USO DE SIG NA CARACTERIZAO DE RISCOS GEODIN
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USO DE SIG NA CARACTERIZAÇÃO DE RISCOS GEODIN MICOS EM ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE UBATUBA - SP MAURÍCIO SANTOS DE JESUS(1), CLÁUDIO JOSÉ FERREIRA (2), PEDRO CARIGNATO BASÍLIO LEAL (3). (1) Bolsista de Iniciação Científica e ex-aluno da Escola Estadual Florentina Martins Sanchez, Secretaria de Educação do Governo do Estado de São Paulo, Ubatuba, Brasil; mauriciosj 12@gmail. com (2) Orientador do projeto de pesquida e funcionário do Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo, Brasil; cferreira@igeologico. sp. gov. br (3) Coordenador do projeto de pesquida e funcionário do Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo, Brasil; pedro. leal@igeologico. sp. gov. br Palavras-chave: SIG, análise de Perigo, escorregamento de terra, Escola Segura, análise espacial. INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO A estrutura geológica do Estado de São Paulo, não é propícia a ocorrência de fenômenos geodinâmicos de grande porte, como terremotos e vulcões, no entanto, são frequentes os registros de eventos mais localizados, como inundações, escorregamentos de encostas e erosões (FERREIRA 2011, BROLLO 2011, AMARAL & GUTJAHR 2011). A análise de risco constitui método para identificação e conhecimento do problema e compreende as etapas de avaliação dos perigos potenciais e das condições de vulnerabilidade que, juntos, podem potencialmente provocar danos às pessoas, propriedades, meios de subsistência e ao meio ambiente dos quais a sociedade depende (UNISDR 2009, TOMINAGA 2009). As avaliações das situações de risco relacionadas aos equipamentos públicos escolares são raras e pontuais, carecendo uma abordagem que alie as visões regional e local do problema. Os Sistemas de Informações Geográficas (SIG), representados por um programa ou um conjunto de programas computacionais, permitem o tratamento espacial de dados vetoriais (pontos, linhas e polígonos) e matriciais (rasters, imagens) com destaque para organização, visualização, análise, predição e consulta de dados (C MARA 1996 a). No SIG, as informações são dispostas em camadas diversas, que podem ser representadas umas sobre outras e permitem uma visualização geral dos vetores e das imagens envolvidas no banco de dados. As vantagens do uso de SIG são: a) Cobrem grandes áreas a um custo relativamente baixo; b) Variedade de resoluções espaciais e escalas; c) Monitoramento espacial e temporal; d) Homogeneidade na geração de dados. Dessa forma seu uso constitui importante ferramenta para análise, planejamento e gestão da paisagem. Para avaliar a situação de perigo frente a eventos geodinâmicos de escolas do município de Ubatuba foram necessárias algumas etapas que estão descritas a seguir: 1. O banco de dados de escolas em Ubatuba é oriundo da Fase 1 do projeto (JESUS 2015). Durante a fase 2, doze escolas não foram localizadas por meio virtual, sendo necessário ir até o local da escola. Foi necessário cadastrar e adicionar as escolas de Ubatuba que não estão presentes no banco de dados Escolas_Seguras (Ubatuba) com base no banco de dados da Diretoria de Ensino de Caraguatatuba da Secretaria Estadual de Educação e também trabalho de campo para encontrar as escolas que estão com os cadastros desatualizados. Por meio da consulta em mapas topográficos, imagens, Google Earth e cadastros de endereços, delimitar as escolas em um plano de informação. Após a delimitação das escolas com polígonos é necessário exportar os mesmos em um formato compatível com o sistema de informação geográfica (SIG) que se está utilizando, no caso deste trabalho. kmz. 2. Reunião de material digital vetorial e matricial da área de estudo, incluindo: imagens do Google e ortofotos da EMPLASA (2011) de resolução 1 metro, cartas topográficas rasters nas escalas 1: 50. 000 e 1: 10. 000, declividade, excedente hídrico, densidade de drenagem. Estes dados foram obtidos do Instituto Geológico. 3. Instalação e elaboração de um banco de dados geográficos da área de interesse com o uso do programa de SIG Quantum GIS. O QGIS é um programa livre e gratuito. As atividades foram feitas tanto no laboratório de geoprocessamento do Instituto Geológico, como na própria escola em Ubatuba e em computador próprio do estudante. Ao importar os dados é importante conhecer os arquivos e os formatos deles, alguns arquivos possuem metadados de localização e referência de dados. 4. Definição e obtenção de atributos para definição de perigo geodinâmico de inundação. Os fatores de análise de perigo de inundação selecionados para delimitar e atribuir o grau de perigo aos eventos, segundo metodologia proposta por Ferreira & Rossini-Penteado (2011), são: declividade, excedente hídrico, densidade de drenagem e distância da escola até o curso d’água; todos esses fatores foram adaptados de trabalhos do Instituto Geológico (FERREIRA & ROSSINI-PENTEADO, 2014). A fórmula utilizada é: OBJETIVO Avaliar a situação de perigo frente a eventos geodinâmicos de escolas do município de Ubatuba, região do litoral norte do Estado de São Paulo. LOCALIZAÇÃO O município de Ubatuba situa-se na região do litoral norte do Estado de São Paulo, onde se localiza a Serra do Mar e planície litorânea, alia a ocorrência de eventos de deslizamento de encostas e inundações a uma ocupação, muitas vezes precária e desordenada, o que ressalta a necessidade da elaboração de pesquisas que auxiliem a articulação de políticas públicas de redução e prevenção de desastres, além de fomentar a implantação de programas de educação ambiental e auxílio técnico à população. Onde: = índice de inundação; de = declividade média das encostas (graus); dd = densidade de drenagem (m/100 m²); eh = excedente hídrico (mm); dc = distância da escola ao curso d’água (m). Regra: 1. 2. 3. 4. RESULTADOS Banco de dados Escolas_Seguras com projeto Ubatuba; Cadastro de 79 escolas de Ubatuba (Figura 09); Modelagem de perigo de inundação; Classificação dos índices de perigo de inundação: REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA AMARAL. R. ; GUTJAHR, M. R. ; Desastres Naturais. São Paulo; IG/SMA, 100 páginas. ANGUIX, A. ; DÍAZ, L. gv. SIG: A GIS desktop solution for an open SDI. Journal of Geography and Regional Planning Vol. 1(3), pp. 041 -048, May, 2008. BROLLO, M. J. ; FERREIRA, C. J. ; TOMINAGA, L. K; VEDOVELLO, R. ; FERNADES-DA-SILVA, P. C. ; ANDRADE, E. De; GUEDES, A. C. M. Situação dos desastres e riscos no Estado de São Paulo e instrumentos de gerenciamento. ABGE – 13° Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia. São Paulo, 2011. Anais, CD-ROM, 10 p. C MARA, G. ; CASANOVA, M. A. ; HEMERLY, A. S. ; MAGALHÃES, G. C. ; MEDEIROS, C. M. B. Anatomia de sistemas de informação geográfica. São José dos Campos: INPE, 1996 a. 205 p. (INPE-8094 -RPQ/716). Disponível em: <http: //urlib. net/sid. inpe. br/sergio/2004/10. 07. 13. 36>. Acesso em: 01 fev. 2012. C MARA, G. ; SOUZA, R. ; FREITAS, U. ; GARRIDO, J. SPRING: Integrating Remote Sensing and GIS with Object-Oriented Data Modelling. Computers and Graphics, v. 15, n. 6, p. 13 -22, 1996. CROPPER, S. gv. 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Genéva: United Nations International Strategy for Disaster Reduction, 2009. Disponível em: <http: //www. unisdr. org/files/ 7817_UNISDRTerminology. English. pdf>. Acesso em: 01 fev. 2012. AGRADECIMENTOS Ao Instituto Geológico; ao CNPq (Brasil ) pela bolsa de Iniciação Científica PIBIC – EM; à Escola Estadual Florentina Martins Sanchez, ao Sr. João Silvestre, e a comunidade moradora do Sertão do Perequê-Mirim.