O LIVRO DOS ESPRITOS Parte I Das causas

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O LIVRO DOS ESPÍRITOS Parte I – Das causas primárias Cap. I – De

O LIVRO DOS ESPÍRITOS Parte I – Das causas primárias Cap. I – De Deus Cap. II – Dos elementos gerais do Universo Cap. III – Da criação Cap. IV – Do princípio vital Parte II – Do mundo espírita ou mundo dos espíritos Parte III – Das leis morais Parte IV – Das esperanças e consolações

Cap. II – Dos elementos gerais do Universo • • Conhecimento do princípio das

Cap. II – Dos elementos gerais do Universo • • Conhecimento do princípio das coisas Espírito e matéria Propriedades da matéria Espaço universal Questões 17 a 36

Conhecimento do princípio das coisas 17) E dado ao homem conhecer o princi pio

Conhecimento do princípio das coisas 17) E dado ao homem conhecer o princi pio das coisas? “Na o, Deus na o permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo. ” 18) Penetrara o homem um dia o miste rio das coisas que lhe esta o ocultas? “O ve u se levanta a seus olhos, a medida que ele se depura; mas, para compreender certas coisas, sa o-lhe precisas faculdades que ainda na o possui. ”

Conhecimento do princípio das coisas 19) Na o pode o homem, pelas investigac o

Conhecimento do princípio das coisas 19) Na o pode o homem, pelas investigac o es científicas, penetrar alguns dos segredos da Natureza? “A Cie ncia lhe foi dada para seu adiantamento em todas as coisas; ele, pore m, na o pode ultrapassar os limites que Deus estabeleceu. ” Quanto mais consegue o homem penetrar nesses miste rios, tanto maior admirac a o lhe devem causar o poder e a sabedoria do Criador. Entretanto, seja por orgulho, seja por fraqueza, sua pro pria intelige ncia o faz joguete da ilusa o. Ele amontoa sistemas sobre sistemas e cada dia que passa lhe mostra quantos erros tomou por verdades e quantas verdades rejeitou como erros. Sa o outras tantas decepc o es para o seu orgulho. 20) Dado e ao homem receber, sem ser por meio das investigac o es da Cie ncia, comunicac o es de ordem mais elevada acerca do que lhe escapa ao testemunho dos sentidos? “Sim, se o julgar conveniente, Deus pode revelar o que a Cie ncia na o e dado apreender. ” Por essas comunicac o es e que o homem adquire, dentro de certos limites, o conhecimento do seu passado e do seu futuro.

Espírito e matéria 21) A mate ria existe desde toda a eternidade, como Deus,

Espírito e matéria 21) A mate ria existe desde toda a eternidade, como Deus, ou foi criada por Ele em dado momento? “So Deus o sabe. Ha uma coisa, todavia, que a raza o vos deve indicar: e que Deus, modelo de amor e caridade, nunca esteve inativo. Por mais distante que logreis figurar o ini cio de sua ac a o, podereis concebe -lo ocioso, um momento que seja? ” 22) Define-se geralmente a mate ria como o que tem extensa o, o que e capaz de nos impressionar os sentidos, o que e impenetra vel. Sa o exatas estas definic o es? “Do vosso ponto de vista, elas o sa o, porque na o falais sena o do que conheceis. Mas a mate ria existe em estados que ignorais. Pode ser, por exemplo, ta o ete rea e sutil, que nenhuma impressa o vos cause aos sentidos. Contudo, e sempre mate ria. Para vo s, pore m, na o o seria. ” a) Que definic a o podeis dar da mate ria? “A mate ria e o lac o que prende o espi rito; e o instrumento de que este se serve e sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce sua ac a o. ” Deste ponto de vista, pode-se dizer que a mate ria e o agente, o intermedia rio com o auxi lio do qual e sobre o qual atua o espi rito.

Espírito e matéria 23) Que e o espi rito? “O princi pio inteligente do

Espírito e matéria 23) Que e o espi rito? “O princi pio inteligente do Universo. ” a) Qual a natureza i ntima do espi rito? “Na o e fa cil analisar o espi rito com a vossa linguagem. Para vo s, ele nada e , por na o ser palpa vel. Para no s, entretanto, e alguma coisa. ficai sabendo: coisa nenhuma e o nada na o existe. ” 24) E o espi rito sino nimo de intelige ncia? “A intelige ncia e um atributo essencial do espi rito. Uma e outro, pore m, se confundem num princi pio comum, de sorte que, para vo s, sa o a mesma coisa. ”

Espírito e matéria 25) O espi rito independe da mate ria, ou e apenas

Espírito e matéria 25) O espi rito independe da mate ria, ou e apenas uma propriedade desta, como as cores o sa o da luz e o som o e do ar? “Sa o distintos uma do outro; mas a unia o do espi rito e da mate ria e necessa ria para intelectualizar a mate ria. ” a) Essa unia o e igualmente necessa ria para a manifestac a o do espi rito? (Entendemos aqui por espi rito o princi pio da intelige ncia, abstrac a o feita das individualidades que por esse nome se designam. ) “É necessa ria a vo s outros, porque na o tendes organizac a o apta a perceber o espi rito sem a mate ria. A isto na o sa o apropriados os vossos sentidos. ” 26) Poder-se-a conceber o espi rito sem a mate ria e a mate ria sem o espi rito? “Pode-se, e fora de du vida, pelo pensamento. ”

Espírito e matéria 27) Ha enta o dois elementos gerais do Universo: a mate

Espírito e matéria 27) Ha enta o dois elementos gerais do Universo: a mate ria e o espi rito? “Sim e acima de tudo Deus, o Criador, o Pai de todas as coisas. Deus, espi rito e mate ria constituem o princi pio de tudo o que existe, a trindade universal. mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermedia rio entre o espi rito e a mate ria propriamente dita, por demais grosseira para que o espi rito possa exercer ac a o sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja li cito classifica -lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente mate ria, raza o na o haveria para que tambe m o espi rito na o o fosse. Esta colocado entre o espi rito e a mate ria; e fluido, como a mate ria e mate ria, e susceti vel, pelas suas inumera veis combinac o es com esta e sob a ac a o do espi rito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mi nima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o espi rito se utiliza, e o princi pio sem o qual a mate ria estaria em perpe tuo estado de divisa o e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe da. ”

Espírito e matéria a) Esse fluido sera o que designamos pelo nome de eletricidade?

Espírito e matéria a) Esse fluido sera o que designamos pelo nome de eletricidade? “Dissemos que ele e susceti vel de inu meras combinac o es. O que chamais fluido ele trico, fluido magne tico, sa o modificac o es do fluido universal, que na o e , propriamente falando, sena o mate ria mais perfeita, mais sutil e que se pode considerar independente. ” 28) Pois que o espi rito e , em si, alguma coisa, na o seria mais exato e menos sujeito a confusa o dar aos dois elementos gerais as designac o es de — mate ria inerte e mate ria inteligente? “As palavras pouco nos importam. Compete a vo s formular a vossa linguagem de maneira a vos entenderdes. As vossas controve rsias prove m, quase sempre, de na o vos entenderdes acerca dos termos que empregais, por ser incompleta a vossa linguagem para exprimir o que na o vos fere os sentidos. ”

Espírito e matéria Um fato patente domina todas as hipo teses: vemos mate ria

Espírito e matéria Um fato patente domina todas as hipo teses: vemos mate ria destitui da de intelige ncia e vemos um princi pio inteligente que independe da mate ria. A origem e a conexa o destas duas coisas nos sa o desconhecidas. Se promanam ou na o de uma so fonte; se ha pontos de contato entre ambas; se a intelige ncia tem existe ncia pro pria, ou se e uma propriedade, um efeito; se e mesmo, conforme a opinia o de alguns, uma emanac a o da Divindade, ignoramos. Elas se nos mostram distintas; daí o considerarmo-las formando os dois princi pios constitutivos do Universo. Vemos acima de tudo isso uma intelige ncia que domina todas as outras, que as governa, que se distingue delas por atributos essenciais. A essa intelige ncia suprema e que chamamos Deus.

Propriedades da matéria 29) A ponderabilidade e um atributo essencial da mate ria? “Da

Propriedades da matéria 29) A ponderabilidade e um atributo essencial da mate ria? “Da mate ria como a entendeis, sim; na o, pore m, da mate ria considerada fluido universal. A mate ria ete rea e sutil que constitui esse fluido vos e impondera vel. Nem por isso, entretanto, deixa de ser o princi pio da vossa mate ria pesada. ” A gravidade e uma propriedade relativa. Fora das esferas de atrac a o dos mundos, na o ha peso, do mesmo modo que na o ha alto nem baixo. 30) A mate ria e formada de um so ou de muitos elementos? “De um so elemento primitivo. Os corpos que considerais simples na o sa o verdadeiros elementos, sa o transformac o es da mate ria primitiva. ” 31) Donde se originam as diversas propriedades da mate ria? “Sa o modificac o es que as mole culas elementares sofrem, por efeito da sua unia o, em certas circunsta ncias. ”

Propriedades da matéria 32) De acordo com o que vindes de dizer, os sabores,

Propriedades da matéria 32) De acordo com o que vindes de dizer, os sabores, os odores, as cores, o som, as qualidades venenosas ou salutares dos corpos na o passam de modificac o es de uma u nica substa ncia primitiva? “Sem du vida e que so existem devido a disposic a o dos o rga os destinados a percebe -las. ” A demonstrac a o deste princi pio se encontra no fato de que nem todos percebemos as qualidades dos corpos da mesma maneira: enquanto uma coisa agrada ao gosto de um, para o de outro e detesta vel; o que uns veem azul, outros veem vermelho; o que para uns e veneno, para outros e inofensivo ou salutar. 33) A mesma mate ria elementar e susceti vel de experimentar todas as modificac o es e de adquirir todas as propriedades? “Sim e e isso o que se deve entender, quando dizemos que tudo esta em tudo!” O oxige nio, o hidroge nio, o azoto, o carbono e todos os corpos que consideramos simples sa o meras modificac o es de uma substa ncia primitiva. Na impossibilidade em que ainda nos achamos de remontar, a na o ser pelo pensamento, a esta mate ria prima ria, esses corpos sa o para no s verdadeiros elementos e podemos, sem maiores conseque ncias, te -los como tais, ate nova ordem.

Propriedades da matéria a) Na o parece que esta teoria da raza o aos

Propriedades da matéria a) Na o parece que esta teoria da raza o aos que na o admitem na mate ria sena o duas propriedades essenciais: a forc a e o movimento, entendendo que todas as demais propriedades na o passam de efeitos secunda rios, que variam conforme a intensidade da forc a e a direc a o do movimento? “É acertada essa opinia o. falta somente acrescentar: e conforme a disposic a o das mole culas, como o mostra, por exemplo, um corpo opaco, que pode tornar-se transparente e vice-versa. ” 34) As mole culas te m forma determinada? “Certamente, as mole culas te m uma forma, pore m na o sois capazes de aprecia -la. ” a) Essa forma e constante ou varia vel? “Constante a das mole culas elementares primitivas; varia vel a das mole culas secunda rias, que mais na o sa o do que aglomerac o es das primeiras. Porque, o que chamais mole cula ainda longe esta da mole cula elementar. ”

Espaço universal 35) O Espac o universal e infinito ou limitado? “Infinito. Supo e-no

Espaço universal 35) O Espac o universal e infinito ou limitado? “Infinito. Supo e-no limitado: que havera para la de seus limites? Isto te confunde a raza o, bem o sei; no entanto, a raza o te diz que na o pode ser de outro modo. O mesmo se da com o infinito em todas as coisas. Na o e na pequenina esfera em que vos achais que podereis compreende -lo. ” Supondo-se um limite ao Espac o, por mais distante que a imaginac a o o coloque, a raza o diz que ale m desse limite alguma coisa ha e assim, gradativamente, ate ao infinito, porquanto, embora essa alguma coisa fosse o vazio absoluto, ainda seria Espac o. 36) O va cuo absoluto existe em alguma parte no Espac o universal? “Na o, na o ha o va cuo. O que te parece vazio esta ocupado por mate ria que te escapa aos sentidos e aos instrumentos. ”