18082016 1 FUVEST O indianismo dos romnticos denota
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18/08/2016
1. (FUVEST) "O indianismo dos românticos [. . . ] denota tendência particularizar os grandes temas, as grandes atitudes de que se nutria a literatura ocidental, inserindo-as na realidade local, tratando-as como próprias de uma tradição brasileira. " (Antônio Candido, Formação da Literatura Brasileira) Considerando-se o texto acima, pode-se dizer que o indianismo, na literatura romântica brasileira: A) procurou ser uma cópia dos modelos europeus. B) adaptou a realidade brasileira aos modelos europeus. C) ignorou a literatura ocidental para valorizar a tradição brasileira. D) deformou a tradição brasileira para adaptá-la à literatura ocidental. E) procurou adaptar os modelos europeus à realidade local.
2. Se uma lágrima as pálpebras me inunda, Se um suspiro nos seios treme ainda. É pela virgem que sonhei. . . que nunca Aos lábios me encostou a face linda! (Álvares de Azevedo) A característica do Romantismo mais evidente neste trecho é: A) espiritualismo. B) pessimismo. C) idealização da mulher. D) confessionalismo. E) objetividade
3. (FUVEST) Poderíamos sintetizar uma das características do Romantismo pela seguinte aproximação de opostos: A) Aparentemente idealista, foi, na realidade, o primeiro momento do Naturalismo Literário. B) Cultivando o passado, procurou formas de compreender e explicar o presente. C) Pregando a liberdade formal, manteve-se preso aos modelos legados pelos clássicos. D) Embora marcado por tendências liberais, opôs-se ao nacionalismo político E) Voltado para temas nacionalistas, desinteressou-se do elemento exótico, incompatível com a exaltação da pátria.
4. (F. Católica de Salvador-BA) Observa-se a inversão, como recurso estilístico, no verso: A) “A flor dizia em vão” B) “Mas não me deixes, não. ” C) “E a corrente passava” D) “Dizia sempre a flor, e sempre embalde” (em vão) E) “Leva-a do seu torrão” Exemplos de anástrofe na literatura: “Tão leve estou, que nem sombra tenho. ” (Mário Quintana) “Sabe mortos enterrar? ” (J. C. Melo Neto) “Passarinho, desisti de ter. ” (Rubem Braga) “Memória em nós do instinto teu. ” (Fernando Pessoa) “À espada em tuas mãos achada. ” (Fernando Pessoa)
5. (UCSAL) Não me deixes! Debruçada nas águas dum regato A flor dizia em vão À corrente, onde bela se mirava: "Ai, não me deixes, não! "Comigo fica ou leva-me contigo "Dos mares à amplidão; "Límpido ou turvo, te amarei constante; "Mas não me deixes, não!" E a corrente passava; novas águas Após as outras vão; E a flor sempre a dizer curva na fonte: "Ai, não me deixes, não!" E das águas que fogem incessantes À eterna sucessão Dizia sempre a flor, e sempre embalde: "Ai, não me deixes, não!" Por fim desfalecida e a cor murchada, Quase a lamber o chão, Buscava inda a corrente por dizer-lhe Que a não deixasse, não. A corrente impiedosa a flor enleia, Leva-a do seu torrão; A afundar-se dizia a pobrezinha: "Não me deixaste, não!“ DIAS, Gonçalves. In: MÓISES, Massaud. A Literatura Brasileira através de textos. O lamento da flor representa fielmente o sentimento romântico de: A) evasão no tempo; B) amor incondicional ao outro; C) supervalorização da natureza; D) exaltação do sonho, da fantasia.
6. (ENEM) No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente um outro estilo de época: o romantismo. “Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. ” ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson, 1957. A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao romantismo está transcrita na alternativa: A). . . o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas. . . B). . . era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça. . . C) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, . . . D) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos. . . E). . . o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.
7. (ENEM) O canto do guerreiro Aqui na floresta Dos ventos batida, Façanhas de bravos Não geram escravos, Que estimem a vida Sem guerra e lidar. — Ouvi-me, Guerreiros, — Ouvi meu cantar. Valente na guerra, Quem há, como eu sou? Quem vibra o tacape Com mais valentia? Quem golpes daria Fatais, como eu dou? — Guerreiros, ouvi-me; — Quem há, como eu sou? Gonçalves Dias. Macunaíma (Epílogo) Acabou-se a história e morreu a vitória. Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. Não havia mais ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles campos, furos puxadouros arrastadouros meios-barrancos, aqueles matos misteriosos, tudo era solidão do deserto. . . Um silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum conhecido sobre a terra não sabia nem falar da tribo nem contar aqueles casos tão pançudos. Quem podia saber do Herói? (Mário de Andrade)
A leitura comparativa dos dois textos indica que A) ambos têm como tema a figura do indígena brasileiro apresentada de forma realista e heroica, como símbolo máximo do nacionalismo romântico. B) a abordagem da temática adotada no texto escrito em versos é discriminatória em relação aos povos indígenas do Brasil. C) as perguntas “_Quem há, como eu sou? ” (1º texto) e “Quem podia saber do Herói? ” (2º texto) expressam diferentes visões da realidade indígena brasileira. D) o texto romântico, assim como o modernista, aborda o extermínio dos povos indígenas como resultado do processo de colonização no Brasil. E) os versos em primeira pessoa revelam que os indígenas podiam expressar-se poeticamente, mas foram silenciados pela colonização, como demonstra a presença do narrador, no segundo texto.
8. (FUVEST) Teu romantismo bebo, ó minha lua, A teus raios divinos me abandono, Torno-me vaporoso. . . e só de ver-te Eu sinto os lábios meus se abrir de sono. (Álvares de Azevedo, “Luar de verão”, Lira dos vinte anos) Neste excerto, o eu-lírico parece aderir com intensidade aos temas de que fala, mas revela, de imediato, desinteresse e tédio. Essa atitude do eu-lírico manifesta a: A) ironia romântica B) tendência romântica C) melancolia romântica D) aversão dos românticos à natureza E) fuga romântica para o sonho
09. (USP) O índio, em alguns romances de José de Alencar, como Iracema e Ubirajara, é: A) retratado com objetividade, numa perspectiva rigorosa e científica. B) idealizado sobre o pano de fundo da natureza, da qual é o herói épico. C) pretexto episódico para descrição da natureza. D) visto com o desprezo do branco preconceituoso, que o considera inferior. E) representado como um primitivo feroz e de maus instintos.
TEXTO 1 TEXTO 2 Minha terra tem macieiras da Califórnia onde cantam gaturamos de Veneza. Os poetas da minha terra são pretos que vivem em torres de ametista, os sargentos do exército são monistas, cubistas, os filósofos são polacos vendendo a prestações. A gente não pode dormir com os oradores e os pernilongos. Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda. Eu morro sufocado em terra estrangeira. Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam mais de cem mil-réis a dúzia. Ai quem me dera chupar carambola de verdade e ouvir um sabiá com certidão de idade. (Murilo Mendes) lá? ah sabiá. . . papá. . . maná. . . sofá. . . sinhá. . . cá? bah (José Paulo Paes) Os textos parodiam importante poema de nossa literatura, cujo autor foi:
“Tudo vale a pena quando a alma não é pequena. ” Fernando Pessoa
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