A revoluo mexicana de 1910 A revoluo de

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A revolução mexicana de 1910

A revolução mexicana de 1910

A revolução de independência Hidalgo e Morelos

A revolução de independência Hidalgo e Morelos

A fraqueza do estado mexicano - estado se constrói esmagando os movimentos camponeses -

A fraqueza do estado mexicano - estado se constrói esmagando os movimentos camponeses - pouca autoridade do Estado (período caudilhista entre 1823 -1845) - luta dos escravistas estadunidenses pressiona por terras o Texas mexicano - Estados Unidos anexam todo o norte mexicano - Derrota na guerra com os EUA enfraquece a autoridade dos conservadores mexicanos

O México no século XIX e a guerra com os Estados Unidos

O México no século XIX e a guerra com os Estados Unidos

Benito Juárez e a segunda revolução 1856 – reforma liberal: busca o confisco de

Benito Juárez e a segunda revolução 1856 – reforma liberal: busca o confisco de terras da Igreja e pueblos indígenas 1857 – constituição liberal 1859 – nacionalização dos bens do clero 1861 – suspensão do pagamento da dívida externa 1862 – invasão francesa, inglesa e espanhola, apoiada por conservadores e Igreja católica mexicana. - Juárez organiza resistência nacional - Conservadores e França impõem o Império de Maximiliano 1867 – Juárez manda executar Maximiliano e retoma o controle do país

O início do porfiriato 1872 – morre Benito Juárez. Em novas eleições Sebastián Lerdo

O início do porfiriato 1872 – morre Benito Juárez. Em novas eleições Sebastián Lerdo Tejada é eleito 1875 – sublevação liderada pelo general Porfírio Diaz 1876 – queda do presidente Lerdo Tejada - modernização “por cima”, autoritária - grandes proprietários rurais impedem avanço de políticas liberais - busca pelo controle do mercado interno e disciplinamento dos trabalhadores - apoio aos grandes empreendimentos e capitais externos

O porfiriato e a modernização capitalista “por cima”

O porfiriato e a modernização capitalista “por cima”

O movimento operário mexicano 1852 – criação do círculo operário do México 1868 –

O movimento operário mexicano 1852 – criação do círculo operário do México 1868 – rebelião socialista de Júlio Chavez 23/03/1876 – manifesto do 1º congresso operário do México 1884 – círculo operário publica manifesto do partido comunista 07/08/1900 – irmãos Flores Magón fundam o jornal anti-porfirista “Regeneración” 1906 – greve nas minas de cobre de Cananeia

Os irmãos Flores Magón

Os irmãos Flores Magón

A crise econômica e a desestabilização política do México - Desestabilização econômica mundial de

A crise econômica e a desestabilização política do México - Desestabilização econômica mundial de 1907 afetou a economia nacional mexicana - Queda dos preços do cobre e vários outros minerais de exportação. - Despedidos trabalhadores das minas de Hidalgo, Sonora, Chihuahua e Durango. - As mobilizações operárias crescem: greve dos têxteis de Vera Cruz em junho de 1906, - A greve dos mineiros de Cananea no estado de Sonora, em janeiro de 1907 o movimento dos ferroviários em Chihuahua em 1908 tiveram grande repercussão política. - Porfírio Diaz envia o exército para reprimir as lutas grevistas e acirra a politização de camadas mais organizadas do nascente movimento operário - Encarecimento geral das mercadorias e queda real dos salários entre 1908 e 1911

A concentração de terras alcança cifras exorbitantes - Em 1910 o México contava com

A concentração de terras alcança cifras exorbitantes - Em 1910 o México contava com 15. 760. 400 habitantes segundo o censo - O território possuía de 1. 972. 546 km². - Mais de 80% da população era rural, vivendo em povoados com menos de 5. 000 habitantes. - Existiam 834 fazendeiros proprietários de mais de 167. 968. 814 hectares. - No norte do país em rápido crescimento econômico: se destacava crescente insatisfação de movimentos sociais de rancheiros ou ex-colonos militares que perdiam terras. - No sul o avanço do capitalismo sobre as terras comunitárias reacenderam a a luta camponesa.

Madero inicia a Revolução - Entre setores da classe dominante a divisão crescia refletindo

Madero inicia a Revolução - Entre setores da classe dominante a divisão crescia refletindo a pressão imperialista - Luta entre os científicos - grupo de financistas, tecnocratas e intelectuais influenciados por uma ideologia positivista e europeizante – em choque com o grupo do antigo secretário de guerra Bernardo Reyes - um dos generais mais poderosos do governo e que representava uma aliança de fazendeiros e empresários do norte do país - os fazendeiros insatisfeitos do norte agruparam-se em torno do novo Partido Antirreeleicionista chefiado por Francisco I. Madero, um rico fazendeiro de Coahuila - Lança o Plan de San Luís Potosí com suas propostas:

O Plano de San Luís Potosí Sufrágio universal direto Contra a reeleição Proteção aos

O Plano de San Luís Potosí Sufrágio universal direto Contra a reeleição Proteção aos indígenas Apoio à agricultura Medidas de incentivo à indústria nacional Chamado a mobilização nacional contra Porfírio Diaz

Revolução, acordo e traições Acordo Madero – Diaz em 21/05/2011 interrompe a revolução –

Revolução, acordo e traições Acordo Madero – Diaz em 21/05/2011 interrompe a revolução – busca conter mobilizações. Madero é eleito em 06/11/1911 Zapata não aceita depor armas e lança o Plan de Ayala. Madero se recusara a reconstruir ejidos campesinos reivindicados pelos zapatistas Corrido sobre o Plano de Ayala: http: //www. bibliotecas. tv/zapata/corridos/corr 03. html Pascoal Orozco lança rebelião em Chihuahua em 25 de março de 1912, mas é derrotado pelo general Huerta

Emiliano Zapata e familiares

Emiliano Zapata e familiares

Plano de Ayala e Madero “Declaramos Francisco Madero inepto para realizar as promessas da

Plano de Ayala e Madero “Declaramos Francisco Madero inepto para realizar as promessas da revolução de que foi autor, por haver traído os princípios com os quais enganou a vontade do povo e pôde escalar o poder: incapaz de governar por não ter nenhum respeito à lei e à justiça dos povos, e traidor da Pátria por estar a sangue e fogo humilhando os mexicanos que desejam liberdades, afim de agradar aos científicos, fazendeiros e caciques que nos escravizam; e desde hoje recomeçamos a revolução iniciada por ele, até conseguir a queda dos poderes ditatoriais existentes. ”

Plano de Ayala e as terras “Os terrenos, montes e águas que tenham sido

Plano de Ayala e as terras “Os terrenos, montes e águas que tenham sido usurpados pelos científicos, fazendeiros e caciques à sombra da justiça venal, tomarão agora posse desses bens imóveis os pueblos e cidadãos que tenham seus títulos, correspondentes a estas propriedades, das quais foram despojados pela má fé de nossos opressores, mantendo com as armas na mão a mencionada possessão. . . ” “Aos fazendeiros, científicos ou caciques que se oponham direta ou indiretamente a este Plano, se nacionalizarão seus bens. . . ” Acampamento de Puebla, 11 de dezembro de 1911 general Emiliano Zapata

O golpe do general Huerta e a segunda fase da revolução 12/02/2013 - Golpe

O golpe do general Huerta e a segunda fase da revolução 12/02/2013 - Golpe do general Huerta com apoio dos armada EUA derruba Madero 26/03 - Venustiano Carranza não reconhece Huerta, constitui o Exército constitucionalista e lança o Plan de Guadalupe 29/09 – Pancho Villa constitui a Divisão do norte - Emiliano Zapata soma-se à luta de Carranza e Villa

Huerta e a volta do porfiriato

Huerta e a volta do porfiriato

Vitória dos revolucionários Luta de classes se expressa na ruptura entre Pancho Villa e

Vitória dos revolucionários Luta de classes se expressa na ruptura entre Pancho Villa e Venustiano Carranza 09/04/1914 – EUA tomam Vera Cruz 23/06/1914 – Villa vence a batalha de Zacatecas 08/07 – general Huerta se demite e foge A convenção de Aguascalientes (10/10 a 16/11/1914) não reconhece a liderança de Carranza

Carranza e a liderança camponesa

Carranza e a liderança camponesa

3ª fase da revolução e a luta da burguesia contra os camponeses 23/11/1914 -

3ª fase da revolução e a luta da burguesia contra os camponeses 23/11/1914 - Carranza rebela-se contra a Convenção 04/12/1914 - Pacto de Xochimilco entre Villa e Zapata contra Carranza Convenção lança Manifesto pela Reforma Agrária em 14/11/1914: - O sul agrarista e indigenista defende volta dos ejidos como propriedade comunal (o exército de montanhas zapatista) - norte com empregados assalariados (peones) que aspiram se tornarem pequenos proprietários (o exército villista) - Carranza proclama em 06/01/1915 uma Lei de Reforma Agrária, declarando nulas as concessões de terras realizadas após 1856. Reafirma a propriedade privada das terras.

- O movimento operário na revolução Revolução permite o fortalecimento das organizações dos trabalhadores

- O movimento operário na revolução Revolução permite o fortalecimento das organizações dos trabalhadores em todo o país; - “Casa del Obrero Mundial” dirigida por anarquistas, reabre suas atividades em junho de 1912 e desfruta de rara liberdade de ação; - Setor dos sindicatos anarquistas se une a Carranza e Obregón contra Villa e Zapata (pacto de fevereiro de 1915). Seis “batalhões vermelhos” e comitês são formados; - Setor operário liderado por Diaz Soto y Gama considera a adesão uma traição. Ferroviários e petroleiros não aderem ao constitucionalismo e apoiam camponeses; - Janeiro - maio 1916 – Carranza dissolve batalhões operários e manda fechar Casa del Obrero, dirigentes são presos e greves reprimidas.

Villa e Zapata na cadeira presidencial

Villa e Zapata na cadeira presidencial

O recuo das forças camponesas

O recuo das forças camponesas

A batalha de Celaya e a derrota de Villa

A batalha de Celaya e a derrota de Villa

A vitória da burguesia nacionalista e a derrota da ala camponesa A constituição de

A vitória da burguesia nacionalista e a derrota da ala camponesa A constituição de 1917 consagra direitos sociais e defesa da propriedade privada As forças camponesas de Villa e Zapata são dispersadas e derrotadas nos anos seguintes O nascente movimento operário é cooptado pelo novo governo. Surge em 1921 a CGT ligada ao estado mexicano Julho de 1919 – luta eleitoral e armada entre as forças de Obregón e Carranza pelo controle da presidência O processo revolucionário só termina sua fase inicial com a vitória de Obregón em 1920.

Venustiano Carranza e Obregón

Venustiano Carranza e Obregón

A Revolução interrompida - Novo estado saído da revolução vacila em avançar a independência

A Revolução interrompida - Novo estado saído da revolução vacila em avançar a independência econômica que exige choque com o imperialismo dos EUA - A presença revolucionária das massas populares (camponeses e operários) impunha um governo de tipo bonapartista, acima de luta das classes - As nacionalizações de empresas de petróleo, bem como a reforma agrária, avançam lentamente na década de 1920 - A burguesia busca “institucionalizar” e “consolidar” a revolução para esvaziá-la de seu conteúdo de ruptura, do perigo da ação independente das massas populares - A revolução interrompida retomará seu impulso na década de 1930 (Cárdenas) e como resposta à crise econômica mundial de 1929.

Bibliografia Altman, Werner. México: o estado e a unidade nacional cardenista, separata da Revista

Bibliografia Altman, Werner. México: o estado e a unidade nacional cardenista, separata da Revista de História, nº 115, em julho-dezembro, 1983. Cardenas e o nacionalismo mexicano, in: Trotsky hoje, São Paulo: editora Ensaio, Cadernos Ensaio, nº 6, 1994, pp. 237 -251. México e Cuba: revolução, nacionalismo, política externa, São Leopoldo: editora Unisinos, 2001 Barbosa, Carlos Alberto Sampaio. A revolução mexicana, São Paulo: editora Unesp, 2010 Camín, Héctor Aguilar e Meyer, Lorenzo. A sombra da revolução mexicana, São Paulo: Edusp, 2000 Córdova, Arnaldo. México, revolución burguesa y política de masas, in: Adolfo; CÓRDOVA, Arnaldo; BARTRA, Armando et al. Interpretaciones de La Revolución Mexicana. México: Nueva Imagen, 2003 Gilly, Adolfo. La revolucion interrumpida, México: ed. Era, 2007. Semo, Henrique. História mexicana, México, editora Era, 1978. Warman, Arturo. La lucha social e no en el campo de México: un esfuerzo de periodización, in: Historia de la cuestión agrária mexicana (1934 -1940), México: Siglo XXI,