esta presente em todas as famílias e se constrói no decorrer do tempo vivido, baseando-se em fatos ocorridos e na cultura, que podem se alterar de acordo com o desenvolvimento da família, e ainda que exista um modo de vivência no mundo em que se está inserido, cada organização familiar tem sua particularidade.

MITO FAMILIAR Os mitos organizam a nossa consciência e direciona para um caminho, no

MITO FAMILIAR Os mitos organizam a nossa consciência e direciona para um caminho, no qual nenhum homem contemporâneo tem consciência do mito que vive em seu interior, em razão de já estar enraizado, desta forma os impulsos que levam as escolhas/caminhos se tornam dinâmicos, porque não há a percepção destes mitos. Passado Presente Futuro

MITO FAMILIAR Há uma grande relação dos mitos com o passado, presente e futuro,

MITO FAMILIAR Há uma grande relação dos mitos com o passado, presente e futuro, tal como a identidade do individuo, que exercem um efeito sobre sentimentos, pensamentos e atitudes e são influenciados pelas experiências pessoais, sociais e familiares. Os mitos podem apresentar as mais amplas questões de identidade, (“quem sou eu? ”), de direção (“para onde vou? ”) e de propósito da vida (“por que eu estou aqui? ”).

MITO FAMILIAR Por meio dos mitos, interpreta-se o passado, compreende-se o presente e encontra-se

MITO FAMILIAR Por meio dos mitos, interpreta-se o passado, compreende-se o presente e encontra-se orientação para o futuro. E é neste contexto que se insere a escolha profissional, uma vez que os mitos orientam as escolhas, podem também orientar as escolhas profissionais. Salienta-se a importância e a possibilidade do conhecer os conteúdos familiares, visto que pode haver diversos fatores que podem influenciar qualquer decisão, atitude ou escolha.

MITO FAMILIAR Escolher uma carreira significa deixar outras opções, muitas vezes abandonar ou seguir

MITO FAMILIAR Escolher uma carreira significa deixar outras opções, muitas vezes abandonar ou seguir expectativas familiares. O adolescente ao seguir uma profissão pode estar seguindo, confrontando ou transformando um mito familiar; isso pode ocasionar o sucesso ou o fracasso profissional, uma vez que a insatisfação da escolha pode levar a não realização profissional e, seguir o mito não significa garantia de sucesso, assim como a confrontação ou transformação não significa fracasso.

MITO FAMILIAR Deste modo, a orientação pode auxiliar o jovem a conhecer seus mitos

MITO FAMILIAR Deste modo, a orientação pode auxiliar o jovem a conhecer seus mitos familiares e resolver os conflitos relacionados a isso. É vista então como um momento de transformação dos mitos familiares, facilitando o processo de escolha, que será realizada de forma mais consciente, ocasionando assim uma escolha mais “correta”. É neste sentido que, ao conhecer os mitos familiares, pode-se não só ajudar o jovem no momento da escolha da profissão como também auxiliar seu futuro sucesso profissional, uma vez que ele poderá realizar uma escolha mais madura e ajustada.

HISTÓRIA PESSOAL Chega-se então, ao indivíduo que escolhe. Este ser, rico em elementos internos,

HISTÓRIA PESSOAL Chega-se então, ao indivíduo que escolhe. Este ser, rico em elementos internos, procura, ao escolher uma profissão, planejar um ser para si mesmo — “O quero ser na vida? ”. O processo de escolha de profissão é, pois, um momento do processo de identidade do indivíduo.

HISTÓRIA PESSOAL Entram assim, em sua escolha, todos os elementos que ingressaram em seu

HISTÓRIA PESSOAL Entram assim, em sua escolha, todos os elementos que ingressaram em seu mundo psíquico. Suas expectativas em relação a si mesmo, seus gostos, as habilidades que já desenvolveu até o momento, a profissão das pessoas que lhe são significativas, as imagens registradas no seu mundo interior relacionadas às profissões, a percepção que tem de suas condições materiais, seus limites e possibilidades, seus desejos, tudo aquilo que deseja negar, tudo aquilo que deseja afirmar, enfim, todo seu mundo interno é mobilizado para a escolha profissional.

HISTÓRIA PESSOAL Conhecer os mecanismos de transformações sociais torna-se relevante, tendo em vista o

HISTÓRIA PESSOAL Conhecer os mecanismos de transformações sociais torna-se relevante, tendo em vista o objetivo da orientação, ou seja, instrumentar a pessoa a realizar escolhas conscientes e autônomas, baseadas em informações precisas sobre a realidade. Nas reflexões sobre tais metamorfoses, cabe questionar os seus efeitos na vida do jovem, futuro trabalhador, daquele já inserido na população economicamente ativa, daquele em vias de se aposentar e dos aposentados.

HISTÓRIA PESSOAL As mudanças são significativas para as pessoas em qualquer momento da trajetória

HISTÓRIA PESSOAL As mudanças são significativas para as pessoas em qualquer momento da trajetória ocupacional, mas, sobretudo para aqueles que se encontram num momento peculiar de suas vidas, na adolescência, tendo como uma das tarefas de desenvolvimento definir sua identidade vocacional/ocupacional seja através dos estudos universitários ou técnicos ou através da inserção mais rápida no mundo do trabalho. Cabe indagar quais as expectativas de futuro, quais as consequências da ausência de emprego para os adolescentes.

HISTÓRIA PESSOAL As consequências psicossociais mais graves do desemprego na população jovem, descritas nos

HISTÓRIA PESSOAL As consequências psicossociais mais graves do desemprego na população jovem, descritas nos trabalhos de investigação, são: ausência de ambição, uma vida sem esperanças, sem objetivos, a preocupação e a inatividade. Nas investigações sobre os jovens desempregados percebe-se o desespero, o pessimismo inicial e depois a resignação e apatia, a ausência de esperança face ao futuro, o abandono da busca de um trabalho e uma vaga hostilidade para com a sociedade.

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL Os conceitos orientação vocacional, profissional, educacional e ocupacional estão associados ao campo

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL Os conceitos orientação vocacional, profissional, educacional e ocupacional estão associados ao campo do comportamento vocacional. A evolução do conceito orientação profissional, no Brasil, refere-se ao movimento inicial de orientação nos Estados Unidos. No momento em que as preocupações com a formação profissional se estenderam às escolas, surgiu a expressão “Educational Guidance”, ou seja, Orientação Educacional.

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

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ORIENTAÇÃO VOCACIONAL Bohoslavsky definiu a orientação vocacional como um campo de atividades dos cientistas

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL Bohoslavsky definiu a orientação vocacional como um campo de atividades dos cientistas sociais, que constitui uma ampla gama de tarefas realizadas em nível de diagnóstico, de investigação, de prevenção e a solução da problemática vocacional. Para ele, os procedimentos utilizados no processo de orientação frente à situação de escolha são de competência do psicólogo, do pedagogo, do sociólogo, do professor secundário, entre outros. Porém, o autor destacou a existência de um campo privativo do psicólogo, referindo-se ao diagnóstico e solução dos problemas que os indivíduos têm em relação a seu futuro, como estudantes e profissionais, no sistema econômico da sociedade a que pertencem.

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL Delimitando a atuação, especificamente na área da Psicologia, definiu orientação vocacional como

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL Delimitando a atuação, especificamente na área da Psicologia, definiu orientação vocacional como os procedimentos dos psicólogos especializados, cujos clientes são as pessoas que enfrentam, em determinado momento de sua vida em geral, a passagem de um ciclo educativo a outro, a possibilidade e a necessidade de tomar decisões. Isto faz da escolha um momento crítico de mudança na vida dos indivíduos. De como as pessoas enfrentam e elaboram essa mudança dependerá do desenvolvimento posterior, a situar-se em algum ponto do continuum que vai da saúde à doença como quer que elas sejam concebidas.

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL Bohoslavsky referiu-se, em sua proposta, prioritariamente ao trabalho desenvolvido com adolescentes, argumentando

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL Bohoslavsky referiu-se, em sua proposta, prioritariamente ao trabalho desenvolvido com adolescentes, argumentando ser este o período onde emergem os problemas de ordem vocacional. Para ele, entre 15 e 19 anos configuram-se os conflitos relativos ao acesso ao mundo adulto, em termos ocupacionais.

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL Pimenta, na crítica que fez às teorias, pontuou que se a orientação

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL Pimenta, na crítica que fez às teorias, pontuou que se a orientação vocacional significa o processo pelo qual se ajuda uma pessoa a escolher uma ocupação, a preparar-se para ela, ingressar e progredir nela, ela não se reduz à psicologia, porque, ajudar uma pessoa não se reduz a ajudá-la psicologicamente (identificar aptidões, interesses, autoconceito). Esta ajuda é parcial e fragmentária, visto que, a pessoa não é a soma de constructos psicológicos; e também não é parte da psicologia (como não o é da sociologia, da economia, por exemplo). O indivíduo não é o resultado da soma destas ciências (ou das explicações destas ciências).

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL Muller enfocou o campo da orientação vocacional como partilhado e interdisciplinar unindo,

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL Muller enfocou o campo da orientação vocacional como partilhado e interdisciplinar unindo, duas vertentes básicas: a psicológica (pessoas que colocam problemas, dúvidas, crises em seus projetos de vida estudantil ou de trabalho) e a pedagógica (pessoas que necessitam aprender acerca de si mesmos, informar-se sobre dados da realidade educacional e ocupacional, aprender a fazer projetos e a colocá-los em prática – escolher, imaginar, decidir).

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL Para Levenfus, a Orientação Vocacional/Ocupacional é um atendimento clínico breve. É breve

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL Para Levenfus, a Orientação Vocacional/Ocupacional é um atendimento clínico breve. É breve não pelo tempo, mas pela especificidade, ou seja, por ser um tipo de atendimento indicado particularmente em situações de crises, de mudanças, ou transição de etapas evolutivas. Portanto, a intervenção breve é recomendada em orientação vocacional, uma vez que produz maior ajustamento nas relações com o meio (comunicação, trabalho), aumento da autoestima, da sensação de bem-estar pessoal, ampliação de perspectivas pessoais, esboço inicial de alguns tipos de 'projeto' individual.

ESTUDO DE CASO

ESTUDO DE CASO

Familiares (Mulheres) Mãe (Ana Bernadete) Avó Paterna (Ana Paula) Avó Materna (Beatriz Ana) O

Familiares (Mulheres) Mãe (Ana Bernadete) Avó Paterna (Ana Paula) Avó Materna (Beatriz Ana) O que fez e O que gostaria de ter feito Professora, dona de casa, orientadora na pastoral. Gostaria de ter feito psicologia Dona de casa. Adorava conversar, ajudar as pessoas e dar conselho. Professora Gostaria de ter feito enfermagem Donas de Casa Bisavós (Ana/Maria/Ana/Maria)

Familiares (Homens) O que faz e O que gostaria de ter feito Pai (Tadeu)

Familiares (Homens) O que faz e O que gostaria de ter feito Pai (Tadeu) Bancário (empréstimo rural) Gostaria de ter feito geografia. Avô Paterno (Cláudio) Trabalhava no comércio e politica Avô Materno (Evandro) Fazendeiro e agricultor Gostaria de ter feito medicina veterinária ou agronomia. Bisavós (Pedro/Manoel/João/Cirilo) Agricultores

Relação de Nomes (Familiares) e Ocupações Tadeu (pai) Trabalha em Banco com Empréstimo Rural

Relação de Nomes (Familiares) e Ocupações Tadeu (pai) Trabalha em Banco com Empréstimo Rural Ana Bernadete (mãe) Dona de Casa, Orientadora na Pastoral. Daniel (irmão) Advogado Laura (irmã) Psicóloga Roberto (irmão) Cursa Agronomia Fabiano (irmão) Estudando Para Vestibular Ana Beatriz Estudando Para Vestibular

CONSIDERAÇÕES FINAIS Certamente, tantas alterações afetam o processo de “escolha” da carreira profissional. Analisar

CONSIDERAÇÕES FINAIS Certamente, tantas alterações afetam o processo de “escolha” da carreira profissional. Analisar os determinantes que influenciam a escolha sempre foi objeto de preocupação da Orientação Vocacional/Profissional e atualmente cabe destacar, também, a necessidade de dar atenção maior à velocidade das mudanças. Significa pensar a questão trabalho, enquanto atividade neste contexto e nos novos papéis exigidos do governo, do empresariado, dos trabalhadores e do cidadão em geral.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A avaliação da prática leva incontestavelmente a reflexões sobre o uso de

CONSIDERAÇÕES FINAIS A avaliação da prática leva incontestavelmente a reflexões sobre o uso de instrumentos, métodos e técnicas na intervenção em Orientação Vocacional/ Profissional. É preciso avaliar a adequação no uso de determinados instrumentos tanto para a avaliação como para a intervenção. Os instrumentos e técnicas configuram-se como recursos facilitadores de procedimentos de intervenção em Orientação Vocacional/ Profissional.

“O Projeto de Vida é algo inacabado que deve ser revisto e alterado todas

“O Projeto de Vida é algo inacabado que deve ser revisto e alterado todas as vezes que for necessário. ”

TESTE VOCACIONAL

TESTE VOCACIONAL

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 14 ed. São Paulo: Saraiva, 2008. FILOMENO, Karina. Mitos familiares, escolha profissional: uma visão sistêmica/– 1 ed. – São Paulo: Vetor, 1997. SILVA, Lucy Leal Melo; JACQUEMIN, André. Intervenção em orientação vocacional/profissional – 1 ed. – São Paulo: Vetor, 2001.