TRANQUILIZANTES OU ANSIOLTICOS WILSON KIOSHI MATSUMOTO PSIQUIATRA DO

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TRANQUILIZANTES OU ANSIOLÍTICOS WILSON KIOSHI MATSUMOTO PSIQUIATRA DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ÁLCOOL E

TRANQUILIZANTES OU ANSIOLÍTICOS WILSON KIOSHI MATSUMOTO PSIQUIATRA DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ÁLCOOL E DROGAS

INTRODUÇÃO • São as drogas mais usadas em todo o mundo - um problema

INTRODUÇÃO • São as drogas mais usadas em todo o mundo - um problema da saúde pública nos países mais desenvolvidos. • Ansiolíticos - "destroem" (lise) a ansiedade. • Os Benzodiazepínicos são ansiolíticos e nada mais que isso, não são antineuróticos, antipsicóticos ou antiinsônia, como pensam muitos clínicos e pacientes. • Relatos de uso da medicação desde a década de 70 e ainda nessa década já foi observada potencial de uso nocivo e risco de dependência entre os usuários de tais substâncias. • Estima-se que 50 milhões de pessoas façam uso diário de benzodiazepínicos, sendo a maior prevalência entre as mulheres acima de 50 anos, com problemas médicos e psiquiátricos crônicos. • Os benzodiazepínicos são responsáveis por cerca de 50% de toda a prescrição de psicotrópicos.

INTRODUÇÃO • CEBRID – 1997 – levantamento sobre o uso não • • médico

INTRODUÇÃO • CEBRID – 1997 – levantamento sobre o uso não • • médico de drogas psicotrópicas - estudantes em dez capitais brasileiras – terceiro lugar na preferência geral. Causam dependência física e psíquica. A melhor indicação para os Benzodiazepínicos é para os casos onde a ansiedade NÃO faça parte da personalidade do paciente ou seja, para os casos onde a ansiedade tiver um início bem delimitado no tempo e uma causa bem definida.

EFEITOS PSÍQUICOS • Os ansiolíticos produzem uma depressão da • • atividade do nosso

EFEITOS PSÍQUICOS • Os ansiolíticos produzem uma depressão da • • atividade do nosso cérebro que se caracteriza por: 1) diminuição de ansiedade; 2) indução de sono; 3) relaxamento muscular; 4) redução do estado de alerta. Dificultam os processos de aprendizagem e memória. Prejudicam, em parte, as funções psicomotoras.

EFEITOS FÍSICOS • São drogas muito específicas em seu modo de agir: têm •

EFEITOS FÍSICOS • São drogas muito específicas em seu modo de agir: têm • • predileção quase que exclusiva pelo cérebro. Em doses terapêuticas não produzem efeitos dignos de nota sobre os vários outros órgãos. São drogas bastante seguras, pois são necessárias grandes doses (20 a 40 vezes) para trazer efeitos mais graves: a pessoa fica com hipotonia muscular ("mole"), dificuldade grande para ficar de pé e andar, a pressão do sangue cai bastante e pode desmaiar. Com doses maiores a pessoa pode entrar em coma e morrer. O uso de benzodiazepínico e bebida alcoólica causa intoxicação grave, pois há grande diminuição da atividade do cérebro podendo levar ao estado de coma. Suspeita que estas drogas tenham um poder teratogênico razoável, isto é, que possam produzir lesões ou defeitos físicos na criança por nascer.

EFEITOS COLATERAIS - Sonolência excessiva diurna (“ressaca”); Piora da coordenação motora fina; Piora da

EFEITOS COLATERAIS - Sonolência excessiva diurna (“ressaca”); Piora da coordenação motora fina; Piora da memória (amnésia anterógrada); Tontura, zumbidos; Quedas e fraturas; Reação paradoxal: Consiste de excitação, agressividade e desinibição, ocorre mais freqüentemente em crianças, idosos e em deficientes mentais; “Anestesia emocional” – indiferença afetiva a eventos da vida; Idosos: maior risco de interação medicamentosa, piora dos desempenhos psicomotor e cognitivo (reversível), quedas e risco de acidentes no trânsito;

EFEITOS FÍSICOS • 50% dos pacientes que usam benzodiazepínicos por mais de 12 meses

EFEITOS FÍSICOS • 50% dos pacientes que usam benzodiazepínicos por mais de 12 meses evoluem com síndrome de abstinência. Os sintomas começam progressivamente dentro de 2 a 3 dias após a parada de benzodiazepínicos de meia-vida curta e de 5 a 10 dias após a parada de benzodiazepínicos de meia-vida longa, podendo também ocorrer, após a diminuição da dose. • Síndrome de abstinência: irritabilidade, ansiedade acentuada, tremores, visão turva, palpitações, confusão mental, hipersensibilidade a estímulos externos, insônia excessiva, sudorese, dor pelo corpo todo e em casos extremos, convulsões. • Ela deve ser diferenciada dos sintomas de rebote, que se caracterizam pelo retorno dos sintomas originais para os quais os benzodiazepínicos foram prescritos, numa intensidade significativamente maior.

ANSIOLÍTICOS BENZODIAZEPÍNICOS DISPONÍVEIS NO BRASIL • ALPRAZOLAM: Apraz, Frontal, Tranquinal • BROMAZEPAM: Brozepax, Deptran,

ANSIOLÍTICOS BENZODIAZEPÍNICOS DISPONÍVEIS NO BRASIL • ALPRAZOLAM: Apraz, Frontal, Tranquinal • BROMAZEPAM: Brozepax, Deptran, Lexotam, Nervium, Novazepam, • • Somalium, Sulpam BUSPIRONA**: Ansienon, Ansitec, Bromopirim , Brozepax, Buspanil, Buspar CLOBAZAM: Frizium, Urbanil CLONAZEPAM: Rivotril CLORDIAZEPÓXIDO: Psicosedim CLOXAZOLAM*: Elum, Olcadil DIAZEPAM: Ansilive, Calmociteno, Diazepam, Diazepan, Kiatriun, Noam, Somaplus, Valium LORAZEPAM*: Lorium, Lorax, Mesmerin *-ansiolíticos usados também como hipnóticos devido a grande sonolência e sedação. **- considerado ansiolítico não-benzodiazepínico

SITUAÇÃO LEGAL E BUROCRÁTICA • Na manipulação das fórmulas para emagrecer, é comum associar

SITUAÇÃO LEGAL E BUROCRÁTICA • Na manipulação das fórmulas para emagrecer, é comum associar • • benzodiazepínicos com as drogas que tiram o apetite (Anfetaminas). Essa associação tem como objetivo diminuir a ansiedade e "nervosismo" produzido pelas anfetaminas. Atualmente a legislação não permite mais essa mistura. Os atuais problemas de saúde pública, referentes ao abuso dos benzodiazepínicos, podem ser devido ao abuso nas indicações desses medicamentos. Não se deve pretender que resolvam todos os problemas gerados pela ansiedade cotidiana, pelas tensão da vida diária e para minimizar o mal estar das dificuldades naturais do dia-a-dia. Os benzodiazepínicos são controlados pelo Ministério da Saúde, isto é, a farmácia só pode vendê-los mediante receita especial do médico, chamada de Receita tipo B, em cor azul e padronizada pelo Ministério da Saúde, a qual fica retida na farmácia para posterior controle das autoridades sanitárias.