DIA DAS MES DIA DE NOSSO PRIMEIRO AMOR

DIA DAS MÃES DIA DE NOSSO PRIMEIRO AMOR!

Porque se aproxima o Dia das Mães, escrevo-lhe! Dia das Mães! É o dia de nosso primeiro amor. E que todos o tenham, embora conscientes de que não o podemos vivenciar todos do mesmo modo. Uns nem a mãe conheceram, num tu per tu, outros nem sabem seu nome e há até aqueles que a odeiam! Sim, triste realidade, mas existe. Escrevo-lhe, recordando as realidades da mãe. Quantas e quão diversas!

Mães que sofrem horrores, mães que nunca encontram uma vida de paz, sem problemas, sem cruzes, sem angústias. Mães que tiveram poucas alegrias. Mães generosas que se desdobram em acudir filhos… netos… bisnetos… Mães símbolos eternos da esperança.

Escrevo-lhe… Pensando em minha mãe, homenageando as mães que crêem em Deus, na justiça, que nunca vem nem para elas, mães que falam com Deus, rezam para seus santos preferidos. Mães que sofrem e sofreram tanto porque escolheram mal e tiveram maridos rígidos, prepotentes às vezes, ausentes, desligados, desinteressados.

Mas também mães felizes, realizadas, contentes e que, na velhice, se encontram novamente com o sentimento da inocência. Mães generosas que ocupam seu tempo visitando os doentes, inscrevendo-se nos grupos de atendimento. Outras que vão ao encontro das amigas num jogo de baralho, em atividades assistenciais, um chá da tarde, lendo, ouvindo música, vendo TV, ou olhando os que passam debaixo de sua janela. Mães de olhar muitas vezes vago e distante, cansado, às vezes desiludido, decepcionado, olhar de esperança, de terço na mão, em diálogo com outra Mãe, a Mãe das Mães, Maria, a de Nazaré.

Evangelho - Jo 19, 25 -27 Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas e Maria Madalena. Jesus, então, vendo sua mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse à sua mãe: “Mulher, eis o teu filho!” Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” E a partir dessa hora, o discípulo a recebeu em sua casa.

Vivenciando. . . “Eis aí teu filho!” As palavras de Jesus a sua Mãe são um mistério, tanto por seu conteúdo como pela forma como se dirige a ela e ao discípulo. Trata-se da maternidade espiritual e universal da Virgem Maria sobre cada um dos que crêem. As palavras de Jesus na mente do Evangelista, que as transmite, dizem diretamente que sua Mãe é Mãe de todos os cristãos. Desta maternidade espiritual, segue o amor prático que todos os discípulos iam sentir por ela.

Pela Encarnação e pela morte de Cristo, nós fomos elevados à dignidade de filhos de Deus. Tornamo-nos irmãos adotivos de Jesus e, portanto, filhos de Maria Santíssima. O discípulo João, presente no Calvário, representa toda a humanidade.

“Eis a tua mãe!” Jesus ama até o derradeiro instante de sua vida. Ao amigo dileto, dá uma mãe, e à mãe dá um filho que ela muito ama. As palavras de Jesus, pronunciadas nos últimos momentos da sua vida mortal, têm um alcance mais elevado ainda.

Mãe universal Aos olhos divinos de Jesus, o discípulo é figura a Igreja inteira, a assembleia dos fiéis que o Evangelista ali representava. Quando, voltado para sua mãe, lhe diz: “Eis aí teu filho”, Jesus cria nela uma maternidade divina, associando-a à obra da Redenção. Maria tornou-se cooperadora da salvação da humanidade. Maria continua hoje sua obra pela sua ação maternal na Igreja. Os que seguem a Jesus são para ela filhos. Os que amam a Jesus encontram Maria como mãe, à qual recorrem na alegria e na tristeza, na felicidade e na desgraça.

Todos representados no discípulo João Jesus começa sua missão pela Virgem Maria. Ela é escolhida para adotar aquele discípulo como filho e, através dele, todos os discípulos de Jesus. Todos são confiados como filhos, por Jesus, à sua Mãe: os que fazem sua vontade, os que seguem seus preceitos, os que o amam. . . são representados de maneira simbólica na pessoa do discípulo que a recebe como Mãe.

Maria, nossa Mãe Na cena do Calvário a Igreja vê um dos fundamentos principais da maternidade espiritual de Maria. É a instituição da maternidade espiritual. Em seu Discípulo, Cristo via o representante de todos os seus discípulos, atuais e futuros. Na pessoa do Discípulo, todos os seus discípulos ficavam, a partir daquela hora, confiados à sua Mãe como à própria Mãe. No Mistério da Encarnação, somos elevados em Cristo à dignidade de filhos de Deus.

Sim. Trata-se aqui, nesta hora solene, do nascimento da Igreja: nasce de Jesus pregado na cruz, de seu coração trespassado. Nesse momento, Maria recebe oficialmente o encargo da Igreja. Desde o dia em que tinha se tornado a Mãe de Jesus pela concepção, em princípio, Maria tinha recebido o encargo de Mãe da Igreja. No sofrimento da Cruz Jesus gera definitivamente a Igreja por sua morte e Maria estava lá, completando sua obra de Mãe. É nisso que ela é Co-Redentora da humanidade.

Missão especial! Desde o início, Maria foi alertada para a realidade de sua missão: seu coração seria transpassado! Seu filho seria sinal de contradição! Ela só teve condição de assumir a realidade da vida porque acreditou e encarnou em sua vida a palavra de Deus. Foi exaltada por ouvir e seguir a mensagem do Evangelho! A mãe de Jesus é elogiada uma segunda vez. A primeira foi quando de sua visita a Isabel. Foi exaltada por uma mulher anônima no meio do povo: “Enquanto Jesus falava, uma mulher levantou a voz do meio do povo e lhe disse: Bemaventurado o ventre que te trouxe, e os peitos que te amamentaram!” Mas Jesus replicou: “Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a observam!” (Evangelho de Lucas 11, 27 -28).

Bem-aventurado o ventre que te trouxe! Felizes os peitos que te amamentaram! Jesus e sua mãe são elogiados. Para uma mulher, ter um filho famoso é grande honra. Jesus veio ao mundo para fazer a vontade do Pai e com perfeição a executou! Para cada um de nós também o Pai celeste traçou uma missão. Temos o papel de discípulos e missionários a desempenhar na vida. Maria, nossa Mãe, nos ajudará, será nosso amparo.

Para você, em seu Dia das Mães! Num de seus contos, publicado quando era já bem idoso, Pirandello, famoso romancista dramaturgo, escreveu: "Não é possível que um filho possa ser feliz, viver contente, longe de sua mãe. ” Começando o mês de maio, mês de Maria, das mães, das flores, o fascinante conto de Pirandello leva-me a meditar em dois grandes amores: o amor divino e o amor humano!

Não se pode viver "fora de casa", longe do amor. O Papa João Paulo I (Papa Luciani), em seu brevíssimo pontificado, recordou-nos que, quando a Bíblia fala de "Deus Pai", quer revelar-nos que o amor de Deus, além de um amor "paterno", é um amor "materno. " Como sentimos pela própria experiência familiar, o amor paterno é "exigente" e devemos lutar para merecê-lo. A mãe? Esta ama-nos "desproporcionalmente", mesmo que nenhum mérito exista de nossa parte. Ama porque é mãe!

E Deus nos ama porque é pai e mãe! É firmeza, exigência, e, ao mesmo tempo doçura, carinho, Amor. Nascemos e vivemos no amor da família divina e no amor da família humana. Em ambos respiramos o ar da doçura materna. E como não pensar, reconhecer e se comover com este amor? Obrigado, Deus, por ser Mãe para mim! Obrigado, mãe, por me dar Deus quando me deu a vida!

Obrigado por ser mãe, por me dar o senso da doçura, por me ensinar, sendo pai ou não, a nunca recusar ser um pouco "mãe" para meu próximo! Que ao longo de meus dias eu saiba ser uma resposta ao amor, com amor! Que eu, como membro da "Mãe. Igreja", dê graças a Deus Pai pela minha mãe, por você que é mãe, por você que se alegra, hoje mais ainda, porque celebramos o Dia das Mães!

Vivenciando. . . - Mãe! O que representa hoje em sua vida? - Mãe! O que representou para você no passado? - Conhece suas virtudes? - Sabe de suas dores e angústias? - Ama-a como a realidade da vida a trouxe?

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