CUCA AULA DE LITERATURA TEMA 18 ROMANCE ROM
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CUCA – AULA DE LITERATURA TEMA 18: ROMANCE ROM NTICO BRASILEIRO JORGE HENRIQUE
The sisters on the balcony (1820) Caspar D. Friedrich
At the mirror (1827) Kersting, George Friedrich
Romance: é um subgênero da literatura. Herdeiro da epopéia, insere-se no modo narrativo, assim como a novela e o conto. Há de se notar que o romance tornou-se gênero preferencial a partir do Romantismo, por isso ficando o termo romance associado a este.
Características do romance romântico: 1. Trama folhetinesca – agilidade narrativa; 2. Função de entretenimento; 3. Descrição de costumes e práticas sociais – ordem burguesa / patriarcalismo; 4. Oposição bem x mal – personagens lineares; 5. Idealização de heróis e mocinhas; 6. Idealização do amor – “amor romântico”; 7. Episódios melodramáticos – sofrimentos, maldade, paixões, emoções intensas; 8. Predominância do final feliz – “happy end” (suporta, também, o final trágico)
“O romance folhetinesco surge na França do século XIX, em pleno movimento romântico, estreitamente ligado à literatura de massa, sendo que o produto dessa literatura encontra-se diretamente relacionado ao mercado consumidor. Desde o século XIX os trabalhadores satisfaziam suas fantasias com romances populares, vendidos aos milhões. O percurso do processo de transformação do romance folhetinesco no Brasil, vai desde a sua veiculação pelos jornais brasileiros do século XIX, passando pelas radionovelas dos anos 40 do século XX, à vitória das telenovelas que, nas quatro últimas décadas, vêm se tornando o produto mais marcante da narrativa de massa do Brasil. Hoje, as pessoas de todas as classes sociais sentam-se confortavelmente em frente a seus aparelhos de TV e se permitem sonhar. A telenovela, mais que qualquer outro programa televisivo, propicia uma vivência de emoções, de sentimentos variados, de ansiedade e de prazer, de sensações sexuais que a vida real não possibilita, por isso o seu grande sucesso. ” Maria Imaculada Cavalcante
O romance romântico brasileiro: reflete o nacionalismo literário da época, o desejo de constituir uma literatura nacional.
Joaquim Manuel de Macedo – A Moreninha (1844) - primeiro grande êxito de público na literatura brasileira; - “a literatura podia ser caminho para a popularidade”; - romance urbano: a história se passa na cidade do Rio de Janeiro; - amor romântico e final feliz.
José de Alencar (1829 -1877) PROJETO LITERÁRIO NACIONALISTA: traçar um panorama do Brasil, em termos de espaço e tempo, por meio de uma literatura e de uma linguagem brasileiras que buscassem a identidade da “nova nação”. - Ultrapassa o nível modesto de seus predecessores, demonstrando capacidade narrativa bem mais ampla. - Muitas de suas histórias apresentam força realista e personagens (quase) complexos. - Destaque para a figura feminina.
CLASSIFICAÇÃO DA OBRA DE ALENCAR: 1. Romances urbanos: ambientados na corte(Rio de Janeiro), caracterizam-se pela crônica de costumes (predominantemente burgueses), retratando a vida social da época. Exemplos: Senhora; Lucíola; Diva.
Os teatros e os bailes não lhe bastavam; as noites em que não tinha convite, ou não havia espetáculo, improvisava uma partida que em animação e alegria, não invejava as mais lindas funções da Corte. Tinha a arte de reunir em sua casa as formosuras fluminenses. Gostava de rodear-se dessa corte de belezas (. . . ) Os dias destinava-os para as visitas da Rua do Ouvidor, e os piqueniques no Jardim ou Tijuca. Lembrou-se de fazer da praia de Botafogo um passeio, à semelhança dos Bois de Boulogne em Paris, do Prater em Viena, e do Hyde Park em Londres. Durante alguns dias ela e algumas amigas percorriam de carro aberto, por volta de quatro horas, a extensa curva da pitoresca enseada, espairecendo a vista pelo panorama encantador, e respirando a fresca viração do mar.
2. Romances regionalistas: focalizam o interior do país, o meio rural, rústico. Exemplo: O Sertanejo; O Gaúcho.
3. Romances indianistas: idealização da figura indígena e da natureza brasileira. Exemplos: Iracema; O Guarani.
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. Mais rápida que a corça selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas. Um dia, ao pino do Sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos. Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto. Iracema saiu do banho: o aljôfar d’água ainda a roreja, como a doce mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas de seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste. (. . . ) Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se. Diante dela e todo a contemplá-la está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo. Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face do desconhecido. De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da espada; mas logo sorriu. O moço guerreiro aprendeu na religião de sua mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e amor. Sofreu mais d’alma que da ferida. O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei eu. Porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da mágoa que causara. A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e compassiva o sangue que gotejava. Depois Iracema quebrou a flecha homicida: deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada. O guerreiro falou: — Quebras comigo a flecha da paz? — Quem te ensinou, guerreiro branco, a linguagem de meus irmãos? Donde vieste a estas matas, que nunca viram outro guerreiro como tu? — Venho de bem longe, filha das florestas. Venho das terras que teus irmãos já possuíram, e hoje têm os meus. — Bem-vindo seja o estrangeiro aos campos dos tabajaras, senhores das aldeias, e à cabana de Araquém, pai de Iracema.
4. Romances históricos: ações ambientadas no período colonial. Exemplo: As Minas de Prata; A Guerra dos Mascates.
Visconde de Taunay – Inocência (1872) -considerada a obra prima do romance regionalista. - retrata um senso agudo de observação da natureza e da vida social do Sertão do Mato Grosso.
Bernardo Guimarães (1825 -1884) - O Seminarista (1872) – questionamento do celibato. - Escrava Isaura (1875) – romance abolicionista.
Manuel Antônio de Almeida Memórias de um sargento de milícias (1852 -1853) - É uma obra peculiar, que diverge em vários aspectos dos romances românticos; - Protagonista – anti-herói, pícaro – primeiro malandro da literatura brasileira;
-retrata os costumes de estratos mais populares da sociedade carioca – crônica de costumes; -Tempo da história: Reinado de D. João VI; -linguagem que se aproxima do tom coloquial; -presença constante do humor; - dialética: ordem x desordem – “jeitinho brasileiro”.
Martins Pena (1815 -1848) – COMÉDIA DE COSTUMES - Elege a comédia para retratar os costumes das camadas populares brasileiras; -Personagens tipos – tipos populares; -Focaliza a vida urbana e a vida rural (caipira – inocência); - Temas principais: o casamento por interesse, a pobreza, a exploração do sentimento religioso, a desonestidade dos comerciantes, a corrupção das autoridades públicas, o contrabando de escravos, a exploração do país por estrangeiros e o autoritarismo patriarcal, manifesto tanto na escolha de marido para as filhas quanto de profissão para os filhos.
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