UNIDADE III Analisar alteraes no desenvolvimento ao longo

UNIDADE III Analisar alterações no desenvolvimento ao longo da vida.

DESENVOLVIMENTO FÍSICO n n n n Variável entre a vida pré-natal e pós-natal; Alta velocidade, ritmo e intensidade; Maior aceleração: 0 a 2 anos; Desenvolvimento físico geral: tamanho e forma, ossos, músculos, gordura, mielinização do sistema nervoso, hormônios; Influência da hereditariedade, efeitos ambientais pré e pós-natais, dieta, exposição pré-natal ao álcool e as drogas; O crescimento da criança determina a experiência da mesma, afeta o autoconceito, a resposta dos outros; As experiências dos adultos em relação às crianças também são afetadas pela aparência da criança.

DESENVOLVIMENTO PERCEPTUAL EDUCAÇÃ O FÍSICA EDUCAÇÃO FÍSICA n Está diretamente ligada ao desenvolvimento físico: base de todo o desenvolvimento; n HABILIDADES SENSORIAIS BÁSICAS: preferências, discriminações e padrões: visão, audição, olfato, paladar e tato; n HABILIDADES PERCEPTUAIS COMPLEXAS: percepção de profundidade, movimento de objetos, discriminação de rostos, de sons da fala, vozes individuais; n TRANSFERÊNCIA MODAL CRUZADA: combinando informações de vários sentidos; n GRAU DE DIFERENCIAÇÃO: com o desenvolvimento a criança focaliza cada vez mais detalhes.

DESENVOLVIMENTO COGNITIVO – COGNIÇÃO: conceito amplo e abrangente que se refere às atividades mentais envolvidas na aquisição, processamento, organização e uso do conhecimento; – INCLUI processos como: detectar; interpretar; classificar e recordar a informação; avaliar idéias; inferir princípios e deduzir regras; imaginar possibilidades; gerar estratégias; fantasiar e sonhar. – Influências duradouras das idéias de PIAGET; – A criança constrói seu próprio conhecimento – CONSTRUTIVISMO (PIAGET); – Mudança qualitativa – Estágios de desenvolvimento – Outros conceitos e termos específicos: esquema, assimilação, acomodação, egocentrismo.

n Conceito fundamental na teoria de Piaget é o de ESQUEMA, conforme sua visão, o conhecimento em si constitui um repertório de ações, físicas ou mentais. n De que maneira a criança sai dos esquemas simples, inatos, sensório-motores, e vai para esquemas mentais internalizados, bastante mais complexos, encontrados no final da infância? Piaget propôs três processos básicos que respondem pela mudança: ASSIMILAÇÃO, ACOMODAÇÃO E EQUILIBRAÇÃO.

n ASSIMILAÇÃO: é o processo de absorver algum evento ou experiência em algum esquema. n ACOMODAÇÃO: envolve a mudança do esquema como uma conseqüência da nova informação que você obteve a assimilação. Por meio da acomodação, reorganizamos nossos pensamentos, aperfeiçoamos nossas habilidades, mudamos nossas estratégias. n EQUILIBRAÇÃO: é de natureza interna, auto regulável. A criança está sempre se empenhando por coerência, por ficar “em equilíbrio”, por ter uma compreensão do mundo que faça sentido geral para ela. Os quatros estágios de equilibração: sensório-motor, pré-operacional, operações concretas, operações formais.

SENSÓRIO-MOTOR (0 a 2 anos) em seis sub-estágios: n Reflexo (0 a 1 mês): período em que a atividade da criança é puramente reflexos. Ex. reflexo de sucção. n Reações circulares primárias: equivale à formação dos primeiros hábitos. Vai até os 4 meses. n Reações circulares secundárias: a criança repete os comportamentos (reação circular) que produziram certo efeito e o faz intencionalmente. Vai até os 8 meses. n Coordenação de esquemas secundários: a criança já é capaz de encontrar os objetos escondidos. Vai até os 11 meses. n Reações circulares terciárias (12 a 18 meses): a criança pode experimentar novos comportamentos. n Início do simbolismo (combinação mental dos esquemas: invenção e representação – 18 meses a 2 anos):

PRÉ-OPERACIONAL (2 a 6 anos) n n n n n Egocentrismo: incapacidade de ver uma situação do ponto de vista do outro. Centração: enfoque em apenas uma situação. Irreversibilidade: incapacidade de pensar como os fatos chegaram ao estado presente. Animismo: tendência a atribuir vida a todos os seres, mesmo aos inanimados. Artificialismo: tendência a atribuir uma origem artesanal humana a todas as coisas. Finalismo: tudo tem uma razão de ser casual e prática. A criança se limita a definir os objetos pelo uso e pela sua utilidade. Interpretação mágica fenomenista do mundo: qualquer coisa pode ser produzida por qualquer coisa. Sincretismo: união que não possuem uma relação logicamente necessária, chegando a generalizações indevidas. Imitação: é a passagem do sensório-motor ao pensamento representativo. A imitação enquanto processo de representação vai se tornando cada vez mais complexa. Jogo simbólico ou brincadeira do faz de conta

n OPERAÇÕES CONCRETAS ( 7 -12 anos): a lógica da criança um grande salto na direção do desenvolvimento de operações mentais internas novas e poderosas, tais como adição, subtração e inclusão de classes. A criança está apegada à experiência específica, embora seja capaz de realizar manipulações mentais e físicas. n OPERAÇÕES FORMAIS (+ 12 anos): a criança tornase capaz de manipular idéias e eventos ou objetos. Ela é capaz de imaginar e pensar sobre as coisas que jamais viu ou que ainda não aconteceram; consegue organizar idéias ou objetos de maneira sistemática e pensar dedutivamente.

DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM §A linguagem distingue o homem dos outros animais; §Temos vocabulário de sons, cada um dos quais tem um significado particular; §Todas as crianças, em todos os países passam pelos mesmos estágios básicos bem definidos na aquisição da linguagem: arrulho (gargarejo), balbucio, lalação ou imitação imperfeita, ecolalia ou imitação dos sons dos outros, jargão expressivo (linguagem inarticulada e sem sentido); §A criança utiliza todos os órgãos dos sentidos para receber e mandar informações; §A criança em seu processo de aquisição da linguagem cria palavras ou frases que não estão de acordo com as normas gramaticais (lógica infantil); §A rapidez em aprender a falar está diretamente ligada à quantidade de contato com sons de vozes e estímulos orais.

DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE n. A palavra PERSONALIDADE se refere ao padrão único, individual, relativamente constante de relacionar-se com os outros e de responder ao mundo, que é característico de cada indivíduo; n. Os caminhos do desenvolvimento da personalidade: dimensão física, dimensão de temperamento ou emocional, dimensão subjetiva e dimensão de caráter; n. Como Freud, Bowlbyy supôs que a raíz da personalidade humana está nos primeiros relacionamentos da infância; n. Fatores como temperamento inato, hereditariedade e meio ambiente, a interação com os pais e algum tipo de altoesquema influenciam muito na formação da personalidade, embora esta não esteja reduzida a simples soma destes fatores; n. Precisamos compreender tanto os padrões desenvolvimentais comuns no desenvolvimento social da criança quanto as diferenças individuais de personalidade.

DESENVOLVIMENTO DO SELF NAS CRIANÇAS O autoconceito emergente da criança tem vários elementos, incluindo a consciência de um self separado e a permanência de self (o que coletivamente pode ser chamado de self subjetivo) e a consciência de si mesmo como um objetivo no mundo (o self objetivo). n SELF subjetivo se desenvolve no primeiro ano de vida; nós observamos a autoconsciência e a emergência do SELF objetivo no segundo ano. n A identidade do gênero é parte do autoconhecimento. A criança geralmente adquire a identidade de gênero (rotulando a si mesmo e aos outros) por volta dos 2 ou 3 anos de idade. n O comportamento típico para o sexo é visível desde os 18 meses, as crianças dessa idade começam a “mostrar preferência” por brinquedos típicos para o sexo. n

DESENVOLVIMENTO DAS RELAÇÕES SOCAIS –Cada criança deve ter experiências em dois tipos diferentes de relacionamento §VERTICAL: apego a uma pessoa com maior poder social ou conhecimento, tal como um progenitor, um professor ou mesmo um irmão mais velho. Esse tipo de relacionamento é necessário para proporcionar à criança proteção e segurança. §HORIZONTAL: recíprocos e igualitários. Os indivíduos envolvidos, como companheiros da mesma idade, tem igual poder social e seu comportamento mútuo vem do mesmo repertório. n. Esses dois tipos de relacionamentos têm diferentes funções para a criança e ambos são necessários para que ela desenvolva habilidades sociais efetivas. É nos relacionamentos horizontais, nas amizades e nos grupos de iguais, que a criança pratica seu comportamento social e adquire aquelas habilidades sociais que só podem ser aprendidas num relacionamento entre iguais: cooperação, competição e intimidade.