Etnografia da msica erudita contempornea criao circulao recepo

  • Slides: 9
Download presentation
Etnografia da música erudita contemporânea: criação, circulação, recepção, apropriação Prof. Dr. Marcos Câmara de

Etnografia da música erudita contemporânea: criação, circulação, recepção, apropriação Prof. Dr. Marcos Câmara de Castro Villa-Lobos a Paris: un Echo Musical du Bresil de Anaïs Fléchet Resenha por Marcos Câmara de Castro – ECA/USP Regina Célia Rocha Felice ECA/USP 07/04/2018

Anaïs Fléchet • Universidade de Paris - Panthéon-Sorbonne • CHCSC - Centre d'Histoire Culturelle

Anaïs Fléchet • Universidade de Paris - Panthéon-Sorbonne • CHCSC - Centre d'Histoire Culturelle des Sociétés Contemporaines • Universidade de Versalhes • Instituto de Ciências Humanas - UFJF - 2013 Villa-Lobos à Paris: Un écho musical du Brésil. Paris: L’Harmattan, 2004 Villa-Lobos. Des sources de l’oeuvre aux échos contemporains. Paris, Honoré Champion, 2012. Si tu vas à Rio. La musique populaire brésilienne en France au XXe siècle. Paris: Armand Colin, 2013.

O Kaspar Hauser dos Trópicos “Filho da Europa” https: //www. youtube. com/watch? v=n. RWtv.

O Kaspar Hauser dos Trópicos “Filho da Europa” https: //www. youtube. com/watch? v=n. RWtv. T 7 vz. Fc&t=114 s

“Depois do cativeiro na cela tropical, Villa-Lobos tornou-se o avatar ‘criado na floresta’ que

“Depois do cativeiro na cela tropical, Villa-Lobos tornou-se o avatar ‘criado na floresta’ que chega à Europa e rapidamente elabora sua estratégia de ação” (p. 166). “Quando ele chega na ‘ville phare’, encontra a elite parisiense à procura de um oxigênio que não tem nada a ver com o, por assim dizer, ‘cosmopolitismo da Belle Époque parisiense’. . . ‘despertar dos nacionalismos musicais’ que incluía os compositores russos, espanhóis, da Europa Central e norte-americanos” (p. 166) “Metrópole de substituição” “Villa-Lobos prefere ser o brasileiro do meio musical parisiense do que ser o compositor do meio brasileiro” (p. 170).

Conceito de exotismo e alteridade – Affergan, Hartog e Todorov “o outro está por

Conceito de exotismo e alteridade – Affergan, Hartog e Todorov “o outro está por essência longe e desejado, e desejado porque longe” (p. 168). Carlos Guinle – 1927 – 60 mil francos –Max Eschig – 19 partituras “gênio estratégico’ do “selvagem” (p. 167) Segundo Fléchet (p. 167) • força e originalidade de sua obra • sua integração ao meio musical parisiense • adequação ao horizonte de expectativas do público francês.

“. . . uma mistura de esquizofrenia e miopia faz com que o ‘índio

“. . . uma mistura de esquizofrenia e miopia faz com que o ‘índio branco’ (e seus souvenirs) seja endeusado apesar do valor e da importância dos ‘outros’ de hoje e de outrora: Nepomuceno, Oswald, Guarnieri, Mignone, Vianna, etc” (p. 168). Horizonte de expectativas do público francês (exotismo, primitivismo) ll • Etnólogo Hans Staden – 1533 Poetisa Mardrus – artigo em 1927 (p. 169)

 • Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro Temas indígenas recolhidos por Jean de

• Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro Temas indígenas recolhidos por Jean de Léry • Mudanças de datas de suas obras • 1987 - Museu Villa-Lobos e intercâmbios culturais entre França e Brasil • Anna Stella Schic – Villa-Lobos: souvenirs de l’indien blanc

 • Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro Temas indígenas recolhidos por Jean de

• Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro Temas indígenas recolhidos por Jean de Léry • Mudanças de datas de suas obras • 1987 - Museu Villa-Lobos e intercâmbios culturais entre França e Brasil • Anna Stella Schic – Villa-Lobos: souvenirs de l’indien blanc

 • “. . . que teve a sorte de estar na hora e

• “. . . que teve a sorte de estar na hora e no lugar bons e de se aproveitar disso”. • “Fléchet ama mais o Brasil do que a elite brasileira, atolado no esnobismo. . . ” (p. 171). “O fenômeno Villa-Lobos – que, como todo gestor fundador, é irrepetível – coloca na ordem do dia o que disse Luciano Trigo em 2007: para um artista, o que mais vale hoje é se inserir numa rede de relações composta de marchands [ou programadores de concertos] e seu sucesso não depende mais do valor intrínseco de sua obra, mas principalmente de sua capacidade de inserção num sistema que funciona cada vez mais segundo as regras do mercado competitivo do consumo e da moda. . . Nada mais capitalista do que se enquadrar na lógica do mercado ou perecer (p. 172).