Viroses congnitas Infeces Virais Congnitas Perinatais e Neonatais

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Viroses congênitas

Viroses congênitas

Infecções Virais Congênitas, Perinatais e Neonatais Infecções Virais Intrauterinas Rubella Cytomegalovirus (CMV) Parvovirus B

Infecções Virais Congênitas, Perinatais e Neonatais Infecções Virais Intrauterinas Rubella Cytomegalovirus (CMV) Parvovirus B 19 Zikavirus Varicella-Zoster (VZV) Enteroviruses HIV HTLV-1 Hepatitis C Hepatitis B Lassa Fever Japanese Encephalitis

Citomegalovírus (HHV-5) • Família: Herpesviridae • Subfamília: Betaherpesvirinae • Gênero: Citomegalovirus • Capsídeo icosaédrico

Citomegalovírus (HHV-5) • Família: Herpesviridae • Subfamília: Betaherpesvirinae • Gênero: Citomegalovirus • Capsídeo icosaédrico • Envelopado • DNA fita dupla linear • Infecções latentes

Epidemiologia o O CMV é o agente mais comum de infecção congênita no homem

Epidemiologia o O CMV é o agente mais comum de infecção congênita no homem o Prevalência mundial varia entre 40 e 100%

Transmissão • Pré-natal (transplacentária) • Perinatal (secreções cervicais, leite materno, transfusão de sangue) •

Transmissão • Pré-natal (transplacentária) • Perinatal (secreções cervicais, leite materno, transfusão de sangue) • Pós-natal (infância e adolescência) ü Aerosóis respiratórios ü Sexual (sêmen e secreções vaginais) ü Transplante de órgãos e hemoderivados

Patogenia Monócitos Porta de entrada orofaringe • Células mielóides (precursoras de macrófagos e CD)

Patogenia Monócitos Porta de entrada orofaringe • Células mielóides (precursoras de macrófagos e CD) • Células endoteliais (? ) Replicação local Infecção de leucócitos Disseminação • Células epiteliais (ductos gl. salivares e túbulos renais) Latência Recorrência Persistência PMNs Linfócitos T

Tropismo • Células de tecidos de origem epitelial: rins, fígado, ductos biliares, glândulas salivares,

Tropismo • Células de tecidos de origem epitelial: rins, fígado, ductos biliares, glândulas salivares, glândulas mamárias, epidídimo, epitélio intestinal, parênquima pulmonar, pâncreas, cérvice uterino. • Fibroblastos teciduais • Células musculares lisas • Células endoteliais: microvascularização do cérebro, pulmão, coração, TGI e placenta • Células neuronais

Manifestações clínicas Infecção PRIMÁRIA em IMUNOCOMPETENTE Assintomático (Crianças) Adultos Síndrome de mononucleose (PI: 30

Manifestações clínicas Infecção PRIMÁRIA em IMUNOCOMPETENTE Assintomático (Crianças) Adultos Síndrome de mononucleose (PI: 30 -40 dias) • Febre prolongada • Faringite • Aumento dos linfonodos • Mialgia • Linfocitose Diagnostico diferencial para HIV, EBV, Dengue. . .

Manifestações clínicas Infecção em IMUNOCOMPROMETIDOS • primária • reativação • reinfecção AIDS Infecção disseminada

Manifestações clínicas Infecção em IMUNOCOMPROMETIDOS • primária • reativação • reinfecção AIDS Infecção disseminada • colite • coriorretinite • pneumonia • encefalite • hepatite Transplantados • pneumonia intersticial • hepatite • rejeição do transplante

Citomegalovirose congênita Infecção primária materna Taxa de transmissão: 30 -50% ~10% sintomáticos Doença de

Citomegalovirose congênita Infecção primária materna Taxa de transmissão: 30 -50% ~10% sintomáticos Doença de inclusão citomegálica ~90% assintomáticos 15% seqüelas X Infecção recorrente materna Taxa de transmissão: 0, 2 - 1% 1% sintomáticos 99% assintomáticos 5 -10% seqüelas 20 -30% óbito 90% seqüelas 10% normal - Coriorretinite - Hepatoesplenomegalia - Petéquias e icterícia - SNC: microcefalia, calcificações, retardo no desenvolvimento - Surdez progressiva

Infecção congênita x Infecção perinatal Infecção congênita X Infecção Perinatal Petéquias Pneumonite Hepatoesplenomegalia Icterícia

Infecção congênita x Infecção perinatal Infecção congênita X Infecção Perinatal Petéquias Pneumonite Hepatoesplenomegalia Icterícia Linfadenopatia Baixo Peso Atipia linfocitária Calcificações cerebrais Coriorretinite

Diagnóstico de Citomegalovirose congênita • Vírus na urina do neonato nas 3 primeiras semanas

Diagnóstico de Citomegalovirose congênita • Vírus na urina do neonato nas 3 primeiras semanas de vida • Isolamento viral em fibroblastos humanos (MRC 5) • Shell vial • Análise histopatológica • Testes sorológicos (Ig. M no soro do neonato) Imunofluorescência Elisa

Tratamento • Ganciclovir (análogo de nucleosídeo) Apesar de não atuar nas lesões intrauterinas já

Tratamento • Ganciclovir (análogo de nucleosídeo) Apesar de não atuar nas lesões intrauterinas já estabelecidas, reduz a replicação viral no sistema nervoso central e no ouvido interno. • Foscarnet • Não podem ser utilizados por gestantes. Efeitos tóxicos!!

Prevenção e Controle o Não há prevenção para citomegalovirose congênita o Uso de sangue

Prevenção e Controle o Não há prevenção para citomegalovirose congênita o Uso de sangue e hemoderivados livres de CMV o Triagem de doadores de órgãos

Rubéola Histórico 1881 Rubéola é aceita como uma doença distinta 1941 Associada com doença

Rubéola Histórico 1881 Rubéola é aceita como uma doença distinta 1941 Associada com doença congênita (Gregg) 1961 Primeiro vírus da Rubéola isolado 1967 Teste sorológico disponível 1969 Vacina contra Rubéola disponível 2010 Erradicação da Rubéola no Brasil 2017 Certificado de erradicação: OMS

Rubéola p Família: Togaviridae Envelope (E 1 e E 2) p Gênero: Rubivirus p

Rubéola p Família: Togaviridae Envelope (E 1 e E 2) p Gênero: Rubivirus p Simetria icosaédrica , RNA sf (+), 50 -70 nm p Envelopado p Proteínas virais: C (core) E 1(envelope) E 2 (envelope) p Único sorotipo p Efeitos teratogênicos Capsídeo icosaédrico (proteína C)

Transmissão p Pós-natal n p Contato interpessoal: secreções respiratórias Transplacentária - in utero

Transmissão p Pós-natal n p Contato interpessoal: secreções respiratórias Transplacentária - in utero

Manifestações Clínicas p P. I: média de 14 dias (14 – 21) p 20

Manifestações Clínicas p P. I: média de 14 dias (14 – 21) p 20 a 50% dos casos são sub-clínicos p Período prodrômico Febre baixa, cefaléia, coriza, tosse, dor de garganta, mal-estar, anorexia linfadenopatia n p Exantema máculo-papular p Complicações transitórias: n n Sintomas articulares Mais comuns em mulheres

PATOGÊNESE o Após a entrada vírus replica no trato respiratório superior. o O vírus

PATOGÊNESE o Após a entrada vírus replica no trato respiratório superior. o O vírus se dissemina pela corrente sanguínea até o tecido linfóide, pele e órgãos. o RI celular e humoral: complexos ac-vírus (desenvolvimento do rash )

Patogenia Fase prodrômica Manifestações clássicas

Patogenia Fase prodrômica Manifestações clássicas

Rubéola congênita üO vírus da Rubéola não tem efeito citolítico nas cels do feto.

Rubéola congênita üO vírus da Rubéola não tem efeito citolítico nas cels do feto. üO vírus estabelece uma infecção persistente nas cels do feto, interferindo na divisão celular, o que resulta na malformação do coração, olhos e órgãos da audição. EFEITO ANTI-MITÓTICO ü A Rubéola congênita ocorre somente quando mulheres nãoimunes adquirem o vírus nas primeiras 12 semanas (1ºtrimestre) de gestação.

Rubéola congênita o Risco fetal diretamente associado com a idade gestacional no momento da

Rubéola congênita o Risco fetal diretamente associado com a idade gestacional no momento da infecção. . . 1º trimestre. . . o 20% de abortos espontâneos o 20% de natimortos o 20% dos infectados apresentam seqüelas congênitas graves

Síndrome da rubéola congênita o Replicação persistente na placenta: necrose do endotélio vascular, hipoplasia

Síndrome da rubéola congênita o Replicação persistente na placenta: necrose do endotélio vascular, hipoplasia e placentite → insuficiência vascular o Organogênese defeituosa Ø Ø o Retardo na divisão celular – diminuição da taxa mitótica Atrofia dos órgãos Capacidade de multiplicação não-citolítica em qualquer órgão do embrião

Síndrome da rubéola congênita p Sequelas congênitas n 1º trimestre: 65 -85% n 2º

Síndrome da rubéola congênita p Sequelas congênitas n 1º trimestre: 65 -85% n 2º trimestre: ~20% 3º trimestre: ~1% n p p p p ausência de resposta imune fetal alguma resposta imune fetal PERSISTÊNCIA Aborto Baixo peso, hepatoesplenomegalia, meningoencefalite, trombocitopenia Surdez Danos oftálmicos: catarata, cegueira, retinopatias Danos neurológicos: retardo mental, calcificações cerebrais, microcefalia Retardo no desenvolvimento Diabetes insulino dependente e autismo (? )

Diagnóstico p p Isolamento viral n Células Vero, RK 13, fibroblastos humanos n Confirmação

Diagnóstico p p Isolamento viral n Células Vero, RK 13, fibroblastos humanos n Confirmação por IF com conjugado específico Sorologia a) Elisa n Detecção de Ig. M materna ou de cordão umbilical n Detecção de Ig. G b) Inibição da hemaglutinação

Prevenção p Vacinas atenuadas n Dupla viral – Sarampo/Rubéola n Tríplice viral (MMR II

Prevenção p Vacinas atenuadas n Dupla viral – Sarampo/Rubéola n Tríplice viral (MMR II ou Trimovax) – Sarampo/Rubéola/Caxumba n 95% de soroconversão n Uso restrito para grávidas

Nanotecnologia e Vacinas

Nanotecnologia e Vacinas

Parvovírus humano B 19 • Família: Parvoviridae • Gênero: Erythrovirus • Simetria icosaédrica (23

Parvovírus humano B 19 • Família: Parvoviridae • Gênero: Erythrovirus • Simetria icosaédrica (23 nm) • Não envelopado • ss. DNA linear (-) • Único sorotipo

Transmissão o Transmissão direta (contato interpessoal) Ø Secreções nasofaríngeas o Transplacentária o Transfusão de

Transmissão o Transmissão direta (contato interpessoal) Ø Secreções nasofaríngeas o Transplacentária o Transfusão de sangue e hemoderivados

Replicação o Porta de entrada: nasofaringe o Drenagem para linfonodos locais VIREMIA Antígeno P

Replicação o Porta de entrada: nasofaringe o Drenagem para linfonodos locais VIREMIA Antígeno P Precursores eritróides Miocárdio fetal Fígado fetal Células endoteliais fetais Placenta

Manifestações clínicas (infecção pós-natal) a mic e Fas rô d o pr a tic

Manifestações clínicas (infecção pós-natal) a mic e Fas rô d o pr a tic á tem o 25 a 50% de assintomáticos o P. I: 4 a 14 dias o Eritema infeccioso n xa e e Fas n n “Slapped cheek” Exantema maculopapular

Complicações o Imunocomprometidos Ø Persistência da infecção Ø Estabelecimento de estado de anemia crônica

Complicações o Imunocomprometidos Ø Persistência da infecção Ø Estabelecimento de estado de anemia crônica Ø Aplasia de medula óssea Ø Mortalidade: 7% o Artralgia em imunocompetentes Ø Crianças: 8% Ø Adultos: 60% (mulheres) o Infecção fetal em gestantes não imunes – INFECÇÃO CONGÊNITA o Indivíduos com doenças hematológicas Ø Crise aplástica grave

Epidemiologia o Picos de incidência: fim do inverno e início da primavera o Prevalência:

Epidemiologia o Picos de incidência: fim do inverno e início da primavera o Prevalência: Ø Ø o Variável nas diferentes regiões Aumenta de acordo com a idade Surtos epidêmicos: 4 em 4 anos Ø Surto previsto para 2013/2015. . . Entrou a Zika. . .

Parvovirose congênita o Risco de infecção aguda na gravidez Ø Ø o Períodos endêmicos:

Parvovirose congênita o Risco de infecção aguda na gravidez Ø Ø o Períodos endêmicos: 1 -2% Períodos epidêmicos: > 10% Transmissão vertical: ocorre em 30 -50% Complicações fetais: 10% dos casos o Maior risco de complicações: 1° e 2° trimestres o Não causa seqüelas

Parvovirose congênita o Assintomática o Sintomática Ø Ø Ø Perda fetal Anemia fetal congênita

Parvovirose congênita o Assintomática o Sintomática Ø Ø Ø Perda fetal Anemia fetal congênita Hidropsia fetal Anemia severa Falência cardíaca Disfunção hepática Ascite Hipertensão portal

Diagnóstico Isolamento em cultura de células: difícil, produção de baixos títulos virais Fase virêmica

Diagnóstico Isolamento em cultura de células: difícil, produção de baixos títulos virais Fase virêmica (pesquisa de antígenos/genoma do vírus) Ø Elisa Ø Hibridização Ø PCR Fase pós virêmica (pesquisa de anticorpos) Ø ELISA (VP 1 e VP 2) Ig. M e Ig. G maternas Ig. M de cordão umbilical

Zikavirus Variantes: asiática (Brasil) africana americana. . . 20 cepas circulando no Brasil

Zikavirus Variantes: asiática (Brasil) africana americana. . . 20 cepas circulando no Brasil

Zikavírus Transmissão Vetor: Aedes Ø Transmissão in útero ● Foi identificada evidência de transmissão

Zikavírus Transmissão Vetor: Aedes Ø Transmissão in útero ● Foi identificada evidência de transmissão perinatal do vírus Zika durante um surto na polinésia francesa (2013/2014) ● Transfusão sanguínea ● Transmissão sexual - Transmissão oral. . Infecta as células dendríticas perto do sitio de inoculação e logo atinge gânglios linfáticos e a corrente sanguínea Ø A replicação se dá no citoplasma da célula Ø Período de incubação: 4 dias (3 a 12)

Recidivas ? ? ?

Recidivas ? ? ?

Zika nas Américas – exceto Canadá

Zika nas Américas – exceto Canadá

Diagnóstico Não há diagnóstico sorológico confiável. . ØELISA para Acs dá reação cruzada com

Diagnóstico Não há diagnóstico sorológico confiável. . ØELISA para Acs dá reação cruzada com Dengue Semelhanças filogenéticas e estruturais Em análise: mais de 30 kits em teste. . . MS aprova kit Bahia. Farma (Ig. M/Ig. G) üRT- PCR üPCR em tempo Real Vigilância epidemiológica Não!!!

Nem tão autolimitada assim. . . recidivas com aparecimento de danos neuronais. . .

Nem tão autolimitada assim. . . recidivas com aparecimento de danos neuronais. . . Persistência? Orgão reservatório? O próprio SNC? Adultos Bebês nascidos saudáveis vem apresentando perdas neuronais relacionadas à parte motora e sensorial.

2017 – 10. 380 casos (3. 200 confirmados / 5. 000 descartados) 700 mortes.

2017 – 10. 380 casos (3. 200 confirmados / 5. 000 descartados) 700 mortes. . . 70% Nordeste

Semelhanças entre Síndrome da rubéola congênita e Zika congênita • Replicação persistente na placenta:

Semelhanças entre Síndrome da rubéola congênita e Zika congênita • Replicação persistente na placenta: necrose do endotélio vascular, hipoplasia e placentite → insuficiência vascular • Organogênese defeituosa…efeito citolítico semelhante ao CMV • Retardo na divisão celular – diminuição da taxa mitótica ? ? ? • Atrofia dos órgãos

Síndrome da Zika congênita Sequelas congênitas • n 1º trimestre: 30 -50 ? %

Síndrome da Zika congênita Sequelas congênitas • n 1º trimestre: 30 -50 ? % n 2º trimestre: ? % 3º trimestre: ? % n • • ausência de resposta imune fetal alguma resposta imune fetal Morte/Sequelas Aborto espontâneo/ Natimortos Baixo peso, hepatoesplenomegalia, meningoencefalite, trombocitopenia Surdez Danos oftálmicos: catarata, cegueira, retinopatias Danos neurológicos: retardo mental, calcificações cerebrais, microcefalia Retardo no desenvolvimento Malformações articulares…. Anencefalia, hidrocefalia, microcefalia