Trombose Venosa Profunda Dr Breno Caiafa TROMBOSE VENOSA
Trombose Venosa Profunda Dr. Breno Caiafa
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA DEFINIÇÃO - Formação de um coágulo sanguíneo ("trombo") em uma veia profunda - Embolia pulmonar é a obstrução súbita de uma artéria pulmonar, geralmente devido a um coágulo sanguíneo
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA l USA : 300 a 600 mil hospitalizações/ano 100. 000 mortes/ano por TEP l BRASIL: 19, 1 % necrópsias (3, 7% causa mortis) no Hospital das Clínicas de Botucatu l EP sintomático– 70 a 93% c/ TVP assintomático l TVP sintomático-50% TEP(10% sintomáticos)
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA l Estados Unidos da América - 250. 000 casos novos por ano - 25 - 30% mortalidade - Recidiva: 30% em 10 anos - Síndrome Pós Trombótica: 30% em 10 anos (10% - CEAP VI) Mayo Clin Proc 2014; 89(3): 394 -408
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA • Brasil: 0, 6 casos / 1. 000 habitantes / ano • Dias de trabalhos perdidos ao ano: - EUA: 5. 900. 000 - Itália: 1. 200. 000 > US$ 1. 000, 00 !!! Maffei FHA. Doenças vasculares periféricas. 3ª ed. MEDSI; 2002. p. 1363 Thrombophilia and Venous Thromboembolism – International Consensus Statement. Int Angiol 2005; 24: 1 -26
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA Terceira doença cardiovascular mais comum após coronariopatia e AVC 1 TEV doença com alta taxa de incidência e prevalência, com taxa de recorrência elevada, Necessidade de diagnóstico e tratamento adequados com a preocupação de evitar a recorrência. Após parada da anticoagulação, 40% dos pacientes têm recorrência em 10 anos N=1. 626 40% 29% 20% 11% 1 ano 3 anos 5 anos Tempo entre a parada da anticoagulação e o novo evento de TEV Goldhaber SZ. Am Coll Cardiol 1992; 19: 246– 7 Cohen AT et al. Thromb Haemost. 2007; 98: 756– 64; 3. Prandoni P et al. Haematologica 2007; 92: 199– 205 10 anos
Mesmo com todo avanço tecnológico e de esforço de profilaxia, os casos novos se mantém constante. EP: 20% de morte no primeiro dia e 11% em três meses Morte 60. 000 Hipertensão Pulmonar 30. 000 TEP 600. 000 Síndrome Pós-trombótica 800. 000 TVP Sintomática 2. 000 TVP Assintomática > US$ 1. 000, 00 !!! Goldhaber, SZ. Lancet 2004, Brandjes, DP. Lancet 1997, Kahn, SR. J Gen Intern Med 2000
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA l 90% casos tem origem nos MMII l 10% nos MMSS, átrio, renal, cava, pélvicas. l Composição: fibrina, hemácias, plaqueta, leucócitos. l Fatores desencadeantes : Tríade de Virchow
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA TRÍADE DE VIRCHOW(1856) l TRAUMA ENDOTELIAL-desencadeia ativação das reações de cascata da coagulação. l HIPERCOAGULABILIDADE-estados metabólicos fisiológicos ou patológicos. l ESTASE VENOSA-ampliação dos efeitos descritos. Diminui a depuração destes fatores.
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA FATORES DE RISCO l Gestação, puerpério, reposição hormonal, eclâmpsia l Neoplasias, septicemias, AVC, doença inflamatória l Idade, obesidade, disfunção cardíaca, diabetes, IAM l Varizes, TVP prévia, restrição prolongada ao leito l Trauma, imobilização, paralisia, grande queimado l Cateter central, cirurgia prolongada, anestesia geral
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA ALTO RISCO DE TVP l GRANDES CIRURGIAS ORTOPÉDICAS l PROSTATEC. TRANSV. /GDE CIR. C NCER l TRAUMATISMOS RAQUIMEDULARES l TROMBOFILIA l TVP/EP A MENOS DE 2 ANOS
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA DIAGNÓSTICO l Anamnese (fatores de risco, sintomas) l Exame físico (sinais clínicos) l D dímero (fragmento da lise de fibrina) l Métodos não invasivos (doppler, pletismografia) l Métodos invasivos (flebografia)
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA SINAIS E SINTOMAS l Localização l Grau da oclusão venosa de comprometimento do retorno venoso l Reação inflamatória
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA SINAIS E SINTOMAS l Edema l Empastamento da panturrilha l Dor l Dilatação de veias superficiais (veias de Pratt) l Sinal de Homans , sinal de Ollow l Cianose (“flegmasia alba dollens”, ”cerulea”)
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA MÉTODOS DIAGNÓSTICOS l DOPPLER PORTÁTIL l ECODOPPLER COLORIDO l FLEBOGRAFIA
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA DOPPLER PORTÁTIL l Vantagens: baixo custo, fácil execução l Desvantagens: direcionamento ruim (veia dupla), sem imagem, trombo parcial
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA ECODOPPLER COLORIDO l Vantagens: - especificidade alta - exame dinâmico (associa efeito US ao efeito doppler) - mede velocidade do fluxo, morfologia do vaso e trombo (não se colaba à compressão, imagem hipoecogênica)
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA FLEBOGRAFIA -padrão ouro no passado -com contraste, tecnicamente difícil, excelente imagem (morfologia) -não avalia fluxo -risco de alergia e nefrotoxicidade. -útil na fase de sequelas (recanalização e lesões valvares)
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA TRATAMENTO l MEDIDAS GERAIS l TRATAMENTO CLÍNICO l TRATAMENTO CIRÚRGICO
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA MEDIDAS GERAIS l Repouso, posição de Trendelemburg l Analgesia e anti-inflamatório l Após 5 dias mobilizar paciente l Meias elásticas l Esclarecer paciente e família
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA ANTICOAGULANTES l Evitar a progressão proximal e distal do trombo l Profilaxia da embolia pulmonar l HEPARINA NÃO FRACIONADA l HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR l ANTICOAGULANTE ORAL
Evolução do tratamento do TEV HNF EV 40 anos Varfarina Fondaparinux Rivaroxabana HBPM Ximelagatrana Dabigatrana Estudos sobre o monitorização adequado do PTT e INR e a duração inicial da terapia anticoagulante 1938/40 1946 Sobrevivência 1954 1960 1990 Recidiva x sangramento 1993 2001 -2003 2008 -. . . Tratamento domiciliar Monitorização laboratorial Extensão
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA HEPARINA NÃO FRACIONADA l Paciente hospitalizado l Bomba de infusão l TTPa repetidos l Ação rápida, meia vida curta(90 min. ), pico 2/4 h l Inibição da trombina e fator X ativado l Plena contínua, intermitente, SC. l 400 UI/Kg/dia ou 18 UI/Kg/h
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR l Administração subcutânea l Fragmentos menores da molécula de heparina l Ação maior no fator X ativado (4: 1) l Menor risco de sangramento e plaquetopenia l Dispensa controle de TTPa l Ação rápida, meia vida 4 h, pico 3/5 h l Redução do tamanho do trombo maior
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA ANTICOAGULANTE ORAL l Ação mais lenta (pleno efeito em 4 dias) l Derivados cumarínicos ou do warfarin l 5 mg/dia l Interações medicamentosas e alimentares l Requer monitorização frequente l Manejo complexo Thromb Haemost 2010; 103: 34 -39
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA NOACS (NOVOS ANTICOAGULANTES) l APROVADOS para tratamento e prevenção à recorrência de TVP/TEP l Segurança e eficácia confirmadas em anos de prática clínica l Rápido início de ação, meia-vida curta e previsível l Pouca interação medicamentosa l Manejo menos complexo J Vasc Bras. 2013; 12(3): 185 -186
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA TRATAMENTO CIRÚRGICO l FILTRO DE VEIA CAVA INFERIOR l LIGADURA DE VEIA CAVA INFERIOR l TROMBECTOMIA VENOSA
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA MENSAGENS l l l l A trombose venosa pode acontecer em qualquer veia do corpo humano, sendo mais comum nos membros inferiores. Importante conhecer os fatores que favorecem a coagulação. Diagnóstico Clínico Existem vários tipos de exame. ECO COLOR DOPPLER Tratamento precoce evita complicações. Acompanhamento evita recorrências. Prevenção evita a doença.
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