DIETOTERAPIA NAS DOENAS GASTROINTESTINAIS 1 Pensando nas doenas

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DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS GASTROINTESTINAIS 1 - Pensando nas doenças gastrointestinais como o refluxo gastroesofágico,

DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS GASTROINTESTINAIS 1 - Pensando nas doenças gastrointestinais como o refluxo gastroesofágico, esofagite, gastrite e úlcera, quais são os sintomas que a pessoa apresenta? Eles estão relacionados à alimentação? 2 - Quais são as modificações na alimentação que devem ser realizadas no tratamento dietético das doenças gastrointestinais como o refluxo gastroesofágico, esofagite, gastrite e úlcera? 3 - Como deve ser a alimentação em caso de diarreia? Cite os alimentos que devem ser evitados e aqueles que devem ser preferidos. 4 - Como deve ser a alimentação em caso de constipação? Cite os alimentos que devem ser evitados e aqueles que devem ser preferidos.

DIETOTERAPIA NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA E HEPÁTICA 5 - Em situação de Insuficiência Renal

DIETOTERAPIA NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA E HEPÁTICA 5 - Em situação de Insuficiência Renal (aguda e crônica) é necessário fazer modificações na alimentação? Justifique sua resposta. 6 - Na Insuficiência Renal Crônica (IRC), há diferença entre o tratamento dietético quando o rim ainda funciona (mesmo que pouco) e a fase de diálise? Se sim, quais são? 7 - Quais são as modificações na alimentação que devem ser realizadas no tratamento dietético da Insuficiência Renal Crônica em relação aos macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) e micronutrientes (vitaminas e sais minerais)? 8 - Em situação de Insuficiência Hepática (aguda-hepatites virais A, E e crônicahepatites B, C, alcoólica, cirrose) é necessário fazer modificações na alimentação? Justifique sua resposta. 9 - Quais são as modificações na alimentação que devem ser realizadas no tratamento dietético da Insuficiência Hepática em relação aos macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) e micronutrientes (vitaminas e sais minerais)?

ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO – USP Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde

ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO – USP Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS GASTROINTESTINAIS Disciplinas: ERM 306 e 307 Dietoterapia

Refluxo gastroesofágico – Esofagite - Gastrite - Úlcera Objetivos da dietoterapia: Proteger a mucosa

Refluxo gastroesofágico – Esofagite - Gastrite - Úlcera Objetivos da dietoterapia: Proteger a mucosa do esôfago e estômago • Facilitar a digestão e aliviar a dor • Acelerar o esvaziamento gástrico • Contribuir para o aumento da pressão do Esfíncter Esofágico Inferior (EEI) • Recomendações: • Fracionamento: 6 a 8 refeições de pequenos volumes; horários regulares; mastigação lenta; ambiente tranquilo; • Não deitar após a refeição e não comer antes de dormir; • Evitar alimentos gordurosos, bebidas alcoólicas, café, refrigerante, pimenta e condimentos fortes • Preferir alimentos de consistência líquida ou semi-líquida na fase aguda • Líquidos: preferencialmente entre as refeições; • Excluir alimentos que diminuem a pressão do EEI: café, chá preto e mate, bebidas alcoólicas.

Diarreia Recomendações: • Oferta de líquidos e eletrólitos para repor as perdas. Água de

Diarreia Recomendações: • Oferta de líquidos e eletrólitos para repor as perdas. Água de coco – rica em potássio, suco limão, cajú • Dieta constipante/pobre em fibras: • sem leite e derivados, • pouca fibra insolúvel-celulose, hemicelulose, lignina (verduras e legumes, frutas-mamão, abacate, caqui, laranja-bagaço; alimentos integrais), • rica em fibras solúveis (frutas-maçã, pera, banana maçã, aveia, cenoura, tomate), • sem alimentos fermentativos: feijão, ovo, brócolis, couve-flor, repolho, pepino, pimentão; • Utilizar probióticos/leite fermentado para recuperação da flora bacteriana depois da fase aguda. Exemplo: lactobacilos, bifidobactérias

Constipação Dieta rica em fibras insolúveis: Aumentar a frequência e quantidade de ingestão de:

Constipação Dieta rica em fibras insolúveis: Aumentar a frequência e quantidade de ingestão de: • Vegetais folhosos, • frutas com casca, semente e bagaço, • alimentos integrais, • farelos e cereais integrais • Água: pelo menos 8 copos/dia. Outras medidas: • Atividade física • Rotina para evacuação: horário ALERTA ao uso de medicamentos (laxantes), pois estes podem acabar “viciando” a mucosa intestinal e quantidades crescentes são necessárias para provocar o efeito.

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ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO – USP Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública DIETOTERAPIA NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Disciplinas: ERM 306 e 307 Dietoterapia

Recomendações nutricionais na fase não-dialítica (tratamento conservador) Energia (Kcal/Kg/dia) Manutenção de peso: < 60

Recomendações nutricionais na fase não-dialítica (tratamento conservador) Energia (Kcal/Kg/dia) Manutenção de peso: < 60 anos 35 > 60 anos 30 Redução de peso 30 Recuperação de peso > 35 Carboidrato (% do VCT) 55 a 65% Lipídios (% do VCT) 30 a 35% Saturados < 10% Monoinsaturados 10 a 15% Poliinsaturados 10%

Recomendação de proteína Fase não-dialítica (tratamento conservador) Taxa de filtração glomerular (m. L/min) Proteína

Recomendação de proteína Fase não-dialítica (tratamento conservador) Taxa de filtração glomerular (m. L/min) Proteína (g/Kg/dia) > 60 Sem restrição: dieta normoprotéica (0, 8 a 1, 0) 25 – 60 Com restrição: dieta hipoprotéica (0, 6, sendo 50 -60% de prot. de alto valor biológico) <25 Com restrição: dieta hipoprotéica (0, 6 + 1 g de prot. para cada g de proteínúria) < 60 + síndrome nefrótica 0, 8 + 1 g de prot. para cada g de proteinúria Diabéticos com controle glicêmico inadequado 0, 8 (50 -60% de prot. de alto valor biológico)

Teor de proteína de acordo com o valor biológico Alimento Quantidade (g) Medida caseira

Teor de proteína de acordo com o valor biológico Alimento Quantidade (g) Medida caseira Proteína (g) Alto Valor Biológico Leite de vaca 200 1 copo médio 7, 0 Queijo 30 1 fatia média 7, 0 Ovo de galinha 50 1 unidade 6, 4 Carne bovina 100 1 bife médio 23, 0 Frango 100 1 peito pequeno 22, 0 Peixe 100 1 filé médio 19, 0 Feijão 120 8 col. sopa 9, 4 Ervilha 100 5 col. sopa 6, 7 Lentilha 120 8 col. sopa 6, 0 Pão 50 col. sopa 5, 0 Macarrão 125 1 prato raso 4, 0 Arroz 100 5 col. sopa 2, 0 Batata 110 1 unidade média 2, 0 Baixo Valor Biológico

Alimentos hipercalóricos e hipoprotéicos Alimento Quantidade (g) Medida caseira Energia (Kcal) Proteína (g) Mandioca

Alimentos hipercalóricos e hipoprotéicos Alimento Quantidade (g) Medida caseira Energia (Kcal) Proteína (g) Mandioca cozida 130 3 ped. médios 154 1, 2 Farinha de mandioca 40 2 col. sopa 142 0, 7 Mandioquinha cozida 114 1 unidade med. 92 1, 5 Óleos vegetais 8 1 col. sopa 71 0 Margarina 5 1 col. chá 36 0 Creme de leite 20 1 col. sopa 50 0, 5 Maionese 15 1 col. sopa 58 0, 1 Açúcar 10 1 col. sobrem. 39 0 Mel 14 1 col. sobrem. 43 0 Goiabada 30 1 fatia média 82 0

Recomendações nutricionais na fase de diálise Energia (Kcal/Kg/dia) Hemodiálise CAPD Manutenção do peso 30

Recomendações nutricionais na fase de diálise Energia (Kcal/Kg/dia) Hemodiálise CAPD Manutenção do peso 30 - 35 25 - 35 Recuperação de peso 35 - 50 Redução de peso 20 - 30 20 - 25 Carboidrato (% VCT) 50 - 60 35 (oral) Lipídios (% VCT) 30 - 35 Manutenção de peso Dieta hiperprotéica 1, 2 Dieta hiperprotéica 1, 3 Recuperação de peso Dieta hiperprotéica 1, 2 - 1, 4 Dieta hiperprotéica 1, 3 – 1, 5 Proteína (g/Kg/dia) > 50% de AVB

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ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO – USP Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS HEPÁTICAS Disciplinas: ERM 306 e 307 Dietoterapia

Consequências nutricionais das lesões hepáticas 1. Lesão aguda: hepatite viral (A, E) anorexia, náuseas,

Consequências nutricionais das lesões hepáticas 1. Lesão aguda: hepatite viral (A, E) anorexia, náuseas, vômitos ingestão alimentar, mas afeta pouco o estado nutricional. Causa hipoglicemia ( ingestão, depleção das reservas de glicogênio hepático e bloqueio da gliconeogênese).

Consequências nutricionais das lesões hepáticas 2. Lesão crônica: hepatite B, C, alcoólica; cirrose Deterioração

Consequências nutricionais das lesões hepáticas 2. Lesão crônica: hepatite B, C, alcoólica; cirrose Deterioração do estado nutricional Alterações antropométricas e testes de sensibilidade cutânea; níveis séricos de vitaminas

Conseqüências nutricionais das lesões hepáticas 2. Lesão crônica: Ingestão protéica inadequada + alteração do

Conseqüências nutricionais das lesões hepáticas 2. Lesão crônica: Ingestão protéica inadequada + alteração do estado mental (encefalopatia hepática) Desnutrição Protéico-Calórica (DPC)

Conseqüências nutricionais das lesões hepáticas 2. Lesão crônica: Má digestão e absorção: secreção de

Conseqüências nutricionais das lesões hepáticas 2. Lesão crônica: Má digestão e absorção: secreção de sais biliares Comprometimento da assimilação de gorduras Esteatorreia (presença de gordura nas fezes) Deficiência de vitaminas lipossolúveis

Alterações Metabólicas ä Síntese de albumina (ascite quando há HAS) e fatores de coagulação

Alterações Metabólicas ä Síntese de albumina (ascite quando há HAS) e fatores de coagulação ( risco de hemorragia gastrointestinal); ä Síntese da ureia: amônia e alteração do perfil de aminoácidos: aminoácidos de cadeia ramificada-BCAA (isoleucina, valina) aminoácidos aromáticos (fenilalanina, triptofano, tirosina) falsos neurotransmissores encefalopatia hepática.

Terapia Nutricional ä 25 a 45 Kcal/Kg/dia; ä Proteínas: - paciente sem complicação -

Terapia Nutricional ä 25 a 45 Kcal/Kg/dia; ä Proteínas: - paciente sem complicação - dieta normoprotéica: 0, 8 a 1, 0 g/kg de peso seco; - cirrose sem encefalopatia: dieta hiperprotéica: 1, 5 g/Kg; - encefalopatia: dieta hipoprotéica: 0, 5 a 0, 7 g/Kg; aumentar 0, 2 g/Kg até atingir de 1, 2 a 1, 5 g/Kg; Fontes de BCAA: maça, mamão, manga, goiaba, brócolis, couve-flor, pepino, abóbora, rabanete, cebola, soja, lentilha, feijão, leite de ovelha, cabra e soja; miúdos de carneiro, peixe, camarão, lagosta

Terapia Nutricional äGorduras: 25 a 30% do VCT com Triglicérides de Cadeia Média (TCM);

Terapia Nutricional äGorduras: 25 a 30% do VCT com Triglicérides de Cadeia Média (TCM); fácil absorção; äCHO: 60% do VCT; normoglicídica; äLíquidos e Sódio: restrição se houver edema; äVitaminas: suplementar as lipossolúveis, Vit. C e Complexo B.