Psicologia Cientfica Construo do conhecimento senso comum cincia

Psicologia Científica Construção do conhecimento, senso comum, ciência. . .

O Senso comum – utilizado em nosso cotidiano para observar, explicar e dominar nosso comportamento e dos outros. Buscamos predizer autores, ações e formas de como adquirir controle sobre a vida (Ex: o melhor método para criar filhos, fazer amigos, etc). Mas esta psicologia construída a partir de observações casuais está sujeita a algumas questões, pois leva a um corpo de conhecimentos inexatos por diversas razões, dentre elas: � � O senso comum não proporciona diretrizes sadias para a avaliação de questões complexas. As pessoas geralmente confiam muito na intuição, na lembrança de experiências pessoais diversas ou nas palavras de alguma autoridade (como um professor, um amigo, uma celebridade da TV). Assim, a humanidade sempre buscou outras formas de conhecimento

Tipos de conhecimento � Conhecimento Teológico: é baseado na crença e no dogma; acreditar sem ver, sem ter provas ou certezas. Não dá margens para indagações e/ou dúvidas (ex: fé religiosa) � Conhecimento Empírico: só pode advir da experiência vivenciada. Há espaço para questionamentos que venham para interrogar a experiência (ex. racionalismo) � Conhecimento Científico: não parte de crenças pré-formuladas mas sim da dúvida (pergunta). Para a Ciência, a crença por si mesma assim como a experiência; sem métodos ou estudos, nada provam e nada valem.

A Ciência Os psicólogos se respaldam no método científico para as informações sobre o comportamento e os processos mentais. � � � Perseguem objetivos científicos: descrição e explicação. Usam procedimentos científicos, inclusive observação e experimentação sistemática, para reunir dados que podem ser compartilhados. Tentam obedecer aos princípios científicos: proteger seu trabalho contra suas distorções pessoais e conservar-se aberto a questionamentos. Como outras ciências, a psicologia está longe de ser completa. Existem muitos fenômenos importantes que não são ainda compreendidos, apesar de as pessoas esperarem uma abordagem única do objeto da psicologia ou respostas para todos os seus problemas.

O QUE É CIÊNCIA � Conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade (objeto de estudo), expresso por meio de uma linguagem precisa, rigorosa e passível de ser compartilhado. �O objeto de estudo deve ser estudado sob rigor, sistematização, programação para verificação e validação. �O saber científico deve ser capaz de ser transformado, verificado, utilizado e desenvolvido. Aspira à objetividade e é isenta de emoções nas suas verificações e conclusões.

Características da Ciência � Possuir objeto específico de estudo, linguagem rigorosa, métodos e técnicas específicas e objetividade. � Formar um processo cumulativo do conhecimento , buscando ir além do que está pronto. Demanda humildade para rejeitar as ideias pessoais. � A ciência é sobretudo uma curiosidade obstinada, uma paixão para explorar e entender.

Ciências Humanas Seu objeto de estudo é da mesma categoria do cientista. Isto implica que: � Não existam teorias prontas e acabadas, e talvez nunca haverão, pela complexidade e constante transformação do objeto de investigação; � As várias concepções de homem tornam as ciências humanas vulneráveis à diferentes concepções e pontos de vista, � A diversidade dos fenômenos psicológicos que fará com que o pesquisador em psicologia tenha que variar nos métodos de busca e trabalho; em acordo com o objeto de estudo.

A subjetividade – objeto da psicologia � Construção permanente: influenciada pela cultura, pela vida social, pelos valores ambientais aos quais o indivíduo é exposto, criando um mundo interno próprio. � Ao mesmo tempo, influencia e produz novas formas de pensar e sentir (Nikolas Rose – a psicologia mudou nossa forma de pensar o mundo no século XX) � Estudar a subjetividade é ter contato, através do conhecimento do mundo interno do indivíduo; com todo o contexto no qual ele está inserido e se constituiu como pessoa.

�A A subjetividade – objeto da psicologia subjetividade é, por excelência, o objeto de estudo da psicologia. � Diz respeito a: comportamentos, sentimentos, suas características singulares e suas características de espécie, seus valores e tudo o mais que “fala” do homem. A subjetividade revela nossa condição de humanos. �É construída por: vivências, experiências externas/sociais, que vão dialogando/formatando as experiências no mundo interno.

Como a psicologia se organiza cientificamente? � Os pesquisadores em psicologia fazem observações a partir de teorias, e depois refinam suas teorias à luz de novas observações. � Teoria Psicológica: é um conjunto de princípios integrados que organiza e estabelece predições sobre comportamentos e eventos. Está sempre ligada à observação. � Toda teoria precisa ter predições analisáveis: hipóteses. Estas, nos permitem testar, rejeitar ou reexaminar a teoria. � Definições operacionais = conclusões de modo claro, para permitir replicação.

Métodos investigativos em psicologia � Diferentes correntes utilizam de diferentes modos de abordar o comportamento humano, resultando em diferentes metodologias em pesquisa. Uma única corrente pode usar mais de uma metodologia, dependendo do contexto e objetivo

Métodos investigativos em psicologia Ø Método Introspectivo Ø Método Clínico Ø Método Psicanalítico Ø Método Documental Ø Psicométrico: testes, questionários e inquéritos

Introspecção: �O indivíduo é ao mesmo tempo o observado e o observador. Propõe o conhecimento das emoções através da descrição do próprio indivíduo que a sente e do observador externo. As emoções são estruturadas, catalogados anteriormente para descrição e análise. Volta-se para o estudo do consciente � Questionamentos – subjetividade, racionalização, aplicações, descrição X sensação real, possibilidade de comunicação à comunidade científica.

Método Clínico Utiliza seres humanos como unidade de análise, com objetivo de desenvolver ou contribuir para o conhecimento que possa ser aplicado em doentes ou indivíduos saudáveis em condições clínicas semelhantes. São pesquisas cujos resultados podem corroborar ou contrariar diretamente a prática clínica e utilizam variáveis clínicas irrefutáveis. � Busca procedimentos de diagnóstico e tratamento. Individual através do levantamento da história pregressa (anamnese, entrevista – estruturada e não estruturada) e da observação do comportamento do indivíduo no ambiente natural. � Pode utilizar psicometria (testes) visando o estabelecimento do diagnóstico e conduta clínica. � Questionamento: enfoque individualizante.

Método Psicométrico � Ferramenta objetiva que permite obtenção do máximo de informações em menos tempo e a verificação delas. Visa a detectar aptidões, personalidade, cognição, funções executivas, transtornos mentais, etc. � Precisam ter: padronização, fidelidade, validade, sensibilidade garantidos por constantes estudos. � A utilização dos testes psicométricos é rigidamente submetida ao código de ética profissional para orientação.

Método psicanálítico � Nasce a partir da clínica e pesquisa de Sigmund Freud, criador da psicanálise a partir do final do século XIX. De acordo com a evolução de seus estudos e descobertas, Freud sustentou e ultrapassou vários métodos de abordagem da subjetividade através do inconsciente. � Método hipnótico-catártico, interpretação dos sonhos, associação livre, psicopatologia dos atos, estudos de casos clínicos.

Método documental � Tendência recente na psicologia, que visa a investigar crimes, perícias, perfis utilizando documentos primários (documentos, fotos, imagens, cartas, relatos escritos) que se configurem como partes para a elucidação e/ou entendimento de um fato, de uma situação, história, cena ou perfil. � Nasceu sob influência das investigações na área histórica e geológica. � Funcionalidade: elucidação e prevenção.