Dramaturgia transformaes ao longo da histria Grcia Tragdia
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Dramaturgia: transformações ao longo da história
Grécia Tragédia Comédia
Séculos seguintes: formas híbridas vão surgindo Tragicomédia Farsa Drama burguês Melodrama Peça “bem feita” Peças de agitação e propaganda Desconstruções da forma dramática
Era Burguesa �Personagens indivíduos e proprietários, logo, cidadãos. �Protagonista X antagonista; ações decorrem de escolhas �Público burguês identifica-se com personagens burgueses �Emoção empática se intensifica �Diálogos em prosa
Pré Romantismo: �Tratamento livre do tempo e do espaço �Espaço e tempo da fábula são diferentes do espaço e tempo da platéia �Cenas breves e soltas (não encadeadas por causa e efeito)
Romantismo: �Na França: grande batalha contra os cânones clássicos �Várias camadas sociais �Mistura de classes �Mistura de estilos
Naturalismo �A vida “tal qual é” não tem unidade �Eventos “normais” não se deixam captar numa ação começo, meio e fim �“Recorte” da vida �Ambiente de estagnação e modorra �“Desdramatização” �“Ánton Tchekov [1860 -1904]: “drama” apoiado na inação �Inação em foco; tédio; esvaziamento do diálogo
A estrutura formal do drama tem dificuldades crescentes para tratar dos acontecimentos da sociedade capitalista e industrializada �Enquanto forma poética do fato presente e intersubjetivo, o drama entrou em crise por volta do final do século XIX, em razão da transformação temática que substitui os membros dessa tríade conceitual por conceitos antitéticos correspondentes. (Szondi, Teoria do Drama Moderno, pg. 91) �Passado ao invés do presente �Fato lembrado e narrado ao invés de ação em andamento
Transformações observadas �O fato torna-se acessório, e o diálogo, a forma de expressão intersubjetiva, converte-se em receptáculo de reflexões monológicas. [. . . ] Com essa interiorização, o tempo presente e "real" perde o seu domínio exclusivo: passado e presente desembocam um no outro, o presente externo provoca o passado recordado. Na esfera intersubjetiva, o fato restringe-se a uma seqüência de encontros, meras balizas do verdadeiro fato: transformação interna. (Szondi, Teoria do Drama Moderno, pg. 91)
Desafios formais enfrentados para continuar a utilizar o drama �Nas peças naturalistas: tratam do proletariado e dos fatos coditianos (“fait divers”). Possuem pouca afinidade com os princípios que estruturam a ação dramática. �Nas peças de conversação: os diálogos são absolutos, mas a conversação não leva a outra coisa, não passa para a ação, e esta é a substância central do drama. �Nas peças de um só ato: a peça de um só ato partilha com o drama o seu ponto de partida, que é a situação, mas não a ação. Não há tensão a ser extraída do fato intersubjetivo, e portanto não há ação. �Nas peças de isolamento e confinamento: em situação de isolamento o dialogismo se rarefaz. Mas sem dialogismo não há drama.
“Ajustes” formais que foram sendo empregados � Expressionismo: vazio formal do eu converte-se na "deformação subjetivà' do objetivo (ou seja, do mundo). � Revista política de Erwin Piscator: a totalidade não surge mais do fato intersubjetivo, mas da montagem de cenas dramáticas e relatos cinematográficos utilizados. � Teatro épico de Brecht: narra um processo ; faz do espectador um observador; o homem é objeto de investigação; o homem é mutável e modificador; usa a técnica do estranhamento. � Montagem: palco simultâneo; simultaneidade de tempos. As diversas cenas não têm como no drama um domínio absoluto; a cada momento a luz pode abandoná-Ias e relançá-Ias na escuridão. � Drama sobre a impossibilidade do drama: Pirandello. (“Seis personagens à procura de um autor”) � Monólogo interior: suspensão momentânea do diálogo � Uso de um eu-épico como diretor de cena: no lugar da ação dramática, entra a narrativa cênica, cuja ordem é definida pelo diretor
Confinamento e existencialismo �A crise do drama na segunda metade do século XIX pode ser atribuída em grande parte às forças que tiram os homens da relação intersubjetiva, empurrando-os para o isolamento. Mas o estilo dramático, posto em questão por esse isolamento, é capaz de sobreviver a ele quando os homens isolados, aos quais corresponderia formalmente o silêncio ou o monólogo, são forçados por fatores externos a voltar ao dialogismo da relação intersubjetiva. Isso acontece na situação de confinamento, subjacente na maioria dos dramas modernos que evitaram o movimento em direção ao épico. (Szondi, Teoria do drama moderno, pg. 113)