FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA ROBERTO WAGNER JNIOR
FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA. ROBERTO WAGNER JÚNIOR Enfermeiro 1
CONCEITO l O Diabetes mellitus (DM) é um grupo de doença metabólicas caracterizadas por hiperglicemia, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. 2
TIPOS l. DM 1 – ocorre devido a destruição das células beta pancreáticas por processo auto-imune (doença de Addison) ou desconhecido (idiopático). 3
TIPOS l DM 2 – ocorre devido a defeitos na ação da insulina (resistência) e secundariamente à disfunção das células beta, a maioria de seus portadores tem excesso de peso ou gordura central. l RESISTÊNCIA À INSULINA – é o estado no qual ocorre menor captação de glicose por tecidos periféricos (muscular, adiposo e hepático). 4
TIPOS l DMG – hiperglicemia no período gestacional que pode se resolver no pós-parto, porém retorna anos depois em grande parte dos casos. 5
RASTREAMENTO DO DM 2 FATORES DE MAIOR RISCO: l Idade > 45 anos l Sobrepeso (IMC > 25 kg/m 2) l Obesidade central (cintura abdominal > 102 cm para homens e > 88 cm para mulheres) l Antecedentes familiares (mãe ou pai) de diabetes l Hipertensão arterial (> 140/90 mm. Hg) l Colesterol HDL baixo (<35 mg/dl) e triglicérides alto (>150 mg/dl) 6
RASTREAMENTO DO DM 2 História de macrossomia ou diabetes gestacional. l Diagnóstico prévio de síndrome de ovários policísticos l Sedentarismo l Acantose nigricans l 7
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL - IMC l IMC = P/ A 2 Normal 18, 5 – 24, 9 Kg/m 2 Sobrepeso 25, 0 – 29, 9 Obesidade I 30, 0 – 34, 9 Obesidade II 35, 0 – 39, 9 Obesidade III > = 40 Ministério da Saúde, 2002 8
OBESIDADE ANDRÓIDE l Circunferência abdominal - tem mostrado ser suficiente para estabelecer risco, sendo considerados os limites normais cintura abdominal < 102 cm para homens e < 88 cm para mulheres. l Relação cintura-quadril - definida pela divisão entre a última costela e a crista ilíaca pelo perímetro dos quadris a nível dos trocânteres femorais. Índices superiores que 0, 8 em mulheres e 0, 9 em homens definem distribuição central de gordura. 9
PRINCIPAIS SINTOMAS DE DIABETES l Poliúria, polidpsia, polifagia e perda involuntária de peso. l Fadiga, fraqueza, letargia, prurido vulvar, balanopostite e infecções de repetição. 10
RASTREAMENTO/ MONITORAÇÃO l GLICEMIA CAPILAR Glicemia Capilar ao acaso < 140 mg/dl Normal 141 – 199 Exame duvidoso 200 – 270 Exame alterado > 270 Provável diabetes Ministério da Saúde, 2002 11
DIAGNÓSTICO l GLICEMIA DE JEJUM VENOSA Glicemia < 110 mg/dl Venosa de jejum 110– 125 > 126 * Tolerância ** Repetir Normal Exame alterado* Diabetes mellitus** à glicose diminuída o exame 12
TESTE ORAL DE TOLER NCIA À GLICOSE (TOTG – 75 g) l O teste é realizado com medidas de glicemia nos tempos de 0 e 120 minutos, após a ingestão de 75 g de glicose anidra. OBS: realizado quando glicemia venosa de jejum for > 110 mg/dl e < 126 mg/dl. Tolerância diminuída à glicose: Glicemia entre 140 e 199 mg/dl Diabetes mellitus: Glicemia maior ou igual a 200 mg/dl 13
DIABETES GESTACIONAL l Diagnóstico fornecido com os mesmo parâmetros utilizados fora da gestação. 14
AVALIAÇÃO INICIAL HISTÓRIA: l Resultados de exames relacionados ao diagnóstico; l Sintomas de diabetes; l Padrões alimentares e de atividade física; l Uso de medicação que altere a glicemia; l Tratamento prévio (auto-medicação); l História familiar de diabetes; l História obstétrica; l Infecções: pele, pés, dentes e urinárias; l Presença de complicações crônicas. 15
AVALIAÇÃO INICIAL EXAME FÍSICO: l Peso e altura; l Circunferência abdominal; l Cavidade oral; l Avaliar a acuidade visual l Maturação sexual; l Pés; l Pulsos periféricos; l Pressão arterial; l Pele. 16
PESO E ALTURA 17
CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL 18
CAVIDADE ORAL 19
ACUIDADE VISUAL ESCALA DE SNELLEN 20
EXAME DOS PÉS Avaliar edema em MMII l Testar sensibilidade táctil, vibratória e por pressão cutânea. l Avaliar pulsos arteriais periféricos l Observar se há presença de lesões l 21
EXAME DOS PÉS 22
LOCAL DO TESTE Testar no 1º, 3º e 5º dedos e metatarsos 23
EXAME DOS PÉS PULSO TIBIAL POSTERIOR 24
EXAME DOS PÉS PULSO PEDIOSO 25
PRESSÃO ARTERIAL 26
AVALIAÇÃO INICIAL LABORATÓRIAL: l Glicemia de jejum; l Glicosúria; l Cetonúria; l Hemoglobina glicada (A 1 C); l Colesterol HDL, LDL e Triglicérides; l Creatinina sérica; l Sumário de urina. 27
GLICOSÚRIA Teste que mede a quantidade de glicose na urina. l Esvaziar a bexiga, ingerir água, aguardar 30 minutos, urinar e efetuar a glicosúria. l O teste só é positivo a partir de 180 mg/dl. É justamente a partir deste valor que os rins passam a "filtrar" a glicose na urina. l Resultado deve ser negativo ou inferior a 5 g/l l 28
CETONÚRIA É o exame que nos indica o nível de cetona na urina, o que ocorre quando há um acentuado estado de descontrole metabólico. l Este teste deve ser realizado sempre que a glicemia capilar estiver acima de 250 300 mg/dl. l 29
HEMOGLOBINA GLICADA Glicemia média num período anterior de 60 a 90 dias a hemoglobina vai incorporando glicose. l Caso as taxas de glicose apresentem níveis elevados no período, haverá um aumento da hemoglobina glicada (A 1 C). l 30
TRATAMENTO 31
TRATAMENTO Mudanças no estilo de vida: Alimentação; l Atividade física; l Controle do tabagismo. l 32
ALIMENTAÇÃO l Controle a quantidade de alimentos a ser ingerida. l Utilize alimentos ricos em fibra, tais como frutas e vegetais frescos; pão e cereais integrais; feijão e legumes; arroz integral, cevada e aveia. Todos evitam que o nível de glicose suba muito rapidamente depois de sua ingestão. l Elimine manteiga, margarina, óleo, molhos de saladas e creme na comida ou durante o preparo da refeição. 33
l Evite carne com gordura, leite integral, queijo e frituras. Retire a pele da galinha, separe a gordura da carne antes de cozinhar ou comer. Tome leite semi-desnatado ou desnatado. l Tome cuidado com o que pedir em restaurantes e lanchonetes. As comidas do gênero "fast food" geralmente têm muita gordura. l Uso moderado de adoçantes não-calóricos (ciclamato, sucralose, sacarina, aspartame, acesulfame e stévia). 34
l A pressão arterial alta é comum em pessoas com diabetes. Por isso, não utilize sal nos alimentos, mesmo no seu preparo. Use temperos sem sal, como alho em pó, cebola, pimenta e ervas. l Evite alimentos como carnes defumadas, batatas fritas, salames. Eles contém muito sal. l Leia os rótulos das embalagens. Elas costumam trazer o valor nutritivo e as calorias dos alimentos, entre outras importantes informações. 35
l Anote o que se come. Isso ajuda ao controlar a quantidade e a qualidade dos alimentos, além de saber qual deles pode estar afetando o seu nível de glicose no sangue. l Bebidas alcoólicas – NÃO É ACONSELHÁVEL, porém quando ingerir tomar uma dose - dose-referência para o diabético equivale a um cálice de vinho (90 ml), uma lata de cerveja (350 ml) ou uma dose de destilado (35 ml). 36
ATIVIDADE FÍSICA Roupas adequadas l Calçados confortáveis l Alimentar-se antes da atividade l Transportar algo que contenha açúcar l Controle glicêmico – acima de 200 mg/dl fazer com cautela e acima de 250 mg/dl o exercício está contra indicado. l 37
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO: Hipoglicemiantes orais: Sulfanilúreia (aumentam a secreção de insulina) – Glibenclamida tem duração de 16 a 24 horas, pode ser usada em uma ou duas doses diárias. Biguanidas (reduzem a resistência insulínica) – Metformina uso em obesos l 38
TRATAMENTO INSULINA Preparo: l lavar cuidadosamente as mãos; l reunir todo o material necessário; l homogeneizar a suspensão de insulina; proceder a desinfecção da borracha do frasco de insulina com algodão embebido em álcool 70%; l 39
l puxar o êmbolo, até a graduação correspondente à dose de insulina prescrita; l retirar o protetor da agulha e injetar o ar dentro do frasco de insulina; l sem retirar a agulha, posicionar o frasco de cabeça para baixo e puxar o êmbolo até a dose prescrita; 40
l se houver presença de bolhas de ar é possível eliminá-las golpeando-se sobre as mesmas com as pontas dos dedos e, assim que as bolhas atingirem o bico da seringa empurrar o êmbolo novamente e aspirar a quantidade de insulina faltante; l retirar a agulha do frasco, protegendo-a até o momento da aplicação. 41
Mistura de NPH+R. l injetar o ar correspondente à dose prescrita de insulina NPH no frasco de insulina NPH; l retirar a agulha do frasco sem aspirar a insulina NPH; l injetar o ar correspondente à dose prescrita de insulina R, no frasco de insulina R e retirar a dose; 42
l introduzir novamente a agulha no frasco de insulina NPH, no qual o ar foi previamente injetado e, puxar o êmbolo até a marca correspondente à soma das doses das duas insulinas. l Se a retirada foi maior que a necessária, em hipótese alguma o excesso deve ser devolvido ao frasco. Descartar as insulinas e reiniciar o procedimento. 43
Administração de insulina Localização: l braços - face posterior, l coxas - face anterior e lateral externa. l abdome - regiões laterais direita e esquerda, distantes do umbigo. l nádegas - quadrante superior lateral externo da região glútea. 44
INSULINA: Pontos de Aplicação 45
Rodízio das regiões: l Evitar lipodistrofia (hipo e hiper) Recomendações para prevenir complicações l Não é recomendável realizar aplicações nas regiões do corpo que serão mais utilizadas, durante os exercícios, pois isso pode levar à hipoglicemia. 46
TRATAMENTO l Controle da pressão arterial: uso de diuréticos e inibidores da ECA – nos caso de hipertensos; l Controle da dislipidemia; l Uso de antiplaquetários; l Saúde bucal; l Vacinação: influenza e pneumonia bacteriana 47
COMPLICAÇÕES 48
COMPLICAÇÕES DO DM AGUDAS: l Hipoglicemia l Cetoacidose diabética l Coma hiperosmolar 49
HIPOGLICEMIA SINAIS/SINTOMAS: l Tremores; Sudorese intensa (suor frio) l Palidez; Fome intensa l Visão borrada; tontura, cefaléia l Perda da consciência; Coma Conduta: l Paciente consciente l Paciente inconsciente 50
HIPERGLICEMIA SINAIS/SINTOMAS: l Muita sede, muita urina, muita fome l Cansaço; Pele seca l Cefaléia, náuseas, vômitos l Sonolência; Dificuldades para respirar l Hálito de maçã. Conduta: l Uso da medicação 51
CETOACIDOSE Dor abdominal l Rubor facial l Hálito cetônico l Náuseas e vômitos l Hiperglicemia > 300 mg/dl l Conduta: l Administrar insulina com glicemia acima de 200 mg/dl l Monitorar cetonúria 52
COMA HIPEROSMOLAR Desidratação intensa l Hipertermia l Sonolência l Obnubilação mental e coma l Hiperglicemia extrema > 700 mg/dl l Conduta: l Encaminhar ao hospital 53
CRÔNICAS: l Microvasculares: retinopatias, nefropatias e neuropatias. l Macrovasculares: cardiopatias, doença cerebrovascular e vascular periférica (isquemia). 54
RETINOPATIA l Outras formas associadas: catarata, glaucoma, ceratopatia (úlceras da córnea) 55
NEFROPATIAS Constitui-se por alterações nos vasos dos rins, fazendo com que haja a perda de proteína na urina. l É uma situação em que o órgão pode reduzir sua função lentamente, porém de forma progressiva, até a paralisação total. l Até 40% dos pacientes apresentam nefropatia, após 20 anos da doença. l 56
NEUROPATIA DIABÉTICA l É a complicação mais comum; Afeta: l Sistema nervoso sensitivo-motor l Autonômico: gastroparesia, disfunção erétil e bexiga neurogênica. 57
PÉ DIABÉTICO O que sente: l Diminuição dos reflexos l Diminuição na sensibilidade térmica e dolorosa Prevenção l Exame diário dos pés l Massagear l Secar bem, cortar unhas com cuidado l Evitar calor local ou frio excessivo l Usar hidratante, exceto entre os dedos l Inspecionar diariamente sapatos, não andar descalço 58
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PÉ DIABÉTICO 60
PÉ DIAÉTICO 61
PÉ DIABÉTICO 62
PÉ DIABÉTICO 63
DOENÇA CARDIOVASCULAR Cardiopatia isquêmica: l Aterosclerose; l Angina; l Infarto do miocárdio. 64
Educação em diabetes Equilíbrio emocional Motivação pessoal Dieta Medicação Exercícios físicos Apoio social e familiar Controle domiciliar da glicemia Disciplina e força de vontade 65
AMERICAN DIABETES ASSOCIATION 66
! DO O A G I BR 67
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