Universidade Catlica de Braslia Curso de Medicina Internato
Universidade Católica de Brasília Curso de Medicina Internato - Pediatria Terapia de Reidratação Oral e Hidratação Venosa Apresentação: Camila de Lima Vieira www. paulomargoto. com. br Brasília, 28 de maio de 2015
Introdução A doença diarréica representa uma das patologias mais prevalentes na infância, sendo responsável por uma proporção importante da morbimortalidade infantil nos países em desenvolvimento; A Reposição Hídrica possibilita o tratamento da Desidratação complicação da diarréia de qualquer etiologia e em qualquer grupo etário.
TRO A via e o tipo de tratamento da desidratação variam de acordo com os sinais clínicos e a aceitação do paciente; Sempre que possível iniciar o tratamento da desidratação por VO;
Plano A Criança sem Desidratação: Orientar aumento da ingestão de líquidos (água, sucos, chás, sopas); Soro caseiro para reposição das perdas <12 meses: 50 a 100 m. L >12 meses: 100 a 200 m. L Suplementação de Zinco: < 6 meses: 10 mg/dia; >6 meses: 20 mg/dia Manutenção da alimentação habitual, em especial o leite materno. Orientar os pais a reconhecer os sinais de desidratação.
Plano B Criança com Desidratação Tratamento de escolha para pacientes com desidratação em razão de diarréia e vômitos; Deve se administrar entre 50 -100 m. L/kg de Soro de Reidratação Oral em 4 horas Orientações É essencial pesar o paciente antes de iniciar a TRO; Deve ser administrada em pequenos volumes com grande frequencia; Suspender alimentação (exceto leite materno); Avaliar periodicamente remissão dos sinais de desidratação
Soro de Reidratação Oral Composição
Soro de Reidratação Oral Gastróclise: Administração do SRO via Nasogástrica de forma gradual e contínua. Sonda Administrar na velocidade de 20 -30 m. L/kg/hora até a reidratação; Indicações: Perda de peso após 2 primeiras horas de tratamento com TRO; Vômitos persistentes após início de TRO; Distensão Abdominal acentuada com RHA +; Dificuldade de ingestão de SRO.
Contra-Indicações da TRO Alterações do estado de Consciência; Intolerância à Glicose; Íleo Paralítico (Metabólico); Infecções Graves; Choque Hipovolêmico.
Plano C Criança com Desidratação Grave: Tratamento: Hidratação Venosa em 2 etapas Fase Rápida; Fase de Manutenção e Reposição; Indicação: Contraindicações da TRO; Sinais de Desidratação Grave.
Fase Rápida Primeira fase da Hidratação Venosa; 100 m. L/kg em 2 horas; Solução 1: 1 (SG 5%/ SF 0, 9%); 50 m. L/kg na 1ª hora e avaliar periodicamente. Importante para prevenir as complicações da desidratação aguda. É necessário monitorar a diurese para avaliar resposta. Iniciar SRO o mais breve possível.
Fase de Manutenção Objetivos: Prevenir Desidratação Prevenir Distúrbios Eletrolíticos Prevenir Cetoacidose Prevenir a Degradação de Proteínas Regra de Holliday-Segard Iniciar quando: Remissão dos sintomas de desidratação + Boa Diurese
Fase de Manutenção Necessidades diárias: Volume: (Regra de Holliday-Segard) <10 kg: 100 ml/kg/dia (SF 0, 9%+ SG 5% / 1: 4) 10 -20: 1000 ml + 50 ml/kg que ultrapassa 10 kg/dia >20: 1500 ml + 20 ml/kg que ultrapassa 20 kg/dia Sódio: 3 -5 m. Eq/kg/dia Reposição através de Na. Cl 20% Potássio: 2 -3 m. Eq/kg/dia Reposição com KCl 10% Iniciar após reestabelecimento da diurese
Atualmente A OMS não preconiza o tratamento da desidratação grave como da maneira proposta pelo Ministério da Saúde; Recomenda-se realização imediata de Ringer Lactato ou SF 0, 9% na dose de 100 m. L/kg: Crianças < 1 ano: 30 m. L/kg em 1 hora. 70 m. L/kg restantes em 5 horas; Crianças > 1 ano: 30 m. L/kg em 30 minutos. 70 m. L/kg restantes em 2 horas e meia.
Referências Bibliográficas Nelson et al. Tratado de Pediatria. 19ª edição. Elsevier. Schvartsman S; Schvartsman C. Pronto. Socorro de Pediatria. 2ª edição. Sarvier WGO. Practice Guideline, Acute Diarrhea, 2012 Manejo Clínico da Diarréias Agudas, Ministério da Saúde, 2011.
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