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A caminho da inclusão

Integração n n Integração significa ser participante, ser considerado, "fazer parte de", ser levado a sério e ser encorajado. A integração requer a promoção das qualidades próprias de um indivíduo, sem estigmatização e sem segregação.

n Realizar pedagogicamente a integração significa, seja no jardim de infância, na escola ou no trabalho, que todas as crianças e adultos (deficientes ou não) brinquem/aprendam/trabalhem de acordo com o seu nível próprio de desenvolvimento em cooperação com os outros" (Steinemann, 1994).

n n . Na esteira do conceito de integração vieram outros, como os de autonomia e independência, e equiparação de oportunidades, que podem ser considerados passos em direção ao conceito atualmente vigente, de: inclusão social.

n Autonomia é a condição de domínio no ambiente físico e social, preservando ao máximo a privacidade e a dignidade da pessoa que a exerce. n Independência é a faculdade de decidir sem depender de outras pessoas, como familiares ou profissionais especializados.

INCLUSÃO

n Prestar atenção nos sentimentos dos alunos e expressões dos educandos nos remete a uma atitude de compreensão frente ao diferente, de inclusão e de sensibilidade solidária.

n n n Incluir é: Exaltar a dignidade da pessoa. Ter políticas sociais democráticas que promovem a solidariedade e a partilha e o respeito aos direitos fundamentais à subsistência e às condições sustentáveis de vida digna para todos. Promover o diálogo, incentivar o respeito à liberdade de consciência e a liberdade religiosa, na busca da verdade que liberta. Defender os direitos das minorias frágeis e marginalizadas, contra discriminações raciais, étnicas, de gênero, culturais e religiosas. Opor-se a qualquer forma de violência contra as pessoas, a qualquer estrutura concreta de violência, a qualquer exclusão e intolerância.

n n Incluir os setores populares no mundo letrado, no saber socialmente construído, na cidadania consciente é tarefa premente. Incluir, reduzir as desigualdades, somar as linguagens, os valores, os símbolos, as crenças, levar em conta a diversidade para enriquecer a cidadania e possibilitar o comunitário.

n n Hoje, na educação escolar nos deparamos com inúmeros alunos estigmatizados como portadores de sérias dificuldades de aprendizagem e muitos educadores, conscientes da realidade perguntam-se sobre as reais causas. Percorrendo toda essa realidade, nos perguntamos: não seriam essas percepções estreitas e fragmentadas e estáticas de mundo, ou então, a omissão dos fatos que criam as barreiras e dificultam a aprendizagem? Não são eles causadores de doenças mentais, psicológicas e tantas outras mais?

n Strieder (1999, p. 30 -99), em artigo publicado na revista Visão Global admite que:

n Educar para a solidariedade é reconhecer que as demandas da nossa imaginação não conhecem fronteiras e que nada de grandioso pode ser feito sem entusiasmo e paixão. Viver na retranca, sem esperança e sem o cultivo do espírito aventureiro conduz à inanição e leva ao nada da resignação amarga e acomodante que é a morte em vida. Persistir na construção de indivíduos para a obediência é persistir na continuidade da negação de vidas. Indivíduos que abriram mão da sua auto-estima que não vêem sentido possível em seu futuro sucumbem sob o peso esmagador da futilidade de qualquer esforço e da gratuidade do existir.

n Afirma Assmann (1989, p. 22 -29):

n Educar significa defender vidas, salvar todas as vidas humanas existentes, se a vida quer continuar sendo vida – a vida se ‘gosta’e se ama – e então ela amplia-se em mais vida, se o educar se confronta com esta apaixonante tarefa: formar seres humanos para os quais a criatividade e a ternura sejam necessidades vivenciais definidores de sonhos de felicidade individual e social e mais a qualidade na educação passa centralmente pelo viés pedagógico.

n Educar é a manifestação da profunda desejabilidade de ver e agir contra a exclusão. Educar significa ampliar o desejo de salvar vidas humanas com uma visão de esperança