Escola Municipal Etalvio Pereira Martins Campo Grande de

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Escola Municipal Etalívio Pereira Martins. Campo Grande de de 2016. Professora Priscila Oliveira garfield

Escola Municipal Etalívio Pereira Martins. Campo Grande de de 2016. Professora Priscila Oliveira garfield Alunos: Conto – Desfecho surpreendente

Objetivos: • Apresentar as características do conto; • Produzir finais surpreendentes com coerência.

Objetivos: • Apresentar as características do conto; • Produzir finais surpreendentes com coerência.

Características do conto • Situação inicial (equilíbrio) – Apresentam-se as noções de tempo e

Características do conto • Situação inicial (equilíbrio) – Apresentam-se as noções de tempo e espaço da narrativa; descreve-se a situação do mistério. • Conflito – Um problema é introduzido à história, um fato ou uma situação nova muda a trama. • Complicação – O desenvolvimento da narrativa envolve a intensificação do problema apresentado anteriormente. Os personagens principais são envolvidos em situações diversas e apresentados a pistas e obrigados a agir, para procurar a solução do mistério. • Ponto alto ou clímax – Esse é o momento de maior tensão na narrativa. Nessa etapa da história, o personagem principal entra em confronto direto com o mal e luta com todas as forças para restaurar a paz ou conseguir o que deseja. • Desfecho – A finalização do enredo. Momento em que se soluciona o mistério.

Leia o conto a seguir observando suas principais características: Com a gola do paletó

Leia o conto a seguir observando suas principais características: Com a gola do paletó levantada e a aba do chapéu abaixada, caminhando pelos cantos escuros, era quase impossível a qualquer pessoa que cruzasse com ele ver seu rosto. No local combinado, parou e fez o sinal que tinham já estipulado à guisa de senha. Parou debaixo do poste, acendeu um cigarro e soltou a fumaça em três baforadas compassadas. Imediatamente um sujeito mal-encarado, que se encontrava no café em frente, ajeitou a gravata e cuspiu de banda. Era aquele. Atravessou cautelosamente a rua, entrou no café e pediu um guaraná. O outro sorriu e se aproximou: Siga-me! - foi a ordem dada com voz cava. Deu apenas um gole no guaraná e saiu. O outro entrou num beco úmido e mal-iluminado e ele - a uma distância de uns dez a doze passos - entrou também. Ali parecia não haver ninguém. O silêncio era sepulcral. Mas o homem que ia na frente olhou em volta, certificouse de que não havia ninguém de tocaia e bateu numa janela. Logo uma dobradiça gemeu e a porta abriu-se discretamente. Entraram os dois e deram numa sala pequena e enfumaçada onde, no centro, via-se uma mesa cheia de pequenos pacotes. Por trás dela um sujeito de barba crescida, roupas humildes e ar de agricultor parecia ter medo do que ia fazer. Não hesitou - porém - quando o homem que entrara na frente apontou para o que entrara em seguida e disse: "É este". O que estava por trás da mesa pegou um dos pacotes e entregou ao que falara. Este passou o pacote para o outro e perguntou se trouxera o dinheiro. Um aceno de cabeça foi a resposta. Enfiou a mão no bolso, tirou um bolo de notas e entregou ao parceiro. Depois virou-se para sair. O que entrara com ele disse que ficaria ali. Saiu então sozinho, caminhando rente às paredes do beco. Quando alcançou uma rua mais clara, assoviou para um táxi que passava e mandou tocar a toda pressa para determinado endereço. O motorista obedeceu e, meia hora depois, entrava em casa a berrar para a mulher: -Julieta! Ó Julieta. . . consegui. A mulher veio lá de dentro enxugando as mãos em um avental, a sorrir de felicidade. O marido colocou o pacote sobre a mesa, num ar triunfal. Ela abriu o pacote e verificou que o marido conseguira mesmo. Ali estava: um quilo de feijão. Sérgio Porto - Stanislaw Ponte Preta

Complete o mapa conceitual de acordo com o conto: CONTO Apresentação Desenvolvimento Conflito Personagens

Complete o mapa conceitual de acordo com o conto: CONTO Apresentação Desenvolvimento Conflito Personagens Desfecho Clímax

 • Leia: O grande mistério Há dias já que buscavam uma explicação para

• Leia: O grande mistério Há dias já que buscavam uma explicação para os odores esquisitos que vinham da sala de visitas. Primeiro houve um erro de interpretação: o quase imperceptível cheiro foi tomado como sendo de camarão. No dia em que as pessoas da casa notaram que a sala fedia, havia um soufflé de camarão para o jantar. Daí. . . Mas comeu-se o camarão, que inclusive foi elogiado pelas visitas, jogaram as sobras na lata do lixo e — coisa estranha — no dia seguinte a sala cheirava pior. Talvez alguém não gostasse de camarão e, por cerimônia, embora isso não se use, jogasse a sua porção debaixo da mesa. Ventilada a hipótese, os empregados espiaram e encontraram apenas um pedaço de pão e uma boneca de perna quebrada, que Giselinha esquecera ali. E como ambos os achados eram inodoros, o mistério persistiu. Os patrões chamaram a arrumadeira às falas. Que era um absurdo, que não podia continuar, que isso, que aquilo. Tachada de desleixada, a arrumadeira caprichou na limpeza. Varreu tudo, espanou, esfregou e. . . Nada. Vinte e quatro horas depois, a coisa continuava. Se modificação houvera, fora para um cheiro mais ativo.

À noite, quando o dono da casa chegou, passou uma espinafração geral e, vítima

À noite, quando o dono da casa chegou, passou uma espinafração geral e, vítima da leitura dos jornais, que folheara no lotação, chegou até a citar a Constituição na defesa de seus interesses. — Se eu pago empregadas para lavar, passar, limpar, cozinhar, arrumar e ama-secar, tenho o direito de exigir alguma coisa. Não pretendo que a sala de visitas seja um jasmineiro, mas feder também não. Ou sai o cheiro ou saem os empregados. Reunida na cozinha, a criadagem confabulava. Os debates eram apaixonados, mas num ponto todos concordavam: ninguém tinha culpa. A sala estava um brinco; dava até gosto ver. Mas ver, somente, porque o cheiro era de morte. Então alguém propôs encerar. Quem sabe uma passada de cera no assoalho não iria melhorar a situação? — Isso mesmo — aprovou a maioria, satisfeita por ter encontrado uma fórmula capaz de combater o mal que ameaçava seu salário. Pela manhã, ainda ninguém se levantara e já a copeira e o chofer enceravam sofregamente, a quatro mãos.

Quando os patrões desceram para o café, o assoalho brilhava. O cheiro da cera

Quando os patrões desceram para o café, o assoalho brilhava. O cheiro da cera predominava, mas o misterioso odor, que há dias intrigava a todos, persistia, a uma respirada mais forte. Apenas uma questão de tempo. Com o passar das horas, o cheiro da cera — como era normal — diminuía, enquanto o outro, o misterioso — estranhamente, aumentava. Pouco a pouco reinaria novamente, para desespero geral de empregados e empregadores. A patroa, enfim, contrariando os seus hábitos, tomou uma atitude: desceu do alto do seu grã-finismo com as armas de que dispunha, e com tal espírito de sacrifício que resolveu gastar os seus perfumes. Quando ela anunciou que derramaria perfume francês no tapete, a arrumadeira comentou com a copeira: — Madame apelou para a ignorância. E salpicada que foi, a sala recendeu. A sorte estava lançada. Madame esbanjou suas essências com uma altivez digna de uma rainha a caminho do cada falso. Seria o prestígio e a experiência de Carven, Patou, Fath, Schiaparelli, Balenciaga, Piguet e outros menores, contra a ignóbil catinga.

Na hora do jantar a alegria era geral. Não restavam dúvidas de que o

Na hora do jantar a alegria era geral. Não restavam dúvidas de que o cheiro enjoativo daquele coquetel de perfumes era impróprio para uma sala de visitas, mas ninguém poderia deixar de concordar que aquele era preferível ao outro, finalmente vencido. Mas eis que o patrão, a horas mortas, acordou com sede. Levantou-se cauteloso, para não acordar ninguém, e desceu as escadas, rumo à geladeira. Ia ainda a meio caminho quando sentiu que o exército de perfumistas franceses fora derrotado. O barulho que fez daria para acordar um quarteirão, quanto mais os da casa, os pobres moradores daquela casa, despertados violentamente, e que não precisavam perguntar nada para perceberem o que se passava. Bastou respirar. Hoje pela manhã, finalmente, após buscas desesperadas, uma das empregadas localizou o cheiro. Estava dentro de uma jarra, uma bela jarra, orgulho da família, pois tratava-se de peça raríssima, da dinastia Ming. Apertada pelo interrogatório paterno Giselinha confessou-se culpada e, na inocência dos seus 3 anos, prometeu não fazer mais. Não fazer mais na jarra, é lógico. O grande mistério. Stanislaw Ponte Preta. Rosamundo e os outros. Rio de Janeiro: Editora do Autor: 1963.

Complete o mapa conceitual de acordo com o conto: CONTO Apresentação Desenvolvimento Conflito Personagens

Complete o mapa conceitual de acordo com o conto: CONTO Apresentação Desenvolvimento Conflito Personagens Desfecho Clímax

Observe que o final surpreendente não é característica exclusiva dos contos – as tirinhas

Observe que o final surpreendente não é característica exclusiva dos contos – as tirinhas – história em quadrinhos com mensagem rápida e curta – também usam esse recurso. Observe:

Crie as falas finais das tirinhas que seguem, procure deixar os finais surpreendentes:

Crie as falas finais das tirinhas que seguem, procure deixar os finais surpreendentes:

Escolha as palavras que melhor completam as lacunas:

Escolha as palavras que melhor completam as lacunas:

Bom Trabalho!

Bom Trabalho!