FRMACOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL ANSIOLTICOS

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FÁRMACOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL ANSIOLÍTICOS E SEDATIVOS Prof. Carlos Eurico Pereira

FÁRMACOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL ANSIOLÍTICOS E SEDATIVOS Prof. Carlos Eurico Pereira 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

Manejo da ansiedade • Ansiedade: Emoção básica – diferente Ansiedade de doença ou sintoma

Manejo da ansiedade • Ansiedade: Emoção básica – diferente Ansiedade de doença ou sintoma de doença. • Essencial ao desempenho adequado do homem. • Se duradoura ou muito intensa – prejuízo no desempenho e sofrimento – exige intervenção terapêutica. 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

BENZODIAZEPÍNICOS Os benzodiazepínicos (BDZ) são drogas relativamente seguras, a não ser quando usados em

BENZODIAZEPÍNICOS Os benzodiazepínicos (BDZ) são drogas relativamente seguras, a não ser quando usados em combinação com o álcool ou outros depressores do SNC Todos os benzodiazepínicos possuem propriedades farmacológicas similares, não havendo evidência que haja um agente superior aos demais como ansiolítico. Ação: Potencialização do ácido gamaaminobutírico (GABA), principal neurotransmissor inibitório do SNC, no sistema 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira límbico. Farmacologia

 • São dotados de propriedades ansiolíticas, sedativas, anticonvulsivantes e miorrelaxantes. • Protótipo: DIAZEPAM

• São dotados de propriedades ansiolíticas, sedativas, anticonvulsivantes e miorrelaxantes. • Protótipo: DIAZEPAM – agente mais empregado para manejo da ansiedade em adultos e boa opção para pactes pediátricos também, porém carece de estudos. • Alternativa: MIDAZOLAM. (meia-vida curta). • Os BDZ são depressores do SNC, com propriedades ansiolíticas em doses relativamente baixas e com efeitos sedativo-hipnóticos (i. e. , indução de sonolência ou sono) em doses mais altas. 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

 • Dado o risco de dependência dos BDZ que pode ocorrer mesmo em

• Dado o risco de dependência dos BDZ que pode ocorrer mesmo em doses terapêuticas no tratamento prolongado (mais de seis meses) e ainda mais rapidamente com BDZ de alta potência (como Alprazolam e Lorazepam), recomenda-se sempre a utilização da dose efetiva mais baixa possível e apenas pelo menor tempo necessário para o alívio dos sintomas. • Os BDZ devem ser evitados em pacientes com história de alcoolismo ou abuso de drogas, a menos que haja uma indicação precípua ou um acompanhamento cuidadoso. 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

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 • Os antiácidos interferem seriamente com a ação dos BDZ. Os BDZ devem

• Os antiácidos interferem seriamente com a ação dos BDZ. Os BDZ devem ser tomados bem antes de qualquer dose de antiácidos. • A absorção IM dos BDZ é mais rápida, porém mais irregular. O uso EV de BDZ (sempre administrar lentamente para minimizar o risco de hipertensão e parada respiratória) é reservado para a sedação préoperatória, o tratamento de convulsões ou para sérias emergências psiquiátricas. (Atenção: os BDZ só podem ser dados EV se o staff estiver treinado e equipado para lidar com possível parada respiratória). • Lorazepam e Oxazepam são as drogas de escolha em paciente idosos ou com problemas hepáticos graves porque são metabolizados somente por conjugação com o ácido glicurônico e não têm metabólitos ativos. 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

 • Os BDZ de eliminação rápida têm mais tendência a produzir dependência ou

• Os BDZ de eliminação rápida têm mais tendência a produzir dependência ou fenômeno de "rebote" (ansiedade, insônia) ao ser suspenso o tratamento, enquanto que as de eliminação lenta produzem mais sedação diurna. • Tolerância – geralmente não ocorre fenômeno de Tolerância ocorre tolerância (aumento gradual da dose para obter o mesmo efeito), mas alguns pacientes podem desenvolver tolerância aos BDZ levando ao aumento das doses e abuso. • Recaída – com a suspensão dos BDZ há um retorno dos sintomas originais. 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

 • Rebote –- com a suspensão dos BDZ ocorre um retorno temporário dos

• Rebote –- com a suspensão dos BDZ ocorre um retorno temporário dos sintomas originais, tais como ansiedade ou insônia, mas numa intensidade maior. • Abstinência – a abstinência, em contraste com a recaída e o rebote, geralmente inclui sintomas que o paciente não experimentou previamente. 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

A síndrome da abstinência dos BDZ inclui: • ansiedade; • fadiga; • irritabilidade; •

A síndrome da abstinência dos BDZ inclui: • ansiedade; • fadiga; • irritabilidade; • taquicardia; • insônia; • hipertensão sistólica; • tremores; • delirium; • sudorese; • convulsões. • anorexia; • náusea; • diarréia; • desconforto abdominal; • letargia; 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

Sempre lembrar que o risco de desenvolver dependência, rebote e abstinência é maior nos

Sempre lembrar que o risco de desenvolver dependência, rebote e abstinência é maior nos tratamentos em longo prazo, com doses altas e com BDZ de alta potência. A possibilidade de ocorrer e a gravidade do rebote e abstinência estão diretamente ligadas ao uso de BDZ de meia-vida curta (ex. : Alprazolam). Problemas com tolerância, rebote e abstinência podem ser minimizados sempre que são usados BDZ de baixa potência e meia-vida longa (ex. : Diazepam). 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

 • O processo de retirada dos BDZ deve ser sempre feito de forma

• O processo de retirada dos BDZ deve ser sempre feito de forma gradual. • Os primeiros 50% da dose diária podem ser reduzidos de modo mais rápido, os 25% seguintes lentamente e os últimos 25% muito lentamente. • Vale lembrar que a taxa de redução da medicação deve ser sempre adaptada a cada paciente 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

lnterações dos BDZ com outras drogas Diminuem a absorção: • antiácidos. Aumentam a depressão

lnterações dos BDZ com outras drogas Diminuem a absorção: • antiácidos. Aumentam a depressão do SNC: • anti-histamínicos; • barbitúricos; • antidepressivos tricíclicos; • etanol. 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

lnterações dos BDZ com outras drogas Aumentam níveis de BDZ: • cimetidina; • dissulfiram;

lnterações dos BDZ com outras drogas Aumentam níveis de BDZ: • cimetidina; • dissulfiram; • eritromicina; • estrogênios; • fluoxetina; • isoniazida. Diminuem os níveis de BDZ: • carbamazepina. 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

BUSPIRONA (Buspar, ansitec) Ação Farmacológica: - Antagonismo dopaminérgico - Agonismo parcial de receptores de

BUSPIRONA (Buspar, ansitec) Ação Farmacológica: - Antagonismo dopaminérgico - Agonismo parcial de receptores de serotonina. Efetividade: Efetividade Semelhante ao diazepam, diferindo pelo fato de: - não produzir sedação importante, - não interagir com álcool - não induzir dependência. 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

BUSPIRONA (Buspar, ansitec) Desvantagem: Tempo de latência de cerca de 1 a 2 semanas.

BUSPIRONA (Buspar, ansitec) Desvantagem: Tempo de latência de cerca de 1 a 2 semanas. Boa alternativa aos benzodiazepínicos no tratamento prolongado da ansiedade generalizada. 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

ANTIDEPRESSIVOS Drogas de escolha no distúrbio do pânico (clomipramina e imipramina) • Clomipramina: Útil

ANTIDEPRESSIVOS Drogas de escolha no distúrbio do pânico (clomipramina e imipramina) • Clomipramina: Útil no tratamento dos distúrbios obsessivo-compulsivo. • Usados também em distúrbios de ansiedade generalizada com elevada possibilidade de abuso de benzodiazepínicos. 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

BETABLOQUEADORES Eficazes no tratamento da ansiedade generalizada, principalmente com predomínio de sintomas somáticos (palpitações,

BETABLOQUEADORES Eficazes no tratamento da ansiedade generalizada, principalmente com predomínio de sintomas somáticos (palpitações, sudorese e tremor), mas são inferiores aos benzodiazepínicos. Úteis em reações agudas ao estresse, como realização de exames e apresentações públicas. 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

HIPNÓTICOS FASES DO SONO: • 0 : ALERTA • 1 : INDUÇÃO DO SONO,

HIPNÓTICOS FASES DO SONO: • 0 : ALERTA • 1 : INDUÇÃO DO SONO, ESTADO DE SONOLÊNCIA. • 2 – 4: REDUÇÃO DA ATIVIDADE ELÉTRICA CEREBRAL (SONO PROFUNDO). • REM (Movimento Rápido dos Olhos): SONO PARADOXAL. 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

 • Na fase de sono REM, é que ocorre o relaxamento muscular e

• Na fase de sono REM, é que ocorre o relaxamento muscular e sonhos, podendo ocorrer movimentos espontâneos das extremidades, e movimentos oculares rápidos. NECESSÁRIO PARA O DESCANSO, SEM ESTA FASE OCORRE UM COMPLETO ESGOTAMENTO DO INDIVÍDUO. 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

HIPNÓTICO IDEAL: • Deveria reproduzir a fisiologia normal do sono, sem provocar efeitos adversos.

HIPNÓTICO IDEAL: • Deveria reproduzir a fisiologia normal do sono, sem provocar efeitos adversos. Nenhum dos disponíveis, no entanto, consegue atingir esses objetivos. TODOS OS HIPNÓTICOS COMPROMETEM A FASE REM, EM MAIOR OU MENOR PROPORÇÃO 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia

FÁRMACOS HIPNÓTICOS: • BENZODIAZEPÍNICOS: Mais fisiológicos que existem, por isso os mais utilizados, por

FÁRMACOS HIPNÓTICOS: • BENZODIAZEPÍNICOS: Mais fisiológicos que existem, por isso os mais utilizados, por influírem pouco no sono REM, ocorrendo descanso do paciente. • • BARBITÚRICOS HIDRATO DE CLORAL NÃO ETCLORVINOL SUPLANTAM GLUTETIMIDA A AÇÃO DOS MEPROBAMATO PRIMEIROS. METIPRILONA PARALDEÍDO NOVOS: ZOLPIDEM, ZOPICLONA. 02/2001 Prof. Carlos Eurico Pereira Farmacologia