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REVISÃO

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Estéticas Literárias • Trovadorismo (D. Dinis - cantigas) • Humanismo (Gil Vicente – Teatro)

Estéticas Literárias • Trovadorismo (D. Dinis - cantigas) • Humanismo (Gil Vicente – Teatro) • Classicismo (Camões) • Barroco (Gregório de Matos/Pe Vieira) • Arcadismo (carpe diem- Tomás A. Gonzaga) • Romantismo (José de Alencar/Álvares de Azevedo) • Realismo/Naturalismo (Machado de Assis/Aluísio Azevedo)

Naturalismo Aluísio Azevedo (1857 -1913) • Autor predominantemente naturalista O cortiço (João Romão, Jerônimo,

Naturalismo Aluísio Azevedo (1857 -1913) • Autor predominantemente naturalista O cortiço (João Romão, Jerônimo, • Emprego recorrente do Rita Baiana, Bertoleza, Miranda) : zoomorfismo e exploração do – Crítica socialista sobre a patológico exploração do homem pelo homem • Fortemente influenciado pelas – Extrema fidelidade na reprodução teorias determinista, evolucionista e de ambientes físicos, dos tipos socialista humanos e dos hábitos culturais • Grande parte das personagens é – Facilidade na estruturação de marcada pela ação do meio e da cenas coletivas hereditariedade – A habitação coletiva, o cortiço, é • Registro fiel de hábitos sociais personagem com ação determinista • O mulato: denúncia contra o – Animalização do sexo provincianismo, preconceito racial (zoomorfismo) e clero; Raimundo, protagonista, – Presença do homossexualismo apresenta caracteres românticos feminino: personagem Pombinha

Parnasianismo • "Arte pela arte" > preocupação com a perfeita técnica > rigor na

Parnasianismo • "Arte pela arte" > preocupação com a perfeita técnica > rigor na metrificação; preferências pelo soneto • Impassibilidade, impessoalidade: autor fora do universo do texto • Poesia descritiva: cenários, objetos de arte e civilizações antigos • Trindade parnasiana: Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac

Simbolismo • Aprofundamento de caracteres românticos • Sentimento decadentista > morbidez, melancolia, dor •

Simbolismo • Aprofundamento de caracteres românticos • Sentimento decadentista > morbidez, melancolia, dor • Subjetivismo e sensibilidade espiritualizados > hermetismo e sinestesias • Misticismo e liturgia • Aproximação poesia e música > alusões musicais, vocabulário sonoro, repetições, aliterações Cruz e Sousa (1861 -1898) • Sentimentos de abandono, incompreensão, dor e desespero • Obsessão pela cor branca; vocabulário litúrgico; erotismo • Formalismo técnico > gosto pelo soneto

Pré-Modernismo • Transição entre a tradição literária (século XIX) e sua ruptura radical, que

Pré-Modernismo • Transição entre a tradição literária (século XIX) e sua ruptura radical, que inaugura o Modernismo • Produção espontaneamente variada sobre um tema básico: realidade social brasileira • Temas, estilos e linguagens sem unidade entre os autores Euclides da Cunha Os sertões: • Fonte e tema da obra: Guerra de Canudos • Encontro de dois mundos: o litoral civilizado e o sertão inculto • Registro da trajetória do líder messiânico Antônio Conselheiro • Abordagem: geografia, etnia, história, sociologia, botânica, clima e cultura popular • Três partes: "A terra", "O homem", "A luta" • Linguagem rebuscada, na 1ª e na 2ª parte ("A terra" e "O homem")

Lima Barreto • Foco temático: população periférica e pobre • Nacionalismo radical > crítica

Lima Barreto • Foco temático: população periférica e pobre • Nacionalismo radical > crítica à elite política entreguista • Linguagem: misto de jornalismo com coloquialismos Triste fim de Policarpo Quaresma: • Tema: defesa e valorização de todo e qualquer aspecto nacional: povo; "língua brasileira" (tupi); agricultura; música etc. • Policarpo Quaresma: personagem à moda de D. Quixote: heroico, idealista, altruísta, solidário, sobretudo ingênuo

Monteiro Lobato • Nacionalismo > defesa da Educação; das riquezas minerais; da cultura popular

Monteiro Lobato • Nacionalismo > defesa da Educação; das riquezas minerais; da cultura popular • Luta pela descoberta, extração e industrialização do petróleo por brasileiros • Literatura infantil: a mais completa e pertinente em relação à realidade brasileira: história, tradições, cultura, folclore • Literatura adulta: contos ambientados no interior rural de São Paulo: crítica à exploração humana, à desinformação, a práticas agrícolas arcaicas

Vanguardas européias • Futurismo: exaltação da vida moderna, da máquina, da eletricidade, da velocidade

Vanguardas européias • Futurismo: exaltação da vida moderna, da máquina, da eletricidade, da velocidade • Expressionismo: preocupação em expor as imagens provenientes de sensações ou de emoções interiores • Cubismo: decomposição em planos geométricos de modo a permitir ângulos diferentes para visões diferente da mesma realidade • Dadaísmo: negação total do mundo; apologia do absurdo, do nonsense e do incoerente, do casual e do lúdico • Surrealismo: sondagem do primitivo, subconsciente, sonho; da loucura e do avesso ao racional

SEMANA DE ARTE MODERNA • Consequência da efervescência cultural que se manifestava há quase

SEMANA DE ARTE MODERNA • Consequência da efervescência cultural que se manifestava há quase uma década. • Matriz do Modernismo • Proposta básica: arte genuinamente brasileira no conteúdo e na linguagem. • Palestras, conferências, concertos, declamações. . . = atitude rebelde.

PRIMEIRA GERAÇÃO DO MODERNISMO • Mais que renovação: substituição de uma arte por outra

PRIMEIRA GERAÇÃO DO MODERNISMO • Mais que renovação: substituição de uma arte por outra > radicalismo, agressividade, rebeldia, irreverência. • Nacionalismo > tematização da cultura brasileira e emprego dos seus falares. • Liberdade de pesquisa estética; liberdade de temas, estilos e linguagens. • Correntes: Manifesto da Poesia Pau-Brasil (Oswald de Andrade);

MÁRIO DE ANDRADE Líder intelectual na configuração e no estabelecimento do Modernismo brasileiro •

MÁRIO DE ANDRADE Líder intelectual na configuração e no estabelecimento do Modernismo brasileiro • Sua obra é ampla referência da cultura brasileira • Senso de pesquisa e de experimentalismo • Romances, poesias, contos, ensaios, crítica. . .

Manuel Bandeira • Adaptou-se às três fases do Modernismo e ao Concretismo. • Adesão

Manuel Bandeira • Adaptou-se às três fases do Modernismo e ao Concretismo. • Adesão hesitante à crítica agressiva aos parnasianos, apesar de "Os sapos" e "Poética". • Temática muito variada. • Traços mais constantes: intimismo, desencanto, efemeridade da vida, conformismo e registro do cotidiano.

SEGUNDA GERAÇÃO DO MODERNISMO Caracterização da segunda fase do Modernismo A. Prosa • Consolidação

SEGUNDA GERAÇÃO DO MODERNISMO Caracterização da segunda fase do Modernismo A. Prosa • Consolidação das conquistas de Graciliano Ramos 1922, com abordagens mais José Lins do Rego reflexivas e menos ousadas Jorge Amado • Romance neorrealista = crítica Érico Veríssimo política e social; linguagem objetiva Raquel de Queirós • Poesia consciente da problemática social, além de temas intimistas; no geral, menos imediatismo B. Poesia Carlos Drummond de Andrade Cecília Meireles Murilo Mendes Jorge de Lima Vinícius de Moraes

Jorge Amado Galeria de tipos populares: trabalhadores, bêbados, comadres, sonhadores, prostitutas. . . •

Jorge Amado Galeria de tipos populares: trabalhadores, bêbados, comadres, sonhadores, prostitutas. . . • Romances Proletariado: O país do carnaval, Cacau, Suor, Jubiabá, Capitães da areia Viés socialista: Jubiabá, Seara vermelha, O cavaleiro da esperança, Os subterrâneos da liberdade Cultura do cacau: Cacau, Terras do sem-fim, São Jorge dos Ilhéus Predominância sentimental: Mar morto, Capitães da areia, ABC de Castro Alves Presença do pitoresco: Gabriela, cravo e canela, Os velhos marinheiros, Os pastores da noite, Dona Flor e seus dois maridos, Tenda dos milagres, Teresa Batista cansada de guerra, Tieta do agreste

Graciliano Ramos • Obra de denúncia social e política – visão pessimista da sociedade

Graciliano Ramos • Obra de denúncia social e política – visão pessimista da sociedade • Tema básico: tensão entre o homem e seu meio social • Estilo conciso: apenas registro do essencial • Psicologismo, principalmente em Angústia • Memórias do cárcere – diário da prisão (Estado Novo) • Insônia e Alexandre e outros heróis – experiências no gênero conto Vidas secas • Temática da seca – denúncia sobre o abandono do sertanejo • Sem saída da miséria = Fabiano e família andam em círculo. • Regionalismo universal, capítulos autônomos, linguagem concisa, narração em 3ª pessoa • Discurso indireto livre – substitui a incapacidade de verbalização de Fabiano

Carlos Drummond de Andrade • Rica variedade temática • Recorrência da poesia de engajamento

Carlos Drummond de Andrade • Rica variedade temática • Recorrência da poesia de engajamento social • Linguagem depurada, concisa e expressiva • Conteúdo intelectualizado • Uso frequente da metalinguagem

Terceira fase do Modernismo • Parte da produção da época dá valor a aspectos

Terceira fase do Modernismo • Parte da produção da época dá valor a aspectos formais tradicionais, como rima, métrica e vocabulário erudito. • Três nomes de destaque: João Guimarães Rosa, Clarice Lispector e João Cabral de Melo Neto • Prosa: permanência do regionalismo e aprofundamento do psicologismo • Poesia: objetividade na linguagem

LITERATURA CONTEMPOR NEA • Inexistência de estética ou estilo de época predominante Prosa •

LITERATURA CONTEMPOR NEA • Inexistência de estética ou estilo de época predominante Prosa • Grande variedade de autores • Romance / conto = engajamento contra a ditadura; surge o romancereportagem • Crônica: observação sobre o cotidiano corriqueiro Poesia • Poesia marginal (década de 1970): Chacal, Leminski, Tom Zé • Predominância de experiências pessoais – pouca subjetividade ou intimismo • Ferreira Gullar = denúncia social e política

Autores mais valorizados pelo ENEM: Manuel Bandeira; Graciliano Ramos; João Cabral de Melo Neto

Autores mais valorizados pelo ENEM: Manuel Bandeira; Graciliano Ramos; João Cabral de Melo Neto e Carlos Drummond de Andrade.

ROMANTISMO – Nacionalismo (ENEM/2010) Texto I Se eu tenho de morrer na flor dos

ROMANTISMO – Nacionalismo (ENEM/2010) Texto I Se eu tenho de morrer na flor dos anos, Meu Deus! não seja já; Meu Deus! Não seja já! Eu quero ouvir cantar na laranjeira, à tarde, Cantar o sabiá! ABREU, C. Poetas românticos brasileiros. São Paulo: Scipione, 1993 Cantar o sabiá! Meu Deus, eu sinto e bem vês que eu morro Respirando esse ar; Faz que eu viva, Senhor! dá-me de novo Os gozos do meu lar! Dá-me os sítios gentis onde eu brincava Lá na quadra infantil; Dá que eu veja uma vez o céu da pátria, O céu de meu Brasil! Se eu tenho de morrer na flor dos anos, Texto II A ideologia romântica, argamassada ao longo do século XVIII e primeira metade do século XIX, introduziu-se em 1836. Durante quatro decênios, imperaram o "eu", a anarquia, o liberalismo, o sentimentalismo, o nacionalismo através da poesia, do romance, do teatro e do jornalismo (que fazia sua aparição nessa época MOISÉS, M. A literatura brasileira através do textos. São Paulo: Cultrix, 1971 (fragmento).

De acordo com as considerações de Massaud Moisés no Texto II, o Texto I

De acordo com as considerações de Massaud Moisés no Texto II, o Texto I centra-se A) no imperativo do "eu", reforçando a ideia de que estar longe do Brasil é uma forma de estar bem, já que o país sufoca o eu lírico. B) no nacionalismo, reforçado pela distância da pátria e pelo saudosismo em relação à paisagem agradável onde o eu lírico vivera a infância. C) na liberdade formal, que se manifesta na opção por versos sem métrica rigorosa e temática voltada pra o nacionalismo. D) no fazer anárquico, entendida a poesia como negação do passado e da vida, seja pelas opções formais, seja pelos temas. E) no sentimentalismo, por meio do qual se reforça a alegria presente em oposição à infância, marcada pela tristeza. Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde.

ROMANTISMO – Mal-do-século (ENEM/2010) Soneto Já da morte o palor me cobre o rosto,

ROMANTISMO – Mal-do-século (ENEM/2010) Soneto Já da morte o palor me cobre o rosto, Nos lábios meus o alento desfalece, Surda agonia o coração fenece, E devora meu ser mortal desgosto! Do leito embalde no macio encosto Tento o sono reter!. . . já esmorece O corpo exausto que o repouso esquece. . . Eis o estado em que a mágoa me tem posto! O adeus, o teu adeus, minha saudade, Fazem que insano do viver me prive E tenha os olhos meus na escuridade. Dá-me a esperança com que o ser mantive! Volve ao amante os olhos por piedade, Olhos por quem viveu quem já não vive! AZEVEDO, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000.

O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda geração romântica, porém configura

O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda geração romântica, porém configura um lirismo que o projeta para além desse momento específico. O fundamento desse lirismo é: a) a angústia alimentada pela constatação da irreversibilidade da morte. b) a melancolia que frustra a possibilidade de reação diante da perda. c) o descontrole das emoções provocado pela autopiedade. d) o desejo de morrer como alívio para a desilusão amorosa. e) o gosto pela escuridão como solução para o sofrimento.

ROMANTISMO – Social O trecho a seguir é parte do poema “Mocidade e morte”,

ROMANTISMO – Social O trecho a seguir é parte do poema “Mocidade e morte”, do poeta romântico Castro Alves: Oh! eu quero viver, beber perfumes Na flor silvestre, que embalsama os ares; Ver minh'alma adejar pelo infinito, Qual branca vela n'amplidão dos mares. No seio da mulher há tanto aroma. . . Nos seus beijos de fogo há tanta vida. . . –– Árabe errante, vou dormir à tarde À sombra fresca da palmeira erguida. Mas uma voz responde-me sombria: Terás o sono sob a lájea fria. (ALVES, Castro. Os melhores poemas de Castro Alves. Seleção de Lêdo Ivo. São Paulo: Global, 1983. )

Esse poema, como o próprio título sugere, aborda o inconformismo do poeta com a

Esse poema, como o próprio título sugere, aborda o inconformismo do poeta com a antevisão da morte prematura, ainda na juventude. A imagem da morte aparece na palavra: a) embalsama. b) infinito. c) amplidão. d) dormir. e) sono.

Romantismo – Realismo No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente

Romantismo – Realismo No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente um outro estilo de época: o Romantismo. “Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. ” (ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson, 1957. )

A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao Romantismo

A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao Romantismo está transcrita na alternativa: a). . . o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas. . . b). . . era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça. . . c) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, . . . d) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos. . . e). . . o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.

Modernismo – 1ª Fase (Manuel Bandeira) Poética Estou farto do lirismo comedido Do lirismo

Modernismo – 1ª Fase (Manuel Bandeira) Poética Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e [manifestações de apreço ao Sr. diretor. Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o [cunho vernáculo de um vocábulo Abaixo os puristas. . . . . . Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bêbedos O lirismo difícil e pungente dos bêbedos O lirismo dos clowns de Shakespeare — Não quero mais saber do lirismo que não é libertação. (BANDEIRA, Manuel. Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro. Aguilar, 1974)

Com base na leitura do poema, podemos afirmar corretamente que o poeta: a) critica

Com base na leitura do poema, podemos afirmar corretamente que o poeta: a) critica o lirismo louco do movimento modernista. b) critica todo e qualquer lirismo na literatura. c) propõe o retorno ao lirismo do movimento clássico. d) propõe o retorno ao lirismo do movimento romântico. e) propõe a criação de um novo lirismo.

Modernismo – 2ª Fase (Enem/ 2009) Texto 1 No meio do caminho tinha uma

Modernismo – 2ª Fase (Enem/ 2009) Texto 1 No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra No meio do caminho tinha uma pedra [. . . ] ANDRADE, C. D. Antologia poética. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2000. (fragmento)

Texto 2

Texto 2

A comparação entre os recursos expressivos que constituem os dois textos revela que (A)

A comparação entre os recursos expressivos que constituem os dois textos revela que (A) o texto 1 perde suas características de gênero poético ao ser vulgarizado por histórias em quadrinho. (B) o texto 2 pertence ao gênero literário, porque as escolhas linguísticas o tornam uma réplica do texto 1. (C) a escolha do tema, desenvolvido por frases semelhantes, caracteriza-os como pertencentes ao mesmo gênero. (D) os textos são de gêneros diferentes porque, apesar da intertextualidade, foram elaborados com finalidades distintas. (E) as linguagens que constroem significados nos dois textos permitem classificá-Ias como pertencentes ao mesmo gênero.

Modernismo – 3ª Fase Leia o que disse João Cabral de Melo Neto, poeta

Modernismo – 3ª Fase Leia o que disse João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos: “Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste. ” Para João Cabral de Melo Neto, no texto literário, a) a linguagem do texto deve refletir o tema, e a fala do autor deve denunciar o fato social para determinados leitores. b) a linguagem do texto não deve ter relação com o tema, e o autor deve ser imparcial para que seu texto seja lido. c) o escritor deve saber separar a linguagem do tema e a perspectiva pessoal da perspectiva do leitor. d) a linguagem pode ser separada do tema, e o escritor deve ser o delator do fato social para todos os leitores. e) linguagem está além do tema, e o fato social deve ser a proposta do escritor para convencer o leitor.

Açúcar O branco açúcar que adoçará meu café Nesta manhã de Ipanema Não foi

Açúcar O branco açúcar que adoçará meu café Nesta manhã de Ipanema Não foi produzido por mim Nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. [. . . ] Em lugares distantes, Onde não há hospital, Nem escola, homens que não sabem ler e morrem de fome Aos 27 anos Plantaram e colheram a cana Que viraria açúcar. Em usinas escuras, homens de vida amarga E dura Produziram este açúcar Branco e puro Com que adoço meu café esta manhã Em Ipanema. GULLAR, F. Toda poesia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980 (fragmento). A Literatura Brasileira desempenha papel importante ao suscitar reflexão sobre desigualdades sociais. No fragmento, essa reflexão ocorre porque o eu lírico A) descreve as propriedades do açúcar. B) se revela mero consumidor de açúcar. C) destaca o modo de produção do açúcar. D) exalta o trabalho dos cortadores de cana E) explicita a exploração dos trabalhadores A poesia engajada

O apanhador de desperdícios Amo os restos Uso a palavra para compor meus como

O apanhador de desperdícios Amo os restos Uso a palavra para compor meus como as boas moscas. silêncios. Queria que a minha voz tivesse um Não gosto das palavras formato fatigadas de informar. de canto. Dou mais respeito Porque eu não sou da informática: às que vivem de barriga no chão eu sou da invencionática. tipo água pedra sapo. Só uso a palavra para compor meus Entendo bem o sotaque das águas silêncios. Dou respeito às coisas desimportantes BARROS, Manoel de. O apanhador de desperdícios. In. e aos seres desimportantes. PINTO, Manuel da Costa. Antologia comentada da poesia Prezo insetos mais que aviões. brasileira do século 21. São Paulo: Publifolha, 2006. p. 73 -74. Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis. Tenho em mim um atraso de nascença. Eu fui aparelhado TENDÊNCIAS para gostar de passarinhos. CONTEMPOR NEAS Tenho abundância de ser feliz por isso. NO BRASIL Meu quintal é maior do que o mundo. Sou um apanhador de desperdícios:

Considerando o papel da arte poética e a leitura do poema de Manoel de

Considerando o papel da arte poética e a leitura do poema de Manoel de Barros, afirma-se que (A) informática e invencionática são ações que, para o poeta, correlacionam-se: ambas têm o mesmo valor na sua poesia. (B) arte é criação e, como tal, consegue dar voz às diversas maneiras que o homem encontra para dar sentido à própria vida. (C) a capacidade do ser humano de criar está condicionada aos processos de modernização tecnológicos. (D) a invenção poética, para dar sentido ao desperdício, precisou se render às inovações da informática. (E) as palavras no cotidiano estão desgastadas, por isso à poesia resta o silêncio da não comunicabilidade.

“Tenho em mim todos os sonhos do mundo. ” Fernando Pessoa

“Tenho em mim todos os sonhos do mundo. ” Fernando Pessoa