Aula 7 Escola Histrica Alem Profa Dra Eliana

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Aula 7 Escola Histórica Alemã Profa. Dra. Eliana Tadeu Terci

Aula 7 Escola Histórica Alemã Profa. Dra. Eliana Tadeu Terci

Escola Histórica Alemã • Corrente Histórica – critica a desconsideração do caráter histórico das

Escola Histórica Alemã • Corrente Histórica – critica a desconsideração do caráter histórico das categorias econômicas: i) nega o emprego do método das ciências naturais: ações humanas dotadas de sentido → necessidade de um método específico → causalidade histórica ii) identificar tendências (mas não uma lei) que se originam das atitudes psicológicas dos homens em acordo com a situação histórica vivida (e não apenas pelas relações sociais e de propriedade) • Filosofia hegeliana → dupla influência: i) marxistas: interpretação materialista da dialética (materialismo histórico) ii) corrente histórica: se reporta ao idealismo objetivo hegeliano, ou seja, o “espírito coletivo” coletivo como motor do desenvolvimento histórico

Escola Histórica Alemã • Contexto histórico específico do fim das guerras napoleônicas e abdicação

Escola Histórica Alemã • Contexto histórico específico do fim das guerras napoleônicas e abdicação de Napoleão (1814) e crescimento da hegemonia inglesa sobre o comércio germânico; • Reação: Prússia passa a “desenhar” as primeiras medidas visando estimular a integração comercial entre os Estados germânicos: zollverein (1819) a unificação em 1871 • entre o frágil liberalismo burguês e a reação nobiliárquica (pensamento romântico) surge a via nacionalista: industrialização seria possível com a coordenação e liderança do Estado

Escola Histórica Alemã • O precursor – Friedrich List (1789 -1846) • Em sua

Escola Histórica Alemã • O precursor – Friedrich List (1789 -1846) • Em sua principal obra, O sistema nacional de economia política, de 1841, formulou pela primeira vez o argumento de que os países com uma indústria nascente dependem da intervenção do Estado para atingir o nível de desenvolvimento dos países que se encontram na vanguarda da industrialização. • List observou que, ao contrário do entendimento vulgar, o desenvolvimento industrial britânico e norte-americano foi resultado de uma política sistemática de proteção ao longo da história. • Crítico da teoria das vantagens comparativas de Ricardo; • Estágios de evolução dos Estados: selvagens, pastores, agrícola-manufatureiros e agrícola-manufatureiroscomerciais – dependente da ação dos Estados (195)

Escola Histórica Alemã • Velha escola histórica: histórica (Roscher, Hildebrandt e Knies: negam as

Escola Histórica Alemã • Velha escola histórica: histórica (Roscher, Hildebrandt e Knies: negam as leis econômicas: diferentemente da natureza, na sociedade não há regularidades, regularidades portanto não há teoria econômica, apenas história econômica • Nova escola histórica: se ocuparam quase que exclusivamente da História Econômica em lugar da Economia Política. (K. Buecher /Schmoller ) buscou sistematizar as contribuições da escola, desconsiderou as relações de produção e distribuição; prioridade ao alcance territorial (economia doméstica, economia urbana, regional e nacional)

Escola Histórica Alemã • Nova Escola Histórica: construir uma teoria do desenvolvimento econômico •

Escola Histórica Alemã • Nova Escola Histórica: construir uma teoria do desenvolvimento econômico • Werner Sombart (1863 -1941) e Max Weber(1864 -1920): Weber(1864 -1920) sociologia econômica = construir uma teoria do desenvolvimento do capitalismo, capitalismo retomando o conceito histórico-social da formulação marxista: marxista definem capitalismo como modo de produção → produção mercantil sob emprego de trabalho assalariado: • “É uma organização consistindo numa economia de troca, na qual cooperam, em geral, dois grupos humanos diferentes, que se encontram no mercado: os proprietários dos meios de produção, que são ao mesmo tempo dirigentes, os sujeitos da Economia; os operários, privados dessa propriedade (objetos da Economia). Trata de uma organização onde reinam os princípios do ganho e da racionalidade econômica” (Sombart) Sombart

Escola Histórica Alemã • Sombart: sistemas econômicos, distinguíveis pela natureza de 3 componentes: i)

Escola Histórica Alemã • Sombart: sistemas econômicos, distinguíveis pela natureza de 3 componentes: i) psicologia econômica (descreve princípios); ii) técnica material e iii) organização do trabalho social, • psicologia econômica determinante = atitudes psicológicas das pessoas que se dedicam a atividade econômica (valores, fins, modo de realizar etc. ) → esse espírito é a alavanca do desenvolvimento econômico Sombart o encontra na atividade econômica dos judeus que não estando influenciados pela ética cristã (hostil ao ato de ganhar dinheiro, se dedicam ao comércio e ao crédito) → motor da atitude psicológica que contribuiu para o surgimento do capitalismo. Weber (314)

Protestantismo e puritanismo na origem do capitalismo • • Weber: condições para o capitalismo:

Protestantismo e puritanismo na origem do capitalismo • • Weber: condições para o capitalismo: população? afluxo de metais (dinheiro)? do impulso do comércio (cidades comerciais)? não é suficiente o desejo do lucro – vínculos morais substituição dos valores tradicionais X iniciativa, poupança, disciplina Nasceu nas cidades industriais: empresa permanente, racional (contabilidade, técnica, direito e ideologia racional) racional (310) • ética do enfrentamento (312) que rompeu os obstáculos tradicionais que limitavam a liberdade do ganho e o desejo do lucro monetários, cuja fonte encontrou na Reforma Protestante: Protestante estado laico de Lutero, Lutero trabalho ativo e modo de vida ascético de Calvino, Calvino as bases da nova vida → puritanismo inglês é a maior expressão: espírito de iniciativa no trato econômico, vida severa e laboriosa → ↑ produção e comércio (318 -319)

Protestantismo e puritanismo na origem do capitalismo • Weber identifica esse “espírito do capitalismo”,

Protestantismo e puritanismo na origem do capitalismo • Weber identifica esse “espírito do capitalismo”, ou impulso para o enriquecimento em várias atitudes, profissões e épocas históricas, porém é no ocidente que se configura como espírito coletivo (Hegel) • Condições prévias: mercado de trabalho (apropriação dos meios de trabalho) e a contabilidade racional que viabilizaram a organização da empresa capitalista. Esse capitalismo burguês e sua organização racional do trabalho constituem seu objeto de análise

Protestantismo e puritanismo na origem do capitalismo • Ética cristã medieval: condenava a busca

Protestantismo e puritanismo na origem do capitalismo • Ética cristã medieval: condenava a busca do ganho, inclusive o apreço pelo trabalho (considerado uma condenação); pregava a contemplação e a oração como a realização humana • ética Protestante, calvinista: ü associação entre vocação e profissão (dom), ü valorização religiosa da atividade profissional e do trabalho; ü conduta ascética (renúncia ao prazer e o gozo, ao supérfluo, pompa e ostentação, desperdício e esbanjamento), esbanjamento ü valoriza o trabalho como a verdadeira forma de honrar a Deus → contabilização do tempo, desperdício de tempo é condenável: assiduidade e disciplina no trabalho são requisitos fundamentais para assegurar a conquista do paraíso.

Protestantismo e puritanismo na origem do capitalismo • toda riqueza deve ser reinvestida na

Protestantismo e puritanismo na origem do capitalismo • toda riqueza deve ser reinvestida na geração de novas formas de trabalho → tipologia do homem moderno: trabalho para criar riqueza, não para o desfrute, mas para criar novamente trabalho, contribuindo para a prosperidade da nação. • Assim, segundo Weber, as aspirações religiosas do calvinismo coadunam com as aspirações mundanas do capitalismo • Tipo ideal

Referências Bibliográficas • LANGE, O. Moderna Economia Política. São Paulo: Vértice Universitária. 1978 •

Referências Bibliográficas • LANGE, O. Moderna Economia Política. São Paulo: Vértice Universitária. 1978 • OLIVEIRA, R. ; GENNARI, A. M. História do Pensamento Econômico. São Paulo: Editora Saraiva, 2009. • WEBER, M. História Geral da Economia. São Paulo: Mestre Jou, 1968.