O que epistemologia Filosofia da Cincia o A

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O que é epistemologia?

O que é epistemologia?

Filosofia da Ciência o A partir do século XVII, a reflexão sobre os fundamentos,

Filosofia da Ciência o A partir do século XVII, a reflexão sobre os fundamentos, a validade e os limites do conhecimento científico transformou-se num dos ramos essenciais da filosofia. À época moderna pode ser definida pela emergência de uma nova concepção de ciência e de método, e tanto Locke como Descartes constituem a consciência filosófica desta nova situação (. . . )

Perspectivas de compreensão o o Teorias de conhecimento Filosofia da ciência (empirismo, racionalismo) Epistemologia

Perspectivas de compreensão o o Teorias de conhecimento Filosofia da ciência (empirismo, racionalismo) Epistemologia Lógica História das ciências (filosofia, sociologia, história)

História das ciências o o Internalistas: voltadas para a racionalidade e a normatividade científica

História das ciências o o Internalistas: voltadas para a racionalidade e a normatividade científica (Bachelard) Externalistas: discutem as relações da ciência com as questões sociais, comunidade científica (Khun)

Perspectiva recente o A expistemologia como reflexividade sobre as relações entre a normatividade, resultados

Perspectiva recente o A expistemologia como reflexividade sobre as relações entre a normatividade, resultados tecnológicos e sociais advindos do conhecimento científico no mundo contemporâneo.

Epistemologia e EF o o Pesquisa sobre a produção do conhecimento divulgada nos anis

Epistemologia e EF o o Pesquisa sobre a produção do conhecimento divulgada nos anis dos conbraces, GTT Epistemologia, na década de 90 (Nóbrega et al, RBCE, 2003) Pensar o conhecimento da área

Demarcação da ciência o o o Ciência versus opinião Para Popper tudo que é

Demarcação da ciência o o o Ciência versus opinião Para Popper tudo que é humano mescla sentido e significado EF: movimento humano ou o homem que se movimenta (sentidos e significados) Metabolismo, percepções, desejos, crenças A ciência é um conhecimento do tipo descritivo (sentidos e significados)

Ciência como Descrição o A partir do momento em que lidamos com um ser

Ciência como Descrição o A partir do momento em que lidamos com um ser vivo, nós sabemos que o modo de descrição pertinente deve incluir o "ponto de vista" do ser vivo sobre seu mundo, que este ponto de vista seja indissociável de seu metabolismo, como é o caso da ameba, quer ele possa ser remetido a uma dimensão psíquica, como parece ser o caso dos mamíferos. Quer se trate da ameba, do chimpanzé ou de nós mesmos, nós não podemos ser descritos sem que seja levado em conta o fato de que os meios ambientes não são todos equivalentes para nós (Stengers, Idem, p. 59).

A estrutura cognitiva da ciência e a experiência social o A ciência Experimental o

A estrutura cognitiva da ciência e a experiência social o A ciência Experimental o A ciência de Campo o A ciência Teórica

Ciências Puras ou Aplicadas? o A distinção entre ciências puras e ciências aplicadas remete

Ciências Puras ou Aplicadas? o A distinção entre ciências puras e ciências aplicadas remete à polarização sobre as metas da ciência em sua busca desinteressada pelo conhecimento da realidade e sobre a utilidade do conhecimento no interior de uma sociedade preocupada com uma cultura útil, como é o caso da cultura renascentista e em grande escala na sociedade contemporânea.

Decifra-me ou te devoro! o o A esfinge propõe aos homens diversas perguntas difíceis

Decifra-me ou te devoro! o o A esfinge propõe aos homens diversas perguntas difíceis e enigmas que recebeu das musas. Quando essas questões passam das musas para a esfinge, isto é, da contemplação à prática fazem-se necessárias a ação presente, a escolha e a decisão, e é então que elas se tornam dolorosas e cruéis. Bacon, não está afirmando a distinção convencional entre as pesquisas puras e suas aplicações. Na figura do monstro, ele reconhece a intenção de distinguir partes separadas e mostra que essa separação é impossível na prática (Shattuck, 1998, p. 179).

A ciência não é neutra o Entre o encantamento da fórmula E=mc² e Hiroshima,

A ciência não é neutra o Entre o encantamento da fórmula E=mc² e Hiroshima, tornou-se evidente a existência de um declive cada vez mais escorregadio, sobre o qual as boas intenções e as dores de consciência individuais tinham pouco poder. Tendemos a creditar que qualquer verdade cientifica epistemologicamente relevante possui importância para nossas vidas e que restringir sua obtenção ou aplicação contradiz a própria natureza da verdade (Idem, p. 182).

O Objeto e as problemáticas o o O objeto científico é construído a partir

O Objeto e as problemáticas o o O objeto científico é construído a partir da colocação de problemáticas, o mundo científico apresenta-se a partir de problemas bem definidos Quais as problemáticas/objetos na Pesquisa em EF?

O modelo teórico-experimental e a interpretação hermenêutica: o método explica e compreende o A

O modelo teórico-experimental e a interpretação hermenêutica: o método explica e compreende o A questão do método científico envolve a reflexão sobre os procedimentos explicativos e sobre a interpretação que de modo geral identificou as ciências naturais e humanas.

Explicar e compreender o Explicar e compreender foram duas noções em que se polarizavam

Explicar e compreender o Explicar e compreender foram duas noções em que se polarizavam duas concepções sobre a ciência e o conhecimento, duas concepções filosóficas sobre o próprio homem. Atualmente caminha-se noutra perspectiva diante da oposição explicação-compreensão; passando a ser concebidas ou como um processo intelectual voltado à diferentes níveis de referência ou como aspectos diferentes do conhecimento que a ciência tenta conciliar.

Exemplos o o reconhecimento antropológica presentes em diferentes ciências; o surgimento de novas disciplinas

Exemplos o o reconhecimento antropológica presentes em diferentes ciências; o surgimento de novas disciplinas científicas que se enquadram tanto no cruzamento como na fronteira entre as relações natureza/ humanidade. A prática interdisciplinar da investigação científica, vem a cada dia sendo ampliada às diferentes áreas do conhecimento, em que o conhecimento produzido por essa prática corrobora com o entendimento acerca da proximidade crescente entre as ciências naturais e as sociais (Santiago, 2003, p. 16).

A comunidade científica e as especialidades o o A autoridade da ciência é dinâmica

A comunidade científica e as especialidades o o A autoridade da ciência é dinâmica e sua existência depende da renovação contínua de uma determinada comunidade científica. Aqui também coloca-se a educação científica como necessária para o entendimento das especialidades como uma prática construída e não posta naturalmente.

Comunidade científica e EF o O desenvolvimento e a valorização da pesquisa coaduna-se com

Comunidade científica e EF o O desenvolvimento e a valorização da pesquisa coaduna-se com a lógica da cultura científica, o que no interior da Educação Física, área profissionalmente orientada para a intervenção, encontra dificuldades, por exemplo no fato de que o corpo docente em grande medida não é constituído por pesquisadores ( Tani, 1996; Santin, 2003).

A comunidade científica da EF o Santin ( 2003) retoma as preocupações colocadas por

A comunidade científica da EF o Santin ( 2003) retoma as preocupações colocadas por Valter Bracht a respeito das dificuldades da educação Física no campo da Educação, sobretudo a partir dos apelos do mercado da atividade física, fitness, promoção de saúde; bem como o fato do espaço da Educação Física na Universidade ter se constituído apenas como um curso e não como área acadêmica, o que é atestado na história da Educação Física brasileira.

EF: Ciências naturais ou ciências humanas? o Indicadores apontam para uma gama bastante ampla

EF: Ciências naturais ou ciências humanas? o Indicadores apontam para uma gama bastante ampla de áreas de enquadramento da Educação Física que vão desde as Ciências Biológicas, passando pela Saúde, até a Educação e as Ciências Sociais Aplicadas. Esses dados demonstram, pelo menos em princípio, diferentes delimitações científicas em jogo, assim como diferentes objetos de atividade científica e diversos objetivos de inserção social, não só pelos profissionais e comunidade científica do campo da Educação Física, como pela Sociedade em geral ( Silva, 2002, p. 59).

Ciências da Vida o Precisamos considerar a relação histórica da Educação Física nas ciências

Ciências da Vida o Precisamos considerar a relação histórica da Educação Física nas ciências biomédicas ou ciências da saúde; bem como, considerar a dinâmica do desenvolvimento das ciências da vida nesse conjunto, considerando-se o diálogo entre as ciências biológicas e as ciências humanas, como apontado em vários trabalhos de referência ( Canguilhem, 1977; 2002; Gadamer, 1997; Maturana e Varela, 1995; 1997).

O viver com, a natureza do conhecimento o Para Arendt ( 2001), contemplação e

O viver com, a natureza do conhecimento o Para Arendt ( 2001), contemplação e ação, observação e verificação passaram a fazer parte de domínios separados: a verdade científica e a verdade filosófica.

Palomar o o Sinto-me, guardadas as devidas proporções, como o senhor Palomar, este silencioso

Palomar o o Sinto-me, guardadas as devidas proporções, como o senhor Palomar, este silencioso senhor com nome de telescópio, protagonista desse texto de Calvino. O senhor Palomar se detém a observar, com método rigoroso, tartarugas, pássaros e ervas daninhas em seu jardim; concentrando-se nos detalhes para captar o sentido das coisas com precisão, mas os significados se multiplicam e é com se cada ponto da realidade contivesse o infinito e fosse, portanto, impossível concluir a observação e chegar a evidências claras e distintas.

Palomar. . . o Por outro lado, a atitude do Senhor Palomar também nos

Palomar. . . o Por outro lado, a atitude do Senhor Palomar também nos diz que as grandes questões do mundo e da existência estão presentes em cada objeto que observamos, em cada cena que presenciamos, e que tudo é digno de ser interrogado e pensado. Encontro aqui na leitura de Calvino, a profunda relação entre os domínios dos saberes e os domínios da vida.

Referências o o o o ARENDT, H. A condição humana. 10 ª ed. Rio

Referências o o o o ARENDT, H. A condição humana. 10 ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001. BACHELARD, Gaston. A epistemologia. Lisboa: Edições 70, 2001. BRACHT, V. Um pouco de história para fazer história: 20 anos de CBCE. Revista Brasileira de Ciências do esporte, Ijuí, Número especial, setembro de 1998. _____. Educação Física e ciência: cenas de um casamento (in)feliz. Ijuí: UNIJUI, 1999. CALVINO, I. Palomar. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. CANGUILHEM, G. O normal e o patológico. Rio de Janeiro: forense Universitária, 2002. _____. Ideologia e racionalidade nas ciências da vida. Lisboa: edições 70, 1977.

Referências o o GADAMER, H. O mistério da saúde. Lisboa: Edições 70, 1997. KHUN,

Referências o o GADAMER, H. O mistério da saúde. Lisboa: Edições 70, 1997. KHUN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. 6 ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2001. MATURANA, H. & VARELA, F. A árvore do conhecimento: as bases biológicas do entendimento humano. Campinas: Psy, 1995. _____. De máquinas e seres vivos: autopoiesi - a organização do vivo. 3 ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

Referências o o SANTIAGO, Leonea V. As ciências explicam e compreendem: dois pontos a

Referências o o SANTIAGO, Leonea V. As ciências explicam e compreendem: dois pontos a procura do conhecimento humano. IN LUCENA, R. e FERNANDES, E. S. ( Orgs. ). Educação Física, esporte e sociedade. João Pessoa: Editora da UFPB, 2003. SANTIN, S. S. O. S. Educação Física. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, v. 24, n. 2, p. 1127 -146, jan. 2003. SANTOS, Boaventura de Souza. Introdução a uma ciência pós-moderna. 3 ª ed. Rio de Janeiro: Graal, 2000. SILVA, A. M Corpo e epistemologia: algumas questões em torno da dualidade entre o biológico e o cultural. Texto da conferência proferida no I Colóquio Brasileiro sobre Epistemologia e Educação Física. Natal, UFRN, 2002.

referências o o SHATTUCK, R. Conhecimento proibido. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. STENGERS,

referências o o SHATTUCK, R. Conhecimento proibido. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. STENGERS, I. A invenção das ciências modernas. Rio de Janeiro: Editora 34, 2003. TANI, G. Cinesiologia, Educação Física e esporte: ordem emanante do caos na estrutura acadêmica. IN: Motus Corporis, Rio de Janeiro, vol. 3, n. 2, 1996. _____. Os desafios da pós-graduação em educação física. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, v. 22, n. 1, set. 2000.