Transio demogrfica e transio epidemiolgica Transio demogrfica A
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Transição demográfica e transição epidemiológica
Transição demográfica A evolução de altas para baixas taxas de fecundidade e mortalidade em um país. Foi anteriormente atribuída a mudanças tecnológicas e à industrialização, mas provavelmente está mais diretamente relacionada à melhorias educacionais e de condição da mulher na sociedade. É acompanhada por mudanças na estrutura de idade da população: conquanto decrescem as taxas de nascimentos e de mortalidade, aumenta a proporção de idosos na população. Miquel Porta (Dicionário de Epidemiologia)
Transição demográfica: Envelhecimento da população Maior proporção de mulheres na população Aumento da expectativa de vida População mais urbana e mais alfabetizada
Fonte: Joseph A. Mc. Falls, Jr. Population: A Lively Introduction. Population Bulletin 46(2); 1995: 22.
Alemanha, 1996 Fonte: Joseph A. Mc. Falls, Jr. Population: A Lively Introduction. Population Bulletin 58(4); 2003: 28.
Esperança de vida por períodos Paleolítico Superior Neolítico Esperança de vida ao nascer 33 20 Idade do Bronze 18 1800 – 1200 a. C Idade do Ferro Grécia clássica Roma clássica Pré-colombianas da América do Norte Califado Islâmico Medieval 35 28 28 1200 a. C – 1000 d. C Aos 15 anos: 37 (até idade 52) Seres humanos por Época Comentário Aos 15 anos: 39 (até idade 54) 25 -30 35 + Grã-Bretanha Medieval 30 Grã-Bretanha moderna Média mundial atual 30 -45 67, 2 Aos 21 anos: 38 (até idade 59) (aristocratas britânicos) 2010 est
No Brasil: mortalidade a partir década de 1940 mortalidade infantil fertilidade a partir da década de 60 1940 a 1960: 6, 2 filhos 2000: 2, 3 filhos 1981: 6 idosos para 12 crianças 2004: 6 idosos para 5 crianças
Como resultado: Doenças infecciosas: países desenvolvidos países em desenvolvimento Indivíduos idosos: Países desenvolvidos: Em desenvolvimento: 1995 2025 10, 5% 16, 5% 3, 8% 7, 5%
No Brasil, a expectativa de vida ao nascimento: No início do século XX: 1950: 1960: 1980: 1991: 2000: 2007: 33, 7 anos 42, 3 anos 55, 9 anos 61, 7 anos 66, 0 anos 68, 6 anos 72, 5 anos
População brasileira (Censos 2000 e 2010) : mais velha mais feminina mais urbana mais alfabetizada
40% da população com menos de 15 anos de idade! Cerca de 4% da população com 65 anos ou mais.
Menos de 30% da população com menos de 15 anos de idade! Mais de 7% da população com 65 anos ou mais.
Aumento da população feminina
EVN por sexo e total, estados do Brasil 2009 (Wikipedia)
Transição epidemiológica Tem-se considerado três fases para a caracterização da mortalidade na transição demográfica: 1. a era das epidemias e da fome; 2. a era de remissão das pandemias; e 3. a era das doenças crônicas e das doenças causadas pelo homem. A mudança da 1ª para a 3ª fase tomou cerca de 100 anos nas sociedades ocidentais; foi mais rápida no Japão e em países da Europa oriental. Muitos países em desenvolvimento ainda não completaram essa transição. Miquel Porta (Dicionário de Epidemiologia)
Até o final do século XIX As principais causas de morte: doenças infecciosas Para qualquer população: Elevada proporção morria no início da infância
Desde então: Com a industrialização, ocorreram melhoras: ü nutrição, ü suprimento de água, ü condições de moradia, ü saneamento Também: ü tratamento (antibióticos) ü imunização disseminada
Estagios da Transição epidemiológica • Estágio 1: – Peste e fome (alta mortalidade e baixa esperança de vida) • Estágio 2: – controle das doenças infecciosas (diminui a mortalidade e a fecundidade) • Estágio 3: – aumento das doenças degenerativas e aquelas causadas pela ação do homem.
Transição epidemiológica no Brasil • doenças não transmissíveis • Mas as doenças transmissíveis ainda são importantes (Acumulação epidemiológica) Padrão diferente do esperado: Desigualdade em saúde tem expressão importante, sendo causada e causando este padrão epidemiológico brasileiro
Tendências da Mortalidade por Grupos de Causas BRASIL – 1930/2000
Evolução da mortalidade no Brasil Cenário Brasileiro
Processo de transição epidemiológica Heterogêneo Complexo Apresenta contradição Desigualdades: manifestam-se no espaço geográfico do país, refletindo a história social, econômica e cultural de cada região, estado ou município.
Mapa brasileiro da longevidade. ██ +75 ██ +73 ██ +71 ██ +69 ██ +67
Envelhecimento da População • O número de crianças e adolescentes de até 14 anos de idade: – 24, 7% do total da população em 2008 – 30% em 1998 (uma redução de 17, 7% em 10 anos) Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD 2008
Mortalidade Infantil • Indicador bastante sensível • Ação das melhorias de saneamento básico, vacinação (componente neonatal tardio) • Componente neonatal precoce: – atenção ao esquema de atenção pré-natal, – educação da mulher, – idade na gestação (causas diferentes em paises desenvolvidos e em desenvolvimento
• A taxa de mortalidade infantil – de 33, 56 ‰ em 1988 – para 23, 59 ‰ em 2008, ( quase 30, 0% em um prazo de 10 anos). • Menor taxa de Mortalidade infantil – 13, 1‰ Rio Grande do Sul • Mais elevada, Alagoas, com 48, 20 ‰, Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2009
Outros fatores importantes Acesso à educação e ao saneamento básico faz parte do desenvolvimento sócioeconômico e da qualidade de vida das populações
Analfabetismo em queda: 1991: 20% 2000: 14% 2004: 11, 4% 2008 : 10% Analfabetismo funcional: Brasil: 21 % Norte: 24, 2 % Nordeste: 31, 6% Sudeste : 15, 8 % Sul : 16, 2 % Centro- oeste: 19, 2 %
Aumento da escolaridade
Educação e Condições de Vida Educação - 1999 Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade Taxa de escolarização das crianças de 7 a 14 anos de idade Total Homens Mulheres Brasil 13, 3 95, 7 95, 3 96, 1 Norte 11, 6 11, 7 11, 5 95, 3 95, 7 Nordeste 26, 6 28, 7 24, 6 94, 1 93, 2 95, 0 Sudeste 7, 8 6, 8 8, 7 96, 6 96, 9 Sul 7, 8 7, 1 8, 4 96, 5 96, 7 96, 3 Centro. Oeste 10, 8 10, 5 11, 0 96, 0 95, 6 96, 4 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1999 IBGE, 2000.
Famílias por classes de rendimento médio mensal familiar - 1999 Até 2 Mais de 2 a 5 Mais de 10 a 20 Mais de Sem 20 Rendimento Brasil 27, 6 32, 2 18, 6 9, 9 5, 9 3, 5 Norte 29, 2 34, 9 17 8, 6 4, 3 5, 4 Nordeste 47, 5 29, 7 9, 2 4, 4 2, 7 4, 2 Sudeste 17, 7 32, 2 23, 5 13 7, 8 3, 1 Sul 22, 2 34, 5 21, 7 11, 3 6, 4 2, 6 Centro-Oeste 26, 7 35 17, 9 9, 2 6, 5 3, 4 Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1999 IBGE, 2000.
Renda
Educação e renda
Saneamento básico
Mortalidade proporcional por faixa etária Brasil
Mortalidade proporcional por causa básica (2004) Grupo I – Causas infecciosas/materna/perinatais/nutricionais Grupo II – Não transmissíveis Grupo III – Causas Externas Grupo IV – Mal definidas
Analisando o Brasil como um todo: Convivem doenças resultantes da pobreza extrema e males resultantes de variáveis comportamentais associadas ao mundo contemporâneo.
Importância da adoção de diferentes formas de enfrentamento, com implementação de políticas e ações de prevenção de doenças e promoção de saúde e de assistência, tratamento e reabilitação.