Unidade I SADE AMBIENTAL E VIGIL NCIA SANITRIA
Unidade I SAÚDE AMBIENTAL E VIGIL NCIA SANITÁRIA Profa. Claudia Figueiredo
Saúde Ambiental § A Saúde Ambiental está voltada à integridade do meio ambiente (ex. : água, ar, solo, ciclos geológicos, biodiversidade). § Todos os seres vivos possuem necessidades vitais que dependem da boa qualidade do meio ambiente para a manutenção de sua própria existência (ex. : respiração, cadeia alimentar, ingestão de água). § Então, a manutenção de qualquer ser vivo depende da manutenção do meio ambiente. § Manejo sustentável seria a definição para a utilização dos recursos naturais sem degradar ou esgotar sua fonte.
Vigilância Sanitária § A Vigilância Sanitária está voltada à integridade da saúde pública. § A saúde pública depende de medidas que diminuam, eliminem ou previnam riscos à saúde (ex. : saneamento básico, esgotamento sanitário, controle de zoonoses, inspeção sanitária). § A saúde pública depende também de estratégias que promovam processos, fiscalizações e estudos que protejam a saúde (ex. : campanha de vacinação, pesquisas sobre doenças tropicais, programas de educação ambiental).
Saúde Ambiental e Vigilância Sanitária Têm os seguintes objetivos: § conscientizar os profissionais da área da saúde quanto a ação humana sobre o meio ambiente; § identificar os principais problemas relacionados ao meio ambiente que interferem no processo saúde-doença em níveis – individual e coletivo; § analisar instrumentos e medidas socioeconômicas que promovam a melhoria da qualidade de vida.
Histórico do processo saúde-doença § Na Antiguidade era predominante a teoria mística, que relacionava a doença com fenômenos sobrenaturais. A saúde era dádiva e a doença era castigo dos deuses. A medicina mágico-religiosa era exercida por sacerdotes, feiticeiros, xamãs. § Com o surgimento dos primeiros filósofos, foi implantada a teoria dos miasmas (humores), que relacionava a doença como consequência de gases e odores vindos do solo e atmosfera (animais e dejetos em decomposição), como um desequilíbrio entre as forças da natureza. Destaque da época para Hipócrates (por volta de 400 a. C. ).
Histórico do processo saúde-doença § Com os avanços nos estudos da medicina, foi formada a teoria da unicausalidade (microbiana), a qual defendia que a doença era causada por um agente etiológico (bactéria). Destaque na época para Louis Pasteur – meados de 1860. § Após a 2º Guerra Mundial, eventos na área da epidemiologia, complementaram a visão anterior, levando à teoria da multicausalidade, a qual explicava que as doenças são causadas por um agente etiológico e/ou um conjunto de outros fatores como: físicos, psíquicos, químicos, ambientais e sociais. Destaque para estudo de doenças crônicas, epidemias e doenças metabólicas.
Saúde § Saúde é o estado de adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico e social em que vive, no qual o indivíduo sente-se bem e não apresenta sinais ou alterações orgânicas evidentes (saúde subjetiva). § Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS): saúde é definida como o bem estar físico, mental e social de um indivíduo ou população. § Saúde é a harmonia dos fenômenos vitais (homeostasia). Fonte: http: //oficinadamemoria. usuarios. rdc. puc-rio. br/index. php? pagina=ex_fisicos
Processo saúde-doença A saúde e a doença estão interligadas e dependem dos mesmos fatores: agente, hospedeiro e meio. § Agente: em nível individual ou coletivo, o agente é a causa da patologia. Ex. : agente patológico, uma situação de estresse. § Hospedeiro: § em nível individual, o hospedeiro é o organismo que detém a patologia; § em nível coletivo, seria uma população submetida a uma epidemia. Ex. : dengue. § Meio: local onde o organismo se encontra com as coisas ao seu redor e que exercem influência sobre ele. Coletivamente, podemos perceber que locais amparados pelos agentes de saúde e controle de zoonoses apresentam índices menores de doenças.
Relações do indivíduo com seu meio ambiente As relações de um indivíduo com seu meio interferem em seu processo de saúde-doença: § o estilo de vida (alimentação, trabalho, atividade física); § as condições sanitárias (saneamento básico e esgotamento sanitário em local de moradia, higiene pessoal). Fonte: Claudia Figueiredo e Olívia Beloto – autoras do livro-texto.
Meio ambiente § A OMS define meio ambiente como tudo o que está ao redor do ser humano, podendo ser físico, químico, social e cultural, mas sem interação entre eles; permite a ideia subjetiva de bem-estar, pois este está vinculado à realidade vivenciada pelo indivíduo. § O meio ambiente não deve ser considerado somente aquilo que é exógeno ao ser humano. Há também fatores intrínsecos a ele, como os genéticos, e diversos outros aspectos que influenciam, direta ou indiretamente, no processo saúde-doença. § Assim, o meio ambiente envolve todas as coisas vivas e não vivas da Terra que interferem no ecossistema e, consequentemente, na vida dos seres humanos.
Degradação do meio ambiente § O meio ambiente oferece influência sobre o processo saúde-doença dos organismos. § As crescentes agressões ao meio ambiente têm se tornado motivo de estudo para ecologistas e de preocupação para as grandes nações. § As agressões ao meio ambiente ao longo da história aumentaram com o avanço tecnológico e o estímulo da economia, e foram agravados após a Revolução Industrial (séc. XVIII), com aumento significativo da poluição do ar.
Processo saúde-doença e o meio ambiente § É preciso que as pessoas tenham o hábito de refletir diariamente sobre o consumo sustentável. § Primeiramente, é necessário modificar diversos costumes e valores, atingidos somente com educação ambiental e comunicação. § Como fazer? Primeiramente, as pessoas precisam ser capazes de reconhecer que o ambiente faz parte do ser humano. § Por que isso é importante? Porque, de acordo com o grau de relação do ser humano com o meio ambiente, o processo saúde-doença pode ou não ser afetado.
Interatividade Tentando explicar o processo saúde-doença, a humanidade formulou, ao longo da história, algumas teorias. Analise as sentenças e assinale a sequência correta sobre as teorias: I. A doença era uma consequência de gases e odores do solo e da atmosfera. II. A doença era causada por um agente etiológico (bactéria). III. A doença era um castigo dos deuses. a) Teorias: mística, multicausalidade, miasmas. b) Teorias: unicausalidade, dualidade, multicausalidade. c) Teorias: miasmas, unicausalidade, mística. d) Teorias: mística, miasmas, mágica. e) Teorias: holística, unicausalidade, humores.
Resposta Tentando explicar o processo saúde-doença, a humanidade formulou, ao longo da história, algumas teorias. Analise as sentenças e assinale a sequência correta sobre as teorias: I. A doença era uma consequência de gases e odores do solo e da atmosfera. (humores ou miasmas) II. A doença era causada por um agente etiológico (bactéria). (unicausalidade) III. A doença era um castigo dos deuses. (mística) a) Teorias: mística, multicausalidade, miasmas. b) Teorias: unicausalidade, dualidade, multicausalidade. c) Teorias: miasmas, unicausalidade, mística. d) Teorias: mística, miasmas, mágica. e) Teorias: holística, unicausalidade, humores.
Aspectos históricos da saúde: da colonização aos dias atuais Reflexão: § Em que momento da história o homem passou a pensar em saúde? § Qual era a importância da saúde? § A saúde nos dias atuais é a mesma desde a colonização do Brasil? § E, por fim, em que momento o homem passou a perceber que o meio ambiente refletia em sua saúde?
Aspectos históricos da saúde: da colonização aos dias atuais § Período Colonial (1500 até 1822): a produção econômica do país visava aos interesses da Coroa Portuguesa. § Saúde da população precária: as medidas para o combate de doenças eram pontuais e visavam ao aumento da economia. § De 1685 a 1694 houve uma campanha pontual contra a febre amarela, doença que afetava os trabalhadores e a produção de açúcar, ou seja, a situação econômica do país. § Primeira República ou República Velha (1889 até 1930): favoreceu o crescimento de ideias liberais e republicanas (que visavam a ideais abolicionistas) e exigências internacionais favoreceram a substituição do trabalho escravo pelo trabalho assalariado.
Aspectos históricos da saúde: da colonização aos dias atuais Mas afinal, qual era o quadro sanitário dessa época? § Quadro sanitário da época: escravos e imigrantes traziam consigo muitas doenças, como: sexuais, hanseníase, tuberculose, febre amarela, cólera, malária, varíola e leishmaniose. § Sofriam com mordidas de animais peçonhentos e enfrentavam condições precárias de vida e trabalho, contribuindo para endemias e epidemias. Qual a diferença entre epidemia e endemia?
Aspectos históricos da saúde: da colonização aos dias atuais § Endemia: ocorrência coletiva de uma doença em uma determinada área, acometendo a população de forma permanente e contínua. Ex. : malária no norte do Brasil. § Epidemia: enfermidade de ocorrência súbita, acometendo em pouco tempo um número alto de pessoas, como em vários Estados. Ex. : dengue. Obs. : § a dengue foi considerada inicialmente uma doença endêmica, que acometia regiões litorâneas, principalmente no verão; § no entanto, já é considerada uma epidemia, pois avançou para vários Estados, em todas as estações.
Aspectos históricos da saúde: da colonização aos dias atuais § 1902: criação do Programa de Saneamento, no Rio de Janeiro, e de Combate à Febre Amarela, em São Paulo. § Oswaldo Cruz, nomeado diretor geral da Saúde Pública, utilizou campanhas sanitárias para combater as epidemias rurais e urbanas. § Criação do Instituto Oswaldo Cruz para pesquisa e desenvolvimento de vacinas. § 1904: aprovada lei para vacinação contra a varíola, favorecendo uma revolta popular (Revolta da Vacina), mas também o controle da doença.
Aspectos históricos da saúde: da colonização aos dias atuais § 1920: Carlos Chagas assumiu o Departamento Nacional de Saúde e introduziu propagandas para educação sanitária da população com foco na prevenção de doenças. § Criação de órgãos para o controle de doenças como: tuberculose, hanseníase e sexualmente transmissíveis. § Surge a Previdência Social: assistência médica aos trabalhadores. § Restante da população: dependência da medicina popular e casas de misericórdia. § 1922 -1929: rupturas no cenário político pela crise mundial. § 1930: revolução comandada por Getúlio Vargas (Era Vargas); criação do Ministério da Educação e Saúde – ações de saúde pública, de caráter coletivo.
Aspectos históricos da saúde: da colonização aos dias atuais § Investimento na região Sudeste – desequilíbrio entre as regiões do Brasil; migração e êxodo rural – surgimento das favelas (crescimento desordenado). § Crescimento industrial X condições precárias de trabalho = aumento dos riscos aos trabalhadores e problemas de saúde, piorando a qualidade de vida e de saúde da população. § 1953: a criação do Ministério da Saúde independente da criação do Ministério da Educação. § Final dos anos 1970: agravamento da crise da previdência – início dos movimentos sociais em busca de melhores condições de saúde e de vida; criação de programas como o de imunização, vigilância epidemiológica, dentre outros.
Papel das conferências na saúde e no meio ambiente § Modificações na saúde no Brasil tiveram início a partir das conferências nacionais, que sofriam influência das conferências internacionais. § Conferências (internacionais e nacionais) são movimentos que ocorrem periodicamente em defesa da ampliação dos campos de ação em saúde e em meio ambiente para o alcance dos objetivos propostos. § 1977 (na 30ª Assembleia Mundial de Saúde): a OMS organizou a Primeira Conferência Internacional sobre os Cuidados Primários de Saúde, em Alma-Ata (Cazaquistão, 1978). Tema: “Saúde para Todos no Ano 2000”.
Papel das conferências na saúde e no meio ambiente § 1978: Primeira Conferência Internacional sobre os Cuidados Primários de Saúde (em Alma-Ata). § Elaboração da Declaração Alma-Ata: reafirma a saúde como um direito do ser humano. § A Declaração de Alma-Ata gerou o conceito de saúde: “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença”.
Papel das conferências na saúde e no meio ambiente § 1986: Primeira Conferência sobre Promoção da Saúde, em Ottawa (Canadá). § Papel da conferência: demonstrava uma preocupação das organizadoras em relação à industrialização e ao impacto sobre o meio ambiente. Elaboração da Carta de Intenções, com objetivos de: § definir promoção da saúde; § atingir os níveis de completo bem-estar físico, mental e social junto com o meio ambiente; § descrever os pré-requisitos básicos de saúde, como: paz, habitação, educação, alimentação, renda, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade.
Papel das conferências na saúde e no meio ambiente § Em 1988, na Austrália, ocorreu a II Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, conhecida como Conferência de Adelaide, cujo tema tratado foi a “Promoção da Saúde e Políticas Públicas Saudáveis”. Enfatizou a equidade e os compromissos com o impacto de tais políticas sobre a saúde da população. § Em 1991 ocorreu a III Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, em Sundsvall (Suécia), que foi a primeira conferência a tocar diretamente a interdependência entre a saúde e ambiente em todos os seus aspectos. § Enfatizou o tema ambiente não apenas à dimensão física ou natural, mas também às dimensões social, econômica, política e cultural.
Papel das conferências na saúde e no meio ambiente § A Carta de Ottawa foi crucial para inserir o meio ambiente como fator importante para a saúde. § Após a Carta de Ottawa, o Brasil teve grande avanço no setor da saúde – criação do Sistema Único de Saúde (SUS), em que as suas competências e atribuições são mantidas na Lei Orgânica de Saúde, constituída por duas principais leis: Lei nº 8. 080/90 e Lei nº 8. 142/90. § O SUS tem como base os princípios da: universalidade, equidade e integralidade da atenção à saúde da população brasileira.
Papel das conferências na saúde e no meio ambiente § Universalidade: para a extensão de cobertura dos serviços a toda a população, eliminando barreiras jurídicas, econômicas, culturais e sociais. § Equidade: a superação das desigualdades sociais em saúde implica a redistribuição da oferta de ações, independentemente de cor, raça ou posição social. § Integralidade: um modelo de atenção integral à saúde, contemplando um conjunto de ações de promoção da saúde, prevenção de riscos e agravos, assistência e recuperação.
Política Nacional de Saúde Ambiental (PNSA) No Brasil, a base legal da Política Nacional de Saúde Ambiental se inicia com a referência normativa relativa à saúde ambiental no país, que encontra-se expressa na Constituição Federal de 1988: § art. 196: define a saúde como “direito de todos e dever do Estado”; § art. 200: fixa como atribuições do (SUS), entre outras, a execução de “ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador” e “colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho”; § art. 225: no qual está assegurado que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Política Nacional de Saúde Ambiental (PNSA) § No ano de 2001, com a finalidade de propor e avaliar a Política Nacional de Saúde Ambiental (PNSA), foi instituída uma portaria pelo Ministério da Saúde, constituindo a Comissão Permanente de Saúde Ambiental (Copesa). A Copesa foi composta pelas secretarias do Ministério da Saúde e instituições vinculadas, como: § Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); § Fundação Nacional de Saúde (Funasa); § Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Política Nacional de Saúde Ambiental (PNSA) Na elaboração da PNSA consideram-se as diretrizes e os princípios do SUS, sob a ótica da Saúde Ambiental: § a universalidade do acesso, a integralidade da assistência e a equidade de condições; § a preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral e a igualdade da assistência à saúde; § o direito à informação e a divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e à sua utilização pelo usuário; § a utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática; § a união dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados e municípios.
Desafios: § estimular o envolvimento de parcerias inovadoras – aproximar os grupos acadêmicos, de pesquisa, com os profissionais da Saúde Ambiental; § necessidade de explorar as temáticas de saúde e ambiente nas perspectivas da criação de novos instrumentos, harmonização e potencialização do arcabouço jurídico-normativo; § qualificação técnica dos profissionais de saúde e das outras áreas envolvidas, para que desenvolvam atividades nesse campo; § ampliação das parcerias com o Ministério Público Federal e estaduais, visando ao aprimoramento e à ampliação dos mecanismos de avaliação e controle social;
Desafios: § identificar prioridades, construir agendas, criar oportunidades, alocar recursos na esteira da visão ecossistêmica da saúde e com base na ética humana e ecológica; § incorporar à saúde novos princípios e instrumentos do direito ambiental nacional e internacional, especialmente aqueles derivados da Eco-92, como o “princípio do direito humano fundamental”, o da “precaução”, o do “poluidorpagador” e o da “cooperação”.
Interatividade As conferências são consideradas movimentos que ocorrem periodicamente em defesa da ampliação dos campos de ação em saúde e abordagens mais efetivas para o real alcance dos objetivos traçados. Dessa forma, com base nesse contexto, escolha a alternativa correta: a) A primeira Conferência sobre os Cuidados Primários de Saúde foi realizada em 1990. b) Em 1997, a OMS realizou a 30ª Assembleia Mundial da Saúde, que discutiu o movimento “Saúde para Todos no Ano 2000”. c) A Carta de Ottawa foi crucial para inserir o meio ambiente como fator importante para a saúde. d) A Primeira Conferência Internacional sobre os Cuidados Primários de Saúde teve como tema a “Promoção de Saúde em Alma-Ata”. e) A Primeira Conferência Internacional sobre Promoção à Saúde foi realizada em Ottawa (1996) e contribuiu para a criação do SUS.
Resposta As conferências são consideradas movimentos que ocorrem periodicamente em defesa da ampliação dos campos de ação em saúde e abordagens mais efetivas para o real alcance dos objetivos traçados. Dessa forma, com base nesse contexto, escolha a alternativa correta: a) A primeira Conferência sobre os Cuidados Primários de Saúde foi realizada em 1990. b) Em 1997, a OMS realizou a 30ª Assembleia Mundial da Saúde, que discutiu o movimento “Saúde para Todos no Ano 2000”. c) A Carta de Ottawa foi crucial para inserir o meio ambiente como fator importante para a saúde. d) A Primeira Conferência Internacional sobre os Cuidados Primários de Saúde teve como tema a “Promoção de Saúde em Alma-Ata”. e) A Primeira Conferência Internacional sobre Promoção à Saúde foi realizada em Ottawa (1996) e contribuiu para a criação do SUS.
Educação popular e sustentabilidade Por que ainda não obtivemos plenitude no que diz respeito à saúde e à doença? § Apesar da realização das Conferências Internacionais para a promoção da saúde, nos dias atuais ainda são necessárias diversas ações para a melhoria da saúde da população. § Isso se deve ao fato de que as melhorias estão associadas a modificações da realidade política, cultural e social da comunidade. § Quando as pessoas percebem que a saúde depende do que está ao seu redor, é possível criar o conceito real de meio ambiente como tudo aquilo que faz parte do ser humano na sua totalidade.
Educação popular e sustentabilidade § Em relação à Saúde Ambiental, é preciso pensar que a ação do outro influencia na saúde do sujeito e da comunidade em que ele está inserido. § A educação popular é capaz de modificar o processo saúde-doença no que diz respeito à Saúde Ambiental. § O processo de educação popular foi defendido por Paulo Freire. § Paulo Freire foi um estudioso brasileiro da área de Educação que defende que o aprendizado é um processo interativo horizontal entre professor e aluno, ou comunidade e profissional que atua com o meio ambiente.
Educação popular e sustentabilidade Fonte: Claudia Figueiredo e Olívia Beloto – autoras do livro-texto.
Educação popular e sustentabilidade § É importante que na educação popular voltada para a saúde exista uma interface que reúna os conhecimentos e práticas médicas com o pensar e fazer cotidiano da população, pois educação em saúde reflete na saúde da comunidade que, desse modo, atuará em favor do meio ambiente. § A população cria um vínculo com os problemas de saúde, tornando-se participativa nos serviços de saúde e, assim, capaz de compreender que é parte importante do processo, formando uma corrente necessária para a justiça social.
Educação popular e sustentabilidade § Se um indivíduo, ao longo de sua vida, recebeu o processo educativo de forma crítica, raciocinando a respeito de diversos assuntos e problemas, ele se tornará um adulto crítico, participativo e criativo para enfrentar a vida e todas as suas circunstâncias. § Isso contribui para que as pessoas, independentemente da classe social, possam participar ativamente da comunidade, em todos os seus aspectos: político, social e de saúde. § Se uma criança aprende a conservar o meio ambiente, compreendendo o quanto este pode contribuir para sua saúde e para a do outro, ela colabora para a manutenção e prevenção dos recursos para as gerações futuras.
Educação popular e sustentabilidade § Para que o processo educativo aconteça, é necessário que o educando e o educador estejam em sintonia, e a comunicação é uma ferramenta importante para esse processo. Como a comunicação deve acontecer? § A comunicação precisa ser clara, pois vai além da transmissão de conhecimento, ou seja, existe uma troca de experiências que deve ser recíproca e horizontal. § O modelo mais indicado é a comunicação participativa. Este segue a ordem de comunicação baseada no diálogo (comunicação dialógica), em que a comunicação entre emissor e receptor é estabelecida de forma horizontal e ambos são, ao mesmo tempo, emissores e receptores.
Educação popular e sustentabilidade § Portanto, o modelo participativo de educação, que faz o indivíduo participar, pensar e agir, favorece a saúde pela promoção desta, e tudo em favor da sustentabilidade. § Sustentabilidade: habilidade de sustentar uma ou mais condições, exibida por algo ou alguém. Relação ser humano e meio ambiente: § o uso dos recursos naturais para a satisfação de necessidades presentes não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras.
Pilares da sustentabilidade § Social: respeitar o ser humano, para que este possa respeitar a natureza, pois o homem é a parte mais importante do meio ambiente. § Energético: sem energia não existe desenvolvimento econômico e as condições de vida das populações se deterioram. § Ambiental: com o meio ambiente degradado, o ser humano diminui o seu tempo de vida, a economia não se desenvolve e o futuro fica insustentável.
Empreendimentos sustentáveis Para que os empreendimentos humanos possam ter um caráter sustentável, é necessário que englobem conceitos como: § ecologicamente correto – uso de matérias-primas renováveis, com baixo consumo energético durante a fabricação, baixa carga residual e com alta possibilidade de reciclagem; § economicamente viável – ser realizado com planejamento prévio, levantamento das características envolvidas e previsão de gastos; § socialmente justo – respeitar os direitos humanos, ter equilíbrio na distribuição de renda; § culturalmente diverso – aproveitamento e valorização da cultura regional.
Sustentabilidade Como é possível utilizar os recursos naturais sem comprometer as gerações futuras? § Diversas ações podem ser consideradas como sustentáveis: exploração dos recursos naturais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio; preservação das áreas verdes; incentivo da produção e do consumo de produtos orgânicos; e exploração dos recursos minerais de forma controlada, racionalizada e planejada. § Além disso, é possível criar fontes de energia limpas e renováveis, reciclagem de resíduos sólidos, gestão sustentável nas empresas, consumo consciente de água e medidas que não permitam a poluição dos recursos hídricos, e a despoluição daqueles que já foram contaminados.
Alfabetização ecológica § A alfabetização ecológica é a forma de educação voltada para a sustentabilidade, demonstrando que a educação é o pilar para uma nova relação entre o ser humano e o meio ambiente. Como começaram a ser discutidas questões de educação ambiental no Brasil? § Em 2003, Fritjof Capra teve grande importância ao expor os fundamentos e as finalidades da alfabetização ecológica, que tem como sua essência a aprendizagem dos princípios básicos da ecologia, servindo de referência para os indivíduos que dependem do meio ambiente.
Alfabetização ecológica § Assim, a educação para uma vida sustentável se torna uma pedagogia que facilita o entendimento dos fundamentos básicos da ecologia, respeitando a natureza em um contexto multidisciplinar, que está essencialmente motivado pela participação e experiência de uma comunidade, justificando que a saúde da Terra se torna a saúde do homem. § Portanto, a criação de comunidades sustentáveis pode ser uma excelente alternativa para os diversos problemas enfrentados pela humanidade nos dias atuais, já que tais comunidades utilizam os recursos naturais de forma consciente. § Você já ouviu falar sobre ecocapitalismo? É uma terminologia que ancora o capitalismo à sustentabilidade, garantindo um consumo racional dos recursos naturais, que são também importantes para as gerações futuras.
Interatividade § “Cerca de mil famílias já viviam de pescar e catar caranguejos quando o lugar virou uma reserva ambiental. ‘Nossa família são 21 filhos, todos criados com caranguejo. Meu pai, minha mãe e a família foram passando. Eu, desde os 11 anos, comecei catando. Meus filhos e meus netos também estão no mesmo caminho, e nós estamos vivendo do caranguejo’, conta o catador de caranguejo Pedro Batista [. . . ] Quando veio gente de fora, antes de existir a reserva, a natureza não deu conta. Começou a faltar caranguejo nos manguezais. Cassurubá é uma reserva extrativista, ou Resex, como é mais conhecida. Tirar dos manguezais o próprio sustento é permitido, desde que de maneira sustentável. Essa perspectiva de conciliar a exploração e a preservação abriu horizontes. ” (Portal do G 1 – Edição do dia 12/05/2011 – 12/05/2011
Interatividade Com base no texto, assinale a alternativa correta: a) O texto representa uma réplica perfeita da preservação do meio ambiente. b) O texto se refere a condutas humanas que podem ser realizadas para aumentar o benefício ao meio ambiente. c) O texto representa a ameaça do ser humano ao ecossistema. d) Quando falamos de sustento da população ribeirinha, estamos naturalmente tratando de sustentabilidade. e) Esse texto demonstra a falta de habilidade do homem que mora às margens do manguezal com os caranguejos, prejudicando a espécie.
Resposta Com base no texto, assinale a alternativa correta: a) O texto representa uma réplica perfeita da preservação do meio ambiente. b) O texto se refere a condutas humanas que podem ser realizadas para aumentar o benefício ao meio ambiente. c) O texto representa a ameaça do ser humano ao ecossistema. d) Quando falamos de sustento da população ribeirinha, estamos naturalmente tratando de sustentabilidade. e) Esse texto demonstra a falta de habilidade do homem que mora às margens do manguezal com os caranguejos, prejudicando a espécie.
Vigilância Sanitária § Historicamente, após a 2ª Segunda Guerra Mundial, a ciência, as artes, a medicina e tantas outras áreas voltaram a se desenvolver. § Com a evolução da microscopia e identificação dos microrganismos, foi possível conhecer os agentes etiológicos de várias doenças, bem como seus vetores de disseminação. Para análise do processo saúde-doença, houve estruturação e fortalecimento da Vigilância em Saúde Ambiental, com construção de agendas integradas de Saúde Ambiental: § fomento à promoção de ambientes saudáveis, estímulo à produção de conhecimento e desenvolvimento de capacidades em Saúde Ambiental; § utilização dos meios de comunicação para promoção e prevenção e da saúde.
Vigilância Sanitária § No Brasil, a vigilância sanitária é exercida pela Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. § A Anvisa foi criada em 27/01/1999 – Lei nº 9. 782. § Responsável por criar normas / regulamentos e dar suporte para todas as atividades do país. § Executa as atividades de controle sanitário e fiscalização em portos, aeroportos e fronteiras. § Espaço da atuação: regulação sanitária para a promoção do bem-estar social. § Missão: promover a proteção da saúde da população por intermédio do controle sanitário e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária.
Anvisa § A Lei Orgânica da Saúde afirma que a Vigilância Sanitária tem caráter altamente preventivo e é uma das competências do SUS para realizar seu objetivo de prevenção e promoção da saúde. § A Vigilância Epidemiológica é o conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. § O objetivo da Vigilância Epidemiológica é o pronto desencadeamento de ações preventivas.
O papel do enfermeiro na Vigilância Epidemiológica O predomínio do enfermeiro na Vigilância Epidemiológica se dá pela necessidade de um profissional com conhecimentos mais especializados: § formação mais abrangente, desenvolvimento de habilidades técnicas de enfermagem; § maior capacitação, conhecimento de medidas de controle (prevenção) para evitar o aparecimento de doenças; § trabalho com campanhas, vacinas, imunizações, além de haver predomínio nas equipes de Vigilância Epidemiológica dos Distritos de Saúde.
Vigilância Sanitária e Epidemiológica A Vigilância Epidemiológica tem como funções: § coleta de dados; § processamento dos dados; § análise e interpretação dos dados; § recomendação das medidas de controle apropriadas; § promoção das ações de controle indicadas; § avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; § divulgação de informações pertinentes.
Vigilância Sanitária e Epidemiológica § A Vigilância Epidemiológica conta com dados demográficos, socioeconômicos e ambientais: estes permitem quantificar a população e gerar informações sobre suas condições de vida – número de habitantes e características de sua distribuição. § Dados de morbidade: notificação de casos e surtos, de produção de serviços ambulatoriais e hospitalares, de investigação epidemiológica, de busca ativa de casos. § Dados de mortalidade: obtidos por meio das declarações de óbitos, processadas pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade.
Vigilância Sanitária e Epidemiológica Os instrumentos de controle da Vigilância Sanitária e Epidemiológica incluem orientações gerais sobre doenças e saneamento do meio ambiente: § controle de portadores, exames periódicos de saúde, controle sanitário de alimentos; § educação em saúde e controle de animais responsáveis pela transmissão de zoonoses; § treinamento de recursos humanos, estudos / pesquisas, vacinação de rotina e notificação compulsória. A Vigilância Epidemiológica promove notificação de surtos e epidemias pela comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde para a adoção imediata das medidas de controle: § as notificações são realizadas pelo Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan).
Vigilância Sanitária § Vigilância Sanitária é um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde com o poder de intervir em toda a cadeia do processo saúde-doença (Lei nº 8. 080/90). § Dinâmica utilizada: a) ação diagnóstica – promove fiscalizações, auditorias; b) ação corretiva – promove treinamentos; c) monitoramento – faz o controle das medidas a serem tomadas para a eliminação do risco; d) ação punitiva – aplica pena, caso não atenda as reivindicações dos serviços de vigilância.
Vigilância Sanitária – locais de atuação Locais de atuação da Vigilância Sanitária: § locais de produção e comércio de alimentos – fábricas, restaurantes, bares, mercados, supermercados, frutarias, açougues, padarias, produtores de laticínios e outros; § portos, aeroportos e fronteiras; § lojas e áreas de lazer – shoppings, cinemas, ginásios de esporte, postos de gasolina, piscinas, clubes, estádios e academias de ginástica; § indústria – cosméticos, medicamentos, produtos para a saúde e saneantes (produtos de limpeza), perfumes;
Vigilância Sanitária – locais de atuação § laboratórios – banco de sangue e hemoderivados; § agrotóxico – indústria / postos de venda; § radiação ionizante – hospitais, clínicas médicas e odontológicas que façam uso para diagnóstico; § locais públicos – escolas, cemitérios, presídios, hospitais, clínicas, farmácias, salões de beleza, instituições de longa permanência para idosos, bancos de órgãos / leite humano, práticas alternativas, casas de massagem, tatuagem etc.
Vigilância Sanitária – alimentos A Anvisa, por meio da Portaria SVS – Secretaria de Vigilância em Saúde nº 326/SVS/MS/97, define as normas de higiene, fabricação e manipulação de alimentos: § visa melhorar as condições sanitárias na preparação desses produtos e da estrutura física operacional dos estabelecimentos fabricantes e manipuladores; § quanto ao setor de alimentos, realiza medidas de vigilância epidemiológica das doenças transmitidas por alimentos; § realiza o registro / dispensa de registro de alimentos no Ministério da Saúde e registro estadual de produtos de origem animal na Secretaria de Saúde; § realiza coletas de alimentos para programas específicos e investigação de doenças veiculadas por alimentos.
Vigilância Sanitária – alimentos Pontos analisados: § embalagem em contato com alimentos; § contaminantes – químicos / biológicos; § aditivos alimentares / coadjuvantes; § resíduos de agrotóxicos ou medicamentos; § bebidas, águas envasadas, rotulagem geral e nutricional, padrão de identidade e qualidade dos produtos. Ações: manual destinado às boas práticas de fabricação de alimentos – responsabilidade técnica, controle de saúde dos funcionários, controle da água para consumo, controle de pragas, controle para visitantes, adequação estrutural dos estabelecimentos.
Vigilância Sanitária – medicamentos: § fomentar o desenvolvimento de recursos humanos para o sistema e a cooperação técnico-científica nacional e internacional; § monitorar a evolução dos preços de medicamentos, equipamentos, componentes e insumos e serviços de saúde; § autorizar empresas de importação, exportação, armazenamento, fabricação, embalagem e distribuição de medicamentos, cosméticos e saneantes; § proibir a fabricação, importação, armazenamento, distribuição e comercialização de produtos e insumos, em caso de violação da legislação pertinente ou se oferecerem risco iminente à saúde; § promover a revisão periódica da farmacopeia e monitorar os sistemas de vigilância toxicológica e farmacológica;
Vigilância Sanitária – medicamentos: § autorizar o funcionamento de farmácias / drogarias – o comércio farmacêutico é regulamentado especificamente pela Lei Federal nº 5. 991/73, que determina a obrigatoriedade na dispensação de profissional farmacêutico regularmente inscrito no Conselho Regional de Farmácia (CRF); § emitir autorização especial para farmácias que manipulam substâncias especiais (Portaria Federal nº 344/98) – os medicamentos que as contêm necessitam de notificação, que fica retida na farmácia; § autuar e aplicar as penalidades previstas em lei.
Vigilância Sanitária – controle de vetores § O controle de zoonoses é responsável pela monitoração de agravos e doenças transmitidas por animais (zoonoses), por meio do controle dos animais domésticos (cães / gatos e animais de grande porte) e de populações de animais sinantrópicos. § Animais sinantrópicos são aqueles que se adaptaram a viver junto ao homem, a despeito da vontade deste. São responsáveis por transmitir doenças e causar agravos à saúde do homem ou de outros animais. Ex. : abelha, aranha, barata, carrapato, escorpião, formiga, lacraia, morcego, mosca, mosquito, pombo, pulga, rato, taturana, vespa. § Os animais sinantrópicos, como todo ser vivo, necessitam de três fatores para sua sobrevivência: água, alimento e abrigo.
Vigilância Sanitária – controle de vetores Realizar minuciosos inquéritos epidemiológicos, utilizando-se: 1. dos registros dos serviços de saúde pública / animal; 2. de dados obtidos nas propriedades rurais; 3. de informações dos médicos veterinários; 4. dos relatórios das indústrias de laticínios e matadouros.
Interatividade Animais sinantrópicos são aqueles que se adaptaram a viver junto ao homem, a despeito da vontade deste. São responsáveis por transmitir doenças e causar agravos à saúde do homem ou de outros animais. Existem três pontos básicos que os órgãos responsáveis utilizam para realizar o controle da população dos animais sinantrópicos. Que pontos seriam estes? a) Reprodução, crescimento e competição. b) Terra, água e ar. c) Clima, reprodução e meio ambiente. d) Água, comida e abrigo. e) Esgoto, água e terrenos baldios.
Resposta Animais sinantrópicos são aqueles que se adaptaram a viver junto ao homem, a despeito da vontade deste. São responsáveis por transmitir doenças e causar agravos à saúde do homem ou de outros animais. Existem três pontos básicos que os órgãos responsáveis utilizam para realizar o controle da população dos animais sinantrópicos. Que pontos seriam estes? a) Reprodução, crescimento e competição. b) Terra, água e ar. c) Clima, reprodução e meio ambiente. d) Água, comida e abrigo. e) Esgoto, água e terrenos baldios.
ATÉ A PRÓXIMA!
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