UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JLIO DE MESQUITA FILHO Cmpus

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" Câmpus de Ilha Solteira Adubação Orgânica Discente:

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" Câmpus de Ilha Solteira Adubação Orgânica Discente: Me. José Mateus K. Santini Docente: Dr. Salatier Buzetti Ilha Solteira 2014 1

Introdução • Homem primitivo nômade Sedentário • Egito antigo: delta do rio Nilo; •

Introdução • Homem primitivo nômade Sedentário • Egito antigo: delta do rio Nilo; • Mitologia grega • Maias: milho x peixe • Chineses • Antes da era cristã • nutrimento dado pelo solo às plantas 2

Introdução • Idade média: decadência da agricultura • esgotamento dos solos • Inicio da

Introdução • Idade média: decadência da agricultura • esgotamento dos solos • Inicio da era cristã (até 1. 700) • biológica, física e química do solo • capacidade contínua e renovável do solo • adubação e diversificação de culturas "O agricultor deve cultivar plantas em beneficio da terra, pois os legumes a enriquecem” 3

Introdução • Fertilidade do solo • Século XVIII • Teoria humista • Início do

Introdução • Fertilidade do solo • Século XVIII • Teoria humista • Início do século XIX l • Noção atual de fertilidade 1842 foram consolidadas pela teoria mineralista: • Princípio da restituição A fertilidade e à capacidade do solo de fornecer 1) Fertilidade solo depende em da disponibilidade elementos nutrientes do às plantas, quantidade e de proporção solúveis no solo; adequadas, sem a presença de elementos tóxicos para o 2) A seu desenvolvimento. fertilidade do solo pode ser regenerada pela adição ao solo • desses elementos • Nutrição exclusiva mineral, não necessitando de MO para subsistência. 4

Uso de Nutrientes • Macronutrientes primario • NPK • Fósforo • Rocha fosfática e

Uso de Nutrientes • Macronutrientes primario • NPK • Fósforo • Rocha fosfática e extraída pela mineração • Nitrogênio • Extraído diretamente da natureza • subproduto da produção de petróleo e gás natural • Potássio • Exclusivamente pela extração de rochas potássicas • Aumento do consumo médio anual de 5, 2%. 5

Uso de Nutrientes 6

Uso de Nutrientes 6

Uso de Nutrientes • Teoria populacional malthusiana • A população crescia em progressão geométrica,

Uso de Nutrientes • Teoria populacional malthusiana • A população crescia em progressão geométrica, enquanto que a produção de alimentos crescia em progressão aritmética. • Malthus concluiu que inevitavelmente a fome ou predadores seriam uma realidade caso não houvesse um controle imediato da natalidade 7

Uso de Nutrientes • Teoria populacional malthusiana • A solução defendida por Malthus seria:

Uso de Nutrientes • Teoria populacional malthusiana • A solução defendida por Malthus seria: • A sujeição moral de retardar o casamento • Ter somente o número de filhos que se pudesse sustentar • A prática da castidade antes do casamento 8

Matéria Orgânica do Solo Componentes do Solo Água 25% 45% Ar Minerais MO 25%

Matéria Orgânica do Solo Componentes do Solo Água 25% 45% Ar Minerais MO 25% CHONPS C: 58% H: 6% O: 33% N: 1% P: 1% S: 1% 5% 9

Matéria Orgânica do Solo • Material Orgânico • Substância ou material de origem vegetal

Matéria Orgânica do Solo • Material Orgânico • Substância ou material de origem vegetal ou animal existente no solo independente do seu grau de decomposição. • Matéria Orgânica • Fração da matéria orgânica em seu mais alto grau de transformação • Vivente e não vivente 10

Matéria Orgânica do Solo • MOS Viva • Associado às células de organismos vivos

Matéria Orgânica do Solo • MOS Viva • Associado às células de organismos vivos (Drenos), mas possuem potencial de mineralização (Fonte) • < 4% do COT do solo • Raízes (5 -10%); Macrorganismos (15 -30%); Microrganismos (60 -80%). • MOS Não-Vivente • Em média 98% do COT • Macrorgânica (3 -20%); • Húmus (80 -97%) • Substancia Húmicas (70%); não húmicas (30%) COT X MOS 11

Matéria Orgânica do Solo Rotas de Formação de das Substancias Húmicas 1. Produtos residuais

Matéria Orgânica do Solo Rotas de Formação de das Substancias Húmicas 1. Produtos residuais da Lignina. Acreditavam-se que a Lig seria incompletamente degradada pelos microrganismos 2. Considera que a Lig é degradada pelos Microrganismos, liberando Ac. e Aldeídos fenólicos, sendo convertidos para quinonas se polimerizando. 3. Semelhante a rota 2, mas considera-se que os polifenois não são produtos somente de lig. 4. Redução de açucares e aminoácidos de resíduos do metabolismo microbiano, que passa pela polimerização não enzimática (reação de Maillard) 12

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada pela MOS • Físicas • Agregação • Retenção

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada pela MOS • Físicas • Agregação • Retenção de água • Químicas • Poder Tampão • CTC • Complexação de Metais • Biológicas • Reserva Metabólica de energia • Compartimentos e Decomposição de Nutrientes 13

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada (Físicas) • As principais vantagens no sistema de

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada (Físicas) • As principais vantagens no sistema de cultivo: Biomassa de cobertura Biomassa radicular MO no solo Agregados > 2 mm Estabilidade de agregados Macroporosidade Massa específica do solo Retenção de água Permeabilidade Perda de solo Atividade biológica Plantas daninhas Herbicidas pós-emergentes Banco de sementes 14

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada (Físicas) Principais fatores que influenciam a agregação do

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada (Físicas) Principais fatores que influenciam a agregação do solo. 15

Matéria Orgânica do Solo Da (g/cm 3) Propriedades influenciada (Físicas) galinha bovino eqüino Esterco

Matéria Orgânica do Solo Da (g/cm 3) Propriedades influenciada (Físicas) galinha bovino eqüino Esterco % adicionado Doses de esterco e sua influência na densidade aparente do solo (Hafez, 1989)16

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada (Físicas) 17

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada (Físicas) 17

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada (Físicas) Modelo esquemático de agregados resultante da ação

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada (Físicas) Modelo esquemático de agregados resultante da ação de materiais orgânicos, vegetais, microbianos e inorgânicos. 18

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada (Químicas) • Fornecimento de nutrientes • Macronutrientes e

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada (Químicas) • Fornecimento de nutrientes • Macronutrientes e micronutrientes • Liberação gradual de nutrientes • Aumento da CTC do solo • Complexação de Metais 19

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada (Químicas) Capacidade de troca catiônica do húmus e

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada (Químicas) Capacidade de troca catiônica do húmus e de outros constituintes do solo. Solos Argilosos: 30 a 40% da CTC total Solos Arenosos: 50 a 60% da CTC total 20

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada (Químicas) Formas e quantidades de N no solo:

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada (Químicas) Formas e quantidades de N no solo: 1 - 10% 90 - 99% 21

Matéria Orgânica do Solo Composição dos fertilizantes e resíduos orgânicos de origem animal, vegetal

Matéria Orgânica do Solo Composição dos fertilizantes e resíduos orgânicos de origem animal, vegetal e agroindustrial (elementos na matéria seca) 1 kg de esterco bovino possui 0, 015 g de B Para 2 kg de B, será necessário: 1 kg – 0, 015 g de B x kg – 2000 g de B X = 133 Mg de Esterco bovino seco Trani e Trani (2011)22

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada (Biológicas) • M. O: fonte de C, energia

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada (Biológicas) • M. O: fonte de C, energia e nutrientes para macrorganismos (formigas, minhocas, besouros e lesmas etc) e microrganismos (bactérias, vírus, protozoários e actniomicetos) • Promovem a decomposição • Mineralização e imobilização: simultaneamente, microrganismos, dependentes da relação C/N do substrato • Estruturação do solo 23

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada (Biológicas) Generalizações sobre as relações por unidade de

Matéria Orgânica do Solo Propriedades influenciada (Biológicas) Generalizações sobre as relações por unidade de N, P e S na matéria orgânica e disponibilidade de nutrientes no solo (Stevenson, 1986) Materiais incorporados ao solo promoverá déficit de N (5 a 20 kg de N por Mg de resíduo) a)Incorporar os resíduos até 60 dias antes do plantio; b) Adicionar fertilizantes N para que os microrganismos os utilize e depois os libere; c)Fazer compostagem do material. 24

Efeito da MOS nas propriedades do solo PRODUTIVIDADE = F 1 + F 2

Efeito da MOS nas propriedades do solo PRODUTIVIDADE = F 1 + F 2 + F 3 PRODUTIVIDADE CONDIÇÕES QUÍMICAS FATORES TERCIÁRIOS CONDIÇÕES FÍSICAS FATORES SECUNDÁRIOS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS FATORES PRIMÁRIOS 25

Matéria Orgânica do Solo • Com perder MOS? • Preparo do solo: intensidade de

Matéria Orgânica do Solo • Com perder MOS? • Preparo do solo: intensidade de revolvimento • Temperatura; Umidade; Ruptura de agregados; Aeração; fracionamento e incorporação de resíduos e cobertura do solo. • Como adicionar MOS? • Sistemas conservacionistas • Implantação de pastagens; Redução do revolvimento do solo (CM, PD); Adoção de sistemas de rotação/sucessão de cultura; Retornos dos resíduos que voltam ao solo; 26

Matéria Orgânica do Solo Preservação da MOS: COMBINAÇÃO DE TÉCNICAS: • Conservação do solo

Matéria Orgânica do Solo Preservação da MOS: COMBINAÇÃO DE TÉCNICAS: • Conservação do solo e da água; • Adubação verde; • Rotação de Culturas; • Consorciação de culturas; • Manejo adequado dos restos culturais; Cultivo mínimo e/ou plantio direto; Adubação orgânica. 27

Matéria Orgânica do Solo Comportamento da MOS em monocultivo (Vegetação natural) 28

Matéria Orgânica do Solo Comportamento da MOS em monocultivo (Vegetação natural) 28

Matéria Orgânica do Solo Comportamento da MOS em diferentes sistemas 29

Matéria Orgânica do Solo Comportamento da MOS em diferentes sistemas 29

Matéria Orgânica do Solo Estoques de carbono orgânico total (COT) de um Latossolo Amarelo

Matéria Orgânica do Solo Estoques de carbono orgânico total (COT) de um Latossolo Amarelo sob cinco sistemas de manejo, em quatro profundidades e dois períodos de coleta: A, período chuvoso; e B, período seco. ( Campos et al. , 2013) 30

Matéria Orgânica do Solo Índice de humificação de um Latossolo Amarelo sob cinco diferentes

Matéria Orgânica do Solo Índice de humificação de um Latossolo Amarelo sob cinco diferentes sistemas de manejo, em duas profundidades e dois períodos de coleta: A, período chuvoso; e B, período seco. ( Campos et al. , 2013) 31

Matéria Orgânica do Solo Teores das frações de huminas (HUM), em Latossolo Amarelo sob

Matéria Orgânica do Solo Teores das frações de huminas (HUM), em Latossolo Amarelo sob cinco sistemas de manejo, em dois períodos de coleta (chuvoso e seco) e quatro profundidades ( Campos et al. , 2013) 32

Fertilizantes Orgânicos • Os produtos de origem animal ou vegetal assim classificados: • fertilizante

Fertilizantes Orgânicos • Os produtos de origem animal ou vegetal assim classificados: • fertilizante orgânico simples; • Produto natural de origem vegetal ou animal. • Fertilizante orgânico misto; • Produto de natureza orgânica, resultante da mistura de dois ou mais fertilizantes orgânicos simples. • fertilizante organomineral. • Produto resultante da mistura física ou combinação de fertilizantes minerais e orgânicos. Instrução Normativa SDA/MAPA 25/2009 33

Adubos orgânicos x mineral • Orgânicos: • Baixo teor de nutrientes; • 10 –

Adubos orgânicos x mineral • Orgânicos: • Baixo teor de nutrientes; • 10 – 20% dos nutrientes • Alta dosagem • Efeitos de amplo espectro, indo muito além da ação puramente química dos Adubos Químicos. 34

Adubos orgânicos x mineral • Custos: • Altos preços/unidade de elemento (N, P, K,

Adubos orgânicos x mineral • Custos: • Altos preços/unidade de elemento (N, P, K, etc. ) • Alta custo de aplicação • Substituição pelos adubos químicos; • Uso para alimentação animal (Torta de Algodão) • Tempo de aplicação • deve ser feita a longo prazo pois nunca manifestam de uma hora para outra. 35

Fertilizantes Orgânicos 36

Fertilizantes Orgânicos 36

Fertilizantes Orgânicos • São classificados de acordo com as matérias-primas utilizadas na sua produção:

Fertilizantes Orgânicos • São classificados de acordo com as matérias-primas utilizadas na sua produção: • Classe “A” • Utiliza matéria-prima de origem vegetal, animal ou de processamentos da agroindústria; • Não sejam utilizados, no processo, metais pesados tóxicos. • Classe “B” • Utiliza matéria-prima oriunda de processamento da atividade industrial ou da agroindústria; • Metais pesados tóxicos, elementos ou compostos orgânicos sintéticos potencialmente tóxicos são utilizados no processo. Instrução Normativa SDA/MAPA 25/2009 37

Fertilizantes Orgânicos • São classificados de acordo com as matérias-primas utilizadas na sua produção:

Fertilizantes Orgânicos • São classificados de acordo com as matérias-primas utilizadas na sua produção: • Classe “C” • Utiliza qualquer quantidade de matéria-prima oriunda de lixo domiciliar • Classe “D” • Utiliza qualquer quantidade de matéria-prima oriunda do tratamento de despejos sanitários Instrução Normativa SDA/MAPA 25/2009 38

Fertilizantes Orgânicos • Somente poderão ser comercializados para consumidores finais, mediante recomendação técnica firmada

Fertilizantes Orgânicos • Somente poderão ser comercializados para consumidores finais, mediante recomendação técnica firmada por engenheiro agrônomo ou engenheiro florestal. • Os fertilizantes orgânicos das classes "C" e "D“; e • Os fertilizantes orgânicos das classes "A" e "B", que utilizem esterco suíno como matéria-prima Instrução Normativa SDA/MAPA 25/2009 39

Fertilizantes Orgânicos Restrições de uso • Classe "D“ • Aplicação somente através de equipamentos

Fertilizantes Orgânicos Restrições de uso • Classe "D“ • Aplicação somente através de equipamentos mecanizados. • Durante o manuseio e aplicação, deverão ser utilizados equipamentos deproteção individual (EPI). • Uso proibido em pastagens e cultivo de olerícolas, tubérculos e raízes, e culturas inundadas, bem como as demais culturas cuja parte comestível entre em contato com o solo. Instrução Normativa SDA/MAPA 25/2009 40

Fertilizantes Orgânicos Restrições de uso • Cama de aves; esterco de aves ou de

Fertilizantes Orgânicos Restrições de uso • Cama de aves; esterco de aves ou de suínos • Uso permitido em pastagens e capineiras apenas com incorporação ao solo. • No caso de pastagens, permitir o pastoreio somente após 40 dias depois da incorporação do fertilizante ao solo. • Uso proibido na alimentação de ruminantes, armazenar em local protegido do acesso desses animais. Instrução Normativa SDA/MAPA 25/2009 41

Fontes Orgânicas 42

Fontes Orgânicas 42

Origem animal • Mais conhecido é o esterco • Formado por excrementos sólidos e

Origem animal • Mais conhecido é o esterco • Formado por excrementos sólidos e líquidos animais; • Pode-se mistura-lo com restos vegetais; • Composição químicas é muito variada; • São bons fornecedores de nutrientes, tendo o fósforo e o potássio rápidamente disponível e o N fica na dependência da degradação dos compostos; • Inconveniente: sementes de plantas daninhas. 43

Origem animal • Quantidades utilizadas em área total • Esterco de curral e Composto:

Origem animal • Quantidades utilizadas em área total • Esterco de curral e Composto: 20 a 40 t/ha • Esterco de Galinha: 2 a 5 t/ha • Chorume: 30 a 900 m 3/ha Doses de estercos para aplicação localizada e em cova Esterco Curral Galinha Localizada Cova Grão Hortaliça 10 - 20 t/ha 30 - 50 t/ha 10 - 20 l/cova 2 - 3 t/ha 5 - 10 l/cova 44

Origem animal 45

Origem animal 45

Atingir o patamar de produtividade alcançado com uso de fertilizantes minerais via adubação orgânica:

Atingir o patamar de produtividade alcançado com uso de fertilizantes minerais via adubação orgânica: uma expectativa irreal? • • Uso de adubação mineral (Brasil, 2006) 2. 428. 300 t de N 3. 350. 000 t de P 2 O 5 3. 464. 800 t de K 2 O • 9. 243. 300 t (N + P 2 O 5 + K 2 O) • Fertilizantes entregues ao Consumidor Final (ANDA, 2013) • 23. 741. 758 Mg 46

Atingir o patamar de produtividade alcançado com uso de fertilizantes minerais via adubação orgânica:

Atingir o patamar de produtividade alcançado com uso de fertilizantes minerais via adubação orgânica: uma expectativa irreal? • Em um sistema de produção, hipotética: • Um bovino adulto (400 kg) produz, diariamente, 28 -32 kg de fezes. • Brasil: 211 milhões de cabeças - 28 kg/dia/cabeça • 5, 9 x 106 Mg de esterco bovino por dia • 2, 2 x 109 Mg de esterco bovino por ano • 3, 0 x 108 Mg de MS esterco bovino por ano Esterco bovino fresco 1, 6% de N 1, 6% de P 2 O 5 1, 8% de K 2 O Trani e Trani (2011) 47

Atingir o patamar de produtividade alcançado com uso de fertilizantes minerais via adubação orgânica:

Atingir o patamar de produtividade alcançado com uso de fertilizantes minerais via adubação orgânica: uma expectativa irreal? • Portanto: → 3, 0 x 108 x 0, 016 N = 4, 8 x 106 Mg de N → 3, 0 x 108 x 0, 016 P 2 O 5 = 4, 8 x 106 Mg de P 2 O 5 → 3, 0 x 108 x 0, 018 K 2 O = 3, 3 x 107 Mg de K 2 O Uso anual 3, 5 x 106 Mg de K 2 O 2, 4 x 106 Mg de N 1, 4 x 106 Mg de P 2 O 5 2, 9 x 107 Mg de K 2 O Balanço 3, 4 x 106 Mg de P 2 O 5 Uso anual MINERAL 2, 4 x 106 Mg de N ORG NICA • (2, 11 x 108 cabeças) x 0, 028 Mg x 365 dias x 0, 14 umidade = 3, 0 x 108 Mg 48

Atingir o patamar de produtividade alcançado com uso de fertilizantes minerais via adubação orgânica:

Atingir o patamar de produtividade alcançado com uso de fertilizantes minerais via adubação orgânica: uma expectativa irreal? • 1 bovino produzindo 28 kg (3, 92 kg de MS) de esterco com 1, 6 % de P 2 O 5 • 0, 06272 kg de P 2 O 5 por dia • 22, 89 kg de P 2 O 5 por ano Uso atual 3, 4 x 109 kg de P 2 O 5 • 3, 4 x 109 kg de P 2 O 5 ÷ 22, 89 kg de P 2 O 5 por ano/bovino • 148. 536. 478 vacas; ou • 70% do total de bovinos brasileiros 49

Origem Vegetal • Provenientes da grande a quantidade de restos vegetais remanescentes que sobra

Origem Vegetal • Provenientes da grande a quantidade de restos vegetais remanescentes que sobra após as safras. • O arroz e o trigo deixam de 30 a 35%, e o algodão, cana, milho cerca de 50 a 80% da massa original em forma de resíduo orgânico; • Vinhaça e tortas; • Material de descarte de industrias de processamento. • O uso como fornecedor de nutrientes, depende basicamente do material empregado em seu preparo. 50

Origem Vegetal Resíduos da Agroindústria sucroalcooleira • Vinhaça: • Resíduo das destilarias de álcool.

Origem Vegetal Resíduos da Agroindústria sucroalcooleira • Vinhaça: • Resíduo das destilarias de álcool. • Rica em K e possui teores relativamente elevados de outros elementos. • A vinhaça contém ainda N, S, MO e alguns micros. • A composição desse resíduo é muito variável. • A maioria das aplicações vem sendo feita in natura, em quantidades que variam de 50 a 200 m 3 ha-1. 51

Origem Vegetal Resíduos da Agroindústria sucroalcooleira • Vinhaça: • Resíduo das destilarias de álcool

Origem Vegetal Resíduos da Agroindústria sucroalcooleira • Vinhaça: • Resíduo das destilarias de álcool ou da aguardente; • 1 Mg de cana moída: 800 L de vinhaça; • Rica em K e N, e possui teores relativamente bons de outros elementos. • A vinhaça contém ainda N, S, MO e alguns micros. • A composição desse resíduo é muito variável. • A maioria das aplicações vem sendo feita in natura, em quantidades que variam de 50 a 200 m 3 ha-1. 52

Origem Vegetal Resíduos da Agroindústria sucroalcooleira Composição química da vinhaça Nutrientes N P 2

Origem Vegetal Resíduos da Agroindústria sucroalcooleira Composição química da vinhaça Nutrientes N P 2 O 5 K 2 O Ca. O Mg. O SO 4 MO kg m-3 0, 33 - 0, 47 0, 09 - 0, 61 2, 10 - 3, 40 0, 57 - 1, 46 0, 33 - 0, 58 1, 5 19, 1 - 45, 1 ppm Cu 2 - 57 Zn 3 - 57 C/N 15 Fonte : Adaptado de Korndörfer & Anderson (1997) 53

Origem Vegetal Resíduos da Agroindústria sucroalcooleira 54

Origem Vegetal Resíduos da Agroindústria sucroalcooleira 54

Origem Vegetal Resíduos da Agroindústria sucroalcooleira • Torta de Filtro: • Resíduo da indústria

Origem Vegetal Resíduos da Agroindústria sucroalcooleira • Torta de Filtro: • Resíduo da indústria açucareira oriundo da filtração a vácuo do lodo retido nos clarificadores. • Cada tonelada de cana moída rende em torno de 40 kg. • A torta é rica em P, Ca, Cu, Zn, Fe e possui relação C/N muito elevada, podendo diminuir a disponibilidade de N no solo. • É deficiente em potássio, o que sugere a combinação deste resíduo com a vinhaça. 55

Origem Vegetal Resíduos da Agroindústria • Tortas de Filtro: • ALGODÃO, SOJA, MAMONA, CANA-DE-AÇUCAR,

Origem Vegetal Resíduos da Agroindústria • Tortas de Filtro: • ALGODÃO, SOJA, MAMONA, CANA-DE-AÇUCAR, . . . • Composição muito variável: • Celulósicos, lenhosos - N (5 a 20 g kg-1), • Proteicos – N (30 a 50 g kg-1); • P e K invariáveis (5 a 20 g kg-1) • Industrialização da cana: • bagaço – bagacilho – torta de filtro (40 kg/t de cana moída) • Oleaginosas • Algodão, soja, mamona, girassol, amendoim. Competição: adubo x ração 56

Fertilizantes Orgânicos • Composto: Composto é o produto homogêneo obtido através de processo biológico,

Fertilizantes Orgânicos • Composto: Composto é o produto homogêneo obtido através de processo biológico, pelo qual a matéria orgânica existente nos resíduos é convertida em outra, mais estável, pela ação principalmente de microrganismos já presentes no próprio resíduo, ou adicionados por meio de inoculantes. • De origem de restos agrícolas, esterco ou resíduos domiciliares ou provenientes de industrias de alimentos. • Separadamente ou combinados. 57

Compostagem Alterações no material orgânico cru decorrentes da ação de microrganismos, até a formação

Compostagem Alterações no material orgânico cru decorrentes da ação de microrganismos, até a formação de húmus ou composto (adaptado de Hirscheysdt et al. , 1982). Fonte: TEDESCO et al. (1999). 58

Biodigestores • Biodigestores são equipamentos que possibilitam o reaproveitamento de detritos para gerar gás

Biodigestores • Biodigestores são equipamentos que possibilitam o reaproveitamento de detritos para gerar gás e adubo. • Os biofertilizantes são considerados excelentes adubos orgânicos. • Possui composição muito variável. • Evitar materiais contaminados, em vista, que se o material primário conter alta concentração, o produto final terá concentração ainda maior. 59

Vermicomposto • Composto x vermicomposto • Fertilizante orgânico produzido por processo de decomposição aeróbica

Vermicomposto • Composto x vermicomposto • Fertilizante orgânico produzido por processo de decomposição aeróbica • Primeira fase: Estão envolvidos fungos e bactérias; • Segunda fase: ocorre também atuação das minhocas. • Quando aplicado ao solo, o vermicomposto provoca benefícios físicos e químicos (Harris et al. , 1990). • Além do aspecto físico, as excreções contém nutrientes essenciais às plantas numa forma mais disponível, especialmente o nitrogênio (Sharpley & Syers, 1976). 60

Vermicomposto • Possui a taxa de mineralização de N maior, a liberação é mais

Vermicomposto • Possui a taxa de mineralização de N maior, a liberação é mais lenta e gradual. • Reduz perdas por lixiviação (Harris et al. , 1990). • Possui teor de N quase 5 x maior que antes de passar pelo seu trato digestivo, enquanto o P é 7, o potássio é 11 e o magnésio é 3 vezes maior (Kiehl, 1985). • Constituem um excelente substrato para um desenvolvimento exuberante da microfauna do solo (Longo, 1992). 61

Vermicomposto Caracterização química do esterco bovino e do húmus de minhoca (Oliveira et al.

Vermicomposto Caracterização química do esterco bovino e do húmus de minhoca (Oliveira et al. , 2001) P K kg Mg-1 de MS Esterco bovino 8, 82 1, 84 4, 94 Húmus de minhoca 14, 05 5, 1 9, 29 Relação HM/EB 1, 59 2, 77 1, 88 Nutrientes N MO g dm-3 182 403 2, 21 C/N 10 7 0, 70 62

Vermicomposto • Pode ser empregado em contato direto com as raízes; • Promove a

Vermicomposto • Pode ser empregado em contato direto com as raízes; • Promove a correção do solo; • Atuação permanente e duradoura após sua utilização; • Retém melhor seus elementos, liberando-os de modo gradual; • Recomendação • É preferível utilizar doses menores e constantes; • Nas atividades agrícolas, utiliza-se em média, 30 t/ha, a lanço. Quando em cova, essas quantidades variam de 4 a 5 L por cultura. 63

Produção do composto orgânico • Etapas da produção 1. Separar e preparar os materiais

Produção do composto orgânico • Etapas da produção 1. Separar e preparar os materiais que serão utilizados e escolher um local apropriado para ser feito o composto. 2. Fazer o amontoa desses materiais. 3. Deve-se molhar o monte após cada camada, mantendo a umidade em torno de 60%, e depois 1 vez por semana; 4. Depois que a meda estiver pronta deve-se cobri-la. 5. Revolver a meda semanalmente durante o primeiro mês, e depois a cada 15 dias. 6. Fazer o acompanhamento da temperatura. 7. Utilizar por volta dos noventa dias • Cheiro de terra; friável ao apertado nas mãos; e apresenta temperatura ambiente. (SILVA, 2008) 64

Produção do composto orgânico Local de compostagem • Local Limpo e ligeiramente inclinado •

Produção do composto orgânico Local de compostagem • Local Limpo e ligeiramente inclinado • Área suficiente para montagem e revolvimento • Dimensionamento (ex. ) • Resíduos 2. 000 kg mês-1 • Densidade 450 kg m-3 • Utilizando uma leira triangular com 1, 5 m de altura e 3 m de largura. • Tem-se: • Área de seção reta: 2, 25 m² • Volume da leira de compostagem: 4, 4 m³ • Comprimento da leira: 1, 97 m 1, 5 x 3 x 2 m (SILVA, 2008) 65

Produção do composto orgânico Formatos das leiras de compostagem (SILVA, 2008) 66

Produção do composto orgânico Formatos das leiras de compostagem (SILVA, 2008) 66

Produção do composto orgânico Teor de umidade e aeração • Umidade • Para se

Produção do composto orgânico Teor de umidade e aeração • Umidade • Para se compostar resíduos a leira deve estar sempre úmida, pois as bactérias necessitam de água para que tenham uma atividade potencializada; • Umidade deve estar em torno de 30% a 70 %. • >70% reduz aeração • De forma prática, apertar um pouco do material, e observar pouco liquido se vertendo • Aeração • É necessário que haja espaços vazios para que o ar possa penetrar • Evitar montas altas • Revolvimento das medas (SILVA, 2008) 67

Produção do composto orgânico A relação C/N • No início da compostagem, a relação

Produção do composto orgânico A relação C/N • No início da compostagem, a relação C/N ideal é a de 30/1, • Nesta condição os microorganismos responsáveis pela fermentação do material orgânico se comportam de maneira ideal para a compostagem da matéria prima. • Na fase final ainda possui N suficiente. (SILVA, 2008) 68

Produção do composto orgânico Temperatura • O trabalho dos microrganismos para promover a decomposição

Produção do composto orgânico Temperatura • O trabalho dos microrganismos para promover a decomposição da matéria orgânica resulta na liberação de calor. • A melhor faixa de temperatura é de 60 a 70ºC • Contribui para a esterilização do material. • Constatação prática • Utilizar uma barra de ferro de 90 cm, sendo que, 50 cm ficará dentro da meda. • Nos 40 cm, deverá ficar quente, sem ter a necessidade de retirar a mão. • Não utilizar a técnica nos 20 primeiros dias. (SILVA, 2008) 69

Produção do composto orgânico Cobertura da meda • Em usinas de compostagem, muitas vezes

Produção do composto orgânico Cobertura da meda • Em usinas de compostagem, muitas vezes o composto é feito em galpões cobertos, mas em propriedades a realidade é outra. • Utilizar para cobrir as medas: • Capim ou palha seca para atenuar os efeitos do sol e da chuva. • Propriedades mais tecnificadas pode optar por estruturas rígidas. (SILVA, 2008) 70

Produção do composto orgânico Maturação do composto • A maturação do composto é subdividida

Produção do composto orgânico Maturação do composto • A maturação do composto é subdividida três subfases que são: • Fitotóxica: • Uso do N do solo - 15 a 20 dias • Bioestabilização ou semi-cura: • Relação C/N deve estar de 18/1, p. H 6, 0 • Humificação ou cura: • O composto já está totalmente estabilizado • Apresenta boas propriedades químicas, físicas e biológicas. • Relação C/N deve estar de < 18/1, p. H > 7, 0 (SILVA, 2008) 71

Produção do composto orgânico Sistemas de mistura • Não havendo informações técnicas • Geralmente

Produção do composto orgânico Sistemas de mistura • Não havendo informações técnicas • Geralmente as pilhas de composto são feitas utilizandose 3 a 4 partes de resíduo fibroso para 1 parte de esterco fresco. • Quando se dispõe das informações necessárias (teores de nitrogênio e carbono) • Calcula-se a quantidade das partes, fazendo-se o uso da seguinte fórmula: 72

Produção do composto orgânico Sistemas de mistura Exemplificando uma mistura com bagaço de cana

Produção do composto orgânico Sistemas de mistura Exemplificando uma mistura com bagaço de cana e esterco bovino, teremos a seguinte situação: Correção para C%: MO/1, 72 Assim sendo: C%: Esterco bovino 36, 11%; e Bagaço de cana 41, 53% 73

Produção do composto orgânico Sistemas de mistura 3, 27 – 100 % 2, 27

Produção do composto orgânico Sistemas de mistura 3, 27 – 100 % 2, 27 – X = 69% de bagaço de cana para 31% de esterco • Adicionando 3% de fosfato natural, teremos: • 66% de Bagaço; 31% de esterco; e 3% de fosfato natural Carbono orgânico, N e Relação C/N do composto 74

Produção do composto orgânico 75

Produção do composto orgânico 75

Produção do composto orgânico 76

Produção do composto orgânico 76

Lixo Urbano • Lixo • Matéria orgânica • Compostagem • Material Recicláveis • 8

Lixo Urbano • Lixo • Matéria orgânica • Compostagem • Material Recicláveis • 8 - 15% matéria prima para novos produtos (latas, metais, vidros, papel) • Rejeitos -> aterros sanitários Estima-se que a produção diária de lixo seja da ordem de 400 a 600 g em cidades de pequeno e médio porte e 1, 5 kg em grandes cidades. • Em torno de 50% a 70% de MO 77

Lixo Urbano • População brasileira: 200 milhões • Produção de lixo por habitante: 400

Lixo Urbano • População brasileira: 200 milhões • Produção de lixo por habitante: 400 g • 200 g de lixo orgânico ou 150 g de MS 200. 000 x 0, 15 / 1. 000 = 30. 000 Mg dia-1 Ou 10. 680. 000 Mg ano-1 78

Lixo Urbano Nutrientes pelos resíduos do lixo urbano Nutrientes N P K Ca Mg

Lixo Urbano Nutrientes pelos resíduos do lixo urbano Nutrientes N P K Ca Mg S Nutrientes B Co Fe Mn Zn P 2 O 5 e K 2 O 30. 000 10. 680. 000 Tores de Nutrientes (Mg dia-1) (Mg ano-1) -1 (kg Mg ) Mg de Nutrientes 27, 2 816 290496 24, 0 10, 5 314 111930 30, 9 25, 7 770 273983 79, 9 2397 853332 16, 8 504 179424 5, 0 150 53400 g Mg-1 Mg de Nutrientes 425, 8 13 4548 65, 6 2 701 8479, 9 254 90565 1515, 3 45 16183 162, 5 5 1736 P e K Adaptado de Teixeira et al. , 2002 79

Lixões 80

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Lixo Industrial 84

Lixo Industrial 84

Resíduos de Industrias Curtume • São gerados 7, 5 L de lodo adensado por

Resíduos de Industrias Curtume • São gerados 7, 5 L de lodo adensado por pele (25 a 30% de sólidos); • 270 mil t ano-1, sendo 150 mil t ano-1 somente no RS; • Matéria orgânica de origem animal (pêlos, raspas de pele, etc), misturados com sais inorgânicos; • Cromo • N é o principal nutriente, • As formas orgânicas são predominantes (proteínas); 85

Resíduos de Industrias Farinhas e resíduos de frigoríficos • Resíduos de origem animal: •

Resíduos de Industrias Farinhas e resíduos de frigoríficos • Resíduos de origem animal: • Bovinos, suínos, aves, peixes e outros animais; • Comércio: fina granulometria (farinha); • Aproveitamento: ração animal (composição pratica e de nutrientes – Ca e P); • Resíduos: • Sangue: Farinha de sangue dessecado • Carne: Farinhas de carne e peixes • Cascos e Chifres: Farinha de cascos e chifres: 12 - 15% de N. 86

Resíduos de Industrias Farinhas e resíduos de frigoríficos • Utilização: • Farinha de sangue:

Resíduos de Industrias Farinhas e resíduos de frigoríficos • Utilização: • Farinha de sangue: Aplicação na pilha de composto; • Farinha de carne e peixes: Ração animal • Farinha de cascos e chifres: Fertilizante nitrogenado, fosfatado (0, 25 -2% de P 2 O 5); • Conteúdos intestinais de aves: Baixa relação C: N 87

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) • Apresentam uma

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) • Apresentam uma composição bastante variável; • Elevado teor de MO e fonte de nutrientes para as culturas; • Utilização como condicionador das propriedades físicas do solo • Altos teores de N, P e S ≃ aos estercos; • K baixa concentração • Ca e Mg: quantidades ≃ encontradas nos compostos; 88

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) • Conteúdo de

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) • Conteúdo de Na: • considerados altos ⇨ problemas de salinidade; • Confere altas concentrações de micronutrientes e podem apresentar problemas com metais pesados; • Adições de P normalmente excedem a necessidade da planta (↑P disponível). 89

Resíduos de Industrias 90

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Resíduos de Industrias 91

Resíduos de Industrias 91

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) Condições à aplicação

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) Condições à aplicação • Riscos de poluição do ambiente: • Metais pesados e substâncias orgânicas; • Transmissão de doenças ao homem e animais: • Organismos patogênicos presentes no lodo. • Para terem aplicação agrícola, deverão ser submetidos a processo de redução de patógenos. • Toda aplicação de lodo de esgoto e produtos derivados em solos agrícolas deve ser obrigatoriamente condicionada à elaboração de um projeto agronômico para as áreas de aplicação, RESOLUÇÃO No 375 , DE 29 DE AGOSTO DE 2006 92

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) • É vetada

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) • É vetada a utilização agrícola de: Efluentes de instalações hospitalares; Efluentes de portos e aeroportos; Resíduos de gradeamento; Resíduos de desarenador; Material lipídico sobrenadante das ETEs Lodos provenientes de sistema de tratamento individual • lodo de esgoto não estabilizado; e • lodos classificados como perigosos de acordo com as normas brasileiras vigentes. • • • RESOLUÇÃO No 375 , DE 29 DE AGOSTO DE 2006 93

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) Frequência de monitoramento

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) Frequência de monitoramento Quantidade de lodo de esgoto ou produto derivado destinado para aplicação na agricultura em toneladas/ano (base seca) até 60 60 a 240 a 1. 500 a 15. 000 > 15000 Frequência de monitoramento Anual Semestral Trimestral Bimensal Mensal RESOLUÇÃO No 375 , DE 29 DE AGOSTO DE 2006 94

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) 80% do máximo

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) 80% do máximo permitido, a frequência de monitoramento deverá ser aumentada. Lodos de esgoto ou produto derivado - substâncias inorgânicas RESOLUÇÃO No 375 , DE 29 DE AGOSTO DE 2006 95

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) 80% do máximo

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) 80% do máximo permitido, a frequência de monitoramento deverá ser aumentada. Classes de lodo de esgoto ou produto derivado - agentes patogênicos RESOLUÇÃO No 375 , DE 29 DE AGOSTO DE 2006 96

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) • Das Culturas

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) • Das Culturas Aptas a Receberem Lodo de Esgoto ou Produto Derivado • É proibida a utilização de qualquer classe de lodo de esgoto ou produto derivado em pastagens e cultivo de olerícolas, tubérculos e raízes, e culturas inundadas, bem como as demais culturas cuja parte comestível entre em contato com o solo; • Para implantação de: • Pastagens: após 24 meses da aplicação; • Olerícolas, tubérculos, raízes e demais culturas cuja parte comestível entre em contato com o solo bem como cultivos inundáveis: 48 meses após a aplicação RESOLUÇÃO No 375 , DE 29 DE AGOSTO DE 2006 97

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) • Lodos de

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) • Lodos de esgoto ou produto derivado enquadrados como classe A poderão ser utilizados para quaisquer culturas, respeitadas as restrições previstas nos arts. 12 e 15 • A utilização de lodo de esgoto ou produto derivado enquadrado como classe B é restrita ao cultivo de: • Café, silvicultura, culturas para produção de fibras e óleos, com a aplicação mecanizada, em sulcos ou covas, seguida de incorporação. RESOLUÇÃO No 375 , DE 29 DE AGOSTO DE 2006 98

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) • É vetado

Resíduos de Industrias LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) • É vetado o uso em: • • • Áreas de preservação e perto de mananciais; Áreas com declividade acentuada; Solos rasos; Nível do aquífero pouco profundo em relação ao solo; Ou por decisão dos órgãos ambientais e de agricultura competentes. • Aplicação de lodo • Teor de N disponível • Teor máximo de metais pesados RESOLUÇÃO No 375 , DE 29 DE AGOSTO DE 2006 99

Resíduos de Industrias 1 00

Resíduos de Industrias 1 00

Fertilizantes Organo-minerais • Enriquecimento de adubos orgânicos com fertilizantes minerais. • Permite um balanceamento

Fertilizantes Organo-minerais • Enriquecimento de adubos orgânicos com fertilizantes minerais. • Permite um balanceamento dos nutrientes N – P – K, adicionando ao fertilizante orgânico, os nutrientes que se apresentam em menores teores. • Fertilizantes orgânicos simples → N > P ≃ K • (1, 0 a 2, 0% N → 0, 5 a 1, 0% P e K) Conteúdo de N de 2 a 4 vezes maior que o conteúdo de P e K; 1 01

Fertilizantes Organo-minerais • Vantagens • Facilidade de aplicação e menor custo • Menor custo

Fertilizantes Organo-minerais • Vantagens • Facilidade de aplicação e menor custo • Menor custo de transporte • Permite mistura de fertilizantes minerais considerados incompatíveis 1 02

Fertilizantes Organo-minerais Quantidades de fertilizante minerais X Quantidades de fertilizantes orgânicos Teores de matéria

Fertilizantes Organo-minerais Quantidades de fertilizante minerais X Quantidades de fertilizantes orgânicos Teores de matéria orgânica do produto final Umidade do produto final 1 03

Fertilizantes Organo-minerais Especificações dos fertilizantes organomineral e “composto”. Fonte: Kiehl (1985) 1 04

Fertilizantes Organo-minerais Especificações dos fertilizantes organomineral e “composto”. Fonte: Kiehl (1985) 1 04

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Aspectos relevantes da adubação orgânica • Disseminar plantas invasoras; • Disseminação de agentes patogênicos;

Aspectos relevantes da adubação orgânica • Disseminar plantas invasoras; • Disseminação de agentes patogênicos; • Excesso de N – compromete qualidade de determinadas espécies vegetais e em café o fruto; • Acúmulo de K e Na: estruturação do solo; • Resíduos de herbicidas – esterco bovino • Acúmulo de metais pesados; • Acúmulo de P no solo (devido a recomendação travada em N) • Eutrofização das águas. 1 08

OBRIGADO!!! "As pessoas inventam estatísticas para provar qualquer coisa. 40% das pessoas sabem disso!“

OBRIGADO!!! "As pessoas inventam estatísticas para provar qualquer coisa. 40% das pessoas sabem disso!“ (Homer Simpson) Discente: Me. José Mateus K. Santini Doscente: Dr. Salatier Buzetti Ilha Solteira 2014 1 09