UNIVERSIDADE CATLICA DE BRASLIA INTERNATO EM PEDIATRIA Glomerulonefrite
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA INTERNATO EM PEDIATRIA Glomerulonefrite Difusa Aguda § COORDENAÇÃO: PROFA. DRA. CARMEN LÍVIA MARTINS. § APRESENTAÇÃO: TÚLIO F. N. SILVA www. paulomargotto. com. br Brasília, 13 de abril de 2016 Brasília 2016
CASO CLÍNICO § Escolar de 9 anos de idade, chega ao pronto-socorro com história de edema bipalpebral matinal e urina escura há 2 dias, sem outras queixas. § Ao exame: 28 Kg, PA 120 x 85 (> percentil 95). BEG, eupneico, com edema bipalpebral (++/4), Ausculta cardiorrespiratória normal. Presença de lesões pustulocrostosas em membros inferiores.
INTRODUÇÃO § GNDA Pós-estreptocócica é a etiologia mais comum das glomerulonefrites agudas. § Principal causa de hematúria macroscópica em nosso meio. § Causa importante de morbidade nas infecções por SBHGA. § Exemplo Clássico da Síndrome Nefrítica Aguda § Tríade Clínica: Hematúria + Edema + Hipertensão. § Associada ou não a oligúria.
ETIOLOGIA E EPIDEMIOLOGIA § Infecção prévia por cepas “nefritogênicas” do SBHGA § 1 -2 semanas após quadro de Faringite. § 3 a 6 semanas após quadro de Impetigo. § Surtos e epidemias por todo o mundo. 97% dos casos em países desenvolvidos. § Mais comum em crianças de 5 -12 anos, incomum antes dos 3 anos de idade. § Acomete mais meninos, na proporção de 2: 1.
PATOGÊNESE Adaptado de: ALPERS, Charles E. . The Kidney. In: KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K. ; FAUSTO, Nelson. Robbins and Cotran Pathologic Basis of Disease. 8. ed. Philadelphia: Elsevier, 2010. p. 910.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Síndrome Nefrítica • Hematúria, Hipertensão Arterial, Edema • Oligúria Congestão • Taquidispneia, Hepatomegalia, Terceira Bulha Inespecíficos • Prostação, diarreia, palidez, febre baixa, náusea, dor abdominal Encefalopatia Hipertensiva • Sonolência, cefaleia, alteração visual, edema de papila, vômitos, convulsões, coma
DIAGNÓSTICO § Presuntivo: § § Reforçam a hipótese: § § Clínica associada + EAS com hematúria e cilindrúria + Diminuição do complemento C 3. ASLO, Anti-DNAse B, etc. Outros achados: § Anemia normocrômica, uréia, creatinina, hiponatremia, hipercalemia, hipoalbuminemia.
DIFERENCIAL SINAIS CLÍNICOS DE GLOMERULONEFRITE AGUDA Complemento Sérico Normal § Doenças Sistêmicas: Poliarterite nodosa Vasculite Hipersensitiva Granulomatose de Wegner Púrura de Henoch-Schölein Síndrome de Goodpasture § Doenças Renais: Nefropatia por Ig. A GN idiopática rapidamente progressiva, Tipos I, II e III GN pós-infecciosa não estreptocócica. ↓↓ Complemento Sérico (C 3, CH 50) § Doenças Sistêmicas: Nefrite Lúpica Endocardite bacteriana subaguda Abscesso Visceral § Doenças Renais: GNDA GN Membranoproliferativa Evidências sorológicas de uma infecção estreptocócica antecedente (ASLO, anti-DNAse B, teste de estreptozima Positivas e/ou normalização do complemento sérico CE em 6 -8 semanas GN pós-estreptocócica ----------------------Negativas ou manutenção de complemento C 3 baixo após 6 -8 semanas Causas sistémicas ou renais que não GN pós-estreptocócica Adaptado de: PAN, Cynthia G. ; AVNER, Ellis D. . Glomerulonephritis Associated with Infections: Acute Poststreptococcal Glomerulonephritis. In: KLIEGMAN, Robert M. et al. Nelson Textbook of Pediatrics. 19. ed. Philadelphia: Elsevier, 2011. p. 1781 -1784.
BIÓPSIA § INDICAÇÕES DE BIÓPSIA RENAL § Ausência de evidências de infecção estreptocócica. § Desenvolvimento de insuficiência renal aguda ou síndrome nefrótica. § Oligúria por mais de uma semana. § Hipocomplementenemia que ultrapassa 8 semanas. § Ausência de hipocomplementenemia. § Doença sistêmica. § Persistência de hematúria ou proteinúria acentuada.
TRATAMENTO § Maioria dos casos são ambulatoriais. § Considerar Internação se: § Hipertensão Grave de difícil controle. § Sintomas de Encefalopatia Hipertensiva. § Oligúria ou IRA. § Sintomas Congestivos Graves.
TRATAMENTO 1) CUIDADOS GERAIS: 3) DIURÉTICOS: § Peso diário. § Volume urinário diário. § Medidas da PA. § Repouso relativo. § Restrição hídrica se oligúria. § Dieta hipossódica ( < que 1 gramas de sal/dia). § § Indicados nos pacientes com hipervolemia com sintomas congestivos ou repercussão hemodinâmica. Nos pacientes ambulatoriais, usa-se furosemida oral na dose de 1 -2 mg/kg/dose. § § 4) ANTI-HIPERTENSIVOS: 2) ANTIBIOTICOTERAPIA e PROFILAXIA DOS CONTATOS: 5) PROGNÓSTICO: § § Não altera a evolução da doença, mas evita a disseminação das cepas nefritogênicas. § §Penicilina ou Amoxicilina Oral por 10 dias, ou penicilina benzatina IM. *** Profilaxia: Nos contatos próximos e contínuos, usar penicilina benzatina IM em dose única ou penicilina oral ou amoxicilina por 10 dias. § § Maioria pode ser controlada sem hipotensores. Pacientes com níveis pressóricos acima de 20 mm. Hg acima do percentil 95 para peso e altura, iniciar nifedipina retard 12 mg/kg/dose. Anlodipina e i. ECA são alternativas. Nas emergências mais graves, nitrorussiato EV. Adaptado de: OLIVEIRA, Reinaldo Gomes de. Blackbook de Pediatria. Belo Horizonte: Blackbook Editora, 2011. § § § Favorável em mais de 95%. Doença se resolve em duas semanas a um mês. Edema e oligúria persistem por uma a duas semanas. Hipertensão cede junto com desaparecimento do edema e normalização da diurese. Sedimentoscopia e proteinúria podem estar alteradas por 4 -6 semanas. Hematúria pode persistir por até um ano. *** Casos que evoluem mal, com disfunção renal crônica, são, na maioria, episódios iniciais de glomerulopatias crônicas ou nefrite aguda do lúpus eritematoso sistêmico.
CASO CLÍNICO § Escolar de 9 anos de idade, chega ao pronto-socorro com história de edema biplapebral matinal e urina escura há 2 dias, sem outras queixas. § Ao exame: 28 Kg, PA 120 x 85 (> percentil 95). BEG, eupneico, com edema bipalpebral (++/4), Ausculta cardiorrespiratória normal. Presença de lesões pustulocrostosas em membros inferiores. § Qual a Conduta diante do caso? a) Acompanhamento ambulatorial | Urina 1 | penicilina benzatina 1 mi 200 mil UI e Furosemida. b) Acompanhamento ambulatorial | Urina 1 e C 3 | penicilina 1 mi 200 mil UI. c) Internação | hemograma, Urina 1 e C 3 | Penicilina benzatina 600 mil UI. d) Internação | Urina I, proteinúria de 24 horas | penicilinza benzatina 1 mi 200 mil
CASO CLÍNICO § Escolar de 9 anos de idade, chega ao pronto-socorro com história de edema biplapebral matinal e urina escura há 2 dias, sem outras queixas. § Ao exame: 28 Kg, PA 120 x 85 (> percentil 95). BEG, eupneico, com edema bipalpebral (++/4), Ausculta cardiorrespiratória normal. Presença de lesões pustulocrostosas em membros inferiores. § Qual a Conduta diante do caso? a) Acompanhamento ambulatorial | Urina 1 | penicilina benzatina 1 mi 200 mil UI e Furosemida. b) Acompanhamento ambulatorial | Urina 1 e C 3 | penicilina 1 mi 200 mil UI. c) Internação | hemograma, Urina 1 e C 3 | Penicilina benzatina 600 mil UI. d) Internação | Urina I, proteinúria de 24 horas | penicilinza benzatina 1 mi 200 mil
BIBLIOGRAFIA § PAN, Cynthia G. ; AVNER, Ellis D. . Glomerulonephritis Associated with Infections: Acute Poststreptococcal Glomerulonephritis. In: KLIEGMAN, Robert M. et al. Nelson Textbook of Pediatrics. 19. ed. Philadelphia: Elsevier, 2011. p. 1781 -1784. § OLIVEIRA, Reinaldo Gomes de. Blackbook de Pediatria. Belo Horizonte: Blackbook Editora, 2011. § ALPERS, Charles E. . The Kidney. In: KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K. ; FAUSTO, Nelson. Robbins and Cotran Pathologic Basis of Disease. 8. ed. Philadelphia: Elsevier, 2010. p. 910.
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