Operao de Aeronaves Aeroportos Trfego Areo q Companhias

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Operação de Aeronaves: ü Aeroportos ü Tráfego Aéreo q Companhias de Navegação Aérea

Operação de Aeronaves: ü Aeroportos ü Tráfego Aéreo q Companhias de Navegação Aérea

Regulação/Desregulação do Transporte Aéreo Os gestores das companhias de navegação aérea não são agentes

Regulação/Desregulação do Transporte Aéreo Os gestores das companhias de navegação aérea não são agentes livres. As suas acções são balizadas por um sem número de regras nacionais e internacionais. Regras que são, em substância, tanto económicas como não económicas, e que podem impor restrições muito importantes à respectiva liberdade de acção; A análise do alcance e do impacte de tais regras é fundamental para compreender o modo de funcionamento do transporte aéreo internacional; O estado de desenvolvimento tecnológico do sector da aviação, a necessidade de assegurar a segurança dos passageiros apesar da rapidez com que se verificou a inovação tecnológica, e a internacionalização de boa parte da indústria aeronáutica, contribuíram para introduzir neste sector de actividade, mais do que em qualquer outro, um conjunto de controlos externos cada vez mais complexos e abrangentes; sobretudo em duas áreas:

Regulação/Desregulação do Transporte Aéreo … resultantes das regras e dos padrões técnicos que assegurem

Regulação/Desregulação do Transporte Aéreo … resultantes das regras e dos padrões técnicos que assegurem níveis muito elevados de segurança nas operações de voo; … o transporte aéreo internacional é balizado por uma infinidade de regras e acordos nacionais, bilaterais e multilaterais, cujo objectivo é a regulação e o controlo económico (mas, em muitos casos, também político), da indústria aeronáutica. Controlos que, na prática, não afectam por igual todas as companhias de navegação aérea…; Quando a Convenção de Paris, em 1919, aceitou que os estados detivessem direitos soberanos sobre o espaço aéreo acima do seu território, a intervenção directa dos governos no transporte aéreo tornou-se inevitável. O espaço aéreo de cada país assumiu-se, desde logo, como um respectivo recurso natural a valorizar;

Regulação/Desregulação do Transporte Aéreo Como resultado, o livre mercado flexível do transporte aéreo dos

Regulação/Desregulação do Transporte Aéreo Como resultado, o livre mercado flexível do transporte aéreo dos primeiros anos da aviação foi sendo substituído, gradualmente, por um conjunto (incoerente) de acordos bilaterais entre países que detinham companhias aéreas e países para os quais, ou sobre os quais, tais companhias pretendiam voar; Com o decorrer dos anos, cada país foi estabelecendo uma série de acordos bilaterais com outros países, no âmbito dos serviços aéreos, precisamente com o objectivo de regularizar a operação dos serviços de transporte aéreo entre eles; Muitos acordos bilaterais reflectem atitudes proteccionistas. São medidas que visam assegurar, não só a satisfação da capacidade em cada rota, mas também que tal capacidade fosse partilhada, equitativamente, pelas transportadoras dos estados envolvidos. Alguns acordos vão mais longe e especificam quais os serviços que devem ser assegurados, complementarmente (in pool), por cada uma das empresas de navegação aérea envolvidas. Muitos dos acordos bilaterais com a Europa de Leste são bastante proteccionistas e obrigam mesmo a especificar os serviços a partilhar;

Regulação/Desregulação do Transporte Aéreo Mais recentemente, cada companhia aérea vê-se envolvida, no plano internacional,

Regulação/Desregulação do Transporte Aéreo Mais recentemente, cada companhia aérea vê-se envolvida, no plano internacional, por uma rede complexa de acordos bilaterais de serviços aéreos assinados pelos respectivos estados. Tais acordos estabelecem que destinos devem servidos e quais os direitos de tráfego que se encontram salvaguardados. Outros podem impor – ou não, controlos de capacidade. Outros ainda podem insistir nos serviços que devem ser operados em pool. São os acordos bilaterais que impõem à companhia de transporte aéreo para onde esta pode – ou não, voar, e em que condições (… para onde e como); Os acordos de pooling foram vedados às companhias aéreas dos Estados Unidos, pela legislação anti-trust norte americana. No entanto, eles surgiram como prática disseminada um pouco por todo o globo, sobretudo na Europa e no Sudeste Asiático. Os acordos de pooling cobriam uma única rota ou sector ou, na maior parte dos casos, todas as rotas entre os respectivos países operadas pelas companhias aéreas signatárias;

Regulação/Desregulação do Transporte Aéreo Nos casos em que o tráfego não justifica a intervenção

Regulação/Desregulação do Transporte Aéreo Nos casos em que o tráfego não justifica a intervenção de duas companhias aéreas pode ocorrer a chamada revenue-cost pool. Isto significa que uma única companhia de navegação aérea executa o serviço em nome de todas as outras na “pool”, mas os custos e as receitas são partilhadas entre elas num acordo previamente estabelecido; Em regra, as companhias aéreas estabelecem revenue-cost pool na qual toda a receita numa rota ou sector é partilhada pelas companhias aéreas envolvidas, na proporção da capacidade individual disponibilizada nessa mesma rota (ou sector). Numa pool entre duas companhias, em regra cada uma delas pretende metade das receitas e, consequentemente, espera satisfazer metade da capacidade; O princípio da partilha de receitas proporcionalmente à capacidade é simples de entender; no entanto, a sua aplicação prática é algo complexa; Os acordos em pool podem estender-se, de igual modo, ao sector do transporte aéreo de mercadorias;

Regulação/Desregulação do Transporte Aéreo Já na década de 60 do século passado economistas norte

Regulação/Desregulação do Transporte Aéreo Já na década de 60 do século passado economistas norte americanos (sobretudo estes, mas também muitos outros em diversas partes do globo) começaram a questionar os benefícios da regulação, argumentando em favor das vantagens da liberdade de competição no sector do transporte aéreo; As regras internacionais vigentes limitavam a liberdade de preços e a diferenciação de produtos, restringiam o aumento da capacidade e dificultavam a entrada de novos operadores no sistema. Se tais regras se tornassem mais flexíveis, o ambiente mais competitivo traria benefícios consideráveis aos clientes sob a forma de taxas mais baixas, de uma formulação de preços inovadora, e de uma maior diferenciação dos produtos; Tarifas mais baixas obrigariam as companhias aéreas a repensar a respectiva estrutura de custos e a implementar mecanismos de eficiência e de produtividade. Custos mais baixos facilitariam, por sua vez, a redução das tarifas;

Regulação/Desregulação do Transporte Aéreo Face a este cenário, algumas companhias aéreas, sobretudo as mais

Regulação/Desregulação do Transporte Aéreo Face a este cenário, algumas companhias aéreas, sobretudo as mais ineficientes, poderiam vir a ser obrigadas a abandonar determinados mercados; Os efeitos da desregulação no transporte aéreo podem ser observados com facilidade olhando para as operações sobre tlantico Norte, precisamente onde a desregulação foi pioneira, na aplicação e… na abolição; A teoria económica dos mercados em competição perfeita exige que o produto seja homogéneo e que seja fácil a entrada no mercado de novos fornecedores, sem restrições de preço ou capacidade. A teoria também exige que os consumidores tenham informação completa dos preços praticados pelos fornecedores. De modo a que se fizessem sentir os benefícios da concorrência no sector, seria necessário que os Estados Unidos e os respectivos parceiros assegurassem a disseminação daquelas práticas por todo o sector do transporte aéreo;

Regulação/Desregulação do Transporte Aéreo Criadas as condições para a livre concorrência em mercados como,

Regulação/Desregulação do Transporte Aéreo Criadas as condições para a livre concorrência em mercados como, por exemplo, o do Atlântico Norte, a teoria económica prediz então o que vai acontecer: as companhias aéreas começam por concorrer em termos de preço, mas posteriormente também de frequências, tempos de partida, serviço a bordo, destinos abrangidos, etc. ; As companhias mais ineficientes, quer em termos da fidelização de uma quota de mercado economicamente aceitável, quer porque a respectiva estrutura de custos é demasiado elevada relativamente às tarifas praticadas, acabam por acumular passivo e sair do mercado. As companhias mais eficientes de low cost permanecem no mercado, operando com tarifas ainda mais baixas do que até a momento mas, ainda assim, lucrativas. ; Na aplicação da teoria ao transporte aéreo internacional há, no entanto, um aspecto que foi subavaliado. A teoria da concorrência prevê, não só a liberdade e a facilidade de entrada mas também a mesma liberdade e facilidade de saída, de modo a que os operadores menos eficientes possam deixar o mercado aos mais eficientes;

Regulação/Desregulação do Transporte Aéreo Na prática, e em termos das rotas aéreas internacionais, os

Regulação/Desregulação do Transporte Aéreo Na prática, e em termos das rotas aéreas internacionais, os operadores menos eficientes acabam por não sair do mercado e continuam a acumular resultados negativos. Isto sucede porque muitos dos operadores, ou pertencem ao estado e conseguem obter dele um apoio directo, ou então recebem o aval do estado para a obtenção de contrapartidas financeiras junto da banca estatal; Mas… e quanto à perspectiva dos consumidores? Não há dúvida de saíram beneficiados; Enquanto no início da década de 80 do século passado a pressão da liberalização internacional e os ventos de mudança começaram nos Estados Unidos afectando, sobretudo, as operações aéreas para e da América do Norte, na segunda metade da década o foco da desregulação instalou-se na Europa.

Estrutura de Custos das Companhias Aéreas Os custos associados às operações de voo são

Estrutura de Custos das Companhias Aéreas Os custos associados às operações de voo são um input essencial para muitas decisões a levar a cabo pelas administrações das companhias de navegação aérea.

Estrutura de Custos das Companhias Aéreas

Estrutura de Custos das Companhias Aéreas

Estrutura de Custos das Companhias Aéreas Muitos items relacionados com a tecnologia de cada

Estrutura de Custos das Companhias Aéreas Muitos items relacionados com a tecnologia de cada tipo de aeronave acabam por ter um efeito directo nos custos operacionais da própria aeronave; Os items mais importantes, do ponto de vista económico, estão relacionados com o tamanho da aeronave, a sua velocidade de cruzeiro e a distância (ou o alcance) que pode vencer com a carga completa; A importância do tamanho, da velocidade e do alcance, pesados conjuntamente, determinam a produtividade horária da aeronave que, por sua vez, também influi nos custos.

Estrutura de Custos das Companhias Aéreas

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Qualidade na Aviação Muitas das variáveis que afectam os custos de uma companhia aérea

Qualidade na Aviação Muitas das variáveis que afectam os custos de uma companhia aérea estão, em regra, dependentes de escolhas e das decisões de gestão; Sobretudo da Qualidade dessa mesma gestão; A qualidade da gestão influi directamente na eficiência de uma companhia aérea; Em teoria, é a qualidade da gestão - ou a sua falta, que permite explicar diferenças de custo entre companhias aéreas que não podem ser atribuídas a variações nos custos de entrada ou no tipo de aeronaves utilizadas; Na prática, não é de esperar que a gestão das companhias aéreas seja sempre eficiente ou sempre ineficiente em todos os items abrangidos. Uma companhia pode ser eficiente, por exemplo, na gestão da tripulação, e menos eficiente no sector da manutenção. O importante é que os custos totais unitários consigam absorver as variações de desempenho nos sectores mais deficitários. Tal só e possível com uma gestão global assente na Qualidade.