Faculdade Municipal Professor Franco Montoro Estados Depressivos Depresso

Faculdade Municipal Professor Franco Montoro Estados Depressivos, Depressão e Suicídio. Alunas: Anna Beatriz, Islany, Thaís. / Mogi Guaçu – SP, 6 de março de

Introdução ➢ A depressão é a principal causa psiquiátrica incapacitante atualmente; Sendo a depressão maior unipolar a mais comum. ➢ Médicos não psiquiátricos tendem a fazer um diagnostico errado ao se tratar de estados depressivos ➢ Com o diagnostico errado, vem o tratamento errado. ➢ O número de casos é crescente a cada ano. ➢ A grande maioria das patologias mentais, acaba acompanhando um estado depressivo. ➢ A depressão subclínica também é preocupante, e pode causar outros problemas secundários.

➢ Atípica Tipos de Depressão ➢ Endógena ➢ Distímica

Atípica Era mais conhecida com os nomes de “depressão neurótica” ou “depressão reativa”. Seu perfil é único e resulta de alguma forma de crise existencial, por razões predominantemente internas ou externas.

Endógena Resulta de causas orgânicas e manifesta-se com sintomatologia mais típica, adquirindo características “unipolares” (os sintomas são unicamente depressivos) ou “bipolares” (os sintomas tanto podem ser da esfera depressiva ou, em um pólo oposto, de natureza “maníaca”). Apesar de serem endógenas, comumente elas podem ser desencadeadas por fatores ambientais, assemelhando-se qualitativamente à depressão atípica.

Distímica Esta denominação corresponde à depressão que comumente era chamadas de “crônica”

➢ Os sintomas variam de acordo com o grau e individualidade de cada paciente. Sintomas ➢ O risco de suicídio é um agravante nos estados depressivos, e deve ser monitorado.

Sintomas ➢Sentimentos culposos sem causa definida; ➢Exacerbada intolerância a perdas e frustrações; ➢Alto nível de exigências consigo próprio; ➢ Extrema submissão ao julgamento dos outros; ➢Baixa auto-estima; ➢Autodenegrimento; ➢Sentimento de perda do amor parte de todos; ➢Sensação de ser um fracassado e de que nada mais vale a pena; ➢Permanente estado de que existe um desejo que jamais será alcançado;

➢ ‘’Vazio de mãe’’. Depressão anaclítica: resulta de um primitivo “vazio de mãe”. ➢ Identificação com um objeto perdido. Principais Causas Corresponde ao clássico aforismo de Freud – “a sombra do objeto recai sobre o ego” – , com um luto mal-elaborado desse objeto, de maneira que propicia a instalação de quadros “melancólicos” ➢ Depressão por perdas. Tanto de objetos importantes – especialmente quando foram perdas prematuras, traumáticas e significativas – como também de partes do ego, tal como acontece nas “depressões involutivas”, quando o sujeito que está entrando em idade mais avançada sente estar perdendo o vigor físico, a concentração, a memória, etc.

➢ Depressão causada por culpa. Neste caso, a depressão é determinada pela ação punitiva de um superego tirânico. • Identificações patógenas: em especial aquelas que, particularmente, tenho proposto a denominação de “identificação com a vítima”. Principais Causas ➢ Ruptura com papéis designados. A depressão provém da ação de um “ego ideal” – que obriga o sujeito a corresponder aos inalcançáveis ideais que o seu narcisismo original exige –, bem como de um “Ideal de Ego”, que resulta das expectativas grandiosas que os pais e o ambiente circundante depositaram no sujeito, desde bebezinho, atribuindo-lhe papéis que ele deverá executar pelo resto da vida, caso contrário, despertam nele uma sensação de traição, vergonha e humilhação

➢Depressão decorrente do fracasso narcisista: Bastante mais freqüente do que possa parecer, este estado depressivo é conseqüente de algum tipo de fracasso que o sujeito – quando estiver fortemente fixado na “posição narcisista” – sofre diante das suas enormes demandas de obtenção de êxitos sucessivos, dinheiro, poder, prestígio, etc. Principais Causas ➢ Pseudodepressões É muito comum que determinadas pessoas atravessem a vida inteira aparentando desvalia e pobreza que não correspondem à sua realidade, assim procedendo por razões tais como: a) o medo de atrair a inveja retaliadora dos demais. b) O receio de provocar uma depressão naqueles que o invejarem. c) O medo de vir a ser considerado pelos outros como uma inesgotável fonte de provimento das necessidades deles, e daí o risco de vir a ser exigido, cobrado e sugado. d) Uma forma de parecer ser um, sacrificado, sofredor, o que lhe representa ser uma espécie de “passaporte” para merecer o amor dos demais, etc.

Possíveis Tratamentos ➢ É primordial que o analista saiba reconhecer e diferenciar inicialmente com qual tipo de depressão se está lidando, para poder saber a melhor forma de tratamento. Como por exemplo, alguns casos são muito complexos por envolverem um paciente que possui ansiedade crônica juntamente com um quadro depressivo. ➢ Deve-se considerar que alguns casos envolvem perdas precoces física ou afetiva da mãe, o que gera um estado permanente de carência, juntamente com raiva reprimida e desesperança. Os pacientes com esses casos são propensos a somatização, vingativos e rancorosos. ➢ Oposições a mudanças são comuns no estado depressivo. ➢ Nos casos de perda, o paciente tende a idealizar o terapeuta de forma inconsciente. A idealização pode ser usada como ferramenta inicial da terapia, porém, deve ser gradativamente desfeita. ➢ Nos casos de culpa, a maior cautela do terapeuta deve ser relacionada a tendência do paciente de criar um vínculo masoquista.

Possíveis Tratamentos ➢ Nas depressões relacionadas a identificações patógenas, é preciso promover a desidentificação. ➢ Depressão relacionada a rupturas podem envolver sentimentos de traição e ingratidão, assim como somatização. ➢ Sobre as pseudodepressões, o terapeuta deve ter a capacidade de distinção entre um verdadeiro estado depressivo, e um estado de falsa depressão. Ao compreender a diferença, o terapeuta deve decidir a melhor forma de manejar o estado do paciente. ➢ Quando o paciente faz utilização de medicação antidepressiva, a terapia deve fazer um complemento entre a medicação e a terapia. ➢ Crianças e adolescentes já são considerados possíveis pacientes que sofrem com algum tipo de depressão.

Filmes - Suicide Room (Sala Samobójców, 2011) ( - O Babadook (The Babadook, 2014) Melancolia (2011) - Coringa (The Joker, 2019) Patch Adams (1998) - Com Amor, Van Gogh (2017) Mary Shelley (2018) - - - As Horas (2002) - Not Alone (2017) O Lado Bom da Vida (Silver Linings, 2012)

Livros A Redoma de Vidro (Sylvia Plath, 1963) - O Demônio do Meio-Dia: Uma Anatomia da Depressão (Andrew Solomon, 2001) Mrs Dalloway (Virgínia Woolf, 1925) - As Virgens Suicidas (Jeffrey Eugenides, 1993) - - O Corvo (Edgar Allan Poe, 1845) Live or Die (Anne Sexton, 1966) Os Sofrimentos do Jovem Werther (Johann Wolfgang von Goethe, 1774) - O Triste Fim do Pequeno Menino Ostra (Tim Burton, 2010) -

Artistas Edgar Allan Poe - † 1894, envenenamento. – Estados Unidos - Virgínia Woolf - † 1941, afogamento. – Inglaterra - Sylvia Plath - † 1963, intoxicação. – Estados Unidos - Vincent van Gogh - † 1890, ferimento fatal. - Holanda - Florbela Espanca - † 1930, overdose. – Portugal - Robin Williams - † 2014, asfixia. – Estados Unidos - Chris Cornell - † 2017, enforcamento. – Estados Unidos - Ryunosuke Akutagawa - † 1927, overdose. – Japão - Sócrates - † 399 a. C, envenenamento. - Grécia - Yusunari Kawabata - † 1972, asfixia. – Japão - Ana Cristina César - † 1983, queda. – Brasil - Anne Sexton - † 1974, intoxicação. – Estados Unidos - - Cesare Pavese - † 1950, overdose. – Itália Ernst Weiss - † 1940, ferimento fatal. – República Checa

Fontes: Zimerman, D. (2004). Estados depressivos. In David Zimerman. Manual de Técnica Psicanalítica: uma revisão. Porto Alegre, Art. Med, p. 299 -304.