HINDUSMO Uma Filosofia Religiosa Pensamento Hindu Um dia

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HINDUÍSMO Uma Filosofia Religiosa

HINDUÍSMO Uma Filosofia Religiosa

Pensamento Hindu Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:

Pensamento Hindu Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos: - Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas? - Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles. - Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? Questionou novamente o pensador. - Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça, retrucou outro discípulo. E o mestre volta a perguntar : - Então não é possível falar-lhe em voz baixa? Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador. Então ele esclareceu: - Vocês sabem por que se grita com uma pessoa quando se está aborrecido? O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância. Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes estão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas. Por fim, o pensador conclui, dizendo: - Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta. Mahatma Gandhi

Etimologia da Palavra � � O nome hinduísmo foi inventado pelos europeus para a

Etimologia da Palavra � � O nome hinduísmo foi inventado pelos europeus para a religião indiana. Na realidade, ela não designa uma religião indiana única, mas toda uma variedade, um grande número de religiões. Sua religião quase sempre é chamada, pelos próprios indianos, de ordem eterna. Na antiga língua clássica da Índia, corresponde ao sânscrito: sanatana dharma, que é a ordem, a lei, o dever. Hindu é o nome em persa do rio Indo.

Visão de Deus � Trindade hindu ( ou "Trimûrti" ): Brahma (Criação), Vishnu (Concepção),

Visão de Deus � Trindade hindu ( ou "Trimûrti" ): Brahma (Criação), Vishnu (Concepção), Shiva (Destruição) e unidos os três formam um pictograma sobre o qual se acha um ponto sobre uma lua crescente que simboliza o Brahaman impessoal, o Senhor Supremo que reside nos três deuses.

TEMPLOS E CELEBRAÇÕES Os templos hindus de diferem de templos de outras religiões por

TEMPLOS E CELEBRAÇÕES Os templos hindus de diferem de templos de outras religiões por sua inerente alegria. Nos templos hindus não impera o sentimento de excessivo respeito, próprio do budismo, nem a excessiva sobriedade da mesquita, nem o recolhimento da igreja cristã, onde o ruído é considerado um elemento perturbador. No templo hindu tudo são luzes, cores, música, ruídos, e comida. É a atividade da vida. O rito de acercamento ao Deus supõe respeito, porém não temor.

� Nada se ofende nem se irrita. Não existe o silêncio, não se exige

� Nada se ofende nem se irrita. Não existe o silêncio, não se exige sobriedade nas cores das vestimentas, não se exige pontualidade, nem homogeneidade no rito. � As pessoas podem rezar a qualquer hora e há total liberdade nessa maneira de chegar até a divindade. � A cerimônia no templo é oficiada por um ou vários sacerdotes. Para se entrar, só se necessita estar descalço e estar devidamente vestido (sâri, para as mulheres e dhotî para os homens). Os devotos ao entrar tocam as campainhas ou sinos para indicar sua presença às divindades.

� No Hinduísmo as celebrações ritualísticas ou "utsava" são muito observadas e o número

� No Hinduísmo as celebrações ritualísticas ou "utsava" são muito observadas e o número de festividades religiosas anuais é muito alto. � As épocas mais importantes são o período da primavera e do outono. Como cada festival está associado a uma divindade particular, se celebra em um dia que é especialmente auspicioso para esse deus.

� MAH SHIVAR TRI ; Para a metade dos hindus, Shiva é o deus

� MAH SHIVAR TRI ; Para a metade dos hindus, Shiva é o deus principal e mais reverenciado, por isso, sua festividade principal se converteu na mais importante do ano. A mais destacada é a de Mahâshivarâtri (A Grande Noite de Shiva), que se celebra no décimo quarto dia da quinzena escura (lua minguante) do mês Mâgha (fevereiro-março). Esse dia do mês é considerado pouco auspicioso, pois é o momento em que os demônios espíritos aparecem no nosso mundo, porém Shiva os domina e os controla e os devotos lhe agradecem com suas oferendas. A tradição hindu diz que durante esta noite Shiva se manifesta como um Linga ou Lingam. A palavra Lingam (ou linga) significa "símbolo" ou "aquilo através do qual se pode ver outra coisa". O Shiva Lingam é uma das mais sutis representações de Deus conhecidas pela humanidade. Trata-se de uma pedra em formato de elipse (ovalada) que, tendo uma configuração “abstrata”, tanto pode representar o Absoluto sem forma, quanto o Senhor dotado de atributos. Na Índia, reverenciar o lingam é o mesmo que reverenciar a Shiva.

� HOLÎ, O FESTIVAL DAS CORES ; Celebração mais antiga, em que se festeja

� HOLÎ, O FESTIVAL DAS CORES ; Celebração mais antiga, em que se festeja a personalidade de Vishnu em sua encarnação como Krishna. O que distingue esta celebração eminentemente lúdica é o emprego da cor. As pessoas com pós coloridos (especialmente o vermelho, o denominado gulâla), seringas e pulverizadores cheios de água colorida, aspergem umas as outras, enquanto dançam e cantam canções muitas vezes com caráter erótico. Também é freqüente a realização de adornos florais e acender fogueiras que simbolizam a destruição do ano que se acaba. São realizados ainda, variedades de doces específicos para a ocasião. É particularmente importante para a casta dos artesãos e é tradicional que se rompam todos os convencionalismos sociais que se observam durante o resto do ano, com um espírito dionísico e transgressor que permite liberar as tendências reprimidas. Seria como uma inversão das normas habituais.

� É celebrado a cada três anos nas cidades de Allahabâd, Haridvâra, Ujjainî e

� É celebrado a cada três anos nas cidades de Allahabâd, Haridvâra, Ujjainî e Nâsika. Cada doze anos tem lugar a chamada Mahâkumbhamelâ (grande festival do vaso), de maior importância, em Allahabâd, devido a confluência dos rios sagrados Ganges e Yamuna e onde um terceiro, o Saraswati, um rio invisível em cuja existência os hindus acreditam, entra diretamente do céu na confluência dos dois rios anteriores.

� A voz "mantra" denominava originariamente a qualquer fragmento do "Veda" e mais tarde

� A voz "mantra" denominava originariamente a qualquer fragmento do "Veda" e mais tarde acabou equivalendo a uma fórmula invocatória. O conceito parte da noção de que existem propriedades mágicas inerentes nos sons. Esses sons ou vibrações ajudam a entrar em sintonia com o universo e contêm formas particulares do poder cósmico. Servem para livrar a mente da concentração do mundo material. Sua extensão pode variar desde uma sílaba a todo um hino. Essa é a forma hindu de oração. � Dentre todos os mantras, o principal é o OM ou AUM, o monosílabo sagrado, nome da divindade. É a sílaba mística que se emprega para invocações, afirmações, benções e consentimentos. Se chama também "pranava" e se considera o som primogênito, que se emprega ao começo de orações e dos livros sagrados. Está relacionado cada uma das letras componentes com a representação simbólica dos deuses da "Trimûrti" ou trindade hindu: Vishnu, Shiva e Brahma. Unidos os três formam um pictograma sobre o qual se acha um ponto sobre uma lua crescente que simboliza o Brahaman impessoal, o Senhor Supremo que reside nos três deuses.

� O altar é nosso "céu espiritual", onde mantemos o contato direto com os

� O altar é nosso "céu espiritual", onde mantemos o contato direto com os Deuses e Deusas. Todos os altares na Índia são montados com esse objetivo. Para montá-los há alguns elementos básicos que devem estar sempre presentes em virtude de seu significado simbólico. São eles: � MANTO OU TOALHA: Todos os altares devem ter um manto ou uma toalha branca como símbolo de um plano diferente. Criamos um portal onde nossa conexão com as divindades torna-se pura e direta. � VELA: Representa o fogo divino, o poder criador, a obra mágica. � TAÇA DE CRISTAL: É o símbolo da abóbada celestial que atrai os espíritos protetores até nós. � FLORES: Devem de preferência serem brancas. Pode-se utilizar coloridas se fizerem parte de alguma oferenda especial. A flor possui uma lata vibração, portanto ela será sempre nossa oferenda e nosso presente aos Deuses.

� IMAGENS: Com as imagens "sentamos" a divindade em nossa mesa ou nosso altar.

� IMAGENS: Com as imagens "sentamos" a divindade em nossa mesa ou nosso altar. É um convite celestial para que os Deuses se tornem presentes. Normalmente a imagem deve estar centrada no altar. Pode entretanto haver a representação de mais de uma Deusa ou Deus, que podem ser colocados nas laterais da divindade principal. Não há necessidade de ser uma escultura, mas podemos representá-los através de figuras, fotografias ou símbolos. Você pode e deve sempre personalizar seu altar. � PRATINHOS DE OFERENDAS: Se considera oferendas, o incenso, os potes com água, ervas aromáticas, moedas , essências, produtos alimentícios, etc. Porém há algumas representações básicas que devem estar presentes em um altar como: a água da generosidade, o fogo da luz, os carvões da força mental, ervas ou incenso como alimento espiritual e uma tigela ou alguidar com açúcar mascavo, canela, arroz ou lentilhas e açafrão em rama, como alimento físico. E, não esquecer de acrescentar um alguidar com terra e algumas moedas sobre ela, para que você sempre disponha de dinheiro suficiente para realizar as oferendas para as divindades. � INSTRUMENTOS MUSICAIS: Pode ser sinetas, sinos, manjiras (1 par de pequenos pratos de bronze, cujo papel é fornecer a pontuação rítmica), flautas, etc. � CORES: As cores possuem vibrações, são bonitas e conferem alegria ao altar. Podemos confeccionar uma trança com fitas das cores do arco-íris, que ao mesmo tempo representam os chacras, os planetas, os dias da semana, já que possuem as 7 cores.

Ganges

Ganges

� Varanasi, que é uma cidade sagrada também é uma cidade suja. Existem mais

� Varanasi, que é uma cidade sagrada também é uma cidade suja. Existem mais de 32 saídas de esgoto para o Ganges o que torna a peregrinação uma atividade em demasia perigosa. Outro grande risco para a saúde dos indianos que moram nas margens do rio (por volta de 400 milhões de pessoas) é o despejo de corpos humanos ou de animais nas águas. Tal hábito resulta em epidemias constantes de doenças relacionadas com a falta de higiene.

Castas As castas foram originadas do corpo de Brahma, o Deva criador. Cada casta

Castas As castas foram originadas do corpo de Brahma, o Deva criador. Cada casta vem de uma parte do seu corpo. Os Dalit são considerados a poeira que fica sob os pés de Brahma. A boca (Brâmanes) representa os sacerdotes, filósofos e professores; Os braços (Xátrias) são os militares e os governantes; As pernas (Vaixás) são os comerciantes e os agricultores; Os pés (Sudras) são os artesãos, os operários e os camponeses.

Dalit Vaixá

Dalit Vaixá

� Uma breve ocidentalização.

� Uma breve ocidentalização.

Tolerância religiosa � � Diz-se que certa vez um discípulo de um guru monoteísta

Tolerância religiosa � � Diz-se que certa vez um discípulo de um guru monoteísta perguntou a ele: - Se existe apenas um deus, como pode tanta gente cultuar tantos deuses diferentes? Estão eles errados? Estão eles pecando? E o guru respondeu: - Deus é como a água. Pode-se moldar em diferentes formas, dependendo do jarro em que ela é posta. Estes deuses são jarros que moldam a água de diferentes formas. Mas a água é a mesma, é o mesmo deus.

� � � Bibliografia: Hinduísmo e Cristianismo: um diálogo possível (A. M. Cocagnac) Cultura

� � � Bibliografia: Hinduísmo e Cristianismo: um diálogo possível (A. M. Cocagnac) Cultura Religiosa: As religiões do mundo (Irineu Wilges) Sites www. maharaj. com. br / www. scribd. com/doc/19431855/Hinduismono-Brasil-Numeros / WWW. hadampa. org/pt/temples / www. videolog. uol. com. br/video