Alfred Schutz sociologia interpretativa sociologia fenomenolgica fenomenologia sociolgica

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Alfred Schutz sociologia interpretativa, sociologia fenomenológica, fenomenologia sociológica

Alfred Schutz sociologia interpretativa, sociologia fenomenológica, fenomenologia sociológica

Nota biográfica Alfred Schutz (Viena, 13 de abril de 1899 — Nova Iorque, 20

Nota biográfica Alfred Schutz (Viena, 13 de abril de 1899 — Nova Iorque, 20 de maio de 1959) Aos 18 anos foi enviado ao campo de batalha, na fronteira italiana. Formou-se em Direito, especializando-se em direito internacional. Em 1929, foi contratado pelo banco privado Reitler, onde construiu uma reputação sólida de analista econômico. Paralelamente Schutz frequentava diferentes círculos intelectuais (Geistkreis, Mises Seminar etc. ) A invasão da Polônia, no dia 1° de setembro de 1938, e a declaração de guerra da França e da Inglaterra à Alemanha, dois dias depois, fizeram Schutz decidir-se pelo exílio. Instalou-se com a família em Nova York e, continuando a trabalhar no banco Reitler, dedicou-se a estudar a sociologia norteamericana. A partir de 1943, passou a ministrar cursos na New School for Social Research.

 O que é realidade? De onde vem a ideia que nos faz considerar

O que é realidade? De onde vem a ideia que nos faz considerar a realidade na qual vivemos como indiscutível? Como reconhecemos a realidade? Como se constitui e se partilha a experiência do indivíduo? Como essa experiência se sedimenta e se transmite? Como ela se torna intersubjetiva? Como as decisões e ações subjetivas de indivíduos e seus relacionamentos sempre limitados e parciais uns com os outros resultam em “sociedade”?

Influências Henri Bergson, William James, John Dewey, G. H. Mead Edmund Husserl: o mundo

Influências Henri Bergson, William James, John Dewey, G. H. Mead Edmund Husserl: o mundo não é uma realidade que se deixa descrever independentemente da vida e, por isso, somente é compreensível em sua referência ao sujeito que experimenta o mundo. Fenomenologia = ciência das aparições (dos fenômenos). Ponto de partida não-racionalista e não-positivista; um objeto necessariamente referido a um sujeito; a realidade perde sua autonomia perante a consciência pura e vice-versa; não pergunta pelas coisas por si, mas sim, por sua aparência. “Filosofia sem pressuposições” (suspensão da crença); “intencionalidade analítica” (rigor científico). Max Weber: Sociologia como “uma ciência que tenta compreender de modo interpretativo a ação social e através disso explicá-la causalmente em termos de curso e efeitos”. Conduta intencionada e intencional dirigida à conduta de outros.

O campo de ação do pensamento de Schutz Fundamentos fenomenológicos para a Sociologia Estrutura

O campo de ação do pensamento de Schutz Fundamentos fenomenológicos para a Sociologia Estrutura e funcionamento da consciência humana e suas ramificações sociais Estrutura e funcionamento do mundo social como um conjunto de construções mentais e suas duplas raízes na experiência individual e nos padrões preestabelecidos de relacionamentos sociais Características de diferentes domínios da experiência humana Fundamentos teóricos conceituais e metodológicos

Experiência: “mundos da vida” “Mundo da vida’ = conjunto de todas as realidades que

Experiência: “mundos da vida” “Mundo da vida’ = conjunto de todas as realidades que o homem experimenta. “Domínios de relevância” = “relevâncias impostas” e “relevâncias volitivas” Não se trata de um mundo privado, mas sim, intersubjetivo e, com isto, social. O mundo da vida necessita de uma interpretação permanente dos indivíduos que atuam nele e para ele. “Atitude natural” = Somente através de uma interpretação e de um aproveitamento dos meus acontecimentos passados (“situação biográfica determinada”) e dos acontecimentos dos outros é que posso orientar-me no mundo da vida. Postura essencialmente pragmática: “estoque de conhecimento” (adequado ou incoerente) para a ação. Intersubjetividade = como as múltiplas interpretações particulares convergem para uma visão comum do mundo. Expressões e formulações padronizadas; auto-interpretação coletiva. Não por acaso, Schultz interessou-se especialmente pelo vernáculo. O mundo social é um mundo tipificado!

Experiência: “mundos da vida” Teoria da motivação: duplo caráter da motivação = “motivos a

Experiência: “mundos da vida” Teoria da motivação: duplo caráter da motivação = “motivos a fim de” e “motivos por que” Projeto como “ensaio dramático da ação futura” baseado em tipificações que permintem operar no “horizonte de indeterminação”. Ação cotidiana = “ação razoável” (x “ação racional” weberiana) = “assim foi, assim será” e “posso fazer isso de novo”. Estatuto sociológico da dúvida. Na interação, percepção e suposição se confundem, mas a intersubjetividade não constitui um problema porque a existência de outras pessoas é algo dado. “Relações do Nós”: cada ator vivencia também o vivenciar da situação pela outra pessoa. Situação face a face. Compreensão mútua = compreensão motivacional

Teoria fenomenológica da cultura “tipicalidade da vida cotidiana”: refere-se ao modo pelo qual as

Teoria fenomenológica da cultura “tipicalidade da vida cotidiana”: refere-se ao modo pelo qual as diversas experiências sociais se conformam com base num modelo anteriormente estabelecido. “reservas de experiências” : refere-se ao processo de sedimentação dos conhecimentos sociais, sejam eles saberes práticos e empíricos, sejam saberes teóricos ou afetivos. “estruturas de pertinência”: refere-se à forma como os sujeitos sociais organizam e regem as diversas situações de sua vida. As três são socialmente transmitidas, herdadas dos “predecessores” , mas também são, permanentemente, elaboradas, reelaboradas, fundidas, desfeitas, num processo contínuo de “sedimentação” que se conforma intersubjetivamente.

A abordagem objetiva e a subjetiva “O que significa esse mundo social para mim,

A abordagem objetiva e a subjetiva “O que significa esse mundo social para mim, o observador? ” X “O que significa esse mundo social para o ator observado dentro dele? ” O “observador desinteressado” como sujeito do conhecimento e o “senso comum” (estruturas de significado subjetivas) como seu objeto “A salvaguarda do ponto de vista subjetivo é a única, porém suficiente, garantia de que o mundo da realidade social não será substituído por um mundo fictício, inexistente, construído pelo observador” (p. 266) compreensão como rigor científico X compreensão como intuição construtos-modelo (típicos) com consistência lógica, que devem ser interpretados de maneira compreensível e adequado ao ator: TIPO IDEAL HABITUAL

 O que é realidade? De onde vem a ideia que nos faz considerar

O que é realidade? De onde vem a ideia que nos faz considerar a realidade na qual vivemos como indiscutível? Como reconhecemos a realidade? Como se constitui e se partilha a experiência do indivíduo? Como essa experiência se sedimenta e se transmite? Como ela se torna intersubjetiva? Como as decisões e ações subjetivas de indivíduos e seus relacionamentos sempre limitados e parciais uns com os outros resultam em “sociedade”? Para Schutz, as respostas sociológicas devem ser procuradas nas intenções e orientações dos indivíduos tipificados guiados por seu conhecimento daquelas esferas da vida social relevantes para sua própria existência, ou seja, por suas “províncias finitas de significado”.