UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO DEPARTAMENTO DE

  • Slides: 40
Download presentation
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL MSO 1 - Mecânica

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL MSO 1 - Mecânica dos Solos I Compactação de Solos Prof. : Flavio A. Crispim SINOP - MT 2011

Introdução Na construção de aterros para estradas, barragens e outras estruturas Compactação de solos

Introdução Na construção de aterros para estradas, barragens e outras estruturas Compactação de solos os solos devem ser compactados para melhorar suas propriedades A compactação aumenta a resistência dos solos O solo compactado está menos sujeito a recalques (menor compressibilidade) A permeabilidade dos solos é reduzida compactação Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT)

Compactação de solos Introdução Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio

Compactação de solos Introdução Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT)

Compactação de solos Introdução Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio

Compactação de solos Introdução Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT)

Compactação de solos Introdução Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio

Compactação de solos Introdução Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT)

Compactação de solos Introdução Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio

Compactação de solos Introdução Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT)

Compactação de solos Introdução Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio

Compactação de solos Introdução Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT)

Conceito O processo de compactação de um solo pode ser definido, basicamente, como a

Conceito O processo de compactação de um solo pode ser definido, basicamente, como a redução de seu índice de vazios, sob ação de Compactação de solos uma força mecânica Há reacomodação da sua fase sólida e variação na sua fase gasosa, mas sem perda da fase líquida Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT)

Conceito Antes da compactação Após a compactação Compactação de solos Esforço de compactação Gasosa

Conceito Antes da compactação Após a compactação Compactação de solos Esforço de compactação Gasosa Variação de volume Gasosa Líquida Sólida Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 9

Conceito Provavelmente a compactação de solos seja utilizada desde tempos Compactação de solos remotos

Conceito Provavelmente a compactação de solos seja utilizada desde tempos Compactação de solos remotos Mas somente no início do século XX é que surgiram os primeiros trabalhos desenvolvidos no sentido de padronizar a técnica de compactação Destacam-se os trabalhos de O. J. Porter no Departamento Rodoviário da Califórnia (EUA) E principalmente os trabalhos do engenheiro Ralph R. Proctor, que na década de 1930, publicou também nos Estados Unidos, as suas observações sobre a compactação de aterros de solos Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 10

Curva de compactação Define-se a curva de compactação de um solo a partir da

Curva de compactação Define-se a curva de compactação de um solo a partir da relação entre os parâmetros peso específico aparente seco ( d) e teor de umidade Compactação de solos (w) d A compactação tem pouco ou nenhum efeito Mecânica dos Solos I - 2011/I Ramo seco Ramo úmido w (%) Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 11

Curva de compactação A condição tida como ideal para a compactação de um solo

Curva de compactação A condição tida como ideal para a compactação de um solo é o ponto definido pelos parâmetros peso específico seco máximo ( d max) e teor Compactação de solos de umidade ótimo (wot) d d max Ramo úmido Ramo seco wot Mecânica dos Solos I - 2011/I w (%) Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 12

Compactação de solos Curva de compactação Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio

Compactação de solos Curva de compactação Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 13

Curva de compactação Ao aplicar níveis crescentes de energia de compactação verifica-se o aumento

Curva de compactação Ao aplicar níveis crescentes de energia de compactação verifica-se o aumento do d max e redução do wot, fazendo a curva se deslocar para Compactação de solos cima e para a esquerda no gráfico O lugar geométrico dos possíveis wot define a chamada linha de máximos do solo, que é paralela a curva de saturação 80 -90% Sr = 100% Limite para o processo de compactação Aproximadamente paralelo à curva de saturação Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 14

Curva de compactação O tipo de solo também influencia a curva de compactação Compactação

Curva de compactação O tipo de solo também influencia a curva de compactação Compactação de solos Para uma mesma energia de compactação observa-se que, em geral: Argilosos Mecânica dos Solos I - 2011/I Siltosos Arenosos d max aumenta wot diminui Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 15

Compactação de solos Curva de compactação Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio

Compactação de solos Curva de compactação Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 16

Compactação de solos Curva de compactação Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio

Compactação de solos Curva de compactação Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 17

Compactação de solos Curva de compactação Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio

Compactação de solos Curva de compactação Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 18

Compactação em laboratório Segundo Rico e Del Castillo (2006) os primeiros métodos utilizados para

Compactação em laboratório Segundo Rico e Del Castillo (2006) os primeiros métodos utilizados para a compactação em laboratório foram do tipo estático e dinâmico, Compactação de solos dada a facilidade de manipulação e padronização Mais tarde, visando simular o efeito da compactação em campo por rolos pé-de-carneiro, foram desenvolvidos o métodos de compactação por pisoteamento Finalmente a popularização do uso de vibração nas técnicas de campo levou ao desenvolvimento também dos métodos de compactação por vibração Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 19

Compactação em laboratório A compactação de corpos-de-prova em laboratório, então, é feita Compactação de

Compactação em laboratório A compactação de corpos-de-prova em laboratório, então, é feita Compactação de solos basicamente, por quatro vias: compactação dinâmica - caracterizada pela ação de queda de um soquete sobre a camada de solo compactação estática - onde se exerce uma pressão constante sobre o solo, a uma velocidade relativamente pequena Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 20

Compactação em laboratório A compactação de corpos-de-prova em laboratório, então, é feita Compactação de

Compactação em laboratório A compactação de corpos-de-prova em laboratório, então, é feita Compactação de solos basicamente, por quatro vias: Mecânica dos Solos I - 2011/I F Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 21

Compactação em laboratório A compactação de corpos-de-prova em laboratório, então, é feita Compactação de

Compactação em laboratório A compactação de corpos-de-prova em laboratório, então, é feita Compactação de solos basicamente, por quatro vias: compactação por pisoteamento - em que, golpes são aplicados ao solo através de um pistão com mola, em vez da tradicional queda de soquete, iniciando-se a compactação pela parte inferior da camada, à semelhança da compactação no campo com o equipamento pé-decarneiro; compactação por vibração - na qual, pode-se ou não colocar uma sobrecarga sobre a camada de solo a ser compactada, aplicando-se vibração ao conjunto Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 22

Compactação em laboratório A compactação de corpos-de-prova em laboratório, então, é feita Compactação de

Compactação em laboratório A compactação de corpos-de-prova em laboratório, então, é feita Compactação de solos basicamente, por quatro vias: Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 23

Conceito Baseia-se nos estudos de Proctor, a padronização internacional do ensaio de compactação, sendo

Conceito Baseia-se nos estudos de Proctor, a padronização internacional do ensaio de compactação, sendo o mesmo mais conhecido como Ensaio Compactação de solos Proctor, que no Brasil foi normatizado pela ABNT (1986) e DNIT (DNER, 1994) Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 24

Compactação de solos Conceito Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A.

Compactação de solos Conceito Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 25

Compactação de solos Conceito Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A.

Compactação de solos Conceito Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 26

Compactação em laboratório O ensaio de compactação dinâmica é o mais utilizado e é

Compactação em laboratório O ensaio de compactação dinâmica é o mais utilizado e é aquele desenvolvido por Proctor, que foi inicialmente normatizado pela, hoje, Compactação de solos American Association of State Highway and Transportation Officials (AASHTO) e é conhecido como AASHTO standard ou ensaio Proctor normal No Brasil, esse ensaio é normatizado pela ABNT (1986) e também pelo DNIT (DNER, 1994) Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 27

Compactação em laboratório Compactação de solos Características do ensaio de compactação normatizado pela ABNT,

Compactação em laboratório Compactação de solos Características do ensaio de compactação normatizado pela ABNT, contemplando, além da energia normal, as energias intermediária e modificada Cilindro Pequeno Grande Características inerentes a cada Energia de Compactação energia de compactação Normal Soquete Pequeno Grande Número de camadas 3 3 5 Número de golpes por camada 26 21 27 Soquete Grande Número de camadas 5 5 5 Número de golpes por camada 12 26 55 Altura do disco espaçador (mm) 63, 5 Intermediária Modificada ABNT, 1986 Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 28

Compactação em laboratório Compactação de solos Equipamentos Soquete e cilindro Proctor Mecânica dos Solos

Compactação em laboratório Compactação de solos Equipamentos Soquete e cilindro Proctor Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 29

Compactação em laboratório Compactação de solos Equipamentos Cilindros pequeno (Proctor) e grande Mecânica dos

Compactação em laboratório Compactação de solos Equipamentos Cilindros pequeno (Proctor) e grande Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 30

Compactação em laboratório Compactação de solos Equipamentos Soquetes pequeno (Proctor) e grande Mecânica dos

Compactação em laboratório Compactação de solos Equipamentos Soquetes pequeno (Proctor) e grande Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 31

Compactação em laboratório Compactação de solos Equipamentos Compactador mecânico Mecânica dos Solos I -

Compactação em laboratório Compactação de solos Equipamentos Compactador mecânico Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 32

Compactação em laboratório Compactação de solos Equipamentos Extratores de corpos-de-prova Mecânica dos Solos I

Compactação em laboratório Compactação de solos Equipamentos Extratores de corpos-de-prova Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 33

Compactação em laboratório Na moldagem de corpos-de-prova de dimensões que fogem àquelas prescritas pela

Compactação em laboratório Na moldagem de corpos-de-prova de dimensões que fogem àquelas prescritas pela ABNT ou DNIT, pode-se empregar a Equação a seguir, Compactação de solos que fornece o número de golpes de um soquete não padronizado para compactar um determinado volume de solo em uma energia préestabelecida Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 34

Compactação em laboratório E = (M. H. Ngc. Nc)/ V Compactação de solos onde:

Compactação em laboratório E = (M. H. Ngc. Nc)/ V Compactação de solos onde: E: energia de compactação M: massa do soquete utilizado H: altura de queda do soquete Ngc: número de golpes aplicados por camada Nc: número de camadas V: volume de solo a ser compactado Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 35

Solos não coesivos Quando compactados, em geral, os solos não-coesivos não apresentam uma curva

Solos não coesivos Quando compactados, em geral, os solos não-coesivos não apresentam uma curva de compactação bem definida, como ocorre Compactação de solos com os coesivos Para uma dada energia de compactação o peso específico aparente seco é relativamente elevado, estando o solo seco ou saturado Em teores de umidade intermediários, há pequena variação no peso específico aparente seco Assim, os conceitos de teor de umidade ótimo e peso específico aparente seco máximo podem perder significado Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 36

Solos não coesivos Os solos não coesivos são caracterizados então através do parâmetro Compactação

Solos não coesivos Os solos não coesivos são caracterizados então através do parâmetro Compactação de solos compacidade relativa (CR) onde: emax - índice de vazios do solo no estado mais solto possível emin - índice de vazios do solo no estado mais denso possível e - índice de vazios do solo no estado considerado d max - peso específico aparente seco do solo no estado mais denso possível d min - peso específico aparente seco no estado mais solto possível d - peso específico aparente seco no estado considerado Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 37

Solos não coesivos No Brasil, os índices emax e emin são determinados segundo prescrições,

Solos não coesivos No Brasil, os índices emax e emin são determinados segundo prescrições, respectivamente, das Normas Técnicas NBR 12004/90 (ABNT, 1990) e Compactação de solos NBR 12051/91 (ABNT, 1991) De acordo com a definição apresentada, CR varia de 0 a 1, respectivamente para solos nos estados mais solto e mais compacto possíveis Uma classificação puramente arbitrária divide os solos não coesivos em: compactos (CR > 0, 70), soltos (CR < 0, 30) e medianamente compactos (0, 30 < CR < 0, 70) Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 38

Solos não coesivos Terminologia sugerida por Terzaghi para a classificação de areias Compactação de

Solos não coesivos Terminologia sugerida por Terzaghi para a classificação de areias Compactação de solos segundo a compacidade Classificação Compacidade Relativa, CR (%) Areia muito fofa Abaixo de 15 Areia fofa Entre 15 e 35 Areia medianamente densa Entre 35 e 70 Areia densa Entre 70 e 85 Areia muito densa Acima de 85 Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 39

Solos não coesivos As características de compressibilidade e resistência ao cisalhamento dos solos não

Solos não coesivos As características de compressibilidade e resistência ao cisalhamento dos solos não coesivos relacionam-se com as suas compacidades Compactação de solos relativas Em geral, os solos não coesivos são mais compressíveis quanto menores forem as suas compacidades relativas e mais resistentes ao cisalhamento quanto maiores forem estas Mecânica dos Solos I - 2011/I Paulo Sergio de A. e Barbosa (UFV) e Prof. Flavio A. Crispim (UNEMAT) 40