USO RACIONAL DE ANTIBITICOS USO IRRACIONAL DE ANTIBITICOS
USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS
USO IRRACIONAL DE ANTIBIÓTICOS • infecções virais ( sarampo, catapora e 90% das infecções do trato respiratório superior ) • tratamento de estados febris de origem desconhecida, • dosagem ou freqüência incorretas, • necessidade de outras condutas simultâneas, (ex. drenagens, remoções, etc. ) , • falta de conhecimentos bacteriológicos.
ANTIBIÓTICOS DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS Ø Substâncias produzidas por várias espécies de microorganismos ( bactérias, fungos, actinomicetes) que impedem o crescimento de outros microorganismos. Exceção : sintéticos , sulfonamidas e quinolonas. Ø O conhecimento dos processos moleculares de replicações bacterianas permitiu o desenvolvimento racional de compostos que interferem no seu ciclo vital.
SUSCEPTIBILIDADE / RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS Ø Concentração do antibiótico no local da infecção deve ser suficiente para inibir o crescimento do microorganismo agressor, e não ser tóxica ao hospedeiro. Ø Quando as defesas do hospedeiro estão OK utiliza-se agentes bacteriostáticos. Ø Defesas do hospedeiro diminuídas, requerem agentes bactericidas.
RESISTÊNCIA BACTERIANA Ø Causas: § O fármaco não atinge o local de ação : • a) membrana de bactérias Gram – (substâncias polares não atravessam) • b) mutação bacteriana altera transporte ativo (ex. gentamicina até ribossomo). • c) bombas de efluxo transportam fármacos (ex. : cloranfenicol, tetraciclina, fluorquinolonas)
RESISTÊNCIA BACTERIANA Ø Causas : § O fármaco se tornou inativo para esta bactéria, (exs. : ß lactâmicos desativados por ß lactamases). § O local de ação foi modificado (exs. : baixa sensibilidade do receptor bacteriano do estafilococos na interação com meticilina). § Mutação gênica altera síntese protéica na linhagem bacteriana (ex. : estreptomicina M. tuberculosis )
PREVENÇÃO DA RESISTÊNCIA BACTERIANA § § § vacinação apropriada cateteres estéreis lavagem mãos antibióticoterapia baseada padrões locais infecção vs. colonização (cateter) profilaxia
ESCOLHA DE UM ANTIBIÓTICO Ø 3 situações freqüentes : • Terapia empírica (inicial)- quando o agente não foi identificado e existe risco na espera : escolher antibiótico de largo espectro ou associações. • Terapia racional (definitiva)- o agente agressor foi identificado : espectro estreito e atóxico. • Terapia profilática- cirurgias (CCIH ) ou contacto íntimo com a bactéria : escolher o mais indicado.
ESCOLHA DE UM ANTIBIÓTICO Ø Terapia empírica : • agente infectante não identificado: escolher fármaco seletivo, para o possível agente com base no provável diagnóstico clínico, com menor potencial tóxico ou alergênico. • recomendado em casos graves, exige profundo conhecimento dos fármacos e dos agentes infectantes mais comuns.
ESCOLHA DE UM ANTIBIÓTICO Ø Terapia racional : • Existe indicação para uso de antibiótico? Sim : • a) quadro clínico pode sugerir o microorganismo presente, • b) fazer cultura do material coletado : difusão em disco ; teste de diluições múltiplas ; absorbância.
ESCOLHA DE UM ANTIBIÓTICO Ø Terapia profilática : § pode ser usada em pessoas saudáveis para proteger de bactérias as quais foram ou serão expostas. • rifampicina para pessoas expostas a meningite meningocócica , • uso de trimetoprima + sulfametoxazol para infecções urinárias recorrentes por E. colli , (cont. )
ESCOLHA DE UM ANTIBIÓTICO Ø Terapia profilática: • risco de endocardite : imediatamente antes de procedimentos cirúrgicos em: mucosas, queimados , ou para portadores de prótese, marca-passo. ( ex. : vancomicina ) • corte cirúrgico : no ato cirúrgico- utilização discutível : (ex. : cefalosporina )
AUXÍLIO NA ESCOLHA DE UM ANTIBIÓTICO
USO DE TESTES LABORATORIAIS INDIRETOS • Leucócitos: normal 4. 500 → 10. 000 cel/mm • Neutrófilos (70% ) > imaturos / total (desvio a esquerda)= infecção bacteriana • Eosinófilos > infecções parasitárias e alergias • Linfócitos β > produção anticorpos • Linfócitos T > imunidade celular ( vírus e tumores)
TESTES DIRETOS • • Coloração Gram Culturas Imunológicos Moleculares : hibridização DNA do agente Concentração inibitória mínima Difusão em disco Detecção de fatores de resistência
SELECIONANDO O AGENTE TERAPÊUTICO Ø Fatores relacionados ao fármaco • • • gravidade da doença (via, espectro, dose) local onde a doença foi adquirida ( endemias) susceptibilidade microbiana local (resistência) outras pessoas doentes próximas(profilaxia) características e sintomas da doença (espectro)
SELECIONANDO O AGENTE TERAPÊUTICO Ø Fatores relacionados ao fármaco : • aminoglicosídeos : efeito bactericida concentração-dependente. • β lactâmicos e vancomicina : efeito bactericida AUC –tempo dependente. • clindamicina, tetraciclina e macrolídeos dependem do grau de imunidade do hospedeiro. • aminoglicosideos: infecções c/ anaerobiose
SELECIONANDO O AGENTE TERAPÊUTICO Ø Fatores relacionados ao paciente : • genéticos (acetiladores rápidos→ menores níveis de isoniazida (tuberculostático) • idade (aminoglicosideos →ototoxicidade idosos) • gravidez (tetraciclina→ alteração óssea no feto ) • lactantes (sulfonamidas → hemólise lactente) • presença de alergias ( penicilinas )
SELECIONANDO O AGENTE TERAPÊUTICO Ø Fatores relacionados ao paciente : • outras comorbidades (epilepsia→penicilina. G) • outros fármacos concomitantes (ligação a proteínas plasmáticas) • disfunções renais, circulatórias ou hepáticas (intoxicações)
SELECIONANDO O AGENTE TERAPÊUTICO Ø Outros fatores : • • toxicidade : risco/benefício custos: custo/eficiência farmacocinética penetração na área infectada.
ASSOCIAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS Ø Método experimental: determinação retirando várias amostras da cultura e comparando crescimento bacteriano associação vs. Individual → possível antagonismo ou sinergismo por adição ou por potenciação. Ø Jawetz (1952) : bacteriostáticos inibem a divisão celular e a síntese protéica, e prejudicam os efeitos dos bactericidas ; antibióticos bactericidas são geralmente sinérgicos entre si.
ASSOCIAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS Ø Indicações : • terapia empírica com causa da infecção desconhecida, • tratar infecções polimicrobianas, • aumentar atividade antimicrobiana (sinergismo) • prevenir ocorrência de resistência.
ASSOCIAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS Ø Terapia empírica : - desde que não se possa esperar resultado cultura - antibiótico de largo espectro - evitar uso prolongado e substituir logo após resultado da cultura, Ø Inconvenientes : toxicidade, resistência , superinfecção e custos desnecessários.
ASSOCIAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS Ø Tratamento de infecções polimicrobianas • infecções por dois ou mais agentes diferentes em relação a susceptibilidade antimicrobiana. • infecções por agentes aeróbicos e anaeróbicos (p. ex. abscesso cerebral e infecções genitourinárias).
ASSOCIAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS Ø Aumentar a atividade antimicrobiana pode ser útil em algumas infecções : • ß lactâmicos e aminoglicosídeos em infecções por pseudomonas aeruginosa. • penicilina e aminoglicosídeos em infecções por staphylococcus aureus. • penicilina e gentamicina no tratamento da enterococcal endocarditis.
SUPERINFECÇÃO Ø Definição : aparecimento de uma nova infecção durante o tratamento quimioterápico inicial. • remoção dos efeitos inibitórios da flora microbiana normal sobre outros microorganismos ( exs. : cândida , pseudomonas e enterobactérias). • maior efeito com agentes de amplo espectro • difícil erradicação.
FIM
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