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História da Africa Prof. Émerson A. Vecchietti

África Subsaariana Essa região africana era formada por cidades com rico comércio e artesanato e cercada por áreas agrícolas e de criação de animais. Estas cidades foram favorecidas pelas caravanas árabes vindas do Norte da África que realizavam o comércio, o que resultou na conversão de inúmeros povos ao Islam. A região subsaariana era habitada por povos ágrafos (sem escrita). Assim, além dos textos árabes e da arqueologia, a história destes povos tem como fonte a narrativa dos Griots ou Griôs (contadores de história, sua função era informar e educar).

Rotas do Saara Esta rota só se tornou possível depois que os Árabes trouxeram os dromedários para esta região, no século III. As caravanas partiam de Sijilmassa , no atual Marrocos. transportando tecidos, temperos e armas a serem comercializados. Estas caravanas eram guiadas pelos Taksif (guias das caravanas), únicos indivíduos que conheciam o deserto. Os viajantes das caravanas eram berberes (povo do Norte da África) e mercadores Árabes (convertidos ao Islam). A viagem de Sijilmassa até Tagaza demorava 25 dias.

Em Tagaza as casas eram de sal e a população era formada por escravos que trabalhavam na extração de sal. O sal desta região que era levado em blocos de 90 quilos para ser trocado por ouro e escravizados. No caminho as caravanas paravam nos oásis para descansar e reabastecer de água. Em Tumbuctu, o sal era trocado por ouro e escravizados. O ouro era levado para o Norte da África, Europa e Arábia para confecção de moedas. Religião dos povos da África: Islâmicos, Cristãos e povos de religiões animistas.

Reino de Gana Estava localizado onde se encontra hoje os países de Mali e Mauritânia. As vilas se formaram com as atividades comerciais. Caravaneiros árabes, que paravam para descansar e abastecer à beira dos rios ou dos oásis, realizavam trocas comerciais. os principais produtos comercializados eram marfim, escravizados e ouro, em troca de cobre, búzios, tecidos, figos e sal. mas tarde estes comerciantes tornaram-se sedentários dando origem as cidades. O Ganas (Rei), sua legitimidade vinha do fato de ser o representante maior dos costumes ancestrais e o protetor dos ritos dedicados às entidades de culto. A isto se somava a autoridade pessoal e o poder militar. No século XI, guerreiros muçulmanos da Mauritânia (os almorávidas), atacaram e enfraqueceram o reino de Gana.

Reino de Mali Estava localizado onde se encontra hoje os países de Mali e Mauritânia. Sudiata Keita, liderando os povos mandinga, estabeleceu um domínio Mali sobre as minas de ouro ao sul e o comércio de sal em Tagaza. Na agricultura, a população produzia inhame e milhete. O Rei Mali, chamado de mansa, converteu-se ao islamismo no século XI, contudo, a população manteve suas crenças animistas. Os mandingas dominavam militarmente os povos conquistados e cobravam impostos deles. No início do século XV, com a morte do rei as disputas pela coroa enfraqueceram o reino. A presença europeia também provocou o declínio político-militar do reino.

Império de Songai Antigo aliado de Mali, foi um dos reinos rebelados que obteve autonomia. Ali Ber (também muçulmano) após tornar-se imperados, conquistou muitos Estados vizinhos de Songai (1460), incluindo as minas de ouro e sal, e o comércio de marfim e escravizados. Povos do Marrocos, desejavam tiram o domínio sobre as minas de sal de Songai. Em 1591, o Império de Songai foi derrotado pelos marroquinos que utilizaram arcabuzes (espingarda) comprados europeus.

Contatos entre portugueses e africanos na Costa Atlântica. Da África eram levados diversos produtos para a Europa, entre eles, metais preciosos (ouro), pedras preciosas (diamantes), sal e marfim. Com a consolidação do comércio a partir de 1440, passaram também a comercializar escravos. A África era vista na Europa, como uma região de ouro, animais exóticos e escravizados.

Tráfico de escravizados A escravidão é uma prática comum desde a Antiguidade. No Egito, na Mesopotâmia, na Grécia e em Roma praticava-se a escravidão. Na África no período pré-colonial, uma pessoa podia tornar-se escrava: - Por guerra (os capturados); - Para fugir da fome, vendiam os filhos ou elas próprias; - Punição judicial, por algum crime praticado ou dívida não paga. Os árabes foram os grandes compradores de escravos africanos, os quais eram transportados pelas rotas transaarianas para serem comercializados em outras regiões e continentes. Mais tarde os traficantes europeus se aliaram a grupos de africanos, que, por sua vez, passaram a capturar nativos para comercializá-los. Os africanos eram trocados por tabaco, aguardente e açúcar nas colônias. desta forma, a rivalidade entre os grupos africanos aumentou.

Contatos entre portugueses e africanos na Costa Índica Nesta região os portugueses construíram feitorias, seguidos por franceses, ingleses e holandeses interessados no comércio. Na região onde é hoje Moçambique e Zimbábue (Império Monomotapa), os europeus exploravam ouro e minério de ferro. Palavras Africanas: abadá, acarajé, bagunça, banguela, cachimbo, caçula, fofoca, fuxico, fubá, ginga, jagunço, maracutaia, moleque, quitute, senzala, xodó.