Coleta de Dados ENTREVISTA Metodologia de Pesquisa Geciane

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Coleta de Dados: ENTREVISTA Metodologia de Pesquisa Geciane Silveira Porto

Coleta de Dados: ENTREVISTA Metodologia de Pesquisa Geciane Silveira Porto

ENTREVISTA - Conceito p “Ato de perceber realizado entre duas pessoas. ” n n

ENTREVISTA - Conceito p “Ato de perceber realizado entre duas pessoas. ” n n Entre: relação de lugar ou estado no espaço que separa duas pessoas ou coisas Vista: ato de ver, ter preocupação de algo E comunicação unilateral R comunicação bilateral E R “A entrevista, por definição, é uma comunicação bilateral. ” Figlioli, Barretto, Sampaio e Ortolan (2005)

Entrevista p É importante que as pessoas compreendam o que ocorre com os outros.

Entrevista p É importante que as pessoas compreendam o que ocorre com os outros. p A grande maioria tenta se colocar no lugar das outras pessoas, imaginar e analisar como os demais pensam, agem e reagem. p A melhor situação para participar na mente de outro ser humano é a interação face a face. Moreira, Molina, Maciel e Moura (2006)

ENTREVISTA • Recorre-se à entrevista quando não há fontes mais seguras para as informações

ENTREVISTA • Recorre-se à entrevista quando não há fontes mais seguras para as informações desejadas ou quando se quiser completar dados extraídos de outras fontes • A entrevista também possibilita registrar observações sobre a aparência, comportamento e atitudes do entrevistado • Na entrevista o pesquisador está presente e, da mesma forma como pode auxiliar o entrevistado, pode igualmente inibi-lo • Algumas inconveniências para um entrevistador são: problemas de dicção, opinião apaixonada sobre o problema de pesquisa, timidez, apresentação deficiente etc.

ENTREVISTA - Classificação p Estruturada O entrevistado é forçado a escolher entre alternativas pré-formuladas.

ENTREVISTA - Classificação p Estruturada O entrevistado é forçado a escolher entre alternativas pré-formuladas. p Não Estruturada Também conhecida como entrevista em profundidade, objeto da pesquisa qualitativa, pretende obter do entrevistado os aspectos de um problema que considera mais relevantes. Figlioli, Barretto, Sampaio e Ortolan (2005)

ENTREVISTA - Classificação p Não Estruturada n Objetivos (Maisonneuve e Margo-Duclot, 1964: 228) p

ENTREVISTA - Classificação p Não Estruturada n Objetivos (Maisonneuve e Margo-Duclot, 1964: 228) p p p 1 Obter informações do entrevistado (fato conhecido ou comportamento)1 Conhecer a opinião do entrevistado (explorar atividades e motivações)1 Mudar opiniões ou atitudes, modificar comportamentos (criança difícil)1 Tratar de um problema comum (estabelecer um plano de trabalho ou discutir uma decisão a ser tomada em conjunto) 3 Avaliar as capacidades do entrevistado (exame oral)2 Favorecer o ajuste da personalidade (entrevista psicanalítica ou psicoterapêutica)3 de pesquisas 2 de seleção 3 de aconselhamento Figlioli, Barretto, Sampaio e Ortolan (2005)

Entrevista não estruturadaperguntas p Deve-se evitar fazer perguntas que dirijam a resposta do entrevistado

Entrevista não estruturadaperguntas p Deve-se evitar fazer perguntas que dirijam a resposta do entrevistado ao que o entrevistador considera desejável. ERRADO: O Sr. não pensa que. . . Não é possível que. . . CORRETO: O que o Sr. pensa sobre. . . O que o Sr. acha da possibilidade de. . . Moreira, Molina, Maciel e Moura (2006)

Entrevista não estruturada - tipos p Três tipos de entrevistas não estruturadas: p Dirigida,

Entrevista não estruturada - tipos p Três tipos de entrevistas não estruturadas: p Dirigida, guiada e não diretiva p Grau de liberdade X profundidade Dirigida Não diretiva Guiada

ENTREVISTA - Técnicas p Pesquisa dirigida: n n o pesquisador dirige o processo, evitando

ENTREVISTA - Técnicas p Pesquisa dirigida: n n o pesquisador dirige o processo, evitando qualquer “desvio” do entrevistado. Sua estrutura constrange a iniciativa do pesquisado.

ENTREVISTA - Técnicas p Entrevista guiada Utilizada, particularmente, para descobrir que aspectos de determinada

ENTREVISTA - Técnicas p Entrevista guiada Utilizada, particularmente, para descobrir que aspectos de determinada experiência produzem mudanças nas pessoas à ela expostas. n n Ex. : filme, campanha social, programa de televisão etc. Etapas de elaboração Definição de pontos de orientação ao entrevistador p Desenvolvimento de perguntas p Figlioli, Barretto, Sampaio e Ortolan (2005)

ENTREVISTA - Técnicas p Guia para entrevista de estudantes universitários, com vistas a identificar

ENTREVISTA - Técnicas p Guia para entrevista de estudantes universitários, com vistas a identificar suas opiniões sobre uma greve de professores das Instituições de Ensino Superior. n PONTOS: I. Participação na greve II. Motivos para participar III. Motivos para não participar n PERGUNTAS (em relação ao PONTO I): 1. Quando começou a participar? 2. Qual foi a sua participação? 3. Foi pressionado a participar ou a não participar? Figlioli, Barretto, Sampaio e Ortolan (2005)

ENTREVISTA - Técnicas p Entrevista não diretiva Primeiro: não dirigir o entrevistado; Segundo: levar

ENTREVISTA - Técnicas p Entrevista não diretiva Primeiro: não dirigir o entrevistado; Segundo: levar o entrevistado a desenvolver e aprofundar os pontos que coloca espontaneamente; Terceiro: facilitar o processo de entrevista; Quarto: esclarecer a importância do problema para o entrevistador Figlioli, Barretto, Sampaio e Ortolan (2005)

ENTREVISTA - Etapas p Introdução n n n Explicar o objetivo e a natureza

ENTREVISTA - Etapas p Introdução n n n Explicar o objetivo e a natureza do trabalho; Assegurar o anonimato do entrevistado; Indicar que ele pode considerar algumas perguntas sem sentido e outras difíceis de responder; O entrevistado deve sentir-se livre para interromper e pedir esclarecimentos; O entrevistado deve falar algo da sua própria formação, experiência e áreas de interesse; O entrevistador deve solicitar autorização para gravar a entrevista. Figlioli, Barretto, Sampaio e Ortolan (2005)

ENTREVISTA - Etapas p Início n Como sugestão, obter e anotar algumas informações pessoais

ENTREVISTA - Etapas p Início n Como sugestão, obter e anotar algumas informações pessoais do entrevistado: Nome p Cargo que ocupa p Nível de escolaridade p Organizações em que trabalhou p Figlioli, Barretto, Sampaio e Ortolan (2005)

ENTREVISTA - Etapas p Transcrição n n n Imediatamente após a entrevista, o entrevistador

ENTREVISTA - Etapas p Transcrição n n n Imediatamente após a entrevista, o entrevistador deve dedicar o mesmo tempo gasto na entrevista ao estudo e à análise do material; Uma vez validado, o entrevistador pode passar para a transcrição do material (trabalho cansativo e tedioso, pode tomar o dobro do tempo gasto com a entrevista); Logo, para uma pesquisa que utiliza entrevista em profundidade, recomenda-se que não se entrevistem mais que 20 pessoas. Figlioli, Barretto, Sampaio e Ortolan (2005)

ENTREVISTA - Dicas p p p p p Tente criar um ambiente de amizade

ENTREVISTA - Dicas p p p p p Tente criar um ambiente de amizade com o entrevistado Ajude o entrevistado a adquirir confiança Permita ao entrevistado concluir seu relato Procure formular perguntas com frases compreensíveis Atue com espontaneidade e com franqueza Escute o entrevistado com tranquilidade e compreensão Evite a atitude de “protagonista” e o “autoritarismo” Não dê conselhos nem faça considerações moralistas Não discuta com o entrevistado Não preste atenção apenas ao que o entrevistado deseja esclarecer, mas também ao que não deseja ou não pode manifestar Ezequiel Ander-Egg (1972: 118)

ENTREVISTA - Dicas p p p p Evite toda discussão relacionada com as consequências

ENTREVISTA - Dicas p p p p Evite toda discussão relacionada com as consequências das respostas planejar a entrevista, delineando cuidadosamente o objetivo a ser alcançado obter e manter a confiança do entrevistado, evitando ser inoportuno controlar a entrevista, reconduzindo, se necessário, o entrevistado ao objetivo da pesquisa obter, sempre que possível, algum conhecimento prévio acerca do entrevistado convém a dispor-se a ouvir mais do que falar, pois o que interessa é o que o informante tem a dizer Não apresse o entrevistado

ENTREVISTA - Dicas • marcar com antecedência o local e o horário da entrevista

ENTREVISTA - Dicas • marcar com antecedência o local e o horário da entrevista • criar condições favoráveis para a condução da entrevista • escolher o entrevistado de acordo com a sua familiaridade ou autoridade em relação ao assunto escolhido • apresentar primeiramente as perguntas que tenham menores probabilidades de provocar recusa ou produzir qualquer forma de negativismo • sempre que possível, conferir as respostas, mantendo-se alerta às eventuais contradições • o entrevistador deve ser habilidoso ao registrar as respostas

ENTREVISTA: Principais vantagens p pode ser utilizada com todos os segmentos da população: analfabetos

ENTREVISTA: Principais vantagens p pode ser utilizada com todos os segmentos da população: analfabetos ou alfabetizados p há maior flexibilidade, podendo o entrevistador repetir ou esclarecer perguntas, melhorar a compreensão oferece maior oportunidade para avaliar atitudes e condutas do entrevistado permite a obtenção de informações mais precisas, podendo ser comprovadas de imediato, as discordâncias p p

ENTREVISTA: Principais desvantagens • ocupa muito tempo e as vezes é difícil conseguir acesso

ENTREVISTA: Principais desvantagens • ocupa muito tempo e as vezes é difícil conseguir acesso às pessoas-chaves • dificuldade de expressão e comunicação de ambas as partes • falta de disposição do entrevistado em dar as informações necessárias • possibilidade de o entrevistado ser influenciado, consciente ou inconscientemente, pelo entrevistador, pelo seu aspecto físico, suas atitudes, ideias, opiniões etc.