Ocupao do territrio Minerao Prof merson A Vecchietti

Ocupação do território - Mineração Prof. Émerson A. Vecchietti

Ocupação do Interior do Nordeste no Período Colonial O principal fator de ocupação do interior do Nordeste foi a criação de gado. Com a expansão dos engenhos, as terras do litoral começaram a escassear. Em face disso, os criadores de gado foram buscando novas áreas, seguindo o curso dos rios e penetrando nos sertões. Exigia baixos investimentos e pouca mão de obra (predominantemente livre). Na região Sul a criação de gado teve também uma importante função. Gado este introduzido em 1634, pelos padres jesuítas. Espalhados pelos pampas, mais tarde impulsionaram a ocupação e o desenvolvimento econômico, primeiramente com a exploração do couro e depois com o charque.

A ocupação do Vale Amazônico Pertencente aos espanhóis, a região amazônica começou a ser visitada pelos portugueses a partir do século XVII, com a liderança dos padres jesuítas. Enquanto uns ficavam nas missões, outros embrenhavam-se pelas florestas em busca de especiarias e drogas (resinas aromáticas, condimentos e ervas medicinais). Os jesuítas construíram missões ao longo dos territórios do Paraguai, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Groso do Sul, Amazonas, Pará e Maranhão. Nessas reduções os índios aprendiam a ler, escrever, a cantar, a plantar e principalmente, a fé cristã. As missões existiram até a segunda metade do século XVIII, quando, por ordem do Marquês de Pombal, os jesuítas foram expulsos das terras portuguesas.

As Bandeiras Foram expedições particulares, organizadas durante o século XVII que, partindo de São Vicente, percorreram os sertões brasileiros em busca de índios e metais preciosos. Reuniam Brancos, índios e mamelucos. Andavam geralmente a pé e descalços. Vestiam camisa, chapéu de aba larga, ceroulas e gibões de algodão acolchoado. A alimentação consistia em formigas, larvas, cobras, ratos, mel, palmito e frutas. A disciplina era rígida e as execuções eram frequentes. Explorando algumas regiões fundaram inúmeras vilas como: Paranaguá, Laguna. A necessidade de mão de obra para as lavouras paulistas e também para abastecer os engenhos da Bahia, privados de escravos durante a ocupação holandesa. Estas expedições visavam principalmente às missões jesuíticas, cujos índios já se encontravam aculturados.

Os bandeirantes deram início em 1693 ao ciclo do ouro e do diamante. Os paulistas realizaram o sertanismo de contrato, que eram expedições contratadas para combater tribos indígenas rebeldes e quilombos. Ainda existiram as monções, expedições fluviais com objetivos comerciais. As Entradas foram às expedições oficiais organizadas e financiadas pela Coroa portuguesa que, via de regra, respeitava os limites do Tratado de Tordesilhas.

A Mineração As primeiras jazidas ocorreram na região de Minas gerais no final do século XVII, posteriormente em Goiás, Mato Grosso e Bahia. A migração para a região das minas, com o objetivo de obter riqueza fácil, fez com que a população da colônia pulasse, de 300 mil em 1700, para cerca de 3 milhões, no final do século. Lavra: ouro que necessitava ser escavado para sua prospecção. Ouro de Aluvião: ouro encontrado as margens dos rios. Intendência das Minas: encarregada de dirigir o processo de distribuição das lavras de ouro, fiscalizar a extração e cobrar impostos. Casa de Fundição: Fundia e transformavam o ouro em barras e colocavam o símbolo da coroa no ouro quintado. Quinto: Quinta parte ou 20% devidos ao Rei.

A mineração contribuiu para: Formação de um mercado interno na colônia. Desenvolvimento da agricultura em São Paulo, Sul de Minas e RJ, objetivando suprir suas necessidades. O mesmo ocorreu com a pecuária no Sul. O couro, a carne e os animais de transporte eram vendidos em larga escala nas minas. Estimular a formação de cidades e o desenvolvimento do artesanato. Deslocar o polo econômico do Nordeste para o Sudeste, e também a transferência da capital de Salvador para o RJ. Somente uma minoria conseguiu enriquecer, a grande maioria dividiram a pobreza dos garimpos.

Barroco é o termo que serve para designar a arte que surgiu já no fim do século XVII na Itália e que teve seu auge no século XVIII, espalhando-se posteriormente para outros países da Europa e América Latina, além disso, o barroco também se manifestou na literatura e no teatro. O Barroco no Brasil foi o estilo artístico dominante durante a maior parte do Período Colonial, encontrando um terreno receptivo para um rico florescimento. Fez sua aparição no país no início do século XVII, introduzido por missionários católicos, especialmente Jesuítas, que para lá se dirigiram a fim de catequizar e aculturar os povos indígenas nativos e auxiliar os portugueses no processo colonizador. Na literatura, o poema épico Prosopopéia (1601), de Bento Teixeira, é tido como um dos seus marcos iniciais, atingindo o apogeu com o poeta Gregório de Matos e com o orador sacro Pe. Antônio Vieira. Nas artes plásticas seus maiores expoentes foram Aleijadinho e Mestre Ataide.