Intoxicao por Brachiaria radicans em bovinos Brachiaria radicans
Intoxicação por Brachiaria radicans em bovinos
Brachiaria radicans • • • Em seu estado selvagem é encontrada na África tropical em solos encharcados. Por ter ótima palatabilidade é muito apreciada por bovinos Tambem chamada de Brachiaria arrecta
Introdução • • No Brasil os primeiros relatos de intoxicação foram de bovinos que pastoreavam exclusivamente essa planta. Sinais clinicos apresentados por esses animais: urina escura e em jato, diarréia, perda de peso, mucosas pálidas e respiração acelerada.
Toxicidade • • O princípio tóxico ainda não é bem definido, mas altos níveis de nitrato foram encontrados na planta e no soro de animais infectados. Foi levantada à hipotese de que há presença de S-metilcisteína sulfóxido, um composto não tóxico que em contato com os microrganismos do rumem se transforma em Dimetilsulfeto, que causa hemólise.
Lesões • • Na macroscopia nota-se tumefação dos rins e incoagulabilidade sanguínea. Microscopicamente nota-se necrose hepática e nefrose difusa acompanhada de gotículas hialinas.
Materiais e métodos • • • Foram observadas 20 propriedades do vale do rio tubarão e realizados exames clínicos em animais com suspeita de intoxicação e necrópsia em três animais mortos. Para verificar a toxicidade foram observadas plantas de solo turfoso e plantas de solo argiloso. Durante o experimento foram coletadas amostras da jugular dos bovinos para análise de proteínas, bilirrubina, nitritos entre outros.
Materiais e métodos A planta foi fornecida para 12 animais divididos em 6 grupos de 2 animais. Grupo I: 50% B. radicans e 50% B. humidicula e outras gramíneas Grupo II: 75% B. radicans e 25% B. humidicula Grupo III: 100% B. radicans no cocho Grupo IV: 100% B. radicans em pastoreio Grupo V e IV: 100% B. radicans no cocho
Resultados • • • Os sinais clínicos tinham pico entre o 6º e 7º dia no grupo IIIe entre o 10º e 11º dia no grupo IV Tambem nesses grupos foram notadas maiores alterações nos exames de sangue e urina Os exames de bilirrubina, nitritos e corpos cetônicos não mostraram alterações
Urina
Discussão - As alterações clínicas são dependentes a. concentrações de B. arrecta na dieta a. solo
• • • 50% da dieta- não há alterações clínicas(em propriedades que haviam B. radicans, B. humidicula e B. mutica) 75% da dieta em solo tufosos ou 100% em solo argiloso- urina avermelhada 100% em solos férteis- grave intoxicação
Diagnóstico diferencial • Intoxicação por plantas de ação hepatotóxica aguda • Hemoglobinúria bacilar e babesiose • Intoxicação por Lantana sp.
Intoxicação • B. radicans é uma planta com teores elevados de nitrato e que a doença por ela produzida poderia estar ligada a este composto químico ou, pela conversão deste no rumem em nitrito (Villalobos et al. 1981 Andrade et al. 1971 b).
Profilaxia • • Consórcio com outras gramíneas em 25% da dieta diária Retirar os animais da pastagem
Tratamento • Transfusão sanguínea
Aline Araki Marina Estevam
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