UNIVERSIDADE CATLICA DE PELOTAS HIPERTENSO ARTERIAL Marysabel Pinto
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS HIPERTENSÃO ARTERIAL Marysabel Pinto Telis Silveira http: //publicacoes. cardiol. br/consenso/2006/VDiretriz-HA. pdf http: //www. consensos. med. br//
DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
Classificação da pressão arterial (>18 anos) Classificação Brasileira 2002 Européia 2003, JNC VI Pressão Sistólica (mm Hg) Pressão Diastólica (mm Hg) < 120 < 80 120 - 129 80 - 84 130 - 139 85 - 89 Hipertensão Estágio 1 140 - 159 90 - 99 Hipertensão Estágio 2 (moderada) 160 - 179 100 - 109 ≥ 180 ≥ 110 ≥ 140 < 90 Classificação Norte-americana 2003 (JNC VII) Ótima Normal Pré-hipertensão Limítrofe Hipertensão Estágio 1 (leve) Hipertensão Estágio 3 (grave) Sistólica isolada Quando a sistólica e diastólica estão em categorias diferentes classificar pela maior. * Considerar intervenção de acordo com fatores de risco maiores e co-morbidades Sociedade Brasileira de Hipertensão – WWW. SBH. ORG. BR Cortesia: Dr. Décio Mion Jr.
Prevalência de HA Estudos populacionais - PA ≥ 140/90 mm. Hg 44 44 33 % 22 32 26 Araraquara S. Paulo Piracicaba P. Alegre 1990 1991 1994 Cotia 1997 36 Catanduva Cavenge 2001 2003 33 RGSul 2004
Fatores de Risco Idade Gênero e Etnia • A prevalência global em homens e mulheres não sugere que o gênero seja um FR para hipertensão. • É mais prevalente em mulheres afrodescententes. Fatores socioeconômicos Sal Obesidade Álcool Sedentarismo Outros fatores • Predisposição genética e fatores ambientais
Conhecimento, Controle e Tratamento Indivíduos adultos • 50, 8% sabiam ser hipertensos • 40, 5% estavam em tratamento • 10, 4% tinham PA controlada • Idade avançada, obesidade e baixo nível educacional mostraram-se associados a menores taxas de controle.
Tratamento Não-medicamentoso Controle de peso. Padrão alimentar. Redução do consumo de sal. Moderação no consumo de bebidas alcoólicas. Exercício físico. Abandono do tabagismo. Controle do estresse psicoemocional.
Tratamento Não-medicamentoso Modificações do estilo de vida no controle da PA Modificações Recomendação Redução aprox. na PAS Controle do peso Manter o peso corporal na faixa normal (IMC entre 18, 5 e 24, 9 kg/m 2) 5 a 20 mm Hg para cada 10 kg de peso reduzido Padrão alimentar Consumir dieta rica em frutas e vegetais e alimentos com baixa densidade calórica e baixo teor de gorduras saturadas. Adotar dieta DASH Reduzir a ingestão de sódio para não mais de 6 g sal/dia* 8 a 14 mm Hg Reduzir consumo a 30 g/dia (homens), 15 g/dia (mulheres) 2 a 4 mm Hg Habituar-se à prática regular de atividade física aeróbica: caminhadas 30 min/dia, 3 -5 x/sem 4 a 9 mm Hg Redução do consumo de sal Moderação no consumo de álcool Exercício físico 2 a 8 mm Hg * 6 g de sal/dia = 4 colheres de café rasas de sal = 4 g + 2 g de sal próprio dos alimentos
Tratamento Não-medicamentoso Características das bebidas alcoólicas mais comuns volume para Consumo máximo tolerado 30 g de etanol % etanol o. GL (Gay Lussac) etanol (g) em 100 ml Cerveja ~6% (3 -8) 6 g/100 ml x 0, 8* = 4, 8 g 625 ml ~2 latas = 700 ml ou 1 garrafa= 650 ml Vinho ~12% (5 -13) 12 g/100 ml x 0, 8* = 9, 6 g 312, 5 ml ~2 taças de 150 ml ou 1 taça de 300 ml Uísque, vodca, aguardente ~40% (30 -50) 40 g/100 ml x 0, 8* = 32 g 93, 7 ml ~2 doses de 50 ml ou 3 doses de 30 ml Bebida * Densidade do etanol
Tratamento Medicamentoso Princípios gerais O medicamento anti-hipertensivo deve: Ser eficaz por via oral. Ser bem tolerado. Permitir a administração em menor número possível de tomadas diárias, com preferência para dose única diária. Iniciar com as menores doses efetivas preconizadas para cada situação clínica, podendo ser aumentadas gradativamente. Deve-se levar em conta quanto maior a dose, maiores serão as probabilidades de efeitos adversos.
Tratamento Medicamentoso Princípios gerais O medicamento anti-hipertensivo: Pode-se considerar o uso combinado de medicamentos anti-hipertensivos em pacientes com hipertensão em estágios II e III que, na maioria das vezes, não respondem à monoterapia. Ser utilizado por período mínimo de 4 semanas, salvo em situações especiais, para aumento de dose, substituição da monoterapia ou mudança da associação de fármacos.
F I S I O P A T O G E N I A
Classes de Anti-hipertensivos Diuréticos. Inibidores adrenérgicos. Ação central – agonistas alfa 2 centrais. Alfabloqueadores – bloqueadores alfa 1 adrenérgicos. Betabloqueadores – bloqueadores beta-adrenérgicos. Alfabloqueadores e betabloqueadores. Bloqueadores dos canais de cálcio. Inibidores da ECA. Bloqueadores do receptor AT 1 da angiotensina II. Vasodilatadores diretos
F I S I O P A T O G E N I A
Tratamento Medicamentoso Monoterapia Associação de fármacos Estágio 1 Diurético Betabloqueador Inibidor da ECA Bloqueadores dos canais de cálcio Bloqueadores do receptor AT 1 Classes distintas em baixas doses, principalmente para estágios 2 e 3 Resposta inadequada ou efeitos adversos Aumentar Substituir a a dose monoterapia Adicionar Aumentar a Adicionar Trocar a 2 o antidose da 3 o antiassociação hipertensivo Resposta inadequada Adicionar outros anti-hipertensivos
Agentes Anti-hipertensivos (DIURÉTICOS) Disponíveis no Brasil Medicamentos Diuréticos Tiazídicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida SR Alça Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potássio Amilorida (em associação) Espironolactona Triantereno (em associação) Posologia Mínima Máxima Número de tomadas/dia 12, 5 1, 5 25 25 5 5 1 1 0, 5 20 6 ** ** 12 1 -2 1 2, 5 50 50 5 200 1 1 -2 1
MECANISMO DE AÇÃO DOS DIURÉTICOS TIAZÍDICOS
MECANISMO DE AÇÃO DOS DIURÉTICOS DE ALÇA
MECANISMO DE AÇÃO DOS DIURÉTICOS POUPADORES DE K
Agentes Anti-hipertensivos Disponíveis no Brasil Medicamentos Inibidores adrenérgicos Ação central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina XL Terazosina Posologia Mínima Máxima Número de tomadas/dia 500 0, 2 4 0, 2 1 0, 1 1. 500 0, 6 12 0, 6 2 0, 25 2 -3 2 -3 1 1 1 -2 1 1 4 1 16 20 8 20 1 2 -3 1 1 -2
MECANISMO DE AÇÃO DOS INIBIDORES ADRENÉRGICOS
MECANISMO DE AÇÃO DOS INIBIDORES ADRENÉRGICOS
Agentes Anti-hipertensivos (BETABLOQUEADORES) Disponíveis no Brasil Medicamentos Inibidores adrenérgicos Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Metoprolol/Metoprolol (ZOK) Nadolol Propranolol Pindolol Alfa e Betabloqueadores Carvedilol Posologia Mínima Máxima Número de tomadas/dia 25 2, 5 50 40 40/80 10 10 200 120 240/160 40 1 -2 1 -2 1 2 -3/1 -2 2 12, 5 50 1 -2
Agentes Anti-hipertensivos Disponíveis no Brasil Medicamentos Vasodilatadores diretos Hidralazina Minoxidil Posologia Mínima 50 2, 5 200 80 2 -3 120 480 1 -2 180 480 1 -2 2, 5 5 2, 5 2 20 20 5 10 10 20 20 8 60 40 40 40 30 20 1 1 -2 2 1 1 2 1 -2 2 -3 1 1 Bloqueadores dos canais de cálcio Fenilalquilaminas Verapamil Retard* Benzotiazepinas Diltiazem SR* ou CD* Diidropiridinas Amlodipina Felodipina Isradipina Lacidipina Nifedipina Oros* Nifedipina Retard* Nisoldipina Nitrendipina Lercanidipina Manidipina Número de Máxima tomadas/dia
Agentes Anti-hipertensivos (IECA) Disponíveis no Brasil Medicamentos Inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Quinapril Perindopril Ramipril Trandolapril Posologia Mínima 5 25 2, 5 15 5 10 4 2, 5 2 Número de Máxima tomadas/dia 20 150 5 30 40 20 20 20 8 10 4 1 2 -3 1 1 -2 1 1 1
Agentes Anti-hipertensivos (ARA) Disponíveis no Brasil Medicamentos Antagonistas do receptor AT 1 da angiotensina II Candersartana Irbesartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana Posologia Mínima 8 150 25 20 40 80 Número de Máxima tomadas/dia 16 300 100 40 80 160 1 1 1
SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA
MECANISMO DOS IECA
AÇÕES DOS IECA 1 - HEMODIN MICA: Redução da pré e pós-carga 2 - NEURO-HUMORAL: #Redução da Angiotensina. II: Aumento da Bradicinina Redução da atividade simpática #Redução de vasopressina: Redução de aldosterona, endotelina e PAI-1 3 - AÇÃO TRÓFICA: Redução de remodelagem ventricular
Associações Fixas de Anti-hipertensivos
Anti-hipertensivos: Interações Medicamentosas Anti-hipertensivo Fármacos Diuréticos Tiazídicos e de alça Digitálicos Poupadores de potássio Efeitos Intoxicação digitálica por hipopotassemia Antiinflamatórios esteróides e. Antagonizam o efeito diurético não-esteróides. Efeito diminuído pelos tiazídicos Hipoglicemiantes orais Aumento dos níveis séricos do Lítio lítio Suplementos de potássio e Hiperpotassemia inibidores da ECA
Anti-hipertensivos: Interações Medicamentosas Anti-hipertensivo Inibidores adrenérgicos Ação central Betabloqueadores Fármacos Efeitos Antidepressivos tricíclicos Insulina e hipoglicemiantes orais Amiodarona, quinidina Cimetidina Redução do efeito anti-hipertensivo Redução dos sinais de hipoglicemia e bloqueio da mobilização de glicose Bradicardia Reduz a depuração hepática de propranolol e metoprolol Potencializam os efeitos da cocaína Facilitam o aumento da pressão pelos vasoconstritores nasais Bradicardia, depressão sinusal e Bloqueio atrioventricular Bradicardia Antagonizam o efeito hipotensor Cocaína Vasoconstritores nasais Diltiazem, verapamil Alfabloqueadores Dipiridamol Antiinflamatórios esteróides e não-esteróides Hipotensão Diltiazem, verapamil, betabloqueadores e inibidores adrenérgicos centrais
Anti-hipertensivos: Interações Medicamentosas Anti-hipertensivo Fármacos Efeitos Inibidores da eca Suplementos e diuréticos poupadores de potássio Ciclosporina Hiperpotassemia Anti-inflamatórios esteróides e não-esteróides Lítio Antiácidos Aumento dos níveis de ciclosporina Antagonizam o efeito hipotensor Diminuição de depuração do lítio Reduzem a biodisponibilidade do captopril
Anti-hipertensivos: Interações Medicamentosas Anti-hipertensivo Fármacos Efeitos Bloqueadores dos canais de cálcio Digoxina Teofilina, prazosina Moxonidina Verapamil e diltiazem aumentam os níveis de digoxina Aumentam os níveis dos antagonistas dos canais de cálcio Aumento do nível de ciclosporina, à exceção de amlodipina e felodipina Níveis aumentados com verapamil Hipotensão Moxonidina Hipotensão com losartana Bloqueadores de H 2 Ciclosporina Antagonistas do receptor AT 1 da angiotensina II
Medicamentos Indicados para Uso Oral nas Urgências Hipertensivas Medicamentos Nifedipino Dose 10 -20 mg VO Ação início duração 5 -15 min 3– 5 h Efeitos adversos e precauções Redução abrupta da pressão, hipotensão Cuidados especiais em idosos Captopril 6, 25 -25 mg VO 15 -30 min 6 – 8 h Repetir em 1 h se necessário Hipotensão, hiperpotassemia, insuficiência renal, estenose bilateral de artéria renal ou rim único estenose de artéria renal Clonidina 0, 1 -0, 2 mg VO h/h Hipotensão postural, sonolência, boca seca 30 -60 min 6 – 85 h
Medicamentos Usados por Via Parenteral para Tratamento das Emergências Hipertensivas Ação Medicamentos Nitroprussiato de sódio Nitroglicerina Hidralazina Metoprolol Furosemida Efeitos adversos e precauções Indicações Dose início duração 0, 25 -10 mg/kg/min EV imediato 1 -2 min Náuseas, vômitos, intoxicação cianeto, cuidado insuficiência renal e hepática e pressão intracraniana alta. Hipotensão grave Maioria das emergências hipertensivas 5 -100 mg/min EV 2 -5 min 3 -5 min Cafeléia, taquicardia, taquifilaxia, flushing, meta-homoglobinemia Insuficiência coronariana 10 -20 mg EV 10 -40 mg IM 6/6 h 10 -30 min 3 -12 h Cafeléia, taquicardia, vômitos, piora da angina e do infarte. Cuidado com pressão intracraniana elevada Eclâmpsia 5 mg EV 5 -10 min repetir 10/10 min se necess. até 20 mg 3 -4 h 20 -60 mg repetir após 30 min 2 -5 min 30 -60 min Bradicardia, bloqueio Insuf. iciência atroventricular coronariana avançado, insuficiência Aneurisma cardíaca, broncoespasmo dissecante aorta hipopotassemia Insuficiência ventricular esquerda, hipervolemia
Fármacos e Drogas que Podem Induzir Hipertensão Classe Efeito pressor/freqüência Imunossupressores Ciclosporina, Tacrolimus Intenso e freqüente Glicocorticóide Antiinflamatórios nãoesteróides Eventual, muito relevante com uso contínuo Inibidores da COX-1 e COX 2 Anorexígenos/sacietógen os Anfepramona e outros Intenso e freqüente Sibutramina Moderado, mas pouco relevante Vasoconstritores, incluindo Variável, mas transitório derivados do ergot Ação sugerida Inibidor da ECA e antagonista de canal de cálcio (nifedipina/ amlodipina). Ajustar nível sérico Reavaliar opções Observar função renal e informar efeitos adversos Suspensão ou redução de dose Avaliar a redução da pressão arterial obtida com a redução de peso Usar por tempo determinado
Fármacos e Drogas que Podem Induzir Hipertensão Classe Hormônios Eritropoietina humana Anticoncepcionais orais Terapia de reposição estrogênica Hormônio de crescimento (adultos) Antidepressivos Inibidores da monoaminoxidase Tricíclicos Drogas ilícitas e álcool Anfetaminas, cocaína e derivados Álcool Efeito pressor/freqüência Ação sugerida Variável e freqüente Variável, prevalência de HA até 5% Variável Avaliar hematócrito e dose semanal Avaliar a substituição do método com especialista Avaliar riscos e custo/benefício Variável, uso cosmético Suspensão Intenso, infreqüente Abordar como crise adrenérgica Variável e freqüente Abordar como crise adrenérgica. ; vigiar interações medicamentosas Efeito agudo, intenso; dose-dependente Variável e dose-dependente; muito prevalente Abordar como crise adrenérgica Vide tratamento não-farmacológico
Situações Especiais v Anticoncepcionais Orais §Aumentam o risco de hipertensão (se surgir obriga sua interrupção, instituindo outro método contraceptivo) §Contra-indicados em hipertensas com mais de 35 anos e fumantes §Evitar em portadoras de síndrome metabólica v Terapia de Reposição Estrogênica §Não está contra-indicada em hipertensas, mas sim em mulheres de alto risco CV §Não deve ser utilizada para proteção CV §Monitorar a PA, devido a possibilidade de elevação §Via transdérmica parace ser a melhor opção
Gravidez v Hipertensão Crônica (Preexistente) §Presente antes da gravidez ou diagnosticada até a 20ª sem §Tratamento medicamentoso se PA>160/100 mm. Hg §Alfametildopa é primeira escolha. Opções adicionais: betabloqueadores, bloq. cálcio e diuréticos. §Inibidores da ECA e bloq AT 1 são contra-indicados. v Pré-eclâmpsia/Eclâmpsia §Caracterizada pelo aumento da PA e proteinúria §Ocorre geralmente após a 20ª semana de gestação §Tratamento definitivo é interrupção da gestação §Garantir maturidade pulmonar fetal §Endovenoso: Sulfato de Magnésio, Hidralazina §Opções: nifedipino e mais raramente nitroprussiato de sódio
Diabete Melito Associação de HAS e DM aumenta muito risco CV Controle da HAS é fundamental na prevenção de §Eventos cardiovasculares §Nefropatia §Retinopatia Todos os anti-hipertensivo de primeira escolha podem ser utilizados Na presença de microalbuminúria ou proteinúria o bloqueio do SRAA torna-se fundamental. Meta §< 130/80 mm. Hg §< 125/75 se houver proteinúria > 1, 0 g/24 h
Dislipidemias HAS e hipercolesterolemia representam metade do risco atribuível da doença coronária Controle conjunto da PA e lipídeos tem grande impacto sobre morbi-mortalidade Prioridade deve ser o controle do LDL e secundariamente HDL e TGL Medidas não farmacológicas e Farmacológicas: §Vastatinas §Ezetimiba, ácido nicotínico, fibratos §Combinações Decisão terapêutica e estratificação de risco de acordo com a presença de doença aterosclerótica, diabete, risco de eventos em 10 anos (escore de Framingham).
Situações Especiais v Cardiopatia isquêmica §Controle gradual da HAS §Fundamental controle dos outros fatores de risco CV e uso do ácido acetilsalicílico §Betabloqueadores são primeira escolha §Alternativas: bloqueadores dos canais do cálcio §IECA: benefícios mesmo em normotensos §Após Infarto: Betabloqueador + Inibidor de ECA v Hipertrofia do Ventrículo Esquerdo (HVE) §Está associada a maior risco CV e estudos sugerem que sua regressão está associada e redução de risco §Todos os anti-hipertensivos reduzem a HVE, com exceção dos vasodilatadores diretos, sendo os bloqueadores do SRAA os mais eficazes
Insuficiência Cardíaca (IC) HAS é fator de risco para desenvolvimento de IC, com função sistólica preservada ou não Controle da HAS é fundamental na prevenção primária da IC Tratamento não-medicamentoso é fundamental Medicamentos: §Inibidor da ECA, Bloqueadores do receptor AT 1 (isolados ou em associação) §Betabloqueadores (carvedilol, metoprolol, bisoprolol) §Diuréticos: controle da hipervolemia ou como anti-hipertensivo. Em muitos casos tiazídicos são suficientes §Antagonista da aldosterona reduziu mortalidade em pacientes com IC grave, em uso de diuréticos de alça, mas aumentam incidência de hiperpotassemia §Bloqueador de canal de cálcio (apenas anlodipino e felodipino) podem ser utilizados para controle da HAS ou angina do peito
Principais Determinantes da Não-adesão ao Tratamento Anti-hipertensivo Falta de conhecimento do paciente sobre a doença ou de motivação para tratar uma doença assintomática e crônica. Baixo nível socioeconômico, aspectos culturais e crenças erradas adquiridas em experiências com a doença no contexto familiar e baixa auto-estima. Relacionamento inadequado com a equipe de saúde. Tempo de atendimento prolongado, dificuldade na marcação de consultas, falta de contato com os faltosos e com aqueles que deixam o serviço. Custo elevado dos medicamentos e ocorrência de efeitos indesejáveis. Interferência na qualidade de vida após o início do tratamento.
Principais Sugestões para Melhor Adesão ao Tratamento Anti-hipertensivo Educação em saúde, com especial enfoque nos conceitos de hipertensão e suas características. Orientações sobre os benefícios dos tratamentos, incluindo mudanças de estilo de vida. Informações detalhadas e compreensíveis pelos pacientes sobre os eventuais efeitos adversos dos medicamentos prescritos e necessidades de ajustes posológicos com o passar do tempo. Cuidados e atenções particularizadas de conformidade com as necessidades. Atendimento médico facilitado, sobretudo no que se refere ao agendamento de consultas.
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS HIPERTENSÃO ARTERIAL Marysabel Pinto Telis Silveira http: //publicacoes. cardiol. br/consenso/2006/VDiretriz-HA. pdf http: //www. consensos. med. br//
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