Representao social da violncia domstica Maria de Ftima
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Representação social da violência doméstica Maria de Fátima dos Santos Rosado Marques Professora-Adjunta na UÉ/ESESJD
• Ao longo da história da humanidade, diversos acontecimentos foram alterando o entendimento da violência entre humanos. • 1º artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos exclui qualquer tipo de violência: “todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade”. • No combate à violência doméstica, o papel dos serviços de saúde é essencial.
Objetivo • Compreender a representação social da violência doméstica
Metodologia • Estudo de natureza qualitativa e quantitativa • Amostra intencional de 55 pessoas - 18 ou mais anos de idade - residentes no Distrito de Évora - aceitaram participar após esclarecimento da natureza do estudo • Recurso ao Software SPSS® e ao Software Evoc®
Recolha de dados • Instrumento composto por 4 partes distintas: 1 - caraterização sócio biográfica 2 - evocação sobre violência doméstica 3 - entrevista guião de entrevista narrativa *testemunha direta ou indireta de violência doméstica *verbete descritivo de uma situação de violência doméstica 4 - exposição do entrevistado a violência doméstica ao longo da vida e no último ano
Resultados • Caraterização socio biográfica Sexo Idade 18, 10% 16, 40% 20, 00% 18, 00% 14, 50% 16, 00% 80, 00% 14, 00% 70, 00% 12, 00% 60, 00% 10, 00% 8, 00% 50, 00% 6, 00% 40, 00% 4, 00% 30, 00% 9, 10% 5, 50% 3, 60% 1, 80% 2, 00% 74, 50% 20, 00% 12, 70% 0, 00% 20 -24 25 -29 30 -34 35 -39 40 -44 45 -49 50 -54 55 -59 60 -64 65 -69 70 -74 75 -79 25, 50% 0, 00% Masculino Feminino Média de idades 47 anos
Estado civil Quantas pessoas vivem em casa 3, 60% 12, 70% 7, 3% 1, 8% 25, 50% 23, 70% 69, 1% 34, 50% Solteiro Casado/União de facto Separado/divorciado Viúvo Uma Duas Três Quatro Cinco ou +
Situação face ao mercado laboral Habilitações académicas Mestrado Estudantes Reformado 9, 1% Licenciatura 23, 7% 12º ano Ensino Secundário (10º e 11º ano) 10, 9% 27, 3% Empregado por conta própria 1, 8% Ensino básico (3º ciclo) 7, 3% Ensino básico (2º ciclo) Empregado por conta de outrem 9, 1% Ensino básico (1º ciclo) Sabe ler ou escrever sem qualquer grau Desempregado 3, 6% 18, 1% 3, 6% 7, 3% 67, 3%
Classe social 80, 0% 70, 9% 70, 0% 60, 0% 50, 0% 40, 0% 30, 0% 25, 5% 20, 0% 10, 0% 1, 8% Baixa ou Média baixa Média alta ou Alta 1, 8% N/R
Evocação - Análise às evocações do estimulo violência doméstica com recurso ao software Evoc® 1º quadrante – núcleo central Elementos 4º quadrante – 2ª periferia f Elementos f Maus tratos 9 Tristeza 5 Agressão 8 Falta de relação 3 Agressão física 27 Vitima 4 Não devia existir 10 Divórcio 3 Desrespeito 8 Álcool 3 Medo 12 Agressão sexual 4 Dor 3 Elementos mais consensuais Elementos de natureza mais individual
Entrevista • O que pensa sobre a violência em geral? Caraterização do ato Repugnante Não associada a classes sociais Mau para ambos (vitima e agressor) Desumano Preocupante Grave problema social Condenável Frequente Não relatada por medo Sem sentido Crescente Inicio precoce Irrefletido Viola a dignidade Incompreensível Injustificável Criminoso Intolerável
Entrevista • O que pensa sobre a violência em geral? Causas da violência Consequências da violência Pessoais (pessoas incultas, desintegradas, sem respeito próprio, doentes, …) Ausência/perda (civismo, compreensão, humanidade, …) Relacionais (relações permissivas, falta de diálogo, contexto familiar, …) Sociais/culturais (crise, forma como somos educados, dificuldade em lidar com a violência, …) • • • Depressão Suicídio Medo Danos físicos e psicológicos Incapacidade para lidar com sentimentos
Entrevista • O que pensa sobre a violência em geral? Violência como forma de expressão - forma de exprimir o que sente violência como solução e saída mais fácil violência como argumento para conseguir algo forma de exercer e expressar poder último recurso forma de escape forma de vingança maneira triste de defender os pontos de vista
Entrevista narrativa • apelo a vivências diretas ou indiretas Caraterização da violência Papéis • Maioritariamente doméstica, essencialmente física e psicológica, por vezes sob o efeito do álcool • Ocorre frequentemente • Quase sempre exercida sobre a mulher • Muitas vezes na presença de crianças Dos familiares próximos (8): denunciaram, testemunharam ou tentaram ajudar Dos vizinhos (12): denunciaram, testemunharam, ajudaram ou assistiram passivamente As forças de segurança intervieram em 10 situações Os profissionais de saúde intervieram em 8 situações (31 entrevistados)
Entrevista narrativa • sem vivência anterior- partir de vinheta com noticia Classificação do ato Análise da noticia “Foge para escapar ao marido” Repugnante Mau Catastrófico Horrível Grave Inadmissível Não devia existir Das piores coisas que existem Situação extrema De difícil resolução Intolerável Beco sem saída
Entrevista narrativa • sem vivência anterior- partir de vinheta com noticia Própria Atitude da Agressor vítima Filhos Única alternativa Coerente/adequada Capacidade de denunciar Dificuldade assumir Ato de coragem Afastamento Sinalizar mais cedo Sinal de desespero Proteção dos filhos Estranho deixar os filhos
Entrevista narrativa • sem vivência anterior- partir de vinheta com noticia Vítima Consequências da violência Agressor Filhos § § § Transtornada Falta qualidade vida Medo Isolamento Afastamento do meio/casa Degradante § Punição § § Afastamento Traumático Revolta Comportamentos agressivos
Exposição a violência doméstica • ao longo da vida e no último ano Ao longo da vida No último ano • • Sim – 14 (2 homens; 2 idosas) Não – 41 • • Sim – 2 Não – 12 • Psicológica (isolada ou associada a outra) • Psicológica e financeira • Responsável: filhos e outros familiares • Responsável: cônjuge, colegas de escola, amigos
Conclusão • A violência foi considerada injustificável, intolerável e algo criminoso; • Associada frequentemente ao álcool e à necessidade de exercer poder sobre a vítima; • Um grave problema social, muitas vezes não relatada por medo ou questões culturais; • Atualmente, converteu-se num problema de saúde pública quer pelo facto em si e pela sua dimensão, quer pelas repercussões que tem sobre a saúde das vítimas aos mais diversos níveis.
Referências Bibliográficas • Lopes, M. ; Gemito, L. & Pinheiro, F. (coord. ). (2012). Violência Doméstica – Manual de Recursos para a Rede de Intervenção Integrada do Distrito de Évora: Universidade de Évora. • V Plano Nacional contra a Violência Doméstica – Resolução do Conselho de Ministros n. º 102/2013 31 de dezembro 2013, http: //dre. pt/pdf 1 sdip/2010/12/24300/0576305773. pdf • Relatório Anual de Segurança Interna 2013. www. portugal. gov. pt/pt/documentosoficiais /20140401 -rasi-2013. aspx • WHO (2013). Global and Regional Estimates of Violence Against Women: Prevalence and Health Effects of Intimate Partner Violence and Non-Partner Sexual Violence. WHO Library Cataloguing-in-Publication. ISBN 978 92 4 156462 5. Disponível em: http: //apps. who. int/iris/bitstream/10665/85239/1/9789241564625_eng. pdf
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