Amrica Latina Movimentos Sociais Conflitos Revolues Disponvel em

América Latina: Movimentos Sociais Conflitos Revoluções Disponível em: https: //uniaoanarquista. wordpress. com/2015/06/26/america-latina-desenvolvimento-capitalista-e-conflitos-no-campo/ Acesso em 12 de agosto de 2020. GEOGRAFIA 8º ANO

Conflitos, Movimentos Sociais e Revoluções A América Latina possui inúmeros conflitos e registram amplas desigualdades sociais. Depois de fechar o século XX, tendo como experiências ideologias neoliberais, a América Latina tomou um caminho muito característico. O início do século XXI significou um período de intensas mudanças e desafios para os países latinos, historicamente sinalizados por impasses no desenvolvimento econômico, social e a inserção no cenário internacional. De intensidade e formas variadas, a crise econômica que os países da América Latina sofreram, continuaram com economias e políticas muito diferentes. Os problemas sociais continuaram com força total: desemprego, desequilíbrio social, marginalização, concentração de renda, desequilíbrio e dependência externa – que atenuaram a crise e um corte ainda mais eficaz nas políticas públicas. Guerra do Paraguai (século XIX) Disponível em: https: //conhecimentocientifico. r 7. com/guerrado-paraguai-o-maior-conflito-armado-da-america-do-sul/ Acesso em 12 de agosto de 2020. Projetos internacionais que supostamente querem levar o desenvolvimento econômico para a América Latina, nada mais é do que a maior exploração da terra e do povo local, causando a destruição de modos de vida e do ecossistema local – grande parte desse lucro vai para os países que investem. Isso leva muitos povos criarem resistências e movimentos em favor ao meio ambiente e seus locais.

O debate democrático sobre a questão social da América Latina surge em meados do século XX, quando movimentos sociais tentam modificar a cena política e social, reformulando a cidadania durante o momento em que os países estavam sob domínios de ditadores e muita repressão. Ao pensar na estruturação desses movimentos e revoluções em um período conturbado dos latinos, percebe-se a grande exclusão social que sofre a maioria da população. A defesa do território realizada por seus atores sociais entram em conflito com o poder público e privado, questionando a diretriz do desenvolvimento que sempre vem aliada com uma cultura eurocêntrica e única. Quando a economia se coloca em primeiro lugar, a justificativa é sempre a mesma para a exclusão dos nativos, meio ambiente e as culturas tradicionais da região. Muitos afetados são os indígenas, negros, mulheres e defensores ambientais – vão a desencontro com esse desenvolvimento imposto sem regras, o que fazem criar grupos e movimentos de luta, mas sendo vistos de forma marginalizada e criminalizada. Disponível em: https: //www. opendemocracy. net/pt/democraciaabierta-pt/falar-dosdireitos-das-mulheres-no-peru/ Acesso em 12 de agosto de 2020. Disponível em: https: //domtotal. com/noticias/detalhes. php? not. Id=749952 Acesso em 12 de agosto de 2020. Disponível em: https: //movimentorevista. com. br/2020/02/bolivia-um-pais-em-conflito/ Acesso em 12 de agosto de 2020.

Movimentos Sociais Latinos Movimentos sociais de base territorial (tanto no urbano quanto no rural) surgiram no cenário da América Latina relacionados a identidade étnico-religiosa, como os movimentos indígenas e à carência de políticas públicas e sociais, como os sem-terra e sem-teto. Esses movimentos ganharam força em nível nacional quanto internacional, questionando os ideais neoliberalistas e a autenticidade dos governos. Por exemplo, o surgimento e a estabilização de movimentos indígenas no cenário político-social, vieram seguidos pelas mobilizações de emergência camponesas que conquistaram uma significativa influência. Dentro do espaço urbano, por exemplo, os efeitos do desemprego foram associados a políticas neoliberais, o que fez com que os movimentos crescessem e se consolidassem com longas marchas e manifestações, contrapondo a esses ideais impostos pelos governos. Muitos são os desafios dos países latinos, como as mudanças recentes ocorridas em quase todos os territórios. Mesmo depois de muitos anos de autoritarismo, surgiram novas possibilidades para os países da América do Sul. Desde o fim do século XX e o início do XXI, vários governantes eleitos assumiram uma visão da sociedade e do mundo que pode resultar em uma maior aproximação entre esses países. Disponível em: https: //grupogpect. info/2015/02/25/reforma-agraria-na-lei-ou-na-marra-ligas-camponesas-completam-60 -anos/ Acesso em 12 de agosto de 2020. Disponível em: http: //www. iela. ufsc. br/noticia/movimentos-sociais-promovem-protestos-no-paraguai Acesso em 12 de agosto de 2020.

MST: Movimento dos Sem-Terra O MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra foi o movimento social mais relevante e de maior repercussão na América Latina. A luta pela terra é a principal via de ação e para o Programa Nacional de Agricultura Familiar. Mas a reivindicação é também em relação ao trabalho, já que o acesso à terra é uma forma de sobrevivência para os trabalhadores rurais brasileiros. A maior luta é pela reforma agrária, defendendo outras reinvindicações como: mais recursos para assentamentos e liberação de crédito. Disponível em: : https: //agenciabrasil. ebc. com. br/geral/noticia/201601/mst-comemora-32 -anos-de-fundacao-com-120 -mil-familiasacampadas-no-pais Acesso em 12 de agosto de 2020. Disponível em: : https: //www. marxismo. org. br/nota-desolidariedade-da-esquerda-marxista-ao-mst/ Acesso em 12 de agosto de 2020. A maior parte dos líderes do governo brasileiro aparecem como antagonista desse movimento – que ainda é viso por divulgações midiáticas como violento, criminoso e de baderneiros. Mesmo com tantas adversidades impostas ao movimento, vários conflitos têm se manifestado, seja ele no campo (atuação do MST), demandando o direito ao trabalho, a ocupação de terras desocupadas ou improdutivas, ou seja na cidade, com melhores condições de trabalho, salário e emprego, que lhes garantam uma vida digna para eles e suas famílias e à população em geral. Ao todo, são 350 mil famílias que foram beneficiadas com terra por conta das reivindicações da categoria. A luta do movimento é garantir o acesso à terra para todos os que nela trabalham; garantir a posse e uso de todas as comunidades originárias como os povos indígenas, os ribeirinhos, os seringueiros e os quilombolas – estabelecendo um limite em relação ao tamanho da propriedade, garantindo sua utilização social e racional.

Movimento Zapatista – México Zapatista: referência a Emiliano Zapata que liderou uma campanha de guerrilhas contra grandes proprietários, ordenou execuções e distribuiu as terras das fazendas ocupadas. Foi assassinado em 1919, numa emboscada feita por inimigos. Na história recente do México, o Exército Zapatista se destaca entre os principais movimentos sociais de resistência. Surge em 1994, com o grito de “Ya basta”, mobilizando cidades do estado de Chiapas, no Sul do México – homens encapuzados (do Exército Zapatista de Libertação Nacional) ocupou as prefeituras de cidades na região. Lutou pela autonomia e direitos constitucionais para todos os povos locais (diversas etnias indígenas) que por muitos séculos foram excluídos, marginalizados e subordinados. Essas reinvindicações indígenas estavam inseridas juntos à questão camponesa. Muitas cidades de Chiapas lutaram por sua autonomia por conta da ausência do Estado. Para os zapatistas, os seus territórios são bem distintos, tanto por vias de democracia e abordagens políticas, educacionais, etc. uso das novas tecnologias a seu favor. Mas os encontros presencias continuam sendo muito valorizados, pois ocorre os discursos, troca de ideias, experiência da prática na política. Esses e outros movimentos sociais da América Latina constroem caminhos para uma política emancipatória, conforme estão abertas à diversidade das organizações sociais, transformando a história de ocupação e a de dominação em cada país para as populações mais excluídas, discriminadas e dominadas, mostrando que é possível um outro mundo. Disponível em: http: //www. iela. ufsc. br/noticia/25 -anos-doexercito-zapatista-de-libertacao-nacional Acesso em 12 de agosto de 2020. Disponível em: https: //www. colegioweb. com. br/historia/exercitozapatista-de-libertacao-nacional-2. html Acesso em 12 de agosto de 2020.

Não há guerra entre os países latino-americanos, mas há algumas disputas como: Colômbia e Venezuela: os dois países disputam um golfo no Caribe, pois contém reservas de petróleo. Em 2015, a Venezuela expulsou cidadãos colombianos do local, em retaliação ao conflito entre contrabandistas e as forças de segurança nacional na fronteira. Chile e Peru: o Peru perdeu território para o Chile durante a Guerra do Pacífico. A divergência está no mar. Peruanos e chilenos discutem sobre um linha imaginária que deveria existir – prolongamento da linha na mesma inclinação que está no continente. Mas para o Chile, esse prolongamento deveria ser horizontal. Em 2014, a Corte de Haia decidiu que a linha segue como pedem os peruanos. A decisão não pôs fim ao impasse, que se mantém em relação a marcos terrestres. El Salvador, Honduras e Nicarágua: os três países disputam a fixação de limites fronteiriços no Golfo de Fonseca. Quem está julgando o caso é o Conselho de Segurança da ONU, a Corte de Haia e a Organização dos Estados Americanos (OEA). A marinha nicaraguense chegou a atacar pesqueiros hondurenhos e governo de Honduras ameaça usar aviões de combate contra os outros dois países. Disponível em: https: //www. gazetadopovo. com. br/mundo/espionagem-levahttps: //www. passeiweb. com/estudos/sala_de_aul -peru-a-denunciar-chile-a-interpola/atualidades/entenda_a_crise_colombia_x_equa c 00 p 7 gnlp 1 g 04 ioctldxs 06 z 2/ dor_x_venezuela/ Acesso em 12 de agosto de 2020. Tensões nas Regiões de Fronteiras Latinas Disponível em: https: //informacaoincorrecta. com/2018/06/22/a-violencia-na-americacentral-el-salvador-honduras-guatemala/ Acesso em 12 de agosto de 2020.

BOLIVARIANISMO Modelo novo de política e economia que surgiu no período em que Hugo Chávez assume o poder na Venezuela, para frear os impactos do neoliberalismo, visto de forma negativa. Para o Bolivarianismo propôs em transformar algumas ideias do capitalismo, para implantar o socialismo diferente e que infelizmente, não combateu a pobreza e a desigualdade. Essa reforma, dentro da organização social, seria um maior envolvimento na democracia do povo em processos decisórios (como auto-organização e ativismo). Além de resoluções de questões sociais, necessidades e prioridades da população – uma centralidade dos direitos sociais, deveres do Estado Bolivariano – que surgiu a partir de uma nova constituição , que mudou o nome do país para República Bolivariana da Venezuela, em 1999. Hugo Chávez, com um grande discurso nacionalista e antiestadunidense e um projeto de universalização dos direitos sociais, o líder venezuelano passou a representar uma esperança para as classes desfavorecidas. Aproveitando a alta do preço do petróleo no mercado internacional (o país possui as maiores reservas do mundo), Chávez promoveu um amplo conjunto de reformas como a regulamentação da reforma agrária; regime de cogestão entre Estados e funcionários nas empresas falidas; restrição na participação de multinacionais na exploração de petróleo; e a nacionalização de empresas em setores estratégicos como telecomunicações, energia e exploração mineral. Foram ampliados programas sociais a comunidades carentes, com queda da pobreza. Na política externa, Chávez procurou estreitar as relações com a China, o Irã e a Rússia. BOLIVARIAMISMO: são doutrinas políticas e esse termo se refere a Simón Bolivar, que promoveu a independência de 5 países da América do Sul (Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.

A situação do país mudou com o agravamento da crise política e econômica. Ancorada na exploração e no processamento de petróleo, a economia venezuelana não resistiu às crises de 2008 e 2012. As receitas despencaram e, a partir de então, a Venezuela vem convivendo com a escassez de produtos e o racionamento de energia elétrica. Muitas de suas indústrias vêm trabalhando com percentuais abaixo de sua capacidade produtiva. Atualmente, o país importa grande parte de seus produtos consumidos internamente. O agravamento da crise econômica na Venezuela também levou a emigração de aproximadamente um milhão de pessoas para vários países, principalmente seus vizinhos. O Brasil recebeu cerca de 200 mil venezuelanos. A questão emigratória na Venezuela se tornou um foco de tensão na fronteira com o Brasil, Colômbia e Guiana. Após a morte de Chávez, em 2013, seu vice Nicolas Maduro, assumiu a presidência, mantendo a forte centralização do poder, com proibições de protestos e liberdade de expressão. Disponível em: https: //www. infoescola. com/historia/revolucao-bolivariana/ Acesso em 12 de agosto de 2020. Disponível em: http: //marcelvanhattem. com. br/wp/tag/bolivarianismo/ Acesso em 12 de agosto de 2020. Disponível em: https: //www. cartamaior. com. br/? /Editoria/Pelo-Mundo/Atos-pro-Chavez -reunem-partidos-e-movimentos/6/1944 Acesso em 12 de agosto de 2020.

Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia Disponível em: https: //www. notibras. com/site/colombia-efarc-anunciam-novo-acordo-de-paz/ Acesso em 12 de agosto de 2020. Disponível em: https: //agenciabrasil. ebc. com. br/internacional/notici a/2018 -04/farc-diz-que-acordo-de-paz-da-colombia -esta-em-seu-ponto-mais-critico Acesso em 12 de agosto de 2020. As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) surgiu em 1964, como um movimento guerrilheiro de ideais socialistas. Um grupo decide criar um poder paralelo por conta do descontentamento da situação econômica e política do país, utilizando táticas de guerras como sequestros, mortes e pressões. Com isso, a Colômbia enfrentou problemas com a violência e os conflitos entre grupos de guerrilheiros, esquadrões paramilitares e Forças Armadas. As ações das FARC sempre foram bastante violentas, com atentados a bomba, ataques armados, sequestros e mortes. Além disso, sua ação muitas vezes está associada ao narcotráfico. As FARC foram muito criticadas por ações terroristas e por serem sustentadas pelo tráfico de drogas. A Colômbia sofreu com a forte atuação desse movimento, que dominou o país desde 1990. Em 2016, os líderes da FARC assinaram com o governo da Colômbia um acordo de paz no qual os guerrilheiros se comprometeram a entregar suas armas. Essa guerrilha acabou se tornando um partido político, a Força Alternativa Revolucionária do Comum. No entanto, a situação de tensão não cessou totalmente, pois ainda há grupos em combate e não deram trégua.

ATIVIDADES 1 - Os novos movimentos sociais são diferentes das ações coletivas de antes por eles politizarem a esfera privada e tornarem públicas as problemáticas das minorias sociais. Explique a importância dos movimentos sociais. 2 - Quais são as diferenças e semelhanças entre as características dos movimentos representativos do espaço urbano e os do campo? 3 - O movimento bolivariano, atualmente, vem se espalhando nos países sul-americanos, consolidando-se como uma importante força geopolítica continental. Identifique as características desse tipo de movimento. Gabarito 1 - Espera-se que o aluno perceba essa importância da luta dos movimentos sociais ao reivindicarem sobre os direitos dos excluídos e marginalizados. Seja essa luta no campo (como a atuação do MST), demandando o direito ao trabalho, a ocupação de terras desocupadas ou improdutivas, ou seja na cidade, (como MTST) lutando por melhores condições de trabalho, salário e emprego, que lhes garantam uma vida digna para eles e suas famílias e à população em geral. 2 - Ambos os movimentos buscam a reapropriação do território social. Os movimentos do campo estão relacionados à produtividade, à exploração e à apropriação de terras, enquanto no espaço urbano estão envolvidos, de modo mais acentuado, outros fatores estruturais como o desemprego. 3 - O movimento bolivariano propôs em transformar algumas ideias do capitalismo, para implantar o socialismo diferente/ nacionalista. Propôs resoluções na ampliação de questões sociais, necessidades e prioridades da população menos favorecidas.