DESENVOLVENDO PRTICAS AVANADAS DE ENFERMAGEM NA AMERICA LATINA

DESENVOLVENDO PRÁTICAS AVANÇADAS DE ENFERMAGEM NA AMERICA LATINA PARA CONTRIBUIR COM A SAÚDE UNIVERSAL

Cofen discute práticas avançadas de Enfermagem na OPAS O presidente do Conselho Federal de Enfermagem, Manoel Neri, e a vice-presidente Irene Ferreira nos dias 05 e 06/11/2015, participam de reunião na sede da Organização Panamericana de Saúde (OPAS), em Washington, para discutir a Enfermagem de prática avançada, com base nas experiência canadense e americanas, que vêm sendo implementadas desde a década de 1960. A OPAS discute estratégias para implementar a Enfermagem de prática avançada no Brasil, voltada para a atenção primária à saúde (APS). O objetivo é aumentar o escopo de práticas do enfermeiro, desenvolvendo e aprofundando o trabalho Inter profissional na atenção básica. A formação busca um perfil de profissional com alta resolutividade, preferencialmente em nível de mestrado profissional e residência vinculada ao mestrado profissional.

A FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM DE PRÁTICA AVANÇADA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE: PROPOSTA PARA O BRASIL Associação Brasileira de Enfermagem – ABEN Conselho Federal de Enfermagem - Cofen Coordenação da Área de Enfermagem - CAPES Coordenação Geral das Residências em Saúde - MEC

POTENCIALIDADES PARA IMPLANTAÇÃO DAS PRÁTICAS AVANÇADAS EM ENFERMAGEM NO BRASIL Facilitadores • Sistema de atenção à saúde no Brasil, constituído pelo SUS; • Sistema de pós-graduação em enfermagem já estabelecidos; • Expansão dos programas de residências em enfermagem; • Apoio das organizações profissionais da enfermagem; • Legislação do exercício profissional de enfermagem e protocolos que preveem ações de prática avançada; • Políticas de estímulo da CAPES para mestrado profissional ; • Mobilização da OPAS para formação de recursos humanos em enfermagem para pratica avançada; • Vínculo entre os enfermeiros de atenção primária e a comunidade.

POTENCIALIDADES PARA IMPLANTAÇÃO DAS PRÁTICAS AVANÇADAS EM ENFERMAGEM NO BRASIL Desafios: • Resistência dos profissionais de saúde em especial corporações médicas; • Escassez de corpo docente com prática clínica para formação em EPA; • Deficiências na regulação do ensino e prática; • Marco da regulação legal das práticas profissionais ainda restrito; • Financiamento; • Falta cultura de trabalho interprofissional e colaborativo; • Modelo biomédico; • Falta de clareza dos profissionais de enfermagem sobre o significado de EPA.

Perfil do enfermeiro em práticas avançadas: Enfermeiros que adquiriram uma base de conhecimentos especializados em atenção primária a saúde, capacitados para tomar decisões complexas, competência clínica e autonomia para desenvolver uma prática avançada. Profissional com liderança, competência clínica e perfil de atuação na atenção primária a saúde junto a crianças, mulheres, adultos e idosos, na perspectiva de uma atenção integral, interprofissional, colaborativa e com foco na pessoa, família e comunidade.

Competências do enfermeiro em práticas avançadas: a) Capacidade de desenvolvimento do cuidado, incluindo atividades de prevenção, promoção, terapêutica e reabilitação, atuando com base em conhecimento técnicocientífico, ou seja, prática clínica pautada em evidências e no pensamento crítico e analítico; b) Capacidade para identificar, avaliar e estabelecer o diagnóstico clínico por meio da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) na atenção básica; c) Capacidade em prática clínica desenvolvida de forma articulada e colaborativa com outros profissionais numa perspectiva Inter profissional (WHO, 2010); d) Liderança colaborativa junto à equipe de saúde assumindo o controle da referência e contra referência com foco no usuário e no seguimento das redes de cuidado; e) Habilidades de investigação, inclusive para guiar o trabalho clínico, mas também contribuindo na definição de políticas, quer para a profissão, quer para a saúde; f) Ser capaz de fazer de compreender o acolhimento e a educação em saúde como tecnologias de cuidado.

ICN recomenda o Programas de Mestrado, com o objetivo de integrar pesquisa, educação, prática e gestão, permitindo um alto grau de autonomia profissional com o desenvolvimento de habilidades de avaliação de saúde avançadas, habilidades de tomada de decisão e de raciocínio diagnóstico. No Brasil a pós-graduação a começar pela residência em enfermagem e o mestrado profissional em enfermagem podem ter interface com os propósitos da Prática Avançada de Enfermagem.

CÚPULA DE ENFERMAGEM EM PRÁTICA AVANÇADA: DESENVOLVENDO AVANÇADAS COMPETÊNCIAS DE ENFERMAGEM NA AMÉRICA LATINA PARA CONTRIBUIR SAÚDE UNIVERSAL ANN ARBOR, MICHIGAN, USA ANN ARBOR, MICHIGAN, EUA 7 -9 de abril de 2016 A OPAS está promovendo a discussão sobre o avanço da prática de enfermagem na APS na América Latina e Caribe e o papel da APN neste contexto. "Desenvolvimento de Competências Avançadas em Enfermagem Prática" Reunião de 2 ½ dias, patrocinada pela OPAS com o apoio do Centro Colaborador da OPAS / OMS, Centro de Enfermagem e Obstetrícia da Universidade de Michigan. Trinta enfermeiras de toda a América Latina e América Central.

Os objetivos foram: I. Examinar as competências essenciais para o papel da APN na APS nos EUA, Canadá, e normas Internacionais. II. Identificar os recursos e estratégias necessários para que as universidades preparem a APN. Têm um papel na APS na América Latina e no Caribe. III. Identificar o desenvolvimento de currículo básico para a educação APN na América Latina.

Iniciativas da OPAS e Países, Silvia Cassiani, Ph. D, Mestrado, OPAS, Washington, DC A apresentação do Dr. Cassiani focalizou: • • • A distinção entre cobertura de saúde universal. Acesso universal à saúde. A escassez de enfermeiros e outros profissionais de saúde é o principal obstáculo. Questões relacionadas são a migração de enfermeiros de uma região para outra. Os enfermeiros estão deixando o Caribe e a América Central, e as enfermeiras africanas estão vindo para a região (Preencher as lacunas). Financiamento e qualidade da educação em enfermagem. Os enfermeiros estão concentrados nas áreas costeiras e nas cidades, deixando as áreas interiores / rurais subatendidas. A OPAS está trabalhando com os Ministérios da Saúde O enfoque educacional atual é biomédico, e mais faculdade são necessários para ampliar a oferta de Mestrado e Doutorado em Enfermagem. A cúpula de ANN/ OPAS, no ano passado ilustrou o forte interesse no desenvolvimento de APN. Seminário Internacional planejado para junho de 2016 no Brasil, com o Chile e Colombia, esta previsto como iniciativas para o desenvolvimento da força de trabalho.

Resultados de discussões de Pequenos Grupos Auto avaliação COLÔMBIA Forças: • Interesse dos enfermeiros em melhorar suas qualificações e habilidades • Quatro organizações que trabalham em conjunto para organizar a educação APN com mercado • Ministério da Saúde mudando assim uma janela de oportunidade para o papel da APN Desafios: • Nenhum reconhecimento legal da APN • Custo da educação • Faculdade insuficiente • Necessidade de diálogo com os médicos • A comunidade não compreende o papel e é ameaçada pelo papel da APN • Falta de definição clara do papel do enfermeiro

ESTADOS UNIDOS Forças: • Os estudantes de pós-graduação têm uma preparação bastante consistente • Os alunos têm recursos para frequentar a escola ou estão dispostos a contrair dívidas ou ir à escola em meio período • Longa história de papel e benefícios que traz aos alunos da APN de hoje • Presença de especialistas clínicos na Academia (EUA) Desafios: • Regulamentos distritais , mesmo depois de mais de 50 anos • Equilibrar a escola e a vida com um forte compromisso escolar • Falta de locais clínicos / competição por locais clínicos • Custo da educação

CANADÁ Forças: • Os enfermeiros têm programas de pós-graduação padronizados, tornando os programas APN bastante consistentes Desafios: • Número insuficiente de professores preparados para o tratamento clinico que são APNs • Custo da educação • Salários

CHILE Forças: • Forte desenvolvimento no nível de graduação • Colaboração entre associação de enfermagem e instituições acadêmicas • A APN tem sido discutida a nível nacional durante cinco anos • Existe uma necessidade nacional e regional de APN • Foram tomadas muitas medidas em relação ao papel da APN • Parteira praticando a APN na saúde da mulher Desafios: • Falta de regulamentação e financiamento • Confusão de papéis: enfermeiros e parteiras e sobreposição • Autoridade dos municípios na APS • Sistema de saúde governado por médicos • Cuidados hospitalares priorizados sobre cuidados preventivos • Fraca liderança da enfermagem

BRASIL Forças: • ESF espaço para APNs (menos competição) • Programas de residência existentes com especialização em 2 anos • Mestrado acadêmico e Mestrado Profissional Desafios: • Falta de compreensão da APN pelo Ministério da Saúde • Mestrado profissional, teórico não clínico

MÉXICO Pontos fortes : • O papel da enfermeira é bem reconhecido na atenção primária. O papel de especialista em enfermagem é aceito; • Mestres clínicos definidos; • Reconhecer a necessidade de melhor educar os profissionais de saúde ; • Programas de especialidade de enfermagem já estabelecidos; • Ministro da Saúde ex-presidente universitário. Tem aumentado a compreensão da APN e seus problemas Desafios: • Diferentes níveis acadêmicos. A maioria dos enfermeiros tem treinamento técnico (28%). A maioria das escolas de enfermagem são técnicas (México)

Os Paises Latino- Americanos melhor preparados para EPA na APS: Brasil, Chile Colombia e Mexico. Principais Barreiras Para introdução da EPA na América Latina e no Caribe: • • • Clareza na definição dos papeis A legislação A regulação Os programas de Educação Recursos Financeiros Resistencia dos médicos

. OBRIGADA NADIA MATTOS RAMALHO nadia. ramalho@cofen. gov. br CONSELHEIRA FEDERAL ENFERMEIRA ESPECIALISTA EM SAUDE PUBLICA - ESCOLA NACIONAL DE SAUDE PUBLICA - ENSP /FIO CRUZ MBA GESTÃO EM SAUDE – FJG/Universidade Candido Mendes