Universidade de TrsosMontes e Alto Douro Departamento de






















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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - Departamento de Ciências Humanas e Sociais Ano letivo 2012/2013 Licenciatura em Psicologia – 3. º ano, 1. º semestre Psicopatologia do Adulto - Docente: José Carlos Gomes da Costa P erturbações P sicóticas Ana F. Pinheiro, 38826 – Bruna F. Magalhães, 38834 – Joana S. Carvalho, 38847 - Maria C. Azevedo, 38849 – Soraia F. Oliveira, 38863

DEFINIÇÃO Alteração da perceção do mundo e da capacidade de identificar a realidade (Braconnier, 2000) Psicose Falta de Controlo de si mesmo relativamente a pensamentos, emoções e impulsos (Braconnier, 2000) Não reconhecimento da realidade como pertencente ao próprio indivíduo; Realidade como ocorrência externa (Braconnier, 2000).

ORIGEM Psicose Indivíduo Realidade - Descontrolo do Ego e do Superego face às exigências do Id (Freud) Contra-correntes: - Doenças do Ego em que a libido se revela insuficiente (Federn) - Mundo psicótico como sendo povoado por objetos perigosos (Kapsambelis) - Indiferenciação entre o Ego e o objeto. (Braconnier, 2000)

TIPOS Perturbação Esquizofreniforme Perturbação Esquizoafetiva Esquizofrenia Perturbação Delirante Perturbação Psicótica Breve Perturbação Psicótica Partilhada Perturbação Psicótica Secundária a um Estado Físico Geral Perturbação Psicótica Induzida por Substâncias Perturbação Psicótica Sem Outra Especificação (DSM-IV, 2006)

ESQUIZOFRENIA Sintomatologia principal Ideias delirantes Alucinações Discurso e comportamento desorganizado Embotamento afetivo Avolição (DSM-IV, 2006)

ESQUIZOFRENIA Critérios de diagnóstico Critério A Dois ou mais sintomas presentes durante um mês Critério B Disfunção social/ocupacional Critério C Sintomas persistem durante 6 meses Critérios D, E e F (DSM-IV, 2006) Exclusão de outros diagnósticos

ESQUIZOFRENIA Classificação / Manifestações - Paranóide - Desorganizada - Catatónica - Indiferenciada - Residual Determinada pela sintomatologia no momento da avaliação (DSM-IV, 2006)

PERTURBAÇÃO ESQUIZOFRENIFORME Esquizofrenia Não implica necessariamente a existência de alterações sociais/ocupacionais Não ultrapassa os 6 meses de duração Maior prevalência nos países em desenvolvimento (DSM-IV, 2006)

PERTURBAÇÃO ESQUIZOAFETIVA Sintomatologia principal Baixo rendimento ocupacional/social Dificuldades no auto-cuidado Risco acrescido de suicídio (DSM-IV, 2006)

PERTURBAÇÃO ESQUIZOAFETIVA Critérios de diagnóstico Critério A Ininterrupção da doença com existência de episódios de depressão major e mania + existência do critério A da Esquizofrenia Critério B Existência de ideias delirantes ou alucinações sem alterações do humor Critério C Co-existência de sintomatologia de perturbações do humor Critério D Exclusão de outros diagnósticos (DSM-IV, 2006)

PERTURBAÇÃO DELIRANTE Critérios de diagnóstico Critério A Existência de ideias delirantes não bizarras Critério B Inexistência do critério A da Esquizofrenia Critérios C e D Exclusão de outros diagnósticos (DSM-IV, 2006)

PERTURBAÇÃO PSICÓTICA BREVE Critérios de diagnóstico Critério A Existência súbita de ideias delirantes, alucinações, discurso e comportamento desorganizado Critério B Duração de 1 dia a 1 mês Critérios C Exclusão de outros diagnósticos (DSM-IV, 2006)

PERTURBAÇÃO PSICÓTICA BREVE Stress Perturbação Psicótica Breve com Fator de Stress Marcado Perturbação Psicótica Breve sem Fator de Stress Marcado Perturbação Psicótica Breve com início no Pós. Parto (DSM-IV, 2006)

PERTURBAÇÃO PSICÓTICA PARTILHADA Critérios de diagnóstico Critério A Existência de ideias delirantes em indivíduos próximos de outros que apresentam esta patologia Critério B Ideia delirante partilhada semelhante e reversível Critérios C Exclusão de outros diagnósticos (DSM-IV, 2006)

PERTURBAÇÃO PSICÓTICA SECUNDÁRIA A UM ESTADO FÍSICO GERAL Critérios de diagnóstico Critério A Ideias delirantes resultantes de estados físicos Critério B Diagnóstico comprovado por anamnese, exames físicos e testes laboratoriais Critérios C Exclusão do stress como origem Critérios D Exclusão do diagnóstico de delírio (DSM-IV, 2006)

PERTURBAÇÃO PSICÓTICA INDUZIDA POR SUBST NCIAS Critérios de diagnóstico Critério A Existência de ideias delirantes e alucinações Critério B Sintomas resultantes do consumo de drogas, medicamentos ou tóxicos Critérios C Exclusão de Perturbação Não Induzida por Substâncias Critérios D Exclusão do diagnóstico de delírio (DSM-IV, 2006)

PERTURBAÇÃO PSICÓTICA SEM OUTRA ESPECIFICAÇÃO Caracteriza-se pela sintomatologia psicótica que não se insere em nenhuma outra especificação, quando as informações sobre o quadro sintomático são escassas ou quando existem informações contraditórias. (DSM-IV, 2006)

TRATAMENTO 2. ª Fase: Intervenções psicossociais 1. ª Fase: Tratamento farmacológico (Perturbação Psicótica) Prevenção: Tratamento farmacológico e psicossocial (Ruiloba, 2011)

TRATAMENTO Tratamento farmacológico: - Antipsicóticos (risperidona, clozapina vs butirofenonas, fenotiazinas Tratamento não farmacológico: - Reabilitação cognitiva - Terapia familiar - Psicoterapia individual - Antidepressivos - Psicoeducação - Treino das habilidades sociais (Ruiloba, 2011)

REFLEXÃO FINAL - Personalidade prévia bem adaptada Fatores de prognóstico positivo - Boa integração social - Adequado suporte familiar - Surgimento na meia idade (Vieira, 2005)

REFLEXÃO FINAL Papel do Psicólogo Aconselhamento farmacológico; Mobilização de um sistema de apoio ao doente; Esclarecer e clarificar dúvidas sobre a patologia; Prevenir o desenvolvimento da patologia; Intervenção e terapia psicológica. (Vieira, 2005) VÍDEO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS American Psychiatric Association (2006). DSM-IV-TR, Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (Rev. ed. ). Lisboa: Climepsi. Bergeret, J. , Bécache, A. , Boulanger, J. , Charrier, P. , Dubor, P. , Houser, M. , & Lustin, J. (2004). Estrutura Psicótica. In Dubor, P. (eds), Psicologia patológica. Teórica e clínica (pp 191 -213). Lisboa: Climepsi Editores. Braconnier, A. (2000). Neurose e Psicose. In Braconnier, A. (eds), Psicologia Dinâmica e Psicanálise (pp 127 -132). Lisboa: Climepsi Editores. Ruiloba, J. (2011). Esquizofrenia. In Bernardo, M, & Bioque, M. (Eds. ), Introduccíon a la psicopatologia y la psiquiatria (pp 208 -215). Barcelona: Elsevier Masson. Vieira, R. (2005). Síndromes esquizofreniformes e esquizofrénicas. In Cordeiro, J. (3ª edição), Manual de psiquiatria clínica (pp. 646 -648). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.