A literatura e a crtica ao preconceito Mayara

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A literatura e a crítica ao preconceito Mayara Adamante

A literatura e a crítica ao preconceito Mayara Adamante

“Mas como ainda estamos longe de ser livres! Como ainda nos enleamos nas teias

“Mas como ainda estamos longe de ser livres! Como ainda nos enleamos nas teias dos preceitos, das regras e das leis!” Lima Barreto (“Maio”, 4/05/1911)

Literatura e racismo: uma análise sobre Monteiro Lobato e sua obra. “País de mestiços,

Literatura e racismo: uma análise sobre Monteiro Lobato e sua obra. “País de mestiços, onde branco não tem força para organizar uma Kux. Klan (sic), é país perdido para altos destinos […] Um dia se fará justiça ao Ku-Klux-Klan; tivéssemos aí uma defesa desta ordem, que mantém o negro em seu lugar, e estaríamos hoje livres da peste da imprensa carioca — mulatinho fazendo jogo do galego, e sempre demolidor porque a mestiçagem do negro destrói a capacidade construtiva”. Monteiro Lobato

É fácil verificar que o tratamento é ofensivo e depreciativo em todo o livro,

É fácil verificar que o tratamento é ofensivo e depreciativo em todo o livro, mas fica bem evidenciado quando o autor se refere à cor das mulatas, de forma depreciativa, comparando-as a uma barata descascada. Em outro trecho, é mais explícito: “A mim chega repugnar o aspecto desses negros de pele branquicenta e cabelos carapinha. Dão-me a ideia de descascados”. É conhecido o surrado argumento indulgente de que o “momento histórico” autorizava certas liberdades de que o escritor lançava mão em sua literatura infantil do período pós-escravocrata de cunho nostálgico. Porém, é necessário observar que o contexto histórico não é uma imunidade ou conformidade, como se todo contemporâneo de Stalin devesse cultivar o stalinismo, e por aí vai.

Desde o seu lançamento, Urupês foi um sucesso estrondoso: mais de 30 mil exemplares

Desde o seu lançamento, Urupês foi um sucesso estrondoso: mais de 30 mil exemplares vendidos em sucessivas edições até 1925, sendo também traduzido para o espanhol e inglês.

Machado de Assis (1839 -1908). Talvez o mais conhecido escritor negro brasileiro, dentre suas

Machado de Assis (1839 -1908). Talvez o mais conhecido escritor negro brasileiro, dentre suas obras citamos a trilogia Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1892) e Dom Casmurro (1900). Em sua poesia ocorrem referências esparsas ao negro, com o autor demonstrando preocupação em atenuar os aspectos ligados à cor negra.

João da Cruz e Souza (1861 -1898). A obra poética de Cruz e Souza

João da Cruz e Souza (1861 -1898). A obra poética de Cruz e Souza representa o ponto alto do Simbolismo brasileiro e inclui os livros Broquéis (1893), Missal (1893), Faróis (1900) e Últimos sonetos (1905).

Antônio Gonçalves Dias (1823 -1864). O tratamento do tema do negro se dilui em

Antônio Gonçalves Dias (1823 -1864). O tratamento do tema do negro se dilui em sua poesia, principalmente, quando a imagem heróica do índio é erguida como símbolo do nacionalismo brasileiro. Dentre as obras de Gonçalves Dias podemos citar: Primeiros cantos (1846), Segundos cantos e Sextilhas de Frei Antão (1849), Os Timbiras (1857).