Seminrio 2 geral Paul Ricoeur A memria a

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Seminário 2 – geral Paul Ricoeur A memória, a história e o esquecimento. Grupo:

Seminário 2 – geral Paul Ricoeur A memória, a história e o esquecimento. Grupo: Juliana C. S. Alboléa, Zínia Carvalho, Paulo, Lisete, Adriana, xxxxx

PAUL RICOEUR Biografia • Filósofo francês, (1913 -Valence, 2005 -Chatenay. Malabry-Paris). Foi aluno de

PAUL RICOEUR Biografia • Filósofo francês, (1913 -Valence, 2005 -Chatenay. Malabry-Paris). Foi aluno de Gabriel Marcel e professor nas Universidades de Sorbonne e Chicago. Atividades • Campo: Filosofia, Hermenêutica, Fenomenologia, Existencialismo. • Influenciado: Edmund Husserl, Gabriel Marcel, Karl Jaspers, Sigmund Freud. • Prêmio: Prêmio Kyoto (2000)

Pensamento • revela as influências da fenomenologia de Husserl, do pensamento de Gabriel Marcel

Pensamento • revela as influências da fenomenologia de Husserl, do pensamento de Gabriel Marcel e da corrente personalista francesa, dirigida por Emmanuel Mounier. Obra • tenta conciliar as correntes da filosofia contemporânea: fenomenologia, hermenêutica, existencialismo e psicanálise. • Renovou à hermenêutica, associando-a a fenomenologia corresponde ao trabalho de captação do sentido dos textos e dos símbolos, além do esforço efetivo de compreensão de nós próprios e do mundo. • Segunda fase- reflete sobre a narrativa de caráter "inventivo". narração - compreensão de nós próprios numa dimensão temporal. conceito do "agir ético": "momento do ético", "momento da moral" e "estádio da sabedoria prática".

Notas de Orientação • A preocupação de Ricoeur é fugir da dicotomia indivíduo x

Notas de Orientação • A preocupação de Ricoeur é fugir da dicotomia indivíduo x sociedade instaurada na tradição historiográfica. • Então ao invés de qualificar o sujeito verdadeiro como pergunta, ele se propõe ao deslocamento do problema. • Propõe a seguinte pergunta: a quem é legítimo atribuir o pathos correspondente à recepção da lembrança e a práxis em que consiste à busca da lembrança?

Para procurar esta resposta ele se propõe avaliar as relações entre memória individual e

Para procurar esta resposta ele se propõe avaliar as relações entre memória individual e memória coletiva em: • 1ª hipótese: (3 autores) §Santo Agostinho §Locke §Husserl • 2ª hipótese: • Oposição entre os conceitos em Platão e Aristóteles para quem a relação entre memória individual e coletiva se insere na preocupação da relação entre o indivíduo e a cidade. Emergência da problemática da subjetividade causa o deslocamento de planos entre a memória individual e coletiva (verificar a questão epistemológica atribuída às ciências da natureza)

O autor diz que a tarefa do filósofo é se propor a: 1 -

O autor diz que a tarefa do filósofo é se propor a: 1 - discernir este mal entendido 2 - lançar pontes entre os dois discursos para isto recorre ao conceito de atribuição para confrontar teses opostas 3 - exame das trocas entre a atribuição a si dos fenômenos mnemônicos e sua atribuição a outros, estranhos ou próximos. Não se propõe a resolver o problema entre memória individual e coletiva. Mas atribui à filosofia da história complementar este debate apontando as relações externas entre memória e história e as relações internas entre memória individual e memória coletiva.

STO. AGOSTINHO • “caráter originário e primordial da memória individual tem vínculos nos usos

STO. AGOSTINHO • “caráter originário e primordial da memória individual tem vínculos nos usos da linguagem comum e na psicologia” (pg. 107). • Três traços do caráter privado da memória: I. singularidade da memória – pronome reflexivo nas línguas latinas. II. a memória é passado - vínculo da consciência com o passado reside na memória. As lembranças se organizam como em arquipélago (níveis de sentidos) e a memória é a capacidade de percorrer, remontar no tempo; é na narrativa que se articulam as lembranças no plural e a memória no singular. III. “à memória está vinculado o sentido da orientação na passagem do tempo” (pg. 108).

 • Sto. Agostinho conhece o homem interior e não a relação entre identidade,

• Sto. Agostinho conhece o homem interior e não a relação entre identidade, o si e a memória – invenção de John Locke. • Ele se preocupa com a relação da memória ao tempo – Confissões X e XI • Gênero literário da confissão associa fortemente ao momento de penitência. • Confissões X – busca-se Deus primeiro na memória – verticalidade, meditação sobre a memória. • Metáfora dos " vastos palácios da memória" - confere uma espacialidade específica à interioridade – lugar pessoal, intimo (confissões X, VIII, 13) - relacionado à recordação e atos realizados interiormente. • Paul Ricoeur admira a memória vista por Sto. Agostinho pois ela é ampla e ela retoma “os próprios inteligíveis”(pg. 110). A memória individual pura - a memória iguala-se ao "cogito“, as noções (pg. 110). “o espírito é também a própria memória”(X, XIV, 21).

 • “encontrar é reencontrar, e reencontrar é reconhecer, e reconhecer é aprovar, logo

• “encontrar é reencontrar, e reencontrar é reconhecer, e reconhecer é aprovar, logo julgar que a coisa reencontrada é exatamente a mesma que a coisa buscada e, portanto, posteriormente considerada como esquecida”(pg. 110). • ameaça do esquecimento: o esquecimento que sepulta nossas lembranças "mas aquilo de que nos lembramos, é pela memória que o retemos; ora, sem nos lembrarmos do esquecimento não poderíamos absolutamente, ao ouvir este nome, reconhecer a realidade que significa; se assim é, é a memória que retém o esquecimento" (pg. 111). • “o trânsito do tempo, diz sto agostinho, consiste em ir do futuro pelo presento dentro do passado”. (Confissões XI, XXI, 27) – relacionado a noção de sitância temporal e da preteridade do passado.