Transformando a criatividade brasileira em recurso econmico Nicole
Transformando a criatividade brasileira em recurso econômico Nicole Wojcichoski e Nicole Iaruchewski Turma 2 M
O que se destaca em absoluto no Brasil é o povo brasileiro: sua forma de se relacionar com o mundo, de reagir diante dos problemas, de buscar soluções alternativas. Tudo isso originou a campanha “O melhor do Brasil é o brasileiro”. No entanto, toda criatividade que enreda a dinâmica brasileira não se concretiza instantaneamente na economia. É preciso que condições sejam garantidas, do amplo acesso à infra-estrutura de tecnologia e comunicações ao reconhecimento do valor do intangível embutido nos bens criativos.
Histórico e situação atual O estudo da Unesco salienta duas conclusões acerca do fluxo de bens e serviços culturais brasileiros: �O desequilíbrio de três para um entre valor de importações e exportações, conforme dados de 1994; �A concentração acachapante de comércio cultural. Estados Unidos e Reino Unido representam juntos 45, 1% do valor de bens e serviços culturais importados pelo Brasil, em 2003, ao passo que toda a América Latina e o Caribe não responderam por mais do que 21% desse comércio.
Os Catalisadores da economia criativa �Novas tecnologias de mídia e comunicação � Criação de novos modelos de negócios, dentre os quais os colaborativos e em open business; � Possibilidades de produção, distribuição e acesso aos bens e serviços criativos ampliados; � Alfabetização do usuário tecnológico. �Valorização � Inspirando econômica da intangibilidade cultural outros setores econômicos; � Impulsionando arranjos produtivos locais.
Criatividade no contexto urbano – cidades criativas � Cidades criativas são cidades que são capazes de encontrar nelas mesmas a solução para seus problemas. � São cidades que transformam sua economia baseados no que têm de único e criativo, entendendo sua cultura e explorando-a. � A cidade criativa é capaz de atrair olhares de diversos empreendedores, assim como turistas que apreciam sua cultura e querem investir seus fundos (empreendedores) e sua fonte de lazer (turistas). � Dentre as cidades criativas espalhadas pelo Brasil duas merecem destaque, são elas: Paraty, que fica no Rio de Janeiro, com uma população de 32. 838 e Guaramiranga, que fica no Ceará, com uma população de 4. 307 de habitantes.
Paraty �Paraty, cidade costeira e tem uma parte coberta pela Mata Atlântica, está entre dois dos maiores centros urbanos do país, São Paulo e Rio de Janeiro, é conhecida por abrigar um patrimônio arquitetônico colonial sem valor estimado. �Ao final do século era uma cidade dividida em duas: a do patrimônio cultural tangível, palco dos turistas e de moradores, e a do patrimônio cultural intangível, periférica e com graves problemas sociais.
�A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) surgiu em 2003 por iniciativa da ONG Casa Azul, ela reune grandes autores e um programa de atividades educacionais, sociais e culturais, que envolve grande parte dos estudantes dessa região. �A Flip ajudou na recuperação da economia da cidade e promoveu a união com a cultura paratiense, fez com que um número significativo e continuo de turistas aparecesse por ali, ajudando na transformação de seu futuro.
GUARAMIRANGA �No ano de 2000 foi lançado o Festival de Jazz e Blues de Guaramiranga, que proporcionou uma alternativa para as pessoas que não curtem os ritmos carnavalescos e atraindo turismo. �Desenvolvido junto com a comunidade, o festival possui oficinas e atividades de ecoturismo, encontros de jovens talentos e artistas já consagrados e ações de conscientização.
�Economicamente, o festival gera muito lucro para a cidade, fez com que o número de restaurantes e hotéis aumentasse significativamente, o festival também garante diversas fontes de renda e emprego para a população da cidade. �Culturalmente, impulsionou a criação de bandas e boates de musica instrumental e um grande número de CD’s gravados. �Socialmente, deu uma levantada na auto-estima da população, fazendo com que acreditassem que é possível melhorar seu futuro.
Traços comuns às cidades criativas �Existem elementos comuns e fundamentais aos mais diversos casos de cidades criativas, independente do local ou tamanho da cidade.
�A organização de um projeto cultural de um programa complexo. � O reconhecimento da necessidade de uma transformação na economia motivada por uma crise econômica, junto com uma vontade de ultrapassar obstáculos. � Apropriação do programa pela comunidade. � Identificação de traços da cultura local, que será apreciado pelo olhar de quem é de fora. � O apelo a um turista qualificado, que respeita a cidade e procura conhecê-la e aproveitá-la.
�A aliança entre as instituições (publica e privada e do terceiro setor) com liderança claramente definida. � Investimento na qualificação dos recursos da cidade, ajudando na capacitação de jovens. � A visão de sustentabilidade cultural, que é dependente de sua sustentabilidade econômica. Isso quer dizer que as duas esferas são complementares e necessárias para que a comunidade tenha a possibilidade de fazer suas escolhas. � O combustível cultural que se dá pelo rompimento das fronteiras.
Conclusões �A economia criativa tem um grande potencial para inclusão econômica no Brasil, se o país souber se colocar nas novas dinâmicas que formam essa economia. �É preciso reconhecer que a criatividade é necessária, mas não eficiente para que a economia criativa se desenvolva. �Governo, infra-estrutura de tecnologia e comunicação são elos fundamentais para sustentar um processo de desenvolvimento para com a economia criativa.
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